Novos Fiats: dois igual a cinco
13/05/2016
FacebookTwitterGoogle+WhatsAppLinkedInEmailMarca corre no desenvolver hatch e sedã para substituir Palio, Siena, Grand Siena, Punto e Linea com novo motor três-cilindros
Fiat corre para ter novidades afinadas com o mercado, vender mais, fazer lucros, retomar liderança no mercado nacional – exceção a confundir executivos de marcas fora do país e alegrar condutores da Fiat.
Quer mudar produtos. Desfruta da picape Toro, líder de vendas no segmento; recém apresentou o Mobi para segmento urbano, os SPM – sem porta-malas; corre no desenvolver hatch e sedã para substituir Palio, Siena, Grand Siena, Punto e Linea. Base será plataforma dita 326 – antiga, original do Palio. Novo motor três-cilindros GSE de 1,3 litro e 12 válvulas, 105 cv, primeiro desdobramento do 1,0, em final de acertos de testes, para substituir o veterano 1,4.
São os projetos X6H — de hatch — e X6S de sedã. Hatch será brasileiro e sedã argentino, preferências dos mercados. Distância entre eixos no sedã será de 2,65 m, maior que a do Grand Siena e a do Linea. Três-cilindros é nova família, não aviada a tempo em versão 1,0-litro para o Mobi. Acima do 1,3, os E-Torq 1,6 e 1,8 de quatro cilindros. A FCA aplicará US$ 500 milhões no ampliar a capacidade de produção fábrica de Ferreyra, Córdoba. Projetos para vendas no próximo ano.
Tem mais, o Junior
A quem insiste não perceber o vivo processo de americanização administrativa da Fiat, evidências. O processo é consequente aos bons resultados da gestão dos novos mandões, o presidente John Elkan, herdeiro Agnelli, nascido e criado nos EUA, e o CEO Sergio Marchionne, ítalo-canadense, com base de formação norte-americana.
Internacionalizando-se com a assunção da Chrysler, adotaram o modelo de gestão e trouxeram-no à FCA, onde se inclui a Fiat. Latinidade é consentida, mas é exceção. É marcha à ré histórica. Há menos de dois milênios os romanos estenderam limites, costumes a boa parte do mundo.
Um dos novos desdobramentos dos projetos H6H e H6S foi ordem recente: fazer novo produto, um jipinho. Será pequeno, com feição aventureira, para conviver como opção e eventualmente substituir, em ânimo e aparência, os rentáveis Weekend Adventure e Idea.
Fonte com vivência próxima aos neo-mandões informa, a ordem para a América do Sul apenas padroniza as determinações para o mercado norte-americano. Lá, picapes, utilitários e SUVs representam 60% das vendas: fez FCA alterar a cara operacional da Chrysler. Por exemplo, cortará o sedã 200, menor da Chrysler, e no espaço industrial terá novo tipo de picape Ram, possivelmente menor. Idem, criar espaços em fábricas de automóveis para variáveis menores e maiores sobre plataforma Cherokee. A de maior porte exumará o nome Wagoneer. Terá o novo jipe Wrangler com elevada dosagem de alumínio, e testa picape sobre ele desenvolvido.
Linha a ser seguida no Brasil aproveitará o talento da engenharia de Betim:
criar produtos novos sobre plataformas antigas. No caso, do Palio/Grand Siena surgirá o Junior, como dito em americanês, ou jipinho, como aqui rotulado, reduzido investimento para a nova carroceria e adaptar uso de diferentes opções de tração – normal 4×2 e opcional 4×4.
Oportunidade há. Mercado é carente por tal morfologia, cresceu 2.000% em 10 anos, mesmo com a atual crise. Tem rentáveis produtos: Jeep Renegade, Honda HR-V, Ford Ecosport, Renault Duster. E tê-los-á menores: Nissan Kicks, Honda WR-V.
Não há prazo para o a novidade ainda sem rótulo oficial. X6H e X6S aparecerão no Salão do Automóvel. Do sabido, desenvolvimento não atrapalha o Projeto 551, adaptação da plataforma Renegade para fazer Jeep maior, a substituir atuais Compass e Patriot. Nome a Coluna antecipou: Compass.
Projeto é tratado internamente como Jipinho. E apesar de baseado em plataforma Fiat e desenvolvido pelo pessoal da área Fiat, será o menor dos Jeeps. Não é exercício de futurologia. Corre-se com o negócio. O padrão norte-americano de gestão descobriu como a latinidade da Fiat em Betim é capaz, rápida e barata para criar produtos.
A hora da EsculhambaçomHá uns anos fui convidado a jantar com o então mandão maior da Ford, o Jacques Nasser – parte dos Nasser da florida Zahle, Líbano, emigrou para a Austrália, e o Jac, brilhante, veio aos EUA. Detroit, casa cheia, o festejado Chef recebeu o cliente poderoso e convidados com reverência, na cozinha. Outro jornalista, o baiano Paulinho Brandão, expert em música, leva discos com música brasileira aos jantares onde vai no exterior. Faz o som do ambiente, divulga o país e, ao final, presenteia ao anfitrião – é um sedutor.
Tudo bem, Chef se desdobrando para agradar — havia, então, em Detroit duas autoridades maiores, os presidentes da GM e da Ford —, jantar rolando, serviço com caras, bocas, mesuras e rapapés, um casal desce a escada e a senhora, simpática, sorridente, objetiva, em função da música indaga em português correto se há algum brasileiro à mesa. Festividades, amenidades, era casada com o diretor de produção do Ford mais importante como volume e lucros, a picape F-150. Reverência ao patrão, conversinhas, ele contou haver trabalhado no Brasil onde conhecera a atual mulher. Fora promovido e voltara para o importante posto junto à direção.
Perguntei-lhe, se pudesse resumir, qual a coisa de maior saudade do Brasil. O engenheiro foi objetivo:
Esculhambaçom. E aos esperando ouvir caipirinha, sol, ganhar em dólar gastar em reais, ter vários empregados, explicou: há um duende escondido em cada reunião no Brasil. Apresenta-se o projeto pensando nos prazos e passos como nos EUA, e de repente alguém tem uma solução, conhece alguém, sabe de alguma coisa inteiramente fora de propósito, mas aplicável. E as coisas funcionam. Sem explicação, mas funcionam. E justificou: aqui são tantas regras, métodos, padrões, que saem, mas demoram.
Por que esta estória? Porque Fiat e Jeep funcionarão no Brasil enquanto a latina
esculhambaçom for a regra. Se vier a se enquadrar e buscar o parágrafo único do artigo x do regulamento y, da sub regra anexa, será apenas uma filial norte-americana nos trópicos. E será lenta e lesa — totalmente diversa do cenário conhecido.
Uma Hilux Peugeot
Consequência de acordo operacional entre Toyota e Peugeot, já com os primeiros veículos lançados na Europa, grupo PSA anunciou voltar ao segmento de picapes médias na América do Sul. Aqui já esteve com Peugeot 504, diesel, importada da Argentina ao início da década de 90.
Retorno, anunciou como furo a revista francesa
Automoto (ilustração)
, ocorreria por picape argentina construída pela Toyota e com personalização da marca francesa. Há coerência: Peugeot precisa, mandatoriamente, crescer no Continente; definição existe; Toyota argentina tem capacidade industrial; método cumpre objetivos de somar sinergias, reduzir custos para desenvolver e prazo para tê-la no mercado. Na prática seria o bom produto japonês com mudança de grade frontal, grupo óptico – uma característica Peugeot – e interior mais afrancesado. Publicação francesa exumou o nome Hoggar, da pequena picape sobre o modelo 207 – apesar da boa formulação e estabilidade capital, nunca se justificou em vendas.
Decisão sedimenta vizinho país como maior produtor de picapes médias. Fazem Ford Ranger e Toyota Hilux e farão, como a Coluna antecipou, mono produto com variações Nissan, Renault e Mercedes. Marcus Brier, diretor de assuntos corporativos da Peugeot, confirma a decisão, partida do topo da empresa na França. Mas alerta, não há substância quanto a formas e prazos. Do lado, Erick Boccia, porta-voz, informa, a Toyota brasileira não tem conhecimento, e não está apta a comentar declarações dadas por outro fabricante.
Roda a Roda
Tá limpo – Duas empresas externas de investigação, Jones Day nos EUA e Gleiss Lutz na Alemanha, nada encontraram comprometendo executivos superiores na Volkswagen relacionando seu conhecimento ou ações no caso dos motores diesel emitindo poluentes acima do teto legal.
Ação – VW reage no campo do problema, os carros. Enfatiza carros mais econômicos e menos poluentes, como o T-Prime GTE, elétrico poderoso em seus 375 cv.
Prejuízo – Comprando à Mitsubishi Kei Cars – os pequenos, motor de 660 cm³, Nissan pediu os parâmetros de aferição de consumo. A Mitsubishi descobriu, há 25 anos alguns jovens engenheiros mudaram a base de medição para indicar menos gastos. Ou seja, enorme prejuízo.
Compra – Nissan fez proposta de compra de ações da Mitsubishi. Com aporte de equivalentes R$ 7,5 bilhões, assumiu 34% da empresa – e seu comando. Aliança Renault-Nissan controla a Autovaz, maior das russas, e tem parte da Daimler, fazendo um troca-troca de sinergias.
Mais – Negócio deve manter família e o Banco Mitsubishi; foi realizado na sede da Nissan em efeito demonstração de poder; anunciado pelo presidente Carlos Ghosn como do tipo ganha-ganha, exceto para o CEO e Presidente da Mitsubishi Osamu Masuko, a deixar a empresa. Não será surpresa se a indenização devida pela Mitsubishi à Nissan – e cobrada – tenha motivado o negócio, e virado parcela na conta da compra.
Local – Chevrolet apresentou na Argentina o Cruze de segunda geração, seu carro mundial. Festa contou com Mary Barra, CEO da corporação. Sorriu muito – e não falou de investimentos. Coluna já o descreveu: motor 1,4-litro, todo em alumínio, injeção direta, turbocompressor. Faz 153 cv – supera o VW da mesma cilindrada, aplicado em Golf, Jetta e Audi A3. Versão sedã em junho. Hatch no Salão do Automóvel.
Lançamentos – Kicks não será o primeiro lançamento da Nissan, mas o Sentra (foto). E logo, dia 20. Inicia segundo ciclo do modelo, com mudança frontal, tentando corrigir engano da marca – grades variadas, sem uma assinatura familiar. No caso, agora assemelhada aos sedãs superiores, Altima e Maxima. Atrás, novos para-choque e grupo óptico. No rolante mantém motor 2,0, transmissões manual e CVT e o engano de aplicar rodas com 17 pol — buracos nacionais têm apetite pantagruélico pelos pneus de perfil baixo. Deve manter a política comercial: mirar nos líderes e oferecer preço menor.
Toyota – Seis de junho apresentará o Prius, seu elétrico, e o mais vendido no incentivado mercado norte-americano. Não será o Prime, recém-lançado nos EUA, elétrico de carregar apenas na parede. Versão daqui é híbrida, com motorzinho auxiliar a gasolina. Ocasião pode permitir anúncio de feitura local.Relevo – Nele terá Mark Hogan, ex-presidente da GM Brasil, e hoje o único norte-americano no board japonês da Toyota, com missão adicional de acertar a marca na América do Sul. Já arrumou a casa e o Etios.
Jeito – Anúncios enfatizando produto e características alavancaram vendas do Citroën Aircross em 83% em abril. Consequência feliz, aumento de produção para atender à demanda.
Promoção – Perdendo clientes, participação e posições no ranking de vendas — talvez pelo desmesurado salto em preços aplicados a seus automóveis —, Ford tenta incrementar vendas no segmento de picapes. Implementou conteúdo da Ranger, enfatiza aplicar sete bolsas infláveis — concorrente Chevrolet S10 porta apenas duas —, controle eletrônico de estabilidade, cabine dupla. Motor Duratec de 2,5 litros, com álcool 173 cv. Preços de R$ 99.500 para XLS, bem utilizável; R$ 109.500 XLT, revestimento em couro e estribos cromados. Acima, Limited, R$ 118.500, itens automobilísticos, como alarme de mudança de faixa e controlador da distância à frente.
Mudança – 2016 poderá marcar mudanças no gráfico de vendas e presença no mercado doméstico para automóveis O Km. Resultados janeiro/abril alteraram quadro nas marcas começadas pela letra F. Fiat, após 13 anos, perdeu a liderança para a GM. Ford, há quase duas décadas na quarta posição, viu-se ultrapassada pelos olhos puxados. Hyundai ascendeu ao lugar, seguida por Toyota. Foi-se à sexta posição.
Ocasião – Volkswagen abre ótima oportunidade a jovens talentos em design. Tema Blue Racing propõe desenvolvimento e aplicação dos códigos da marca em carro de competição. Aos vencedores, estágio de um ano na área de Design. Área boa. Muitos dos premiados continuaram carreira na VW ou no exterior. Um deles, Marco Antonio Pavone, foi à matriz alemã e lá desenhou o festejado Up. Mais, www.vw.com.br/pt/institucional/design.
Registro – 13 de maio, Dia do Automóvel. Nada a ver com o fim da escravatura, mas com a inauguração da estrada Pé da Serra-Petrópolis, emendando o Rio de Janeiro à estância serrana. Construção particular, por placas de concreto, pelos sócios do Automóvel Club.
Cadastro – Associados do grupo www.simca.com.br há anos organizam cadastro para apurar sobreviventes dentre os aproximados 66 mil veículos produzidos como Simca e desdobramentos Chrysler Regente, Esplanada e GTX. Registram 551 unidades. Ainda há muitos automóveis com proprietários distantes do movimento colecionista.
Willys – Idem, grupo de colecionadores interessados no sedã Aero-Willys, em arrancada para unir proprietários do modelo, de maior produção, em torno de 99 mil unidades, extremamente resistente e, por isto, possivelmente maior acervo remanescente. Conhece algum para informar aos grupos? Simca acima e Willys em www.willysoverland.com.br.
Araxá – Único evento de automóveis antigos insistindo em realizar leilão e criar tradição, o Encontro de Araxá manterá iniciativa e liderança do leiloeiro Paulo Leite, o Paulão. Entretanto, para o cunho e o aval antigomobilista contratou Maurício Marx, segunda geração da família envolvida com os antigos. Marx quer dar cunho profissional e segurança aos negócios, assumindo cuidar da veracidade de conteúdo e histórico dos veículos; conferência de documentos, aptos a pronta transferência, ao final do bater do martelo, sem atrasos ou dificuldades.
Gente – Luciano Resner, engenheiro especializado em Manufatura, ex diretor de desenvolvimento GM América do Sul, e então diretor de Qualidade na Chery, promoção. Vice Presidente Operacional.