Fred escreveu:Achei que eles usavam o investimento para mandar $ para a matriz de outra forma, tipo, superfaturando pagamento de tecnologia para produção, matrizes, etc.
Pode até ser. Por exemplo, a VW (sempre ela, mas porque era onde ficava mais evidente para mim) dizia sempre que tal carro era "caro demais para o Brasil" e isso acontecia, basicamente, porque diferentemente das japas, que desenvolvem o carro desde o começo rateando o custo do projeto entre as subsidiárias inicialmente selecionadas para produzirem (a maior parte) ou venderem (a menor parte) determinado modelo, a VW, em tese, desenvolve o carro, e depois (não necessariamente depois do lançamento), vende o projeto para a subsidiária que vai produzí-lo e aí, vende caro, muito caro, PORQUE A MATRIZ DETERMINA UM PERCENTUAL DE RETORNO SOBRE O PROJETO e como não quer perder vendas na matriz, onde o mercado maduro inclusive está em queda, o lugar onde ganha dinheiro é para onde vende mais caro o projeto. Hoje, Golf VII já se vende na África do Sul (montado lá em CKD) e em diversos países do norte da África (Egito, Marrocos, etc.), lugares estes que tem pisos tão ruins quanto aqui, portanto, este conversa do passado de que o carro era caro pela tropicalização, já não cola. No teste do A3 na Hungria, onde é feito, tem uma revista afirmando que o piso de lá é algo entre o europeu e o brasileiro, TENDO LUGARES COM O PISO TÃO BOM QUANTO NA EUROPA OU TÃO RUIM QUANTO NO BRASIL, portanto, de novo, tropicalização para justificar preço caro de projeto, É GOLPE!
Outra maneira de arrancar dinheiro da gente é o tal dos JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO, onde a matriz "deixa de levar" lucro, que em algum momento vai sair daqui, é fato, mas cobra por isso. Ou quando o câmbio é favorável, traz capital para a subsidiária como empréstimo, cobra por isso e ainda ganha na arbitragem, quando o dinheiro vai embora, no momento mais oportuno.