Um pouco do que sei sobre o Dodge Dart no Brasil Posted on 24. mar, 2012 by Marlos Ney Vidal in Dodge, Fiat, Segredos
Desde de a apresentação do Dodge Dart em janeiro no salão de Detroit estou apurando sobre a possibilidade de o belo sedã ser comercializado
ou fabricado no Brasil. Na época, a posição oficial da Chrysler era
negar a chegada do modelo. Mas, como no meio automotivo uma verdade não
dura 24 horas, a posição da Chrysler mudou e a marca já admite que
estuda a comercialização no mercado nacional. A vinda do Dart é sonho
do diretor geral da Chrysler do Brasil, Sérgio Ferreira. Em conversa nos
bastidores com os “amigos” a cada dia surgem novas informações, às
vezes desencontradas. Abaixo relato um pouco do que sei sobre a “novela”
Dart.
Que o modelo chegará ao Brasil pelas mãos da Chrysler não restam duvidas. Ontem, a matéria do Uol Carros deixou isso bem claro. Porém, o Dart não chegará tão rápido assim. Ele tem que ser homologado para ser vendido
no Brasil e o processo ainda nem começou. Se tudo der certo, o sedã
poderá dar as caras por aqui no Salão do Automóvel de São Paulo. Nem
mesmo no mercado americano o Dart chega de imediato, já que seu
lançamento está marcado para o segundo trimestre.
Ontem, também o site Carsale
publicou que a Fiat estuda produzir em Pernambuco um sedã médio em vez
do City Car (Projeto 344), o que não é verdade. Na realidade, a planta
da Fiat no Nordeste será uma das modernas do país e lá poderão ser
fabricados diversos modelos da gama Fiat, como o
Autos Segredos antecipou em junho de 2011 (veja aqui).
Realmente, há estudos para a produção de um sedã na nova planta, mas
isso seria para 2014 e o Dart é a bola da vez. Se os estudos se
confirmarem, de Pernambuco sairão o Dart como logo Dodge e também sua
versão Fiat, além do City Car e outros modelos.
A Chrysler planeja aumentar sua
participação no mercado nacional, e nada melhor que um produto de volume
com produção local. Para isso também a marca planeja aumentar sua rede
autorizada; este ano serão abertos mais 15 concessionários e os planos
são dobrar a rede até 2014. Podemos esperar o que já acontece hoje com a
dupla Freemont/Journey, ou seja, um modelo mais manso italiano e um
nervoso pelo lado americano.
Pelos lados da Fiat alguns “amigos” dizem que já chegou uma unidade do Dart para testes e que o motor para fazer a estreia do Dart Fiat será o 1.4 16V Multiair turbo. E a chegada de uma unidade foi confirmada pelo blog Motorgerais. Já estava de olho e agora com essa novidade ficarei na cola para conseguir uma imagem e confirmar a veracidade dos fatos.
A versão Fiat do Dart teria poucas mudanças, no visual externo serão pouquíssimas mudanças e no interior
alguns pequenos detalhes. Com a marca Fiat o modelo terá outro nome e
não será Linea com foi especulado. Com o sedã pode-se dizer que a Fiat
terá um concorrente de fato para brigar de igual para igual com os
recentes lançamentos.
DART A
dianteira conta com ampla iluminação e a agressividade se destaca. O
capô desce em direção à grade, marcados por vincos, os faróis têm a
parte externa ascendente. Nas laterais, junto com o para-choque, este
elemento ajuda a dar “corpo” para o Dart. A coluna A segue a linha do
teto com um arco e termina na curta tampa do porta-malas, dando aquela
“pinta” de cupê ao sedã de cinco lugares. A linha de cintura ascendente
“morre” apenas no spoiler.
Na traseira o destaque para o par de
lanternas emolduradas por LEDs. O para-choque é corpulento e de sua base
projetam-se dois escapes, um em cada extremidade. O Dart é a primeira
cria da parceria entre a Fiat e a Chrysler. O modelo usa a plataforma
alongada do Alfa Romeo Giulietta. Apesar de ter cara de Dodge, o tempero
italiano acrescentou sensualidade e aerodinâmica ao compacto. O espaço
interno é bom, afinal de contas é um compacto com de 4,67cm de
comprimento e 2,7 de entre-eixos.
Resultado
dessa parceria, o interior do modelo é sofisticado, apresenta materiais
de boa qualidade e arremates bem executados, como a costuma dos bancos
em couro. O painel de instrumentos fica numa tela de 7 polegadas
configurável pelo usuário do carro. Então o motorista escolhe se quer os
instrumentos em formato analógico ou digital. Em outros campos ele pode
escolher que informação incluir, como navegação, áudio, telefone e
consumo. Outra tela de 8.4 polegadas sensível ao toque, instalada no
painel central, concentra os comandos de som, climatização, telefonia e
navegação, que inclui informações sobre clima, preço dos combustíveis e
resultados da rodada esportiva de varias modalidades.
São 3 opções de motor, todos de 4
cilindros e 16 válvulas: começando por um 2.0 com 162cv de potência e 20
kgfm de torque, outro 1.4 turbo de 162cv e 25.3kgfm; e um 2.4 com 186cv
e 23.6kgfm. A transmissão também pode ser escolhida pelo comprador, que
deve optar entre a manual de 6 marchas, a automatizada de dupla
embreagem (disponível apenas com o motor 1.4 turbo) ou a automática de 6
velocidades.
Outro aspecto importante sobre o
lançamento do Dart é que a Dodge estava fora do mercado dos compactos há
7 anos. De acordo com a marca, os compactos somaram 1,2 milhão de
unidades vendidas nos Estados Unidos em 2011, nada menos que 15% do
mercado. Enquanto no último ano as vendas no país cresceram 11%, o
segmento dos compactos registrou aumento de 16%. Para não fazer feio,
eles apostam num produto recheado de itens de Itens conforto, como
direção elétrica, volante com aquecimento, sistema de áudio premium,
travas da porta e ignição com o uso presencial da chave, ar-condicionado
de dupla zona.
No quesito segurança, o Dart traz, não
necessariamente de série, 10 airnags, câmera de ré, sensor de
estacionamento, monitoramento de ponto cego, controle de tração, rolagem
e estabilidade, três pontos para fixar assentos infantis, freios ABS,
frenagem de emergência, zonas de deformação programadas, sistema que não
deixa o carro voltar ao arrancar numa subida, sistema de monitoramento
da pressão dos pneus e comando de voz para várias funções, mantendo as
mão do motorista no volante.
Galeria Fotos | Dodge/divulgaçãoFONTE: http://autossegredos.com.br/?p=22209
COMENTÁRIOS: Esta história ainda vai render... A questão é que a data dada veio de alguém graduado da empresa, então fica difícil duvidar. Sobre o que disse Marlos, quem garante que tal modelo já não foi homologado na surdina. A questão, para mim é em termos de motorização. A Dodge não afirma com todas as letras que a família de motores aspirados, 2.0 e 2.4, chamada TIGERSHARK, é nova; se for, deve vir da antiga parceria com Mercedes/Hyundai/Mitsubishi, portanto, tomando como base o 2.4 da Kia/Hyundai e o 2.0 da Mitsubishi, são motores bons e modernos, podendo ou não ter injeção direta, e aí, se vier o 2.0, quando aparecer o 1.8 MultiAir, a potência ficaria próxima (imaginando um ganho de 10% no 1.
, mas se for o 2.4, o mais lógico na minha opinião, ganharia-se em escala com o Freemont, mas se pagaria mais IPI (ainda), mas daria um ar de "carrão", se não em tamanho, em tese, em desempenho para o sedan Dodge, inclusive justificando um preço mais alto. Até acho possível o lançamento do modelo tão rápido, tanto para prestigiar o Brasil, quanto para ganhar espaço na mídia, afinal, a marca Dodge só vai existir nas Américas, portanto, adular o mercado brasileiro é bom negócio.
Sobre o 1.4, meu vizinho tem um Punto TJet (rodas aro 18 e turbina mexida) e ele foi experimentar o Bravo TJet e se decepcionou, porque o carro é grande e pesado e existe um "suspense" na aceleração até o carro sair, algo menos sentido no Punto, mesmo o original, segundo ele. Talvez com o MultiAir isso melhore, mas com a previsão do 1.6 E-Torq turbo, será que receberemos o 1.4?