Nestes últimos dias, tenho olhado na internet assuntos relacionados à Chery. Esperava ver algo sobre o SOP (start of production) do Arrizo 5, em Jacareí, afinal, este seria o primeiro carro efetivamente desenvolvido pela CAOA Chery e, mesmo que assim não o seja, seria uma oportunidade para montadora ganhar espaço na mídia.
Achei muitos vídeos sobre o modelo em questão, bem como sobre os Tiggo 4 e 7, já lançados na imensa maioria dos países que nos circundam, em especial matérias vindas do Chile e Peru. Neste segundo, em especial, o Tiggo 4, ao menos por enquanto, apenas com o motor 2.0 aspirado, mas bem recheado de equipamentos. Tiggo 7, matérias superficiais, mas com a informação da presença do motor 1.5 turbo no modelo. O que me chamou bastante a atenção ontem, foi um vídeo do Chile, falando sobe o carro ano/modelo 2.019: com MESES de presença no referido mercado, agora, o modelo PERDEU MUITOS EQUIPAMENTOS. Tem os preços deste MY (model year), mas não achei, nem fiz força para procurar, confesso, os preços do lançamento. O que o carro PERDEU por lá:
- rodas aro 19. Agora, só aro 18, mas isso me parece ser algo que tem sido padronizado pela marca mundo afora. Na China, versão superior continua com rodas aro 19;
- sensores de estacionamento dianteiros;
- possibilidade de interior laranja. Lá, agora, só em couro preto com costuras brancas. Pessoalmente, acho uma pena, pois acho UM SACO modelos com interiores monocromáticos, gosto da possibildade de outras cores. Se pensarmos que, coloridos, eram apenas os revestimentos em couro, ou seja, nada de plásticos coloridos, então, acaba sendo uma economia porca. Na China, além do couro preto e laranja, existem para o modelo as opções marrom e vermelho (quase cor de vinho). Curiosamente, nada de um cinza claro, e isso em muitos modelos daquele país. O que será que eles tem contra tal cor?
- bancos dianteiros perderam regulagem elétrica, bem como aquecimento;
- ar condicionado, agora, por lá, digital, mas “monozona”;
- câmeras 360 graus, que me parece uma das maiores perdas, em vista do enorme aumento de capacidade de visualização que tal item promove. Passa a ter apenas câmera traseira;
- airbags cortina. Outra perda realmente notável, pensando no que representa para a segurança geral dos passageiros. Como já disse à respeito de Polo/Virtus e Cronos/Argo, ainda que a estrutura seja sólida, a questão é a quantidade de “área dura” que fica sem cobertura de bolsas;
- carregador por indução, também já era. Não ficou claro se o item vai permanecer sendo oferecido ao menos como opcional/acessório.
No geral, me exaspera pensar que praticamente todos os nossos vizinhos já tem os modelos Tiggo 4 e 7 à venda e aqui, para variar e provavelmente por conta da nacionalização, nada ainda. Ao menos o 7 já estava em testes faz tempo e com isso, imaginava um corte de tempo, ou ao menos não atraso, em sua venda por aqui. Quer dizer, a nacionalização, exatamente como aconteceu com os modelos Hyundai da CAOA, acaba servindo mesmo é para atrasar a vinda de tais modelos ao nosso mercado. Depois, em vista do depenamento do modelo no mercado chileno, nada ainda sobre o Peru, sendo aquele mercado estável, sem notícias de problemas com dólar ou o que seja para justificar tal atitude, a questão é o quanto deste processo vem para cá.