Montadoras chinesas com planos de fábrica atrasados no Brasil
04/06/2013
Por: Ricardo de Oliveira |
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A sobretaxa de 30% sobre o IPI para importados, somado a indefinição sobre os processos de produção exigidos pelo Inovar-Auto para baixa produção, levou vários projetos de fábrica de montadoras chinesas ao atraso. De todos os planos de construção de linhas de montagem, apenas Chery e JAC avançaram na realidade, enquanto os demais existem apenas no papel e em imagens virtuais.
Ao todo, os projetos somam R$ 4 bilhões em investimentos e contemplam a produção de mais de 300.000 veículos. Entre elas, está também a coreana SsangYong, que vai dividir as linhas de montagem em Linhas/ES com veículos comerciais da Hafei (Towner) e com os carros da Haima. O projeto custará US$ 300 milhões e prevê 10.000 unidades do Korando por ano. Já a Hafei terá planta de R$ 250 milhões e 30.000 veículos por ano. As obras ainda não foram iniciadas, prometidas para janeiro de 2013. A empresa Brasil Montadora espera definição do Inovar-Auto.
Outra chinesa é a Great Wall, que atrasou seu projeto de fábrica em São Paulo em um ano. A representante procura local nas cidades de São Bernardo do Campo, Guarulhos, Ribeirão Preto e na catarinense Joinville. Ela quer produzir 50.000 carros por ano no Brasil. Já a Changan (representada pelo mesmo grupo de SsangYong, CN Auto e Haima), deverá ter fábrica em Goiás, mais precisamente em Anápolis, onde a CAOA já produz veículos da Hyundai. O projeto de US$ 150 milhões e 50.000 carros por ano não avançou ainda. A produção começaria no primeiro semestre de 2014.
A fabricante de caminhões Sinotruk quer produzir 5.000 unidades por ano em Lages/SC com investimento de R$ 300 milhões. O plano era começar a produção em junho de 2014, mas a construção atrasou e a terraplanagem ainda nem começou. Outra montadora é a Shacman, que iria construir uma fábrica de R$ 1 bilhão em Caruaru/PE para produzir 10.000 caminhões, mas mudou os planos para Tatuí/SP e reduziu o investimento para R$ 400 milhões. A promessa é de começar as obras esse ano.
A Foton queria gastar US$ 500 milhões na produção de caminhões leves no Brasil, já com início da produção no fim de 2013. No entanto, ainda há indefinição quanto ao local, disputado por Guaíba/RS e mais três cidades paulistas. Mas o investimento será menor, em torno de R$ 250 milhões para produzir 21.000 unidades/ano. Paralelamente, a Foton tem outro projeto em Camaçari/BA, onde prevê a montagem de veículos comerciais e investimento de R$ 300 milhões. Também ainda não começou.
Por fim, a Lifan iria construir uma fábrica no Brasil em parceria com a Effa Motors. Com o desmembramento do negócio no Mercosul, a chinesa engavetou o projeto brasileiro e concentrou esforços no aumento da capacidade uruguaia, plataforma de acesso ao mercado nacional. Mesmo assim, o fabricante chinês ainda estuda uma fábrica para o país.
[Foto: Terreno em Lages/SC comprado para a Sinotruk - Fonte: Portal da Serra SC]
[Fonte: Valor via ANTP]