Detroit, à beira da falência, pode ter intervenção
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<tr> <td bgColor="#ffffff"> foto de arquivo
Cidade perdeu indústria, empregos e população</td></tr></table> |
A cidade de Detroit, sede da General Motors e conhecida como
“capital mundial do automóvel”, está à beira da falência.
<p>Pouco mais de um mês após concentrar as atenções da imprensa mundial em torno
de seu Salão do Automóvel, Detroit acaba de ser declarada em estado de
emergência fiscal pelo governador do estado de Michigan, Rick Snyder.
<p>De acordo com a autoridade estadual, “provavelmente não há nenhuma cidade
mais ameaçada financeiramente em todos os Estados Unidos. Em termos de serviços
para os cidadãos, Detroit está entre as piores do país – caiu do topo para o
fundo nos últimos 50 ou 60 anos”.
<p>
Intervenção - Num encontro público com a comunidade, televisionado
nesta sexta-feira (01/03), o governador anunciou que o estado irá nomear um
administrador com poderes para tentar salvar as finanças municipais, cortando
gastos, modificando contratos com sindicatos de funcionários, fechar ou unir
repartições públicas, agilizar a venda de bens públicos e, se nada disso
resolver, encaminhar o processo de falência da cidade – uma possibilidade
existente na legislação americana.
<p>Detroit tem uma dívida de longo prazo de US$ 14 bilhões (aproximadamente R$
28 bilhões) e enfrenta perspectivas de queda de arrecadação de impostos
irreversíveis nos próximos anos.
<p>
Fuga em massa - A cidade, que chegou a ter 1,8 milhões de habitantes,
hoje tem apenas 700 mil, o que levou à queda de arrecadação e prejuízo na
qualidade dos serviços públicos, entre eles transporte e segurança (nos EUA, a
polícia é municipal). Quarteirões comerciais quase inteiros mostram vitrines
fechadas por tapumes, no centro e bairros vizinhos.
<p>Num efeito que se realimenta continuamente, na falta de bons empregos e boas
condições de vida, a classe média migrou para outras cidades e a população hoje
é, na maioria, de baixa renda, com predominância afro-americana.
O anúncio feito pelo governador prenuncia uma batalha política e legal, já
que há setores contrários à medida.
Jorge
Meditsch