Indústria
Importadores de carros começam 2013 no vermelho20/02/2013 16:34 -
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Com queda de 24,2% nas vendas, marcas associadas à Abeiva comercializam apenas 8.617 carros em janeiro
por Raphael Panaro
MotorDreamAs vendas de veículos das empresas filiadas à Abeiva – Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores – continua a despencar. Com apenas 8.617 unidades emplacadas em janeiro, as associadas à entidade – como Audi, BMW, Kia, Chery, Porsche, Ferrari, Suzuki, entre outras – iniciam o ano de 2013 com expressiva queda de 24,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Ante o mês de dezembro de 2012, a queda foi de 7,2%. Já o mercado interno, de marcas que possuem fábricas no Brasil, anotou crescimento de 17,5%, passando de 252.639 unidades emplacadas, em janeiro de 2012, para 296.853 unidades em janeiro deste ano.
Com esse cenário, a participação de mercado dos carros importados despencou de 4,5% para 2,9%. “O primeiro mês do ano continuou a apresentar queda nas vendas, como vinha acontecendo nos meses anteriores. Em comparação com janeiro de 2012, a desaceleração é de 24,2%. Já ante o mês de dezembro de 2012, a redução é de 7,2%. Com isso, a participação no mercado interno, que era de 4,5% em dezembro do ano passado caiu para 2,9% em janeiro último, uma participação insignificante frente ao volume importado pelas associadas à Anfavea”, analisa Marcel Visconde, vice-presidente da Abeiva.
Apesar dos números alarmantes, Visconde acredita que ainda é cedo fazer uma análise geral do mercado e se mostra otimista com o futuro. “É preciso considerar que, em janeiro último, ainda contávamos com significativo estoque de unidades sem a majoração dos 30 pontos percentuais na alíquota do IPI, fato que propiciou a manutenção dos preços de carros importados ainda competitivos. Diante disso, é muito cedo ainda para avaliar, mas - por enquanto - iremos manter a previsão de vendas para 2013, de 150 mil unidades, 17% mais em relação às 129 mil unidades de 2012, mas muito abaixo do desempenho de 2011, quando o setor oficial importação de veículos automotores chegou a 199 mil unidades”, enfatiza Visconde.
O vice-presidente da Abeiva ainda argumenta que a vigência do programa Inovar-Auto vai a médio prazo beneficiar também o setor oficial de importação de veículos automotores. “Sem aumento de IPI, os importadores terão preços mais competitivos, além de poder oferecer uma política comercial mais acessível ao consumidor brasileiro, mesmo superando o volume da cota. Com isso, nossas vendas tendem a subir e, por consequência, podemos proporcionar mais saúde financeira às redes de concessionárias”, conclui Visconde.
COMENTÁRIOS: Isso que é absurdo, pois apesar do grosso das importações serem por conta das "quatro grandes", inclusive com desvio de investimentos que poderiam/deveriam ser feitos aqui por conta de nosso mercado, os prejudicados foram justo aqueles que traziam o seu melhor, balizando para cima a qualidade e nível de equipamentos dos carros.