Como anda o Dodge Dart dos novos tempos Publicado em 07-05-12 às 12h34 por
Car and Driver COMENTE!
12
Primeiro carro da associação Fiat-Chrysler é feito sobre base Alfa Romeo e será vendido no Brasil no fim do ano 2
por Luiz GuerreroHá
nomes que marcam – e Dart (Dodge Dart) é um deles. Fabricado entre 1960
e 1976 nos Estados Unidos, e entre 1969 e 1981 no Brasil, eram sedãs e
cupês de perfil esguio como um... dardo, anabolizados com alguns dos
mais lendários tipos de motor que a engenharia poderia construir à época
– os V8 Hemi. Pergunte ao seu pai, caso ele tenha mais de 40 anos e
seja um viciado em carro, o que os Dart representavam. E convide o velho
a passear pela galeria de fotos que preparamos para esta avaliação.
Pois
o nome Dart, caro jovem, está de volta. O nome – não o carro. O Dart
que seu pai provavelmente nunca imaginou ver, é o primeiro fruto da
associação Fiat-Chrysler, iniciada em 2009. Foi construído sobre a
plataforma do Alfa Romeo Giulietta (a mesma base que deu origem, na
China, ao Fiat Viaggio) e dele recebe uma opção de motor, o 1.4
MultiAir, uma de câmbio, o manual de seis marchas, além da suspensão,
independente nas quatro rodas. Um Dart com suspensão traseira
independente? E de tração dianteira? Novos tempos!
DIODOO
desenho é americano: frente baixa, traseira alta, teto curvo,
saliências e reentrâncias como parece ser moda. Na versão R/R, grade e
lâmina do para-choque pretos e faróis com máscara negra formam
composição agressiva; nas demais versões, todos os elementos estão
separados e bem definidos. Comum a todas é a lanterna traseira,
inspirada na do Charger, que acompanha a largura da tampa do
porta-malas. O conjunto é formado por 152 diodos de luz.
Os
desenhistas do carro chamam a atenção para a disposição das rodas, que
podem ser de 16, 17 ou 18 polegadas, posicionadas para fora da
carroceria. Dizem que parte da agressividade do carro vem daí. Para os
americanos, é um sedã compacto – o primeiro da marca desde que o Neon
saiu de linha em 2005. Para nós, é um carro médio com 4,67 m de
comprimento, 1,83 m de largura, 1,46 de altura e entre-eixos de 2,70 m
(para comparar: o Civic tem 4,53 m de comprimento e 2,67 m de
entre-eixos). No porta-malas cabem 370 litros e no tanque, 60 litros.
Por
dentro, a sensação é de que há mais espaço que em um Civic ou em um
Corolla. Os bancos são confortáveis, parecem robustos e têm bom apoio. O
painel é chamado pelo pessoal da Chrysler de “ilha flutuante”, pela
maneira como o cluster se une à tela de 8,4 polegadas que abriga o
computador de bordo no centro do painel. O cluster, nas versões mais
caras, recebe tela digital TFT (de Thin Film Transistor) e tem
algarismos brancos em fundo preto.
Sim, há muito plástico de
acabamento. Mas os materiais não agridem e parecem que resistirão muitos
quilômetros sem desmanchar. O carro foi criado para ser personalizado,
dentro da oferta de 12 cores de carroceria, 14 de interior, 6 opções de
rodas. A Mopar, divisão de alto desempenho da marca, oferecerá outras
150 opções para tornar o Dart com aparência esportiva – e isso inclui
capô com aspecto de fibra de carbono.
TIGERHá,
ainda, três opções de motor e três de câmbio. Aqui, vamos falar da
versão um degrau acima da mais simples, a SXT (além dela há a SE, a
Rallye, a Limited e a R/T), com motor TigerShark 2.0, duplo comando
variável, de 162 cv e torque de 20,4 mkgf, com caixa automática de 6
marchas de origem Hyundai (e que equipa, entre outros, o Sonata e o
Elantra). Um carro a partir de US$ 16.790 nos Estados Unidos. O Dart
mais caro será o R/T 2.4 (US$ 23.290), quando for lançado no segundo
semestre.
O 2.0 tem a mesma potência do 1.4 MultiAir turbo e
alguns quilos de torque a menos. Mas tem boa elasticidade, trabalha sem
esforço e combina bem com o câmbio, desde que seu objetivo não seja
perseguir Corvette na estrada. Os técnicos da Chrysler chamaram atenção
para as passagens suaves de marcha – e nisso eles estavam certos: é
preciso estar muito concentrado no funcionamento do câmbio para perceber
as trocas. É um pouco lento nas retomadas, mesma característica
percebida no Sonata, mas pode ficar um pouco mais divertido no modo
manual.
A
direção, elétrica, tem bom peso e a disposição do carro em curvas é
exemplar – e nisso, os pneus Continental ContiProContact, de225/45 em
rodas 17, ajudam muito. Na versão que os americanos devem investir, o
painel é analógico, o rádio é espartano, o ar é regulado manualmente e
os bancos são de tecido. Mas vale pelo conjunto.
Não será,
definitivamente, a versão que a Chrysler trará para o Brasil. Para cá,
está prevista a topo de linha, com motor 2.4 TigerShark de 186 cv e
câmbio automático de 6 marchas. Deve chegar logo depois do Salão do
Automóvel.
Você saberá mais do Dodge Dart, verá a
entrevista com o designer do carro e acompanhará a avaliação da
surpreendente versão 1.4 turbo, na Car and Driver 54, que estará nas
bancas no fim do mês. FONTE: http://caranddriverbrasil.uol.com.br/carros/volta-rapida/como-anda-o-dodge-dart-dos-novos-tempos/2030