Novo motor Fiat GSE: 109 cv no Uno de 1,3 litro
11/08/2016
Família com três e quatro cilindros estreia em breve com ênfase nas baixas rotações; Uno retocado é o primeiro a receber
FCA, por sua marca Fiat, corre nos últimos retoques na evolução do Uno, a versão GSE — sigla de Global Small Engine, nova geração mundial de motores de pequena cilindrada. Começa com duas versões: três cilindros, 1,0 litro e projetados 80 cv, com curva de melhor torque na categoria — grosso modo, torque move o carro nas cidades —, e quatro cilindros, 1,3 litro e a surpreendente potência de 109 cv (novo Chevrolet Onix com motor 1,4 gera 106 cv, e VW Gol 1,6 de oito válvulas, 104 cv. São 83,8 cv por litro de potência específica.
É pacote de renovação e, como ouvi, o Carlos Eugênio Dutra, diretor comercial, quebrou o cofrinho. Na prática, explica investimentos para agregar a maior quantidade de itens diferenciativos. Além da mudança na frente, perdendo os três furinhos na parte central, terá grade comportada, com elementos lembrando a colmeia dos antigos radiadores. Para-lamas, para-choques e grupo óptico também mudam. Dentro, alteração nas em cores, tecidos e possivelmente o painel do Grand Siena.
Parte operacional lidera. Além dos novos motores, intensa agregação de equipamentos eletrônicos para melhorar conforto, como controle elétrico de vidros para as quatro portas e central multimídia. E desempenho, onde lidera a direção elétrica para reduzir consumo; parada/partida automática, controle eletrônico de estabilidade, assistente de saída em rampa. Trará efeito positivo na transmissão automatizada Dualogic.
Na prática, a Fiat crê na expansão deste segmento e quer tornar seus produtos os de maior conteúdo e conforto, assim como em desempenho e economia. Em paralelo criar distância do Mobi, forçando-o a assumir a liderança de vendas na marca.
Motores à parte
Nesta fase da indústria automobilística, quando advogados, burocratas e ecologistas se uniram para reduzir níveis de consumo e emissões, há revolução tecnológica nos motores. Intensa utilização de alumínio, redução de peso nas peças, de atrito entre elas, otimização do ciclo energético. Na verdade do balcão, menos emissões, menos consumo, sem letargia.
A nova família GSE muda parâmetros, mas conviverá por uns três anos com os então revolucionários motores Fire dos anos 80. Pessoal da Fiat relata com orgulho técnico as conquistas feitas na primeira geração. O projeto, dizem, tem engenharia humana, entenda-se engenhosidade: praticamente começou do zero, sem ser evolução dos motores em produção.
Muitas mudanças. Alumínio no bloco, cabeçote e cárter; corrente de acionamento do eixo comando de válvulas, abandonando a correia dentada; virabrequim defasado; câmaras de combustão tidas como as melhores do mundo. Neste primeiro degrau a combinação cilindrada x potência x torque x rendimento do automóvel x economia x emissões tem os melhores resultados.
Parte de três cilindros/1,0, e adição de cilindro com idênticas medidas — e bielas, pistões, anéis, bronzinas comuns — cria o 1,3 contendo custos. Nesta direção despreza o uso de quatro válvulas por cilindro, o duplo comando e o Multi Air, revolucionária patente Fiat, atendo-se ao centenário arranjo de apenas duas válvulas por cilindro. Porém, com certeza, na próxima evolução, mais oito válvulas e 1,4 turbo.
L200 Triton Sport, nova picape Mitsubishi
Precedida por informações desencontradas (seria importada; apresentação no Salão do Automóvel), HPE, representante da Mitsubishi no Brasil, fez pré-divulgação do novo modelo. Vendas, entretanto, apenas em outubro.
Construída em Catalão, GO, totalmente nova, mudança em chassis, medidas — está mais curta e com menor distância entre eixos —, novo motor de 2,4 litros de alumínio, mantendo características como comando variável para válvulas. Três versões: HPE Top; HPE; GLS. Sob o ponto de vista de Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento, é evolução da família anterior, mantida em produção, com muita aptidão fora de estrada. Novo motor produz 190 cv e importantes 43,8 m.kgf em torque.
Esteticamente é novo produto, com nova administração do espaço interno para habitabilidade e maior inclinação do encosto do banco traseiro, apesar da redução das dimensões. Dentro, equipamentos de segurança, assistentes de freio e estabilidade; sistema de partida em subidas e interessante adjutório para controlar derrapagens quando tracionando reboque.
Versão GLS usa caixa manual de seis marchas e o controle para engatar a tração das 4 rodas é feminina rodinha no console ligada a infinidade de fios, terminais, sensores, conexões. Saudades da lógica do Dr. Gurgel — João Augusto Conrado do Amaral Gurgel —, da fábrica com seu nome: peça que o carro não tem, não quebra. Nesta via os japoneses andam na contramão.
Em infodiversão, tela com 17,5 cm para controle de computador, som, navegação. Preços de R$ 132 mil a R$ 175 mil.
Demandada, a assessoria de relacionamento com a imprensa não informou quantas velocidades tem a transmissão automática. E por que as versão antiga Savana com transmissão manual custa mais ante nova versão GLS, igualmente manual?
Roda a Roda
Situação – Notícias sobre a possibilidade de venda do colosso Magneti Marelli à coreana Samsung fez ações da FCA saltar quase 10%. Partes não comentam, mas a de olhos puxados quer usar áreas de iluminação/técnica e entretenimento para aumentar presença mundial. A de olhos vivos, quitar os volumosos empréstimos com vencimento em 2019.
Disputa – Grupo Volkswagen superou grupo Toyota no primeiro semestre: vendeu 5,120 milhões de automóveis e comerciais leves contra 5 milhões. Disputa vinha acirrada, mas o Dieselgate — emissões superiores ao limite legal — diminuiu as vendas. Neste ano, entretanto, parece haver consciência do público de o problema não afetar características dos produtos e confiança na marca. Toyota teve problemas com fornecimento de autopeças, causados por terremoto.
Charme – Mais charmoso dos encontros de veículos antigos, o Pebble Beach Concours d’Élegance terá nova edição dia 21. Dentre atrações paralelas, BMW exporá veículos mais caracterizadores de seu século de atividades. Dentre BMW Isetta 300, dois exemplares de 328 pré-guerra, participantes de Mille Miglia e 24 Heures du Mans, o 3/15 DA2, primeiro dos automóveis BMW, e os Art Cars pintados por Alexander Calder e Jeff Koons.
Elvis – BMW aposta no 507 ex-Elvis Presley como maior atração ao seu pedaço de gramado. Esportivo de contadas unidades, foi comprado pelo Rei do Rock quando servia ao Exército na Alemanha após ter vencido prova no circuito francês de Linas-Monthléry, conduzido por Hans Stuck. Elvis comprou, trocou o tom Branco Pena por Vermelho Alfa; vendeu-o; e o 507 cumpriu período de corridas e sumiu. Agora, restaurado pela BMW, será atração maior de sua exposição junto aos antigos.
Retomada – Acreditando nos sinais de retomada econômica da área do Mercosul, José Luiz Gandini, nº 1 da operação Kia no Brasil, anunciou reiniciar produção do caminhão Bongo por sua filial Kia Motors de Uruguay. Medida antecipa em um mês planos iniciais, e coincide com inauguração de amplas e imponentes instalações para gestão e assistência da marca no vizinho país. Lá responde por 3% das vendas.
Aliás – Kia teve em julho o melhor mês de vendas com chegada do novo Sportage. Alegria de pobre dura pouco: cota de importação sem pagar 30 pontos percentuais sobre IPI é 400 carros/mês — inferior à demanda. Empresa solicitou tal redução ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas a pretensão não anda.
Não vem – Diretoria da FCA viu e gostou da projeção no desenho da picape Toro, para transformá-la em utilitário esporte. Apenas gostou. Para afastar palpitologia sobre tal lançamento, declara não o fará. Não concorreria com próximo lançamento, Jeep Compass, de dimensões e confortos superiores ao Renegade. Usa plataforma deste e da Toro.
Enfim – Gostas do Chevrolet Classic? Corra. O mais antigo GM em nosso mercado parou de ser importado da Argentina.
De volta – Mudanças na Ford e promoções aumentaram vendas em 18% em julho – 17.396 veículos. Na relação de concorrentes marcou 9,6% do mercado, e volta à quarta posição, mítica referência.
Razão – Empresa inverteu executivos, pinçou Antônio Baltar de caminhões para automóveis, mudou de presidente, e missão de Lyle Watters é resgatar lucratividade até o final do ano. Ford vem perdendo dinheiro na América Latina.
Promoção – Chery Brasil em campanha limpa-pátio: é a Trust Share, ação na matriz para comemorar 5 milhões de unidades. Dá desconto de R$ 6 mil para modelos Celer Hatch e Sedan. Vale até o fim do mês.
Situação – Apesar do crescente número de venda de carros novos, mercado dos EUA aumentou média de consumo. Coisa pouca, 1% entre junho e julho. Muita, entretanto, quando se vê o gasto médio: 11,3 km/litro. Apesar dos banheirões, dos motores grandes, das enormes picapes e SUVs, em economia superam nossa frota de quatro cilindros.
Portátil – Autoprotection Titanium, para limpar e cristalizar a pintura de veículos, ganhou versão com 300 ml, para ser carregado no porta luvas. Titânio na composição, permite cristalizá-la. Custa R$ 99; tubo para três aplicações.
Mudança – Tracbel, distribuidora Volvo em parte do Nordeste, assumiu Amazonas, Pará, Roraima e Amapá. Venderá portfólio Volvo para trabalho: caminhões, chassis para ônibus, equipamentos para construção, motores marítimos e industriais Volvo Penta. Representante anterior, Apavel centrará no Ceará, Maranhão e Piauí.
Apoio – Para melhorar assistência técnica, Cummins Brasil em acordo com DCCO, distribuidora para o Centro Oeste, implantou Centro de Treinamento em Goiânia. Quer levar conhecimento a mecânicos do interior.
Cobaias – Centro de Engenharia de Conforto da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, para a Boeing recruta voluntários para testes de conforto em voos. Avaliação estática, em réplica de cabine com 30 assentos, em câmara de pressão – um mock-up. Avaliação início de setembro. Interessado? E-mail para conforto@usp.br. Resultados servirão a companhias operando Boeings. Não é o caso da Latam, hoje detentora dos menores espaços interfileiras.
Gente – Gislaine Matano,41, academicamente lastreada, mudança. Nova gerente de marketing e comunicação da Triumph Motocicletas. / Carlos Tavares, engenheiro com MBA em marketing, novo diretor de peças DAF, Paccar e TRP, do grupo Paccar. Antes era diretor comercial e de engenharia da Lifan.
SelecTrucks, Mercedes inova nos usados
Mercado estável e movimento anual de 300 mil unidades, instigaram Mercedes-Benz a implantar no Brasil a SelecTrucks. Negócio é de receber usados de qualquer marca ou ano na compra dos novos Mercedes, e revendê-los com cuidados adicionais, garantia de procedência, revisão, garantia de até um ano, pagamento em 12 meses. Um diferencial no mercado brasileiro, resume Roberto Leocini, VP da Mercedes.
Sistema existe na Alemanha e na África do Sul, e acelera no Brasil. Começou em Mauá, SP, maior mercado de caminhões usados, à média de um negócio/dia, dobrando em junho. Resultados levaram a instalar outra unidade do SelecTrucks em Betim, MG, e expandirá: próxima em Curitiba, PR.
Negócio se amplia: gera venda do 0Km; a venda do usado; e o momento econômico do país outro desdobramento: empresas formando frota de usados adquiridos no SelecTrucks.
Não é transação comum, com o proprietário de caminhão usado, levando-o ao concessionário Mercedes-Benz para ser avaliado, combinando como paga a diferença para o novo. Transação inicia da mesma forma: o interessado vai ao concessionário, e a mudança é que este não compra nem recebe o caminhão como entrada, mas contata o SelecTrucks, e este manda avaliar o caminhão por empresa especializada. Feito o negócio, o SelecTrucks paga ao concessionário, e o interessado ajusta a diferença.
Revisados, caminhões de todas as marcas são vendidas pelo SelecTrucks, e o novo modelo de negócio implementa renovação de frota; troca de usados por menos usados; e até renovação de frota por outra menos rodada.
Os serviços disponíveis nos Concessionários – atendimento de garantia; peças novas e remanufaturadas, contratos de manutenção, assistência de 24 horas, financiamentos pelo Banco Mercedes-Benz – são disponíveis aos clientes do SelecTruck. Saber mais: www.selectrucks.com.br.
11/08/2016
Família com três e quatro cilindros estreia em breve com ênfase nas baixas rotações; Uno retocado é o primeiro a receber
FCA, por sua marca Fiat, corre nos últimos retoques na evolução do Uno, a versão GSE — sigla de Global Small Engine, nova geração mundial de motores de pequena cilindrada. Começa com duas versões: três cilindros, 1,0 litro e projetados 80 cv, com curva de melhor torque na categoria — grosso modo, torque move o carro nas cidades —, e quatro cilindros, 1,3 litro e a surpreendente potência de 109 cv (novo Chevrolet Onix com motor 1,4 gera 106 cv, e VW Gol 1,6 de oito válvulas, 104 cv. São 83,8 cv por litro de potência específica.
É pacote de renovação e, como ouvi, o Carlos Eugênio Dutra, diretor comercial, quebrou o cofrinho. Na prática, explica investimentos para agregar a maior quantidade de itens diferenciativos. Além da mudança na frente, perdendo os três furinhos na parte central, terá grade comportada, com elementos lembrando a colmeia dos antigos radiadores. Para-lamas, para-choques e grupo óptico também mudam. Dentro, alteração nas em cores, tecidos e possivelmente o painel do Grand Siena.
Parte operacional lidera. Além dos novos motores, intensa agregação de equipamentos eletrônicos para melhorar conforto, como controle elétrico de vidros para as quatro portas e central multimídia. E desempenho, onde lidera a direção elétrica para reduzir consumo; parada/partida automática, controle eletrônico de estabilidade, assistente de saída em rampa. Trará efeito positivo na transmissão automatizada Dualogic.
Na prática, a Fiat crê na expansão deste segmento e quer tornar seus produtos os de maior conteúdo e conforto, assim como em desempenho e economia. Em paralelo criar distância do Mobi, forçando-o a assumir a liderança de vendas na marca.
Motores à parte
Nesta fase da indústria automobilística, quando advogados, burocratas e ecologistas se uniram para reduzir níveis de consumo e emissões, há revolução tecnológica nos motores. Intensa utilização de alumínio, redução de peso nas peças, de atrito entre elas, otimização do ciclo energético. Na verdade do balcão, menos emissões, menos consumo, sem letargia.
A nova família GSE muda parâmetros, mas conviverá por uns três anos com os então revolucionários motores Fire dos anos 80. Pessoal da Fiat relata com orgulho técnico as conquistas feitas na primeira geração. O projeto, dizem, tem engenharia humana, entenda-se engenhosidade: praticamente começou do zero, sem ser evolução dos motores em produção.
Muitas mudanças. Alumínio no bloco, cabeçote e cárter; corrente de acionamento do eixo comando de válvulas, abandonando a correia dentada; virabrequim defasado; câmaras de combustão tidas como as melhores do mundo. Neste primeiro degrau a combinação cilindrada x potência x torque x rendimento do automóvel x economia x emissões tem os melhores resultados.
Parte de três cilindros/1,0, e adição de cilindro com idênticas medidas — e bielas, pistões, anéis, bronzinas comuns — cria o 1,3 contendo custos. Nesta direção despreza o uso de quatro válvulas por cilindro, o duplo comando e o Multi Air, revolucionária patente Fiat, atendo-se ao centenário arranjo de apenas duas válvulas por cilindro. Porém, com certeza, na próxima evolução, mais oito válvulas e 1,4 turbo.
L200 Triton Sport, nova picape Mitsubishi
Precedida por informações desencontradas (seria importada; apresentação no Salão do Automóvel), HPE, representante da Mitsubishi no Brasil, fez pré-divulgação do novo modelo. Vendas, entretanto, apenas em outubro.
Construída em Catalão, GO, totalmente nova, mudança em chassis, medidas — está mais curta e com menor distância entre eixos —, novo motor de 2,4 litros de alumínio, mantendo características como comando variável para válvulas. Três versões: HPE Top; HPE; GLS. Sob o ponto de vista de Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento, é evolução da família anterior, mantida em produção, com muita aptidão fora de estrada. Novo motor produz 190 cv e importantes 43,8 m.kgf em torque.
Esteticamente é novo produto, com nova administração do espaço interno para habitabilidade e maior inclinação do encosto do banco traseiro, apesar da redução das dimensões. Dentro, equipamentos de segurança, assistentes de freio e estabilidade; sistema de partida em subidas e interessante adjutório para controlar derrapagens quando tracionando reboque.
Versão GLS usa caixa manual de seis marchas e o controle para engatar a tração das 4 rodas é feminina rodinha no console ligada a infinidade de fios, terminais, sensores, conexões. Saudades da lógica do Dr. Gurgel — João Augusto Conrado do Amaral Gurgel —, da fábrica com seu nome: peça que o carro não tem, não quebra. Nesta via os japoneses andam na contramão.
Em infodiversão, tela com 17,5 cm para controle de computador, som, navegação. Preços de R$ 132 mil a R$ 175 mil.
Demandada, a assessoria de relacionamento com a imprensa não informou quantas velocidades tem a transmissão automática. E por que as versão antiga Savana com transmissão manual custa mais ante nova versão GLS, igualmente manual?
Roda a Roda
Situação – Notícias sobre a possibilidade de venda do colosso Magneti Marelli à coreana Samsung fez ações da FCA saltar quase 10%. Partes não comentam, mas a de olhos puxados quer usar áreas de iluminação/técnica e entretenimento para aumentar presença mundial. A de olhos vivos, quitar os volumosos empréstimos com vencimento em 2019.
Disputa – Grupo Volkswagen superou grupo Toyota no primeiro semestre: vendeu 5,120 milhões de automóveis e comerciais leves contra 5 milhões. Disputa vinha acirrada, mas o Dieselgate — emissões superiores ao limite legal — diminuiu as vendas. Neste ano, entretanto, parece haver consciência do público de o problema não afetar características dos produtos e confiança na marca. Toyota teve problemas com fornecimento de autopeças, causados por terremoto.
Charme – Mais charmoso dos encontros de veículos antigos, o Pebble Beach Concours d’Élegance terá nova edição dia 21. Dentre atrações paralelas, BMW exporá veículos mais caracterizadores de seu século de atividades. Dentre BMW Isetta 300, dois exemplares de 328 pré-guerra, participantes de Mille Miglia e 24 Heures du Mans, o 3/15 DA2, primeiro dos automóveis BMW, e os Art Cars pintados por Alexander Calder e Jeff Koons.
Elvis – BMW aposta no 507 ex-Elvis Presley como maior atração ao seu pedaço de gramado. Esportivo de contadas unidades, foi comprado pelo Rei do Rock quando servia ao Exército na Alemanha após ter vencido prova no circuito francês de Linas-Monthléry, conduzido por Hans Stuck. Elvis comprou, trocou o tom Branco Pena por Vermelho Alfa; vendeu-o; e o 507 cumpriu período de corridas e sumiu. Agora, restaurado pela BMW, será atração maior de sua exposição junto aos antigos.
Retomada – Acreditando nos sinais de retomada econômica da área do Mercosul, José Luiz Gandini, nº 1 da operação Kia no Brasil, anunciou reiniciar produção do caminhão Bongo por sua filial Kia Motors de Uruguay. Medida antecipa em um mês planos iniciais, e coincide com inauguração de amplas e imponentes instalações para gestão e assistência da marca no vizinho país. Lá responde por 3% das vendas.
Aliás – Kia teve em julho o melhor mês de vendas com chegada do novo Sportage. Alegria de pobre dura pouco: cota de importação sem pagar 30 pontos percentuais sobre IPI é 400 carros/mês — inferior à demanda. Empresa solicitou tal redução ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas a pretensão não anda.
Não vem – Diretoria da FCA viu e gostou da projeção no desenho da picape Toro, para transformá-la em utilitário esporte. Apenas gostou. Para afastar palpitologia sobre tal lançamento, declara não o fará. Não concorreria com próximo lançamento, Jeep Compass, de dimensões e confortos superiores ao Renegade. Usa plataforma deste e da Toro.
Enfim – Gostas do Chevrolet Classic? Corra. O mais antigo GM em nosso mercado parou de ser importado da Argentina.
De volta – Mudanças na Ford e promoções aumentaram vendas em 18% em julho – 17.396 veículos. Na relação de concorrentes marcou 9,6% do mercado, e volta à quarta posição, mítica referência.
Razão – Empresa inverteu executivos, pinçou Antônio Baltar de caminhões para automóveis, mudou de presidente, e missão de Lyle Watters é resgatar lucratividade até o final do ano. Ford vem perdendo dinheiro na América Latina.
Promoção – Chery Brasil em campanha limpa-pátio: é a Trust Share, ação na matriz para comemorar 5 milhões de unidades. Dá desconto de R$ 6 mil para modelos Celer Hatch e Sedan. Vale até o fim do mês.
Situação – Apesar do crescente número de venda de carros novos, mercado dos EUA aumentou média de consumo. Coisa pouca, 1% entre junho e julho. Muita, entretanto, quando se vê o gasto médio: 11,3 km/litro. Apesar dos banheirões, dos motores grandes, das enormes picapes e SUVs, em economia superam nossa frota de quatro cilindros.
Portátil – Autoprotection Titanium, para limpar e cristalizar a pintura de veículos, ganhou versão com 300 ml, para ser carregado no porta luvas. Titânio na composição, permite cristalizá-la. Custa R$ 99; tubo para três aplicações.
Mudança – Tracbel, distribuidora Volvo em parte do Nordeste, assumiu Amazonas, Pará, Roraima e Amapá. Venderá portfólio Volvo para trabalho: caminhões, chassis para ônibus, equipamentos para construção, motores marítimos e industriais Volvo Penta. Representante anterior, Apavel centrará no Ceará, Maranhão e Piauí.
Apoio – Para melhorar assistência técnica, Cummins Brasil em acordo com DCCO, distribuidora para o Centro Oeste, implantou Centro de Treinamento em Goiânia. Quer levar conhecimento a mecânicos do interior.
Cobaias – Centro de Engenharia de Conforto da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, para a Boeing recruta voluntários para testes de conforto em voos. Avaliação estática, em réplica de cabine com 30 assentos, em câmara de pressão – um mock-up. Avaliação início de setembro. Interessado? E-mail para conforto@usp.br. Resultados servirão a companhias operando Boeings. Não é o caso da Latam, hoje detentora dos menores espaços interfileiras.
Gente – Gislaine Matano,41, academicamente lastreada, mudança. Nova gerente de marketing e comunicação da Triumph Motocicletas. / Carlos Tavares, engenheiro com MBA em marketing, novo diretor de peças DAF, Paccar e TRP, do grupo Paccar. Antes era diretor comercial e de engenharia da Lifan.
SelecTrucks, Mercedes inova nos usados
Mercado estável e movimento anual de 300 mil unidades, instigaram Mercedes-Benz a implantar no Brasil a SelecTrucks. Negócio é de receber usados de qualquer marca ou ano na compra dos novos Mercedes, e revendê-los com cuidados adicionais, garantia de procedência, revisão, garantia de até um ano, pagamento em 12 meses. Um diferencial no mercado brasileiro, resume Roberto Leocini, VP da Mercedes.
Sistema existe na Alemanha e na África do Sul, e acelera no Brasil. Começou em Mauá, SP, maior mercado de caminhões usados, à média de um negócio/dia, dobrando em junho. Resultados levaram a instalar outra unidade do SelecTrucks em Betim, MG, e expandirá: próxima em Curitiba, PR.
Negócio se amplia: gera venda do 0Km; a venda do usado; e o momento econômico do país outro desdobramento: empresas formando frota de usados adquiridos no SelecTrucks.
Não é transação comum, com o proprietário de caminhão usado, levando-o ao concessionário Mercedes-Benz para ser avaliado, combinando como paga a diferença para o novo. Transação inicia da mesma forma: o interessado vai ao concessionário, e a mudança é que este não compra nem recebe o caminhão como entrada, mas contata o SelecTrucks, e este manda avaliar o caminhão por empresa especializada. Feito o negócio, o SelecTrucks paga ao concessionário, e o interessado ajusta a diferença.
Revisados, caminhões de todas as marcas são vendidas pelo SelecTrucks, e o novo modelo de negócio implementa renovação de frota; troca de usados por menos usados; e até renovação de frota por outra menos rodada.
Os serviços disponíveis nos Concessionários – atendimento de garantia; peças novas e remanufaturadas, contratos de manutenção, assistência de 24 horas, financiamentos pelo Banco Mercedes-Benz – são disponíveis aos clientes do SelecTruck. Saber mais: www.selectrucks.com.br.