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Acordo Mercosul/Europa sai em 2010 segundo VW

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Fabiano
Fred
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KÜLL



Acordo entre Mercosul e União Europeia: o que prevê o texto

Negociação entre os dois blocos levou mais de 20 anos para ser concretizada.

Por G1

28/06/2019 15h48 Atualizado há 13 minutos


O acordo entre Mercosul e a União acertado nesta sexta-feira (28) prevê uma série de alterações em temas tarifários e não tarifários. A negociação entre os dois blocos levou mais de 20 anos para ser concretizada.

Entenda os principais pontos já divulgados:

Temas tarifários

Produtos agrícolas brasileiros, como suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais terão tarifas eliminadas;

Exportadores brasileiros também terão acesso preferencial para carnes bovina, suína e de aves, açúcar, etanol, arroz, ovos e mel;

Produtos industriais do Brasil serão beneficiadas com a eliminação de 100% nas tarifas de exportação;

Produtos europeus terão tarifas de exportação eliminadas para diversos setores. Na lista estão veículos e partes, maquinários, produtos químicos e farmacêuticos, vestuário e calçados e tecidos;

Chocolates e doces, vinhos e outra bebidas alcoólicas e refrigerantes provenientes da União Europeia terão tarifas reduzidas;

Haverá cotas para importação sem tarifas de produtos lácteos, como queijos, da UE.

‘É um acordo complexo’, diz ex-ministro sobre acerto entre Mercosul e UE

Temas não tarifários

Acordo vai ampliar o grau de liberalização do comércio de serviços. Nesse grupo estão incluídos, os setores de telecomunicações, serviços financeiros, entre outros;

Nas compras governamentais, haverá maior concorrência em licitações públicas;

Haverá redução no custo dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens;

Os blocos vão se comprometer a desburocratizar e reduzir os custos no comércio entre as duas regiões;

Mercosul e UE se comprometem a reduzir entraves de medidas sanitárias e fitossanitária;

Blocos se comprometem a reconhecer a propriedade intelectual de diversos produtos.

KÜLL



Entenda o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia

Tratado foi firmado depois de 20 anos de negociação; tarifas de importação de 90% do comércio bilateral deve ser zerada em 15 anos

     
O Estado de S.Paulo
28 de junho de 2019 | 16h51

Desde sua criação, em 1991, o Mercosul - formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela - ensaia uma parceria comercial com os 28 países da União Europeia. As negociações, que começaram oficialmente em novembro de 1999, finalmente chegaram a um acordo comum durante as reuniões entre ministros de ambos os blocos que terminaram nesta sexta, 28, em Bruxelas.

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Acordo da União Europeia com o Mercosul é o segundo maior tratado assinado pelos europeus. Foto: Yves Herman/Reuters

O que é?

É um acordo comercial entre os dois blocos que prevê, em 15 anos, zerar as tarifas de importação sobre cerca de 90% do comércio bilateral. A maior parte das taxas deve ser zerada bem antes disso. A informação do governo brasileiro é que mais de 90% das exportações do Mercosul terão as tarifas zeradas em até 10 anos. Essas negociações se arrastavam há exatos 20 anos, desde junho de 1999.

Que setores estão incluídos?

Estão incluídos no acordo bens, serviços, investimentos e compras governamentais. As empresas brasileiras terão acesso, por exemplo, ao mercado de licitações da União Europeia, estimado em US$ 1,6 trilhão por ano.

Que impacto o acordo terá para a economia brasileira?

O governo estima que, em um prazo de 15 anos, as exportações brasileiras para a União Europeia terão um acréscimo de quase US$ 100 bilhões por ano. Espera-se também que o aumento dos investimentos no País seja da ordem de US$ 113 bilhões.

Relação comercial
Acordo pode impulsionar vendas para bloco europeu, que estão longe do pico de 2011

Acordo Mercosul/Europa sai em 2010 segundo VW - Página 5 ExportacoesBrasilUEWEB-col-3
Fonte
Funcex/CNI

Qual será o impacto para a indústria brasileira?

O acordo prevê a eliminação de 100% das tarifas em produtos industriais. Um estudo feito pela CNI indicou que, dos 1.101 produtos que o Brasil tem condições de exportar para a União Europeia, 68% enfrentam hoje tarifas de importação ou quotas. No ano passado, o Brasil exportou para a União Europeia US$ 42,1 bilhões em produtos. Juntos, os países do bloco representam o segundo maior mercado para bens brasileiros no mundo, perdendo apenas para a China.

Qual será o impacto para o agronegócio?

Produtos como suco de laranja, café solúvel e frutas terão as tarifas eliminadas. Outros produtos, como carnes, açúcar e etanol, que seguem a política de cotas de exportação para a União Europeia, terão essas cotas ampliadas.

KÜLL



Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio após 20 anos
Este é o maior acordo já firmado pelo Mercosul e abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais

Por Da Redação, com Estadão Conteúdo
28 jun 2019, 17h12 - Publicado em 28 jun 2019, 14h10

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União Europeia e Mercosul negociam o acordo há vinte anos de negociações (Francois Lenoir/Reuters)

O Mercosul e a União Europeia finalizaram nesta sexta-feira, 28, as negociações para o acordo entre os dois blocos. O tratado, que abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais, vinha sendo discutido há duas décadas por europeus e sul-americanos.

A rodada final de negociações foi iniciada por técnicos na semana passada. Diante do avanço nas tratativas, os ministros do Mercosul e da União Europeia foram convocados e, desde a quinta-feira, 27, estão fechados em reuniões na Bruxelas.

O acordo entre Mercosul e União Europeia representa um marco. É segundo maior tratado assinado pelos europeus – perde apenas para o firmado com o Japão, segundo integrantes do bloco – e o mais ambicioso já acertado pelo Mercosul, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Com a vigência do acordo, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas, segundo o governo, como suco de laranja, frutas (melões, melancias, laranjas, limões, entre outras), café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais.

Em coletiva de imprensa em Bruxelas após o anúncio, a ministra da Agricultura Tereza Cristina disse que houve concessões em termos de volume de produtos e de taxas de ambos os lados. Mas não deu maiores detalhes. “Vocês verão o acordo que será publicado no fim de semana”, diz.

Os exportadores brasileiros também terão acesso preferencial para carnes bovina, suína e de aves, açúcar, etanol, arroz, ovos e mel.

Antes do acordo, apenas 24% das exportações brasileiras, em termos de linhas tarifárias, entravam livres de tributos na União Europeia. Com o acordo, praticamente 100% das exportações do Mercosul terão preferências para melhor acesso ao mercado europeu.

Após assinado, o tratado precisa passar pelo crivo do Parlamento de todos os países envolvidos, além dos parlamentares da União Europeia. Enquanto isso, pode vigorar com regras transitórias.

O avanço dos “verdes” no Parlamento Europeu, porém, pode causar dificuldades nessa fase.

O que acham os economistas

Para Sergio Vale, economista-chefe da MB associados, vemos o finalzinho de primeiro semestre da gestão Bolsonaro com a melhor notícia de todo o governo dele até agora.

“É um ótimo prenúncio de novas medidas à frente, que se juntam às quedas de tarifas de importação de bens de capital e insumos intermediários que ajudarão a aumentar a produtividade da indústria nos próximos anos”, diz.

O economista pondera, no entanto, que pode demorar bastante para que os efeitos do acordo sejam sentidos em sua plenitude pelo comércio brasileiro. “Demora porque precisa haver uma busca por maior eficiência na indústria com a reforma tributária por exemplo. Mas o importante é que o processo começou e todo esse cenário de mundo que se fecha abre espaço para podermos negociar e fazer acordos comerciais vantajosos”, afirma Vale.

Monica de Bolle, economista e pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, em Washington, está menos otimista. “Precisamos esperar para ver os termos do acordo. Acho muito difícil que o Brasil tenha recebido concessões significativas na Agricultura — trata-se do setor mais protegido na Europa e eles não mudaram de posição”, diz

A economista aponta que os embates do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na área comercial podem ter incentivado a UE a querer mandar um sinal contrário e a firmar sua influência na América do Sul. “Querem mostrar a Trump que têm pé na América Latina para mostrar força, o que pode ser ruim para nossas relações com os EUA”, diz.

Na opinião de André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton, o anúncio representa de fato uma grande vitória para o setor do agronegócio. Para o resto da indústria, porém, o resultado ė mais incerto, “uma vez que as empresas locais estarão no mesmo aquário- por assim dizer – que as poderosas empresas alemãs e indústrias de ponta de todo o continente europeu”.

A esperança, segundo o economista, é que, com tarifas mais baixas e simplificação portuária a indústria local importe insumos mais baratos e assim ganhe na produtividade total dos fatores da economia.

“Os consumidores de bens mais sofisticados irão se beneficiar com a medida num primeiro momento e o resto da sociedade em momento posterior, muito provavelmente terá um efeito deflacionário este acordo”, acrescenta.

Vinte anos de negociação

As conversas para o acordo foram lançadas em junho de 1999. Uma troca de ofertas chegou a ser feita em 2004, mas decepcionou os dois lados e as discussões foram logo interrompidas. Em 2010, as negociações foram relançadas.

Desde então, houve idas e vindas com momentos de resistências tanto do lado do Mercosul quanto do lado da União Europeia. Em 2016, os dois blocos voltaram a trocar propostas e, neste ano, havia a percepção de que faltava muito pouco para um acerto.

Para a rodada final, o governo brasileiro enviou a Bruxelas o chanceler Ernesto Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.

O clima era de otimismo e o Brasil se preparava para anunciar um desfecho favorável já na noite de quinta-feira. Mas muitos detalhes referentes ao setor agrícola ainda não tinham sido resolvidos, segundo uma fonte próxima às conversas que correm na Bélgica.

O clima pesou em diversos momentos e houve tensão entre os negociadores, conta essa fonte. Ao longo desta sexta, porém, foi possível alcançar um consenso.

Veja o comunicado na íntegra:

Nota Conjunta do Ministério da Economia e Ministério das Relações Exteriores

Conclusão das Negociações do Acordo entre o MERCOSUL e a União Europeia – Bruxelas, 27 e 28 de junho de 2019

Em reunião ministerial realizada nos dias 27 e 28 de junho, em Bruxelas, foi concluída a negociação da parte comercial do Acordo de Associação entre o MERCOSUL e a União Europeia (UE). Participaram, pelo Brasil, o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.

O acordo é um marco histórico no relacionamento entre o MERCOSUL e a União Europeia, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Em momento de tensões e incertezas no comércio internacional, a conclusão do acordo ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade.

O acordo comercial com a UE constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Pela sua importância econômica e a abrangência de suas disciplinas, é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado pelo MERCOSUL. Cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

Com a vigência do acordo, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros.

As empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE.

O acordo reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés. O acordo garantirá acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros.

Em compras públicas, empresas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da UE, estimado em US$ 1,6 trilhão. Os compromissos assumidos também vão agilizar e reduzir os custos dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens.

O acordo propiciará um incremento de competitividade da economia brasileira ao garantir, para os produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos. A redução de barreiras e a maior segurança jurídica e transparência de regras irão facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, com geração de mais investimentos, emprego e renda. Os consumidores também serão beneficiados pelo acordo, com acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos.

Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo MERCOSUL-UE representará um incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos dos fatores de produção. O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.

A UE é o segundo parceiro comercial do MERCOSUL e o primeiro em matéria de investimentos. O MERCOSUL é o oitavo principal parceiro comercial extrarregional da UE. A corrente de comércio birregional foi de mais de US$ 90 bilhões em 2018. Em 2017, o estoque de investimentos da UE no bloco sul-americano somava cerca de US$ 433 bilhões. O Brasil registrou, em 2018, comércio de US$ 76 bilhões com a UE e superávit de US$ 7 bilhões. O Brasil exportou mais de US$ 42 bilhões, aproximadamente 18% do total exportado pelo país.

O Brasil destaca-se como o maior destino do investimento externo direto (IED) dos países da UE na América Latina, com quase metade do estoque de investimentos na região. O Brasil é o quarto maior destino de IED da UE, que se distribui em setores de alto valor estratégico.

R8V

R8V
Administrador

Finalmente!!!

KÜLL



Acordo de livre comércio Mercosul e União Europeia tem anexo automotivo: Golf pode ficar mais barato
CATEGORIAS: ACORDO-BRASIL-MEXICO , ACORDO-MERCUSUL-EUROPA , GOVERNO , JAIR-BOLSONARO , MERCOSUL 45 COMENTÁRIOS

O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Européia, que inclui um anexo inteiro destinado ao setor automotivo.

Acordo Mercosul/Europa sai em 2010 segundo VW - Página 5 Novo-VW-Golf-2017%2B%252811%2529

Os detalhes ainda não foram divulgados, mas já se sabe que as tarifas de importação de carros oriundos da União Europeia, hoje em 35%, poderão cair e inclusive serem zerados ao longo do tempo. Isso beneficiaria a carros como o VW Golf e o Passat, além de Peugeot 3008 e modelos BMW, Audi, Mercedes-Benz e Porsche. Todos teriam expressiva redução de preço.

Acordo Mercosul/Europa sai em 2010 segundo VW - Página 5 Novo-Peugeot-3008-2020%2B%25282%2529

Além disso, o acordo determina a aceitação mútua de resultados de testes emitidos para avaliação da conformidade, diminuindo custos relacionados a dupla testagem. Ou seja, a homologação de carros europeus no Mercocul seria quase que automática, e vice-versa. Isso reduziria muito os custos de lançamento de carros importados no Brasil.

Acordo Mercosul/Europa sai em 2010 segundo VW - Página 5 Porsche-Macan-S-2020%2B%25288%2529

Um exemplo disso seriam os indicadores de medição de consumo do INMETRO seriam válidos na Europa, assim como os testes de colisão que são feitos na Europa, e seriam válidos no Brasil.

Acordo Mercosul/Europa sai em 2010 segundo VW - Página 5 Mercedes-Classe-C-2019%2B%252832%2529

O acordo não tem vigência imediata, já que antes terá que ser aprovado no Congresso Nacional do Brasil e demais países do Mercosul, e também nos respectivos países da União Europeia.

COMENTÁRIOS: Falando apenas sobre carros, faltam muitos, MAS MUITOS, detalhes serem conhecidos, mas especialistas disseram que até o acordo ser internalizado, ou seja, aprovado pelos congressos nacionais e devidamente regulamentados, deve demorar de 18 a 24 meses. Algumas concessões TALVEZ sejam feitas de antemão como demonstração de boa vontade, mas isso depende de cada país. Esperemos.

KÜLL



Mercosul-UE: tarifa zero para carros pode demorar até 15 anos
42 comentários
Ricardo de Oliveira
2 Minutos de Leitura

Como já comentando anteriormente sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, o setor automotivo não terá preocupações imediatas com o tratado entre os dois blocos econômicos, conforme apurou o jornal Folha de São Paulo, junto a representantes do governo, que pediram anonimato.

Com o texto não divulgado na íntegra em Bruxelas, Bélgica, onde o acordo foi assinado por representantes brasileiros, o jornal conseguiu detalhes sobre como será tratado o comércio bilateral, envolvendo veículos e peças. Pelo que foi revelado, o mercado brasileiro terá um período de 15 anos para eliminar totalmente as tarifas de importação de carros da Europa.

Antes disso, porém, haverá um prazo de carência de sete anos, onde nada mudará em termos tributários, mas dará tempo para o setor automotivo nacional se modernizar para atender o velho continente e evitar uma concorrência predatória por aqui. Após esse período, as tarifas cairão gradativamente até zerar.

No entanto, nem tudo ficará igual. Foi acordado que uma cota de 50 mil carros poderá ser importada e exportada sem imposto de importação. Representantes das montadoras, em anonimato, revelaram que essa cota deve ser preenchida pelas marcas de luxo, pois, carros mais caros terão amortização maior nos preços, compensando sua comercialização sob estes termos.

Em 2018, as marcas premium como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Land Rover comercializaram em torno de 35 mil carros, menos que a cota limite de isenção total de tarifa. Então, podemos esperar por uma elevação nas vendas destas como resultado da queda de preços com o fim da cobrança de 35% de taxa.

Atualmente, 80% da capacidade instalada dessas marcas, está ociosa. No entanto, como a maioria das peças e componentes são importados, elas não se beneficiarão imediatamente neste acordo, pois, ficou acertado que as autopeças terão redução gradativa de imposto de importação em 10, 12 e 15 anos. Com isso, não haverá um impacto imediato no mercado nacional com o tratado de livre comércio.

[Fonte: Folha]


COMENTÁRIOS: Como disse, TEM MUITA COISA QUE AINDA NÃO FOI DIVULGADA... Tem gente que fala que o setor de autopeças vai ser muitíssimo beneficiado em termos de exportação; outros, que foram feitas concessões absurdas, que prejudicam muito a indústria no Brasil... Como disse, veremos.

KÜLL



SÓ PARA ESCLARECER: O acordo padrão da U.E. tem sido 5 anos de carência com 15 anos para liberação. Em geral, estes 5 de carência usualmente estavam FORA do período de liberação. Ou seja, 5 anos de preparação e 15 com redução de tarifas. Isso foi o que aconteceu com Portugal, Espanha e Grécia, lá atrás. Quando foi para entrarem os países do antigo bloco soviético, estes cinco ficaram DENTRO da liberação, ou seja, 5 de preparação e 10 para diminuição de tarifas. Isso foi feito pela U.E. e aceito pelos países citados, primeiro, para que estes fossem internalizados mais rápidos à U.E. e assim, ficassem mais distantes da Rússia mais rápido. Como vantagem para eventuais problemas com indústrias não competitivas, tiveram acesso aos fundos do bloco com liberações mais rápidas e maiores (afinal, "perderam" 5 anos), bem como um plano de investimento da U.E. nestes países (lembram das plantas da VW para o Touareg e Audi TT, modernização das fábricas da Skoda, etc., etc.?)
O fato é que para a gente nada foi divulgado, os críticos disseram que abrimos mão da carência, ou seja, a diminuição das tarifas começaria assim que fossem internalizadas as regras do acordo. DE FATO, NADA CONFIRMADO ATÉ O PRESENTE MOMENTO (segunda-feira, 01/07/19, 18 horas). Outros, dizem que a carência vai contar com o período de internalização, ou seja, depois de internalizadas as regras, teríamos tempo complementar até completar os tais cinco anos, ou poderíamos abrir mão deste tempo extra, conforme nos conviesse. DE NOVO, DE FATO, NADA CONFIRMADO.
Sem fazer qualquer juízo de valor, o que me parece que vai acontecer é:
- para a U.E., foi um "negocião", pois, se perderam a Inglaterra, colocam na roda um outro conjunto de países que, juntos, tem PIB maior do que quem está saindo;
- ainda colocam pressão na Inglaterra, pois se tinha anunciado pelo governo de lá uma imensa rodada de acordos com o mundo, para compensar o Brexit. Brasil incluso e com imensos ganhos de mercado, por exemplo, para o setor têxtil daqui. Talvez até apareça um boi na linha contra a gente, caso assinemos tal acordo com a Inglaterra;
- ainda que por anos, vários anos, a Europa perca dinheiro com o acordo, no mínimo, abre maior escala de produção para seus bens, considerando o nosso mercado, dando fôlego para indústrias de partes e peças em geral, com um mercado aberto para elas. O contrário, com exportação de partes e peças daqui, também tende a ser verdadeiro;
- coloca os EUA contra as cordas, porque não oferecem acesso ao Mercosul e aí, tendemos a adotar padrões mais similares aos europeus em geral. Pessoalmente, acho ótimo;
- faz a China, que tem acesso bom, mas algo restrito à Europa, ter alguma pressão, de novo, porque aparece um player bem grande no meio do caminho, em boa medida regido pelas regras européias.

- para a gente, Brasil, dá acesso a mercados muitíssimo interessantes, mas a questão é se fizemos concessões e quais foram. De novo, os críticos dizem que o acesso agrícola que obteremos de cara, será ridiculamente menor do que as negociações iniciais, lá em 1.999. REITERO, ATÉ O MOMENTO, NADA CONFIRMADO;
- se põe pressão sobre as fábricas de partes e peças de carros, pode, talvez DEVE, incluir alguma salvaguarda, tipo mínimo de tecnologia que não temos acesso usual para liberar a importação destes itens dentro do acordo.

- para o Brasil, país, sinceramente, do meu ponto de vista, ESTE ACORDO FOI UM GOLPE DE MESTRE! Porque se até agora se sabiam quais as reformas necessárias (previdenciária, tributária, fiscal, etc.), quais obras precisávamos (portos, ferroviais, etc.), mas tudo era levado meio que rolando com a barriga, assim que aparecer este calendário do acordo, tais reformas vão se tornar ABSOLUTAMENTE INADIÁVEIS, até para que setores industriais não sejam simplesmente dizimados.

Veremos. CADÊ OS DETALHES E O CALENDÁRIO? Estas são as grandes perguntas HOJE.
-

KÜLL



SEU AUTOMÓVEL

Montadoras europeias comemoram acordo comercial com o Mercosul


União Europeia exportou 73 mil veículos para os quatro países do Mercosul em 2018, ou seja, 2,2% do mercado
Imagem: Divulgação


Em Bruxelas (Bélgica)

01/07/2019 17h01

RESUMO DA NOTÍCIA
Acordo prevê venda futura de carro europeu ao Brasil sem tributos
Associação diz que fabricantes europeus podem "aproveitar redução de tarifas"
Há potencial de crescimento na indústria automotiva europeia, avaliam montadoras

A ACEA (Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis) elogiou hoje (1º) a conclusão das negociações de um acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul, anunciada última sexta-feira.

"Há um potencial real de crescimento na indústria automotiva da UE, levando em conta o tamanho do mercado do Mercosul, tanto em termos de população quanto de PIB", declarou Erik Jonnaert, o secretário-geral da ACEA, por meio de comunicado.

Fabricantes europeus podem, segundo a ACEA, "aproveitar a redução de tarifas" nos países do Mercosul, que atualmente chegam a 35% para os automóveis.

A UE exportou, em 2018, 73 mil veículos para a região, ou seja, 2,2% do mercado.

No total, 234 mil carros foram importados pelo Mercosul de outros países, o que representa cerca de 8% do mercado. Cerca de 3,3 milhões de novos veículos foram vendidos no ano passado nos quatro países do Mercosul.

Para chegar a um acordo com a UE, o Mercosul concordou em abrir suas portas à indústria europeia, principalmente a seus carros, mas também aos produtos químicos e farmacêuticos.

No entanto, a UE fez grandes concessões no setor agrícola, uma vez que fornecerá acesso a seu mercado a quatro países que estão ansiosos para vender açúcar, etanol, aves e carne bovina.

Essas concessões fizeram os agricultores europeus reagirem, denunciando a concorrência desleal.

O acordo é igualmente criticado por ambientalistas e ONGs por causa de suas consequências consideradas negativas para o meio ambiente.

Antes de entrar em vigor, o acordo deve ser validado pelos Estados, tanto na Europa como na América do Sul, o que pode levar tempo.

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KÜLL



Indústria | 28/06/2019 | 20h43

Acordo UE-Mercosul tem efeito ainda desconhecido sobre setor automotivo

Mecanismos de cotas e redução gradual de tarifas só serão divulgados mais adiante

REDAÇÃO AB

Ainda é desconhecida em que extensão o setor automotivo brasileiro será afetado pelo acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul, anunciado na sexta-feira, 28, após 20 anos de negociações. Isso porque ainda são desconhecidos os mecanismos de cotas e reduções graduais de tarifas, que só serão divulgados nos próximos meses, após um longo caminho de formalizações jurídicas, revisões do texto pelas partes envolvidas, assinatura formal dos países e aprovação dos respectivos parlamentos. Por esse motivo, a Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos no Brasil, prefere não se pronunciar sobre o acordo até que todas as suas regras e implicações sejam entendidas.

Segundo as primeiras notícias divulgadas, o entendimento entre os dois blocos comerciais prevê que mais de 90% do comércio internacional entre os quatro membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e 28 países da UE terá as tarifas de importação zeradas no prazo de até 10 anos, incluindo 100% dos produtos industriais – o que, em tese, deve beneficiar veículos e autopeças.

O que não se sabe é qual será a velocidade dessa degravação de alíquotas aduaneiras. Integrantes da Anfavea sempre afirmam que são a favor da maior abertura comercial do País, mas defendem a redução gradual das tarifas ao longo de dez anos, para dar tempo à indústria nacional de alcançar os mesmos níveis de produtividade e competitividade de preços dos fabricantes europeus.

Atualmente, o Brasil aplica a veículos importados de fora do Mercosul e México tarifa de 35%, o maior imposto de importação permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Para autopeças a tarifação varia entre 14%, 16% e 18%, dependendo do produto, mas pode ser de 2% para componentes sem produção nacional, ou de zero se este recurso for investido na nacionalização.

A corrente de comércio do setor automotivo é amplamente favorável aos europeus. Segundo acompanhamento do Sindipeças, em 2018 a Europa foi o quarto maior comprador de autopeças brasileiras, as exportações para lá somaram cerca de US$ 1,7 bilhão, ou 21,3% do total exportado pelos fabricantes instalados no Brasil. Na mão contrária, no mesmo período foram importados US$ 4,2 bilhões em componentes automotivos de países europeus, que responderam por 31% das importações do setor.

Inexistem atualmente exportações de automóveis brasileiros para a Europa, que em contrapartida enviaram ao Brasil em 2018 perto de US$ 700 milhões em veículos de passageiros de alto valor agregado. Com o livre comércio, as indicações atuais levam a crer que essa balança deve continuar pendendo mais favoravelmente para o lado dos europeus.

ANEXO AUTOMOTIVO

Segundo documento divulgado pelo governo brasileiro, entre as negociações de barreiras técnicas ao comércio bilateral foi criado um “anexo automotivo”, que desde já determina a aceitação mútua de resultados de testes emitidos para avaliação da conformidade, diminuindo custos relacionados à dupla testagem. Com isso, em tese, um veículo homologado por autoridades europeias em testes de emissões e equipamentos de segurança para rodar na União Europeia seria aceito no Mercosul sem a necessidade de nova homologação – e o mesmo valeria na mão inversa.

FONTE SITE AUTOMOTIVE BUSINESS BRASIL

KÜLL



Acordo Mercosul-UE: redução imediata de imposto e cotas
CATEGORIAS: ACORDO-MERCUSUL-EUROPA , JAIR-BOLSONARO 10 COMENTÁRIOS

O governo do presidente Jair Bolsonaro assinou nos últimos dias um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que encerra uma série de compromissos, entre os quais a redução de Imposto de Importação para veículos comercializados entre os dois blocos.

A meta do acordo é zerar o Imposto de Importação, mas isso não será feito imediatamente, mas em um período de quinze anos, mas com flexibilizações gradativas ao longo desse período.

Assim, nos termos definidos, imediatamente já haveria uma redução de Imposto de Importação de 35% para 17,5%, durante os primeiros sete anos. Entretanto, essa redução viria acompanhada de uma cota máxima de 48 mil veículos por ano que poderiam ser importados com esse imposto reduzido. O que superasse esse volume contaria com imposto de 35%.

Ou seja, é uma sistemática similar à que era usada no acordo com o México até alguns meses atrás, e que agora foi eliminada, ou seja, não há mais cotas para carros mexicanos chegarem ao Brasil sem imposto.

No caso dos modelos da União Européia, portanto, haveria um ganho inicial de 17,5% de redução para essa cota de 48 mil veículos, e isso perduraria nos 7 primeiros anos. A partir do 8º ano a tarifa regular passa a cair até chegar a zero no 15º ano.

Pelo princípio da reciprocidade, os carros feitos no Mercosul e exportados para a Europa chegariam com as mesmas condições, ou seja, cota de 48 mil veículos com imposto de importação reduzido em 50%, durante os 7 primeiros anos, e redução gradativa a partir do 8º chegando a zero depois de 15 anos.

Domingos V


Administrador

Interessante, mas para mim é suspeito. Primeiro, devem estar adoçando um pouco a nossa boca para que a desconfiança que estamos criando em relação a esses órgãos supra-nacionais (ONU, UE etc.) seja uim pouco parada.

Não deixa de ser uma vitória, uma espécie de concessão do INIMIGO, mas não acho muito bom não.

Depois porque, justamente, pode atrasar ainda mais reformas tributárias internas e no longo prazo, com a morte da indústria automobilística que eles estão fabricando, depender de uma enxurrada de importados não é nada bom - vamos ter ainda mais rapidamente e diretamente as decisões negativas feitas lá fora sobre carros sendo implementadas aqui.

Por enquanto deve ter um efeito muito interessante e em tempo de sacudir nosso mercado, que não vê concorrência forte há uns 20 anos e chegou a níveis realmente absurdos em termos de preço e oferta.

Mas sempre é bom ter desconfiança. As coisas hoje não estão moleza e a UE não é aliada do nosso governo atual e nem do Brasil. É aliada ao globalismo.

KÜLL



A questão básica é que não temos indústrias realmente nacionais de carros, e muito do setor de autopeças é internacionalizado. Não há como haver um processo de melhoria contínua de produto, como fizerem Japão, Coréia do Sul e agora, China. O único jeito é algo no estilo "estica e puxa", liberando um tanto, preservando um tanto, na tentativa de preservar a nossa indústria e fazê-la melhor, para o consumidor brasileiro e mais competitiva, das fronteiras para fora.

Domingos V


Administrador

Sim, concordo. De qualquer maneira já era mais que na hora de termos um chacoalhão no mercado, onde quem sabe conseguiremos repetir o que aconteceu nos anos 90 - em que as importações trouxeram uma chuva de modelos "nacionais" muito bons e compatíveis com o que se vê pelo mundo todo.

Mas é preciso ver bem que rumo tomar depois disso. Esse acordo tem uma amplitude MUITO maior que a mera baixa das taxas de importação do começo do plano Real. Sem um direcionamento correto, ao final dos tais 15 anos, vamos ter zero indústria automotiva no Brasil - e como deve ser o plano que aconteça por todo o mundo, claro.

KÜLL



O Mundo em Movimento


Acordo com a UE é ameaça ou oportunidade?

Joel Leite

11/07/2019 14h16


Foto: Divulgação

A abertura de mercado, com acordos comerciais como o recém-assinado Mercosul – União Européia, pode proporcionar uma real oportunidade para inserção da indústria nacional no contexto global, ao mesmo tempo que pode contribuir para que a capacidade intelectual e o talento para a inovação sejam de fato os diferenciais competitivos tanto para as empresas, como para os profissionais.

A avaliação é de Eugênio Cézare, executivo da indústria automobilística que atua há décadas na área de manufatura. Ele elencou alguns itens para reflexão sobre o papel do carro no próximo período, "para tentar compreender quais as competências estratégicas necessárias para administrar a nova onda de negócios", revelou.

Considerando que todas as montadoras possuem operações espalhadas pelo planeta, com diversos formatos de negócios, Eugênio avalia que haverá grande ociosidade, considerando a capacidade produtiva de todas as fábricas do mundo.

"Na operação de manufatura, alguns fatores adquirem enorme peso, como a relação entre os altíssimos investimentos nos processos produtivos, tecnologias embarcadas e os ciclos de vida dos produtos cada vez mais curtos", explicou o executivo.

Para ele, a saúde da cadeia de suprimentos depende da estabilidade da demanda e dos volumes. Sem o fluxo e planejamento adequados, é inevitável o efeito chicote no setor de autopeças.

O Brasil vem perdendo posições no ranking mundial: caiu de quarto lugar em 2013 para oitavo no ano passado, com apenas 2,5 milhões de veículos vendidos, sendo que já chegou a quase quatro milhões. Ou seja, o consumo está longe do seu potencial, que, segundo especialistas, é de pelo menos cinco milhões de unidades por ano, considerando as necessidades do País e a baixa relação habitante/veículo. "No entanto, acha Eugênio, com algumas raras exceções, a indústria automotiva no Brasil não alcançou ainda um patamar de consolidação".

Ele faz algumas considerações sobre o que o mercado reserva para o setor. A primeira delas é que o futuro é o compartilhamento, com o carro sendo considerado muito mais como um serviço de mobilidade do que um produto. Quanto à matriz e a forma de propulsão, seguem fortes as pesquisas para melhorar a eficiência energética nos motores a combustão e há investimentos nas modalidades elétrica, híbrida e célula de hidrogênio.

"A conectividade e a dirigibilidade autônoma também tem feito surgir modelos de negócios inéditos com a inserção de startups de tecnologia no supply chain", avalia.

O executivo considera que esses desafios – aliados aos temas do momento (conectividade, eletrificação e autonomia) exigem uma revisão total das estratégias de negócios, no Brasil e no mundo.

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