GASOLINA COMUM TEM TEOR DE ENXOFRE REDUZIDO EM 75%
A partir deste mês, toda a gasolina vendida no país deverá conter 50 mg/kg de enxofre;Aditivação obrigatória entra em vigor apenas em julho de 2015
por TEREZA CONSIGLIO
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02/01/2014 13h51- atualizado às 15h25 em 02/01/2014
A partir deste mês, não são apenas os carros produzidos no país os únicos a acolherem novos conteúdos - no caso, o airbag duplo e os freios ABS. A gasolina comercializada no Brasil também começa a ser vendida com mudanças em sua composição.
Segundo determinações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), toda a gasolina comum vendida nos postos do país a partir de 2014 deverá conter no máximo 50 mg/kg de enxofre. Até então, o derivado do petróleo encontrado nas bombas em 2013 possuia o teor 200 mg/kg em sua composição. Com a redução de 75% na quantidade da substância, a ANP afirma que a qualidade da nossa gasolina está mais próxima da comercializada nos países europeus e nos Estados Unidos e contribuirá para diminuir em até 94% as emissões de enxofre na atmosfera.
Para Clayton Zambeu, membro da Comissão Técnica de Motores Ciclo Otto da SAE Brasil, a restrição é bastante significativa, mesma assim ainda o nível de enxofre ainda é superior ao da gasolina comercializada na Europa. “A redução é grande, mas é simplesmente porque o valor anterior de enxofre era enorme. Para você ter uma ideia, em 2009, na Europa, o teor de enxofre aceitável na gasolina era de apenas 10 mg/kg”, comenta o engenheiro.
E há uma explicação científica para esse alto teor de enxofre da gasolina nacional. “O petróleo retirado das reservas brasileiras é bem mais pesado do que o óleo retirado na Ásia, por exemplo, e por isso possui naturalmente uma grande quantidade de enxofre. E o processo para retirar essa substância, chamado dessulfurização, é extremamente complexo e caro”. Está aí, segundo Zambeu, o motivo que levou a nova regulamentação da gasolina sair do papel. A medida está prevista desde 2009 pelo L6 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve L6), que determinou os limites máximos de emissões dos veículos e os prazos.
O que muda?
Em relação ao dia a dia dos motoristas e dos veículos, Zambeu lembra que, apesar de a mudança não implicar em qualquer aumento de desempenho dos motores, a redução no teor de enxofre além de diminuir o nível de emissões, também aumentará a vida útil dos catalisadores. “Os compostos sulforados que se formam dentro da câmera de combustão "envenenam" o catalisador depois de 80 mil quilômetros”, explica Zambeu.
Com a nova especificação do combustível, é provável que o período de troca e manutenção do catalisador aumente. Segundo a ANP, em função do processo de refino adotado, a nova gasolina também poderá apresentar coloração mais clara e odor diferente.
COMENTÁRIOS: Contextualizando, tal medida já era prevista desde o fim do governo FHC e foi postergada, assim como foram alargados os limites do PROCONVE e adiada a escolha dos tais caças do projeto FX/2, primeiramente, pela crise que ainda era ressaca de crises internacionais que tal governo pegou, bem como pela crise que o próprio governo FHC criou, que trouxe uma inflação alta, bem como pela demora da divulgação da tal "Carta aos Brasileiros" pelo Lula. No governo PT, a dessulfurização da gasolina foi deixada de lado o mais de tempo possível, ainda que os lucros da Petrobras fossem altos. Isso, entre outras coisas, impediu realmente por um bom tempo a vinda de motores com injeção direta, talvez pela falta de vontade das montadoras em adaptar tais motores à nossa realidade, que contém outro item, não sei se agravante, que é a presença de etanol na gasolina. Quando tais motores vieram, foi esclarecido que a injeção direta funcionava apenas parcialmente, pois o nível de enxofre ainda era alto e impedia a ativação da estratificação da injeção. Com a Podium da Petrobras e sua "irmã" da Shell, com 10 ppm de enxofre (no lançamento, índice menor do que a gasolina vendida na Europa naquele momento), a estratificação se tornava possível, DESDE QUE O CARRO FOSSE ABASTECIDO APENAS COM A TAL GASOLINA. O que para mim, para quem compra um carro caro, não seria nenhum drama. Neste momento, me vem à memória a história contada por mais de um vendedor da Eurobike, de um fazendeiro daqui, com muitas, mas muitas terras mesmo, que comprou um BMW 335 (acho que para sua esposinha nova, novinha mesmo, em especial na idade) e o cara, tendo tanto dinheiro, quanto tinha esterco nas botas, sempre reclamava na concessionária do preço das revisões, do preço da gasolina, etc., o que me faz pensar que a estratificação desligada não seria por conta de uma quantidade de sujeitos deste tipo muito maior do que se possa pensar. Gasolina com enxofre em quantidades altas, carboniza a substância nos bicos em caso de estratificação, portanto, eis a justificativa. Acho um acinte ficarem nesta conversa de que "ainda não se sabe de quanto o preço aumentará", pois em qualquer país civilizado do mundo, que em sua maioria não tem estatal de petróleo, concede-se algum benefício ao combustível, pensando no benefício ao meio ambiente que tal medida trará e, a médio e longo prazo, à diminuição de gastos com saúde, esperada por conta de um ar mais limpo. Fora que por conta do tempo que tal medida levou para ser implementada, já deve ter seu custo absorvido. Ou seja, para mim, é mais uma das inúmeras medidas feitas para meterem a mão no nosso bolso.
A partir deste mês, toda a gasolina vendida no país deverá conter 50 mg/kg de enxofre;Aditivação obrigatória entra em vigor apenas em julho de 2015
por TEREZA CONSIGLIO
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02/01/2014 13h51- atualizado às 15h25 em 02/01/2014
A partir deste mês, não são apenas os carros produzidos no país os únicos a acolherem novos conteúdos - no caso, o airbag duplo e os freios ABS. A gasolina comercializada no Brasil também começa a ser vendida com mudanças em sua composição.
Segundo determinações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), toda a gasolina comum vendida nos postos do país a partir de 2014 deverá conter no máximo 50 mg/kg de enxofre. Até então, o derivado do petróleo encontrado nas bombas em 2013 possuia o teor 200 mg/kg em sua composição. Com a redução de 75% na quantidade da substância, a ANP afirma que a qualidade da nossa gasolina está mais próxima da comercializada nos países europeus e nos Estados Unidos e contribuirá para diminuir em até 94% as emissões de enxofre na atmosfera.
Para Clayton Zambeu, membro da Comissão Técnica de Motores Ciclo Otto da SAE Brasil, a restrição é bastante significativa, mesma assim ainda o nível de enxofre ainda é superior ao da gasolina comercializada na Europa. “A redução é grande, mas é simplesmente porque o valor anterior de enxofre era enorme. Para você ter uma ideia, em 2009, na Europa, o teor de enxofre aceitável na gasolina era de apenas 10 mg/kg”, comenta o engenheiro.
A ANP também havia determinado através da resolução nº 38 que, a partir de janeiro de 2014, toda a gasolina vendida no Brasil fosse aditivada, mas a medida foi revogada pela resolução 40, em 25 de outubro de 2013, determinando um novo prazo para a ação. Agora, a aditivação obrigatória deve começar a valer a partir de julho de 2015. |
O que muda?
Em relação ao dia a dia dos motoristas e dos veículos, Zambeu lembra que, apesar de a mudança não implicar em qualquer aumento de desempenho dos motores, a redução no teor de enxofre além de diminuir o nível de emissões, também aumentará a vida útil dos catalisadores. “Os compostos sulforados que se formam dentro da câmera de combustão "envenenam" o catalisador depois de 80 mil quilômetros”, explica Zambeu.
Com a nova especificação do combustível, é provável que o período de troca e manutenção do catalisador aumente. Segundo a ANP, em função do processo de refino adotado, a nova gasolina também poderá apresentar coloração mais clara e odor diferente.
COMENTÁRIOS: Contextualizando, tal medida já era prevista desde o fim do governo FHC e foi postergada, assim como foram alargados os limites do PROCONVE e adiada a escolha dos tais caças do projeto FX/2, primeiramente, pela crise que ainda era ressaca de crises internacionais que tal governo pegou, bem como pela crise que o próprio governo FHC criou, que trouxe uma inflação alta, bem como pela demora da divulgação da tal "Carta aos Brasileiros" pelo Lula. No governo PT, a dessulfurização da gasolina foi deixada de lado o mais de tempo possível, ainda que os lucros da Petrobras fossem altos. Isso, entre outras coisas, impediu realmente por um bom tempo a vinda de motores com injeção direta, talvez pela falta de vontade das montadoras em adaptar tais motores à nossa realidade, que contém outro item, não sei se agravante, que é a presença de etanol na gasolina. Quando tais motores vieram, foi esclarecido que a injeção direta funcionava apenas parcialmente, pois o nível de enxofre ainda era alto e impedia a ativação da estratificação da injeção. Com a Podium da Petrobras e sua "irmã" da Shell, com 10 ppm de enxofre (no lançamento, índice menor do que a gasolina vendida na Europa naquele momento), a estratificação se tornava possível, DESDE QUE O CARRO FOSSE ABASTECIDO APENAS COM A TAL GASOLINA. O que para mim, para quem compra um carro caro, não seria nenhum drama. Neste momento, me vem à memória a história contada por mais de um vendedor da Eurobike, de um fazendeiro daqui, com muitas, mas muitas terras mesmo, que comprou um BMW 335 (acho que para sua esposinha nova, novinha mesmo, em especial na idade) e o cara, tendo tanto dinheiro, quanto tinha esterco nas botas, sempre reclamava na concessionária do preço das revisões, do preço da gasolina, etc., o que me faz pensar que a estratificação desligada não seria por conta de uma quantidade de sujeitos deste tipo muito maior do que se possa pensar. Gasolina com enxofre em quantidades altas, carboniza a substância nos bicos em caso de estratificação, portanto, eis a justificativa. Acho um acinte ficarem nesta conversa de que "ainda não se sabe de quanto o preço aumentará", pois em qualquer país civilizado do mundo, que em sua maioria não tem estatal de petróleo, concede-se algum benefício ao combustível, pensando no benefício ao meio ambiente que tal medida trará e, a médio e longo prazo, à diminuição de gastos com saúde, esperada por conta de um ar mais limpo. Fora que por conta do tempo que tal medida levou para ser implementada, já deve ter seu custo absorvido. Ou seja, para mim, é mais uma das inúmeras medidas feitas para meterem a mão no nosso bolso.