MINHAS DECEPÇÕES NO SALÃO DO AUTOMÓVEL:
AUDI: Esta, me traz um misto de espanto e até indignação. Sobre os importados, mostraram o RS4, mas o RS5, que inclusive foi lançado ANTES da perua, nada. BMW tem nadado de braçada, sozinha no segmento, enquanto a Mercedes ainda não trouxe o C63 S cupê. E a Audi nem dá mostras de reagir. Audi A6, A7 e A8, mostrados, revirados e no caso do último, com praticamente UM ANO DE “DELAY” EM RELAÇÃO AO SEU LANÇAMENTO, data de venda efetiva, absolutamente nada ainda. Audi A4, recebeu facelift lá fora e não foi mostrado aqui. Este modelo em especial e o Q3 são os que me causam maior espanto no seu posicionamento. Volta e meia falam que a Audi vai fazer outro modelo, provavelmente no lugar do A3 sedan, no Paraná, mas a plataforma do A4 é a MLB, com motor longitudinal, ou seja, um “bicho” completamente diferente daquilo que é feito lá atualmente, seja pela VW, seja pela Audi. E aí reside, então o meu espanto… A planta paranaense foi preparada para a MQB, com motor tranversal, como Golf, A3, Polo, Virtus, T-Cross, etc., então, me parece absolutamente lógico, portanto fácil e rápido, que a marca nacionalizasse o novo Q3, talvez e especialmente, de forma inicial com o mesmo importado praticamente completo, mas desmontado. Ganharia pontos em oferecer um produto novo, moderno, praticamente junto com o mercado europeu, investindo naquele segmento que “bomba” hoje e não no de sedans executivos, que não parece tão promissor assim, ao menos por agora. A gente já sabe que a Pirelli está fabricando pneus até aro 21, se não me engano; ao que parece os pneus run flat do EcoSport são Pirelli, ou seja, a italiana cumprindo outra promessa, então, item nacionalizado, fora tudo aquilo menos tecnológico, tipo rodas, partes metálicas de suspensão, amortecedores (os convencionais), sistema de exaustão, sistema de direção elétrica, quem sabe o painel, em vista de que aquele do Polo vai ser nacionalizado, forros de teto, de caixas de rodas, etc.; uma grande variedade de itens a nacionalizar, ou quem sabe, já nacionalizados, que poderiam ajudar a marca em termos de custo com o novo Q3! E, repito, aí então fica o contra senso de jornalistas falarem da nacionalização do A4, quando até mesmo a linha de montagem parece absolutamente pronta para receber o novo Q3. A1 e Q2, este já à venda em Chile, Uruguai e, acho, na Argentina, são “aquelas” dúvidas. O primeiro, é a versão “roupa de gala” (mais ou menos, em vista de seu acabamento interno, agora, como em outras marcas premium, com bem menos partes soft touch) do Polo. Acho que só faria sentido se pudesse ser colocado acima do Polo GTS, mas aí incorreria no problema de que lá fora, o motor maior é o novo 1.5, não feito aqui e com o 1.0, se errar no preço, o Polo mata, se ficar entre Polo normal e GTS, pode acabar atrapalhando a venda deste. Q2 é mais ou menos o mesmo caso, pois acaba sendo, para nós, uma versão de entre eixo curto do T-Cross e acaba dividindo os problemas citados do A1.
HYUNDAI: Esta, para mim, se encontra numa situação que beira a esquizofrenia. Foi amplamente divulgado que foi fechado acordo entre CAOA e Hyundai, se não me engano, por mais dez anos, que as empresas voltaram às boas, etc., mas o fato é que com a CAOA ocupada com a Chery, Hyundai perdeu espaço, inclusive e especialmente no sentido de aqueles anúncios de página inteira, com chamada nos rodapés das primeiras páginas dos grandes jornais do país tinham sumido. Agora, esta semana eu vi um anúncio de página inteira, é fato, n’O Estado de São Paulo, mas sem chamada no rodapé da primeira página, que ficou para o Tiggo5x e o anúncio, no caso para o (não tão) New Tucson, na pagina 5, após o do modelo chinês-goiano, na página 3. No caso do produto coreano, que não foi mostrado no Salão do Automóvel com o facelift, que inclusive já se encontra à venda em nossos vizinhos, Chile, Argentina e Uruguai, por exemplo, no jornal aparece como “New Tucson 2.019” SEM O TAL TAPA NO VISUAL. Ou seja, sem perspectiva do mesmo chegar ao nosso mercado. Por sinal, se temos a fábrica aqui, PORQUE OS MODELOS VENDIDOS NOS VIZINHOS NÃO SÃO EXPORTADOS DAQUI? Elantra, no melhor estilo Kia, mantem o 2.0 aspirado flex. Pessoalmente, esperava que o mesmo usasse o 1.4 turbo, que equipa o i30 europeu, pois além de ter como qualidades especificações de torque e potência praticamente idênticas ao TSI da VW, esperava eu que (a) em vista de que o Creta usa exatamente a mesma plataforma do Elantra, este passasse a ser montado aqui e, quem sabe assim, a marca desenvolvesse a suspensão para uso de rodas maiores e não como faz agora, e já faz tempo, diminuindo o tamanho das rodas e, consequentemente, aumentando a altura dos pneus, uma saída fácil e barata, que para mim demonstra descaso com o nosso mercado e (b) que, quem sabe, com este motor, se iniciasse a nacionalização do mesmo, bem como do 1.0 “Tsi” da mesma família da Hyundai, para o novo HB20, inclusive. Lembro que o i30 é vendido na Argentina, inclusive na feroz variante “N” e que lá, como aqui, mercado de hatchs encolhe, mas mesmo assim, lançamentos acontecem, então as desculpas dadas para sua não vinda, bem como do interessantíssimo i30 fastback, ao nosso mercado, não me convencem. Veloster, então… Santa Fé novo, assim como o Elantra e o Sonata (híbrido, se não me engano), foram mostrados, especulados, mas sobre a chegada DE FATO, nada, ABSOLUTAMENTE NADA. Kona, assim como o Toyota C-HR, não vir, para mim é completamente incompreensível. Poderia, como nos EUA, ter uma versão 2.0 aspirada, começando em preço onde termina o Creta e uma versão 1.6 turbo, terminando onde começa o New Tucson. Apertado? De fato, MAS É EXATAMENTE ASSIM QUE ESTÃO FAZENDO O ENCAIXE DESTE MESMO MODELO NA LINHA DE PRODUTOS DA MARCA NO CHILE E NA ARGENTINA!
KIA: Como sempre, nesta marca, praticamente como faz a Renault, o problema é o excesso de promessas não cumpridas. Sportage recebeu facelift, é fato, mas continua com o mesmo motor de sempre (DETALHE: esta é a mesma configuração que tem a Argentina, com a diferença que, por lá, há ainda uma com motor Diesel), mas nada de vir do México. Isso implica em duas ocorrências: primeiro, a marca se livraria do Imposto de Importação (I.I.), pois seus modelos são importados da Coréia e o modelo mexicano recebeu acabamento soft touch no interior, que eu não sei se o modelo vendido aqui tem. Outro ponto a detalhar, é que o modelo vendido no mercado mexicano tem apenas o motor 2.4; não olhei como é o modelo vendido nos EUA, também feito no México. PROMESSAS, PROMESSAS, como disse, a marca tem inúmeras e TODAS NÃO CUMPRIDAS! Começando pela parte de baixo da tabela (de preços), o sempre prometido Kia Rio, MAIS UMA VEZ. A desculpa, como sempre, é o dólar, mas como várias outras marcas, “esquece” que no caso do modelo mexicano, repito, não paga I.I., o que já a ajuda e lembro que outras, pagam o imposto e são submetidas às mesmas variações de moeda, portanto, esta conversa de dólar atrapalhando, quando outras marcas continuam seu ciclo de lançamentos demonstra (a) incompetência de custos ou (b) oportunismo mesmo, em termos de desculpa para não fazer nada. Subindo na cadeia de preços, temos o Cerato 2.019, que não é o modelo renovado, também feito no México, ou seja, em tese, sedan novo apenas lá pelo fim do ano e permanece a dúvida se o mesmo vai continuar sem bater de frente com o Elantra, COMO OCORRE EM OUTROS MERCADOS, e se assim o for, já sabemos, vamos ter um carro muito bonito, com motor insuficiente e equipamentos no mínimo. O Stonic, primo-irmão do Hyundai Kona, foi mostrado, mas exatamente como faz a Renault, logo em seguida foi dito que não vem. Ou seja, mostram produto, mostram qualidade tecnologia e logo em seguida, dão o “passa fora” na possibilidade do mesmo vir ao Brasil, numa tentativa cretina de colat qualidades que seus produtos tem no exterior naquilo que ela vende aqui e que não oferecem aqui. Gostaria muitíssimo de ver o Ceed hatch e sua (BELÍSSIMA) perua por aqui.