NAS LOJAS: CITY É VENDIDO ACIMA DO PREÇO DE TABELA, MAS NÍVEL DE ATENDIMENTO DA REDE É QUALIFICADO
No geral, há pouco margem para negociação e as versões de entrada e topo de linha estão praticamente indisponíveis para pronta-entrega
por REDAÇÃO AUTOESPORTE
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23/10/2014 17h09- atualizado às 17h23 em 23/10/2014
Honda City 2015 (Foto: Tereza Consiglio)
Com o visual completamente renovado, o novo Honda City chegou às lojas há cerca de um mês com uma missão ousada: emplacar cerca de 3 mil unidades por mês, o que significa praticamente dobrar a atual média mensal de 1.716 unidades. Para isso, perdeu um pouco da antiga sobriedade e ganhou linhas mais esportivas, mais próximas às do irmão maior Civic. Também ganhou novidades mecânicas e ganhou mais espaço interno. Mas sem a atuação da rede de autorizadas dificilmente essa meta será alcançado. Por isso, percorremos várias revendas da marca em São Paulo para avaliar o atendimento e as condições de negociação para o carro. Confira como foi a experiência:
Qualidade do atendimento Consistência é a palavra ideal para definir o atendimento nas concessionárias Honda. Nas três lojas visitadas pela reportagem, os vendedores demonstraram conhecer muito bem o produto que vendiam. Os três consultores tinham na ponta da língua as especificações do motor 1.5 de 115 cv, mas apenas um deles se lembrou de dizer que o motor recebeu a tecnologia FlexOne, que dispensa o uso do tanquinho de gasolina.
Todos destacaram o ganho de espaço interno em relação ao modelo anterior e o aumento do porta-malas de 506 litros para 536 l. Também informaram que o antigo câmbio automático de cinco marchas foi trocado pela transmissão CVT. Mas o destaque foi o atendimento de uma vendedora, funcionária de uma concessionária no bairro da Pompeia. Ela não só informou corretamente os dados de consumo do modelo com gasolina (quase 12 km/l na cidade e 14 km/l na estrada), como tentou me explicar a diferença entre o câmbio CVT e o automático. "Diferente do câmbio automático, no câmbio CVT não existe marcha, por isso você não sente o tranquinho da troca. Ele beneficia o consumo de combustível porque mantém o motor sempre na mesma faixa de rotação", disse.
Os vendedores também souberam apresentar de forma clara as diferenças de preços e versões do modelo. Ao menos dois deles fizeram questão que eu entrasse em duas configurações distintas para me mostrar as diferenças do painel, acabamento e equipamentos. Só achei que o discurso em favor do City diante dos concorrentes poderia ser melhor: a resposta padrão era: "Ah, mas a nossa mecânica é mais robusta e confiável, não dá para comparar com outros". Nem tanto, nem tanto.
Honda City 2015 (Foto: Tereza Consiglio)
Infraestrutura Mesmo as lojas com espaço físico menor dispõem de pelo menos duas versões do novo City no showroom. Mas não espere encontrar o modelo de entrada DX com câmbio manual. No geral, as lojas contam apenas com as configurações intermediárias LX e EX, que possuem diferenças consideráveis de equipamentos e acabamentos. Quer fazer um test drive? Há lojas que pedem um agendamento prévio, outras não. Mas todas contam apenas com o modelo topo de linha EXL à disposição do cliente para dar uma voltinha.
Honda City 2015 (Foto: Tereza Consiglio)
NegociaçãoAssim como aconteceu com o Fit, todas as versões do City foram oferecidas por cerca de
R$ 1 mil a mais que o preço de tabela e sem qualquer margem de negociação. A versão LX, por exemplo, sugerida pela montadora por R$ 62.900 foi ofertada nas três lojas por
R$ 63.890 ( Até no sobrepreço ouve consistência no atendimento). O mesmo tipo de oferta foi verificada para a configuração EX, tabelada a R$ 66.700 mas encontrada na vida real por R$ 67.690 ou R$ 67.890. Diante desse aumento, tentei chorar um descontinho. Um consultor afirmou que poderia conseguir algum tipo de abatimento para a versão LX, mas algo em torno de R$ 500 ou R$ 600, apenas.
Outro disse que poderia tentar negociar algum benefício, mas apenas em caso de pagamento à vista ou com uma entrada de mais de 60%. Caso contrário, as condições de financiamento nas concessionárias também não pareceram animadoras: a melhor taxa encontrada foi de 0,99% a.m, com entrada de 50% e o restante parcelado em 25 vezes. Quanto à disponibilidade para pronta-entrega, a mesma situação encontrada com o Fit se repetiu: apenas as versões intermediárias LX e EX estavam com uma boa gama de cores em estoque. Quem procurar pela versão de entrada DX e a topo de linha EXL terá que esperar um pouco mais, em média 30 dias.
[th] Avaliação da experiência: SatisfatórioA cordialidade e o conhecimento dos vendedores a respeito do produto, além do cuidado em apresentar todas as versões do modelo fizeram toda a diferença nessa avaliação. O sobrepreço em relação ao valor divulgado pela marca, no entanto, frustra o consumidor, mas a boa vontade demonstrada pelos três vendedores em tentar negociar alguma margem no fim acabou pesando a favor do atendimento.[/th]