ACELERAMOS O NOVO AUDI A3 SEDAN
Modelo só chega ao país em abril de 2014 e pode ter fabricação nacional
por GLAUCO LUCENA, DE BUDAPESTE
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24/06/2013 11h04- atualizado às 11h06 em 24/06/2013
Audi A3 Sedan (Foto: Divulgação)
O A3 existe há 17 anos e está em sua terceira geração. Mas só agora, às vésperas de completar a maioridade, é que a Audi percebeu o potencial de ter uma versão três volumes de seu tradicional hatch médio, voltado para um público, digamos, um pouco mais maduro. Três volumes? Bom, ele está mais para um "dois volumes e meio"' como o velho Ford Escort. Ou um notchback, como definiu a montadora alemã durante o lançamento mundial no A3 Sedan, na Hungria.
A escolha desse país do leste europeu não foi por acaso. O modelo está sendo produzido na fábrica de Györ, no noroeste da Hungria, quase na tríplice fronteira com a Eslováquia e a Áustria. A unidade recebeu um grande investimento, pois antes só produzia o esportivo TT e o A3 Cabriolet, além de motores.
Autoesporte experimentou a novidade nos arredores da charmosa capital húngara, já que ele só chega ao Brasil em abril - em setembro na Europa. Os preços serão levemente superiores aos do hatch.
Comecei a avaliação pela versāo mais cara que será vendida no Brasil, equipada com motor 1.8 TFSI, câmbio S-Tronic (automatizado de seis marchas e dupla embreagem) e tração integral Quattro. Na versão com tração dianteira ele tem sete marchas, por questão de adequações mecânicas. O comportamento dinâmico é muito parecido com o do A3 Sportback. O peso é praticamente o mesmo, e a traseira espichada, com spoiler integrado, até contrubui com a aerodinâmica do carro.
Com 4,46 metros de comprimento, o sedã ficou 15 cm mais longo que o hatch quatro portas. Ganhou 1 cm de largura, mas perdeu 1 cm de altura. Com isso, tem centro de gravidade similar ao do A3 comum. Nas estradas mais sinuosas, ele não mostrou tendência a desgarrar com facilidade. A direção elétrica progressiva, bem direta, passa mais segurança do que emoção.
Por sinal, segurança não é problema para o sedâ, que tem controle de cruzeiro inteligente, controle de estabilidade de última geração e assistente de manutenção de faixa, entre outros itens eletrônicos. Mas o destaque é mesmo a versatilidade proporcionada pelo Audi Drive Select, que regula as respostas da suspensão, dos amortecedores, do pedal do acelerador, do câmbio e da direção. Dá para rodar com maior coforto e, em boas estradas, aproveitar o lado esportivo do modelo.
Desempenho
A Audi declara aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e máxima de 235 km/h. Como as estradas da Hungria estāo num meio termo entre as alemãs e as brasileiras, deu para chegar perto dos 200 km/h com facilidade. Cravando o pé, o câmbio joga para quarta marcha, e depois alivia para quinta. A sexta só entra para garantir economia. Mas o motorista pode brincar de trocar as marchas pelas aletas atrás do volante.
Assim como no motor 1.8, o 1.4 também tem injeção direta e turbo, mas vai acoplado a câmbio automatizado de sete marchas, uma a mais, para tentar manter os giros não tão elevados, o que aumentaria o consumo. Essa foi a outra versão que dirigi, com tração só na dianteira. Ela será a de entrada no mercado brasileiro, com 140 cv de potência (18 cv a mais que no A3 hatch) e 25,5 kgfm de torque, mesma força do 1.8, que rende 180 cv.
A versão 1.4 não decepciona, mesmo depois de eu ter saído da 1.8. O torque igual ajuda nas boas respostas, embora apareça numa faixa de giros menos ampla que no 1.8. Mas é bem adequado às limitações legais e de qualidade das estradas brasileiras,e muito econômico na estrada (faz 21km/l, segundoma marca, com gasolina europeia). Diz a Audi que ele vai a 100 km/h em 8,4 s e chega a 217 km/h. Sob baixa demanda, dois cilindro são desativados,mpor economia. Sistema start-stop é de série.
A Audi ainda não lançou na Europa o A3 Sedan com motor 1.4 de 122 cv, mas essa versão não deverá ser vendida no Brasil, onde a marca alemã quer que o modelo tenha perfil mais premium que o do hatch, para brigar em pé de igualdade com o Mercedes CLA - versão sedā do Classe A, que chega na metade do segundo semestre.
A briga dos dois, aliás, promete. Se o Mercedes é mais arrojado, o Audi passa uma imagem elegante. A dianteira é igual à do hatch, e por tabela da maioria dos Audis. De lado ele fica mais interssante, com linha de cintura alta, sulcos nas portas e para-lamas mais salientes. O teto não cai de forma tão acentuada na traseira, como no CLA, o que garante maior espaço para cabeça nos bancos traseiros. Lá, duas pessoas viajam com bom espaço; o do meio sacrifica o conforto de todos.
O porta-malas é bem razoável com seus 425 litros, 60 l a mais que no A3 Sportback, mas 45 l menor que o do CLA. De resto, o A3 Sedan tem interior bem semelhante ao do hatch, já que o entre-eixos não mudou. O painel é bem comportado em termos de estilo. O destaque é o kit multimídia, que inclui sistema de som Bang & Olufsen e navegação MMI Plus. Uma tela de 7 polegadas emerge eletronicamente do centro do painel, com opção do e do MMI Touch, onde o usuário pode “rabiscar", por meio do toque, letras e números para suas buscas. O sistema Audi Connect complementa a navegação MMI Plus, com acesso à internet e redes sociais.
Segundo o diretir de Marketing da Audi alemã, Benjamin Holle, o A3 Sedan mira mercados como o dos Estados Unidos e da China, único país onde o modelo também será produzido. Ele também é cotado para produção no Brasil ou México a médio prazo. Segundo Holle, metade das vendas globais da linha A3 se concentrarão no sedã. O esportivo S3 Sedan, de 300 cv, chega no Salão de Frankfurt, em setembro, jutamente com o A3 Cabriolet, comemorando os 18 anos do A3.
Viagem a convite da Audi