De carro por aí: a Alfa, o taxi londrino e Giugiaro em São
Paulo
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<tr> <td bgColor="#ffffff"> foto de EDITA
O Alfa 4C, que terá edição exclusiva, o taxi britânico que vai ganhar fabricante amarelo e Giorgeto Giugiaro, com mostra em São Paulo</td></tr></table> |
Alfa –Mazda-Chrysler-Fiat-Ferrari - Romeo A volta da Alfa Romeo está mais para um daqueles jogos onde o dono inventa as
regras, do que para claro projeto industrial e comercial. Sergio Marchionne,
número 1 na Fiat se diverte a cada entrevista, a cada salão de automóveis, a
cada provocação da Volkswagen em adquiri-la para fazer uma grande marca. Faz
declarações controversas, cria ironias, define produtos e prazos – sem o menor
compromisso quanto tê-los à venda. Mantém mercados como o norte-americano com
promessas homeopáticas, vendendo 8C – esportivo Maserati-Ferrari com tons Alfa.
O ectoplasma de automóvel chamado Alfa 4C, mostrado em Genebra, 2011, se
materializou e terá 2.500 unidades, um milhar para o mercado norte americano. Na
Europa enxuga a gama, reduzida a carros pequenos, como o Mito e a Giulietta.
Mercados protestam pelos
Alfisti, como se intitulam os admiradores.
Nos EUA cobram retorno –
“Bring Alfa Back”, tragam a Alfa de volta – em
todo evento de antigos ou modernos. A hora da verdade se aproxima. A corda do
mercado se estica, vendas se reduzem na base europeia e, como no caso do sapo, a
necessidade fará a Alfa pular.
Então O projeto é triplicar vendas, a 300 mil unidades em 2016, e o caminho,
sinergia com outras marcas, por negócio ou controle. Na parte baixa da gama,
como a
Coluna antecipou mundialmente, resgatou a base do Fiat Marea e
faz sobre ela o novo Dodge, marca Chrysler, agora Fiat, e Alfa Giulietta. A
plataforma, boa, resistente – suporta condições brasileiras, resiste a desaforos
mundo a fora – permitirá outros produtos, e várias motorizações.
Voltará com o mito do conversível, estribado no filme
The Graduate,
aqui
A Primeira Noite de um Homem, 1967, onde Alfa Duetto Pininfarina
pontuava, junto ao então jovem Dustin Hoffman. Resgata o
layout de
motor dianteiro e tração traseira, mas em carro japonês Mazda que, com esta
marca, substituirá o Miata –
sem ironia será o Alfa de maior qualidade já
construído. A ideia é cobrir a Alfa com o guarda chuva de engenharia refinada, como o faz
a Volkswagen com a Audi. E como mercado atualmente é muito mais
griffe e charme que engenharia intrínseca, buscou a melhor operadora destas diáfanas
ferramentas, a Ferrari. Tecendo troca de energias e conhecimentos, entre suas
muitas marcas, a engenharia de Maranello palpitará nos projetos. O brilho maior
será para algum embleminha que em porcas e parafusos. A Fiat quer vender Alfas
não apenas a
alfisti, que historicamente não engolem a Ferrari, mas ao
mundo.
Costura local Acima, um sedã com a plataforma criada para o Maserati Quattroporte,
recém-apresentado, gerará o Giulia, substituindo o Alfa 159, descontinuado em
2011. Dela surgirá o novo Bravo, e a informação adensa as possibilidades na
fábrica Fiat em Pernambuco produzir, como especulado sem confirmação, a velha e
boa plataforma do Marea, base de Dodge Dart e Alfa Giulietta. E, se for
atualizar Bravo, também fará novos Giulia e Dodge.
Na prática, nove modelos entre 2013 e 2016.
Agora Xing Ling, taxi inglês continua Exceto uísque, o único produto inglês com referência mundial é James Bond, o
agente 007. Quem assiste suas aventuras tem a certeza da importância da
Inglaterra no cenário político e econômico mundial – o que não acontece.
Para a Velha Ilha os danos econômicos da II Guerra Mundial ainda se impõem, e
as peculiares características do ver e do fazer, dos métodos, maneira de pensar
e seus produtos a distanciaram do mundo e da competição econômica. Em economia o
forte da Inglaterra não é o produto das revoluções industriais, mas a
improdutividade social dos serviços financeiros.
Em automóveis já não mais lhe pertence o controle da miríade das então suas
marcas. Todas se foram. Das remanescentes, Rolls é BMW, alemã; Bentley, VW,
idem. Jaguar e Land Rover, indianas. Aston Martin não se sabe ao certo, de
controle e capital distantes. MG é chinesa. Lotus, Malásia. Resta-lhe Morgan,
com manufatura dos anos 40, e fila lembrando os prazos do pós-Guerra.
Até o taxi inglês, o Hackney, em matéria de automóvel grande e personalística
referência, alto, confortável, 1,30m de espaço para passageiros no banco
posterior, motorista separado, rampa para receber cadeira de rodas, e
inacreditável capacidade de retornar em 8,5m, perdeu controle inglês há tempos e
quase vai para o buraco negro da inviabilidade. Salvou-o, quem diria, os Xing
Ling do chinês Zhejiang Geely Group, adquirindo controle de investidora de Hong
Kong, administrando processo de concordata.
Pagarão 12,8 milhões de euros, dinheiro pequeno na atividade, para recebê-la
limpa e sem débitos. A Geely é a dona da sueca Volvo Cars.
23.000 Hackney são o transporte oficial em Londres, com reposição anual de
1.400, mas os chineses querem manter a pequena fábrica – uns 250 empregados - em
Coventry, e inovar, exportando. Venderam 1.000 unidades para montar na China e
entregar no Azerbaijão.
Poderiam estender seus olhos para o Brasil e convencer autoridades e os novos
alcaides locais serem muito mais adequados ao serviço de taxi que os nossos
improvisados carrinhos de mãe de família.
Programa em S Paulo: Giugiaro Em S Paulo entre 7 de fevereiro e 31 de março ? Gostas de design
e história ? Aproveite e vá ao Museu da Casa Brasileira, para ver exposição patrocinada
pela Volkswagen
“Giugiaro: 45 anos de design italiano”.
É o
Designer do Século, e com ele a marca alemã tem décadas de
intimidade. É dele a fórmula que permitiu à Volkswagen deixar o ínvio caminho de
carros maiores com motor de cilindros contrapostos, como foi a série 412
substituída pela criação do quase jovem Giorgetto. O automóvel era o Passat,
simplificação charmosa do Audi 50. Do entrosamento surgiram o esportivo
Scirocco, a primeira geração do Golf, e toda a história conhecida.
O talento de Giugiaro é multi facetado e o
cara desenhou de tudo. De
Gordon Keeble –
sorry -; Alfa GTV – com plaquinha do Bertone, onde
trabalhava; Fiats Uno, Palio, a atual geração Weekend; Subaru SVX; macarrão;
garrafa de água mineral, ... levou à ligação permanente com a Volkswagen. A
montadora, estruturando projeto onde poucos viam concretude, ser a maior do
mundo, chegou a barreira física: tinha
designers de nomeada, como
Walter De Silva, também milanês, autor de Alfa 145, 146, 156, 166, e a
impossibilidade física de criar produtos para suas então 11 marcas. Escolheu a
melhor e a menos complicada em sucessão, foi ao mercado e comprou 90% da
Italdesign, criada em 1968 por Giugiaro e o eng. Aldo Mantovani. Este saiu para
rica ociosidade; Giugiaro tem posto honorífico; Fabrizio, seu filho, conduz a
empresa.
É a última das grandes casas italianas de
design a sobreviver. A
mostra, nestes tempos de automóveis insossos e sem personalidade, é retrato
histórico que não se pode perder.
Av. Faria Lima, 2.705, terça a domingo, das 11 às 18h.
Roda-a-Roda De fora – Peugeot argentina, diz o bom sítio Argentina
Autoblog, venderá motonetas e bicicletas. A Cycleuropa, produtora na Europa,
abriu filial no vizinho. Para fazer motonetas Peugeot credenciará empresa. Aqui,
nada.
Aproximação – Chinesa Chery construindo fábrica no Brasil
habilitou-se no Inovar-Auto, projeto oficial para desenvolver componentes e
baixar barreiras de importação. A inclusão permite reduzir o IPI. Quer produção
local em 2014.
Lição – Em processo de aproximação com Pernambuco, onde terá
monumental operação, a Fiat levou a viagem à Itália e à Sérvia, diretores e
professores de ensino técnico e engenharia: apresentar operações no conceito
WCM, World Class Manufacturing, padrão mundial de manufatura.
Política – Pegou pesado. A viagem mostra três exemplos de
como a política atrapalha investimentos e arrisca empregos. No Sul da Itália,
Pomigliano Del Arco, tão inexperiente para fazer carros quanto em Goiana, PE,
montava o ótimo Alfa Sud. A Alfa era, então, estatal, e a gestão sindicalista,
com trapalhadas e influências liquidou produto e negócio.
Exemplo - Cassino, fábrica robotizada, efeito demonstração
aos sindicatos de metalúrgicos e afins que, em caso de jogo duro, ser capaz de
fazer carros com mínima mão de obra. Tem outro objetivo: reformulada fará Alfas
– como uma parte da nova fábrica Fiat em Pernambuco.
... 2 – Ida à ex Iugoslávia e agora Sérvia, porquanto lá se
produzia o Yugo, o Fiat 126 sob gestão comunista. Descompromissada com qualidade
e processos, conseguiu unanimidade: era
“o pior carro do mundo”.
Evidência – 87,4% das campanhas de
recall realizadas em 2012 foram para automóveis e motocicletas, indica o Boletim Recall
da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça. A luz vermelha
pisca, intensa, em nome de melhora de qualidade de peças e na montagem destes
itens da mobilidade.
Atendimento – Cruzamento de dados entre fabricantes e
Denatran indica, menos da metade dos veículos atende aos chamados para sanar
defeitos – e, bombas circulantes, deveriam ser apreendidos. Os terceiros
frequentadores do veículo e das vias públicas nada têm com a irresponsabilidade
do proprietário.
Status – Renault decretou o fim do nível de
status superior a usuários do utilitário esportivo Duster e do sedã
Fluence. Vendeu 820 a outros clientes, serviços, identificação: PM do Paraná,
carro de polícia.
Pega – Maior disputa em vendas no mercado nacional se trava
entre Ford EcoSport e Renault Duster, pela mesma clientela. Ford liderava, com
produto no ocaso, Duster apareceu e tomou a frente. Ford fez novo carro, a
Renault fechou para reforma, Ford comemora liderança em janeiro. Apenas em abril
ou maio aparecerá a verdade da liderança – ou seguirá alternada.
Venda – Todos os SUV perderam vendas se comparados dezembro
de 2012 e janeiro 2013, exceto VW Tiguan vendendo 706. O número não é
excepcional, apenas colocara minguados 396 em dezembro. O Tiguan é o melhor da
categoria, mas 9º em vendas. O gigantismo da VW não o valoriza.
Aliás – Pelo excepcional mercado brasileiro de SUVs a Honda
fará seu novo modelo, sobre a nova base do Fit/City, e a VW terá o pequeno UP!
Taigun.
Usados – Carros usados cresceram 42% em vendas em Janeiro,
diz a Matel Produções, organizadora de feirões de usados em S Paulo e Belo
Horizonte. Eduardo Ribeiro, controlador, interpreta a elevação dos preços dos
carros novos pelo fim da redução do IPI aos 0 km, e melhores preços de venda em
relação aos oferecidos pelas concessionárias.
Medida – Janeiro foi surpresa para o varejo do comércio:
cresceu 18%.
Moto – Mal chegou e a Triumph, de Manaus oferece o modelo
Speed Triple em condições especiais: 50% = R$ 21.450 de entrada, e 24 x
R$ 996. Três cilindros, 1.050 cm3 e 133 cv.
Ecologia – Banco do Brasil criou consórcio para veículos não
poluentes. Pelos valores, entre R$ 1.500 a R$ 3.000, bicicletas e patinetes
elétricos. Mensais a partir de R$ 48 e prazo até 36 meses. Sem taxa de adesão,
juros ou IOF. Mais:
http://www.bb.com.br/portalbb/page118,3366,3367,1,0,1,0.bb?codigoNoticia=36371
Ocasião – Para quem gosta de automóveis e está no roteiro do
The Great South American Challenge 2013, rali reunindo 30 automóveis
antigos referenciais - Itala 1907, Bentley 1927, BMW CS 1971... Do Rio de
Janeiro, Bolívia, Peru, Chile, até Ushuaia, extremo sul argentino.
Onde – Rio, Hotel Sheraton, 14 a 16fev; Maresias, SP, Beach
Hotel, 16 e 17fev; Curitiba, PR, Hotel Radisson, 18, 19 e 20fev; Foz, PR,
Iguassu Resort, 20 e 21 fev; Corumbá, MT, Hotel Nacional, 21 e 22 fev. Mais ?
http://www.hhclassicrallies.com/our-rallies/south-american-rally
Antigos – Texto sobre o
Pé na Tábua publicado na
Coluna, provocou o pessoal do circuito
Velo Cittá, no interior
paulista, a procurar Tiago Songa, organizador. Entendem, podem fazer o
Pé maior, melhor, com mais estrutura e conforto.
Gente –
Fabrícia Aguiar Oliveira, 1ª. colocada como
cadete aviadora da Academia da Força Aérea, deu baixa. OOOO Passou
concurso Auditora da Controladoria Geral da União. OOOO Nada a ver,
sem emoções, mas salário incomparável. OOOO End. eletrônico: edita@rnasser.com.br