14/02/2011
Peugeot 408 chega para enfrentar Civic e Corolla
Saiba como se saiu o sedã da marca francesa na primeira vez que foi avaliado
Hairton Ponciano Voz
A Peugeot está lançando o 408, substituto do 307 sedã na árdua tarefa de competir com os japoneses Civic e Corolla. O modelo chega em três versões: Allure (a partir de R$ 59.500), Feline (R$ 74.900) e Griffe (R$ 79.900). Inicialmente, todas virão com motor 2.0 16V Flex. A Allure é oferecida com câmbio manual ou automático (quatro marchas). As outras duas vêm apenas com transmissão automática. No segundo semestre está prevista a chegada do motor 1.6 turbo (156 cv), que funciona com o câmbio automático de seis marchas. É o mesmo conjunto que equipa o 3008.
Em relação ao 307 sedã, a evolução é grande. O novo modelo apresenta visual bem mais harmonioso. A dianteira é agressiva, com seus enormes faróis (xenônio na versão Griffe). De lado, ele é imponente, por causa do comprimento (4,69 metros, 20 cm a mais que o Civic). De traseira, o estilo é clássico: não empolga tanto, mas é elegante. Embora não seja a última palavra em modernidade, não compromete o conjunto.
Por dentro, o acabamento agrada. O modelo avaliado (Griffe) tem câmbio automático, teto solar, GPS, controle de estabilidade, bancos de couro com ajustes elétricos, ar-condicionado digital com regulagens independentes e saídas para o banco de trás, sensores de estacionamento na frente e atrás, etc.
Quanto ao número de airbags, há uma polêmica na contagem: pelas contas da Peugeot, a partir da versão Feline, são oito airbags: dois frontais, dois laterais e dois de cortina. A conta dá seis, mas a montadora conta em dobro as bolsas de cortina, por protegerem tanto os ocupantes da frente como os do banco traseiro. A versão Allure vem de série com duplo airbag, rodas de liga aro 16, faróis de neblina, ABS, ar-condicionado manual, som com comandos na coluna de direção e computador de bordo, entre outros itens.
A suspensão consegue aliar maciez e estabilidade. Absorveu trechos de asfalto ruim e transmitiu segurança nas curvas. É basicamente a mesma do 307 (McPherson na frente, travessa deformável atrás), mas no novo modelo a bitola é maior. O entre-eixos cresceu 10 cm (foi para 2,71 m). Além disso, ele é 21 cm mais comprido (4,69 m) e 5 cm mais largo (1,81 m) que o antigo sedã. Isso garante conforto para cinco pessoas. As rodas aro 17 e os pneus 225/45 (de série nas versões Griffe e Feline) colaboram para a estabilidade.
Apesar das grandes dimensões e dos 1.527 kg, o 408 Griffe mostrou bom desempenho. O motor de 151 cv (143 com gasolina) é o mais potente da categoria, mas o câmbio de quatro marchas segura um pouco o ímpeto do carro, porque a rotação cai muito nas trocas. Para não deixar o ânimo esmorecer, é preciso manter a tecla “S” (esporte) do câmbio acionada. Aí o 408 fica mais esperto, mas ao custo de aumento de consumo.
O câmbio automático (AT8) é basicamente o mesmo do 307, mas com alterações no software de controle, pressão hidráulica, conversor de torque, etc. O resultado é que as passagens de marcha estão mais suaves (no 307, os trancos são comuns, principalmente nas reduções).
O porta-malas não é tão alto, mas a capacidade de carga é boa. A Peugeot declara 526 litros. Há, porém, a boca do compartimento é muito pequena. O desenvolvimento do carro foi feito conjuntamente por engenheiros franceses, brasileiros, chineses (onde o modelo já está à venda) e argentinos (onde o sedã também já está em produção). O sedã francês é uma espécie de meio-termo entre Civic (do qual herdou a agressividade) e Corolla (conforto). A Peugeot espera vender cerca de 1.500 unidades por mês do 408.
FONTE: http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI211160-15846,00-PEUGEOT+CHEGA+PARA+ENFRENTAR+CIVIC+E+COROLLA.html
COMENTÁRIOS: Assim como o Fluence, a Peugeot está jogando para cima, o que quer dizer que os outros competidores vão ter que oferecer no mínimo, o mesmo, ainda que as versões de topo vendam relativamente pouco. E mais: a preços não tão abusivos, vide que os preços dos franco-argentinos, oferecendo mais, cobram menos do que Corolla e Civic. Mais: no caso do chegante Cruze, como já disse, torço e espero que com a chegada do hatch, o modelo dê um salto, tanto em temos de materiais, em vista do que se comenta lá fora, quanto em equipamentos, pois os concorrentes, de saída parecem oferecer mais. Notem que mais um modelo vai usar o Prince THP, que assim como o 2.0 é importado, sendo que este agora é montado na Argentina. Quem sabe os tais motores novos por aqui sejam mesmo os Prince (tomara!!!).