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Acordo de livre comércio entre Mercosul e U.E.

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KÜLL



"Relações externas: Brasil não vê avanço para retomada de Doha e quer fechar negociação com bloco europeu em 2010

Acordo entre Mercosul e UE vira prioridade

Sergio Leo, de Brasília
31/07/2009


A negociação de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia passou a ter, para o Brasil, prioridade maior que as discussões de liberalização comercial na Organização Mundial de Comércio (OMC), anunciou ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Discretamente, com pedidos de sigilo por parte dos europeus, para não criar expectativas, União Europeia e Mercosul terão uma reunião reservada na primeira semana de novembro, para avaliar como retomar as discussões interrompidas em julho do ano passado.

"Não vemos com clareza nenhum sinal de que os atores principais estejam engajados na Rodada de Doha", comentou Amorim, ao receber o ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel-Ángel Moratinos, mencionando a rodada de liberalização na OMC, iniciada em Doha, capital do Catar. "Temos de concentrar mais esforços no acordo Mercosul-União Europeia", declarou, lamentando a falta de avanços na OMC, num momento de crise, em que é necessário tomar medidas para evitar aumento do protecionismo. "Essas incertezas em relação à rodada nos obrigam a buscar esse acordo."

Moratinos concordou e anunciou a disposição dos espanhóis de incentivar negociações para um acordo ainda na presidência temporária da Espanha na União Europeia, no primeiro semestre de 2010. Europeus e integrantes do Mercosul já vem discutindo o assunto desde junho, quando realizaram uma reunião reservada em Lisboa e marcaram a próxima para novembro, quando assume a nova Comissão Europeia.

Os europeus dizem que só será possível retomar as negociações se ficar claro que se pode concluir um acordo em uma "janela de oportunidade" de seis a oito meses.

"Há vontade política do Brasil e Espanha", comentou Moratinos, lembrando que a Argentina, que presidirá o Mercosul em 2010, também diz estar comprometidas em buscar o acordo em pouco tempo. O governo brasileiro avalia que só será possível um acordo se os europeus mudarem de estratégia e deixarem de exigir o alto grau de concessões em matéria de redução de barreiras ao comércio de produtos industrializados. O Mercosul já aceitou limitar as cotas para produtos como carne e leite em suas reivindicações de abertura no mercado agrícola europeu.

Amorim disse que será possível um acordo se houver "pragmatismo" dos negociadores, como os europeus demonstraram ao fazer acordo com os países andinos, com quem negociaram "flexibilidades" variáveis conforme cada país. "Se houver necessidade de maior flexibilidade para um país em determinado momento, se ajudar na concepção do acordo, seria algo importante", disse Amorim, já indicando que sócios do Mercosul querem participar do acordo com menores concessões que o Brasil.

Segundo Amorim, há uma "conjugação de fatos" que podem facilitar um acordo, nas negociações que foram paralisadas desde o ano passado: a maior disposição da União Europeia a acordos com cláusulas especiais para alguns países, a crise mundial, "e a própria demora na conclusão de Doha".

Os brasileiros temem, porém, que a União Europeia volte à mesa exigindo decisões mais ambiciosas sobre propriedade intelectual e regras de proteção a investimentos, no modelo que se tentou sem êxito na fracassada Área de Livre Comércio das Américas. O fato de que os negociadores concordam em restringir as discussões aos temas de acesso de produtos aos respectivos mercados é um fator positivo, disse Amorim.

Moratinos afirmou que está muito otimista em alcançar um acordo cujos parâmetros serão estabelecidos "após o verão" europeu, neste semestre. Mas indicou que os europeus querem tirar a ênfase sobre venda e compra de mercadorias e estabelecer novos parâmetros de negociação. Os acordos do século XXI não podem se concentrar "na exportação ou importação de carnes ou produtos agrícolas", mas em cooperação para estimular investimentos e fundos especiais destinados a fomentar o desenvolvimento, disse."

FONTE: JORNAL VALOR ECONÔMICO, versão online.
GRIFOS POR MINHA CONTA

Embora seja um tema eminentemente econômico, é interessante para o setor de carros, porque como ocorre com o México, facilitaria a complementação de linhas aqui no Brasil (por exemplo, um Ford Kuga, um VW Golf Plus, um Civic hatch vindos da Europa), além de muito provavelmente facilitar a incorporação de tecnologia nos modelos fabricados por aqui até que se tenha massa crítica para produzir aqui. Só para situar o artigo, desde a época FHC se fala de um acordo com a Europa, sendo problema que temia-se que o mesmo incluísse a importação de padrões dew trabalho, meio ambiente e, ao mesmo tempo, o Brasil fosse alijado de determinados investimentos, simplesmente importando-se determinados produtos, partes e peças e montando aqui (eu mesmo concordava com esta tese). No âmbito do Mercosul, os "parceiros" temiam a perda de mercado no Brasil para produtos europeus, então, nada feito. No(s) governo(s) Lula, fez-se a opção de uma política para a procura de novos mercados, o que foi certo, mas eminentemente centrada nos países mais pobres, o que foi errado. Em vista dos problemas seriados, benefícios indevidos, preferências apenas para os outros, eu passei a achar o Mercosul a maior "roubada", virou algo como o rabo abanando o cachorro. Agora, parece que o juízo voltou à cabeça dos negociadores dos dois lados do Atlântico. Primeiro, porque o Brasil já tem massa crítica suficiente para negociar um acordo sem tanto temor de desindustrialização (em termos, diga-se de passagem) e sócios como a Argentina e Uruguai vão ter que se conformar em ser, SIM, coadjuvantes (exemplo: modelos de carros produzidos nestes dois países tendo como mercado principal o Brasil).
Além do fato evidente que com um acordo destes carros importados da Europa viriam com menos (ou nenhum) Imposto de Importação, além da idéia da complementação de linhas, tal tipo de acordo daria mais voz ao Brasil no desenvolvimento de modelos e apressaria a chegada de lançamentos por aqui. Partes e peças poderiam ser importadas a custo mais baixo facilitando a montagem de modelos novos como, por exemplo, o Golf VI, garantindo o uso de peças brasileiras e dando massa às empresas daqui para se tornarem fornecedoras para a Europa em maior escala. Para quem não tem fábrica no Brasil, como a recém-separada Opel, facilitaria a vinda de modelos para o Brasil a custo competitivo, inclusive como teste para uma eventual abertura de plantas por aqui (alguém aí acredita que a Opel pode ou deve se contentar apenas com a Europa, seja como mercado, seja como unidade de produção?). Enfim, é uma boa notícia e se progredir, podemos ter boas surpresas antes mesmo do Salão do Automóvel do próximo ano.

Domingos V


Administrador

Interessante como o Brasil está aproveitando políticamente a parada da rodada de Doha e a crise para retomar esse projeto que já tem algum tempo. A Europa está sofrendo bastante com essas duas condições e isso a faz mais propensa a aceitar acordos desse tipo. Outra coisa boa para os dois lados é que a idéia amadureceu e deixou de ser aquela loucura que seria o Brasil como membro da União Européia.

Com certeza vai reanimar o Mercosul, que anda lento e pouco competitivo, além de ultimamente muito político e pouco econômico. E com certeza vai ter muitas oportunidades de divisão de produção, importação e exportação. Agora não teria mais desculpa para modernizar nossos serviços e produtos!

Fabiano

Fabiano

Fora que alem de animar o mercosul, vai ser meio que obrigado a se profissionalizar, deixar as coisas mais corretas e certas de funcionar.

http://www.oticainova.com.br

KÜLL



Olha, focando no caso VW e seu Golf, seja o V, seja o VI, quando o V foi lançado, a empresa começou fabricando o carro na Alemanha e na Bélgica, com vendas estimadas de 900 mil unidades/ano. Mesmo sem crise, o carro NUNCA vendeu isso. Nos seus melhores momentos, o carro raspou em 700 mil unidades/ano. A VW acabou fechando a fábrica belga para concentrar a produção na Alemanha, ganhando escala e juntando o hatch com o Golf Plus.
Imagine hoje, o carro ainda sendo caro, embora tenha diminuído de preço em relação ao Golf V, com suspensões ainda estado-de-arte, mas agora em ferro e não mais em alumínio. Com a crise, deve estar vendendo ainda menos do que o V. Ou seja, fizeram um investimento e talvez não consigam ganhar dinheiro com isso. Outras empresas, como a Citroën, provavelmente vendem carros importados sem lucro algum para a unidade lá de fora, mas cada unidade a mais produzida, dilui o custo do investimento. Se não ganham, perdem menos. Se não se puder vender o carro montado lá, que se tragam as peças, porque aí a empresa ganha nas compras em quantidades maiores.
No caso de empresas como a Opel, SE não houver cláusula de barreira, o que eu duvido, a GM não seria tão tola, não é possível acreditar que a empresa se contente em ser um player apenas europeu. Apesar de ter produtos interessantes, o problema é que o mercado europeu já é maduro e ganhar share, só tomando dos outros. Neste contexto, um mercado como o brasileiro se torna muitíssimo interessante, porque continua crescendo, o que significa menos luta direta com os concorrentes, fora o fato de que o brasileiro aprecia o design Opel.
Este acordo seria interessante para todo o mundo. O problema é que quem vai estar na presidência do Mercosul no momento deste acerto é a Argentina, e se em anos passados ela melou acordos dos dois blocos por interesses DELA e não do bloco, com a crise que está lá, não duvido nada que tentem melar o acordo de novo, para não perder mercado. Por essas e outras no passado, onde as "assimetrias" sempre aparecem quando o Brasil está ganhando, eu passei a achar o Mercosul uma roubada e que se o governo brasileiro tivesse colhões, seja de qual partido for, faria valer o seu peso. Vide o mais recente caso com o Paraguai.
Enfim, torço para que o acordo saia, pois pelas afinidades que temos com a Europa, muito mais do que com os EUA, acho que só temos a ganhar, em especial no campo automotivo.
Lembrem-se também que no caso da Hilux vende-se mais de 60% da produção argentina por aqui, somando-se pick up e SW4. Da Ranger, não consegui dados. Imaginem que a futura pick up GM deve seguir índice de vendas semelhante por aqui. Qualquer facilitação, seja na importação de carros, seja na importação de partes para montagem de carros NÃO É NADA INTERESSANTE PARA A ARGENTINA. Imaginem que a vinda do Qashqai seja um teste para sua nacionalização ou "argentinização". SE houver um acordo com a U.E., adeus ao Nissan como modelo argentino.



Última edição por KÜLL em Ter 18 Ago - 13:51, editado 1 vez(es)

KÜLL



EIS AÍ UM GRANDE MOTIVO PARA QUE A ARGENTINA, QUE VAI ESTAR NA PRESIDÊNCIA ROTATIVA DO MERCOSUL DURANTE AS TRATATIVAS DESTE ACORDO COM A U.E., TRAVE AS NEGOCIAÇOES
:
Sem crise, Brasil "salva" Argentina e México
Mercado de carros importados cresce 20% e segura exportações de países ancorados em vendas externas
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se o mercado brasileiro de carros importados está contente com a alta de 20% nas vendas em 2009, as fábricas da Argentina e do México, ancoradas em exportações para o Brasil, dão pulos de alegria em plena crise.
A Adefa (fabricantes argentinos) afirma que as exportações representaram 59% da produção na Argentina em 2009, cerca de 160 mil carros -destes, 90% foram enviados ao Brasil.
"A redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] deu certo no Brasil, e o mercado interno está mais forte. Hoje as vendas ao Brasil sustentam a produção argentina", avalia Maximiliano Scarlan, da consultoria argentina Abeceb.
De acordo com a Amia (associação dos fabricantes mexicanos), cerca de 81% da produção de automóveis no México é exportada. Dos 504 mil veículos fabricados no primeiro semestre deste ano, 4% vieram para o Brasil -EUA e Canadá tiveram quedas drásticas com a crise.
Segundo a Anfavea (fabricantes de veículos brasileiros), de janeiro a julho de 2009, foram emplacados 252.649 veículos importados no Brasil -15% do total de licenciamentos. Um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2008.
Os importados argentinos e mexicanos, que entram no Brasil com isenção de Imposto de Importação, sustentaram a alta de 2,4% no total de veículos vendidos no país, que somou 1,73 milhão de unidades, contra 1,69 milhão nos primeiros sete meses de 2008. Só as vendas de nacionais caíram 0,1%.

Mão única
Já a exportação de veículos brasileiros teve queda de 46%.
"México e Argentina, nossos principais mercados, sentiram a crise e compraram menos do Brasil", diz Jackson Schneider, presidente da Anfavea.
"O mercado interno argentino está ruim. Com falta de confiança do consumidor e dificuldade de crédito, caem as vendas internas. No México, está ainda pior", compara Scarlan.
O Brasil deixou de exportar R$ 7,4 bilhões -200 mil unidades em 2009-, o que levou a uma queda de 0,9% na produção, na comparação com 2008.
A Argentina comprou 89,3 mil carros do Brasil no primeiro semestre, contra 171,9 mil no mesmo período do ano passado. Uma retração de 48%.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/veiculos/cv1608200907.htm
Só como exemplo, a produção inicial do Focus SERIA de 25 mil unidades/ano entre hatch e sedan para abastecer Argentina, Brasil, México e outros, o que dá algo em torno de 2.083 unidades/mês. Hoje, os dois modelos do Ford vendem apenas no Brasil mais de 2.100 unidades/mês. Da mesma forma, a produção do C4 hatch, quando do seu lançamento, SERIA DE 1.500 unidades/mês. Só no Brasil, se vende pelo menos METADE disso.
Alguém aí acha, sinceramente, que a Argentina vai facilitar um acordo desses que, entre outras coisas, poderia fazer mais vantajoso trazer o Kuga da Europa do que fazê-lo por lá, por exemplo?



Última edição por KÜLL em Qua 19 Ago - 7:45, editado 1 vez(es)

Fabiano

Fabiano

Eu fico bem descepcionado com isso, de uma forma estamos sendo escravos da ARgentina, não gosto deste tipo de situação.

http://www.oticainova.com.br

KÜLL



Anos atrás a Argentina já tinha torpedeado uma mera tentativa de estabelecer este tipo de acordo com a U.E. e até mesmo tentou "melar" o acordo com o México, embora ele valha para o Brasil e não para eles. Ou seja, tentou eliminar a concorrência.
Não tenho muita esperança nesta tratativa. O rabo continua balançando o cachorro.

Domingos V


Administrador

É, o Mercosul já teve tanto potencial e agora anda sendo ferramenta política e de caridade ultimamente.

Entra qualquer país, mesmo que não-democrático, e depois o Brasil fica de braços cruzados quanto a assimetrias e outras injustiças. Tudo pela política da boa vizinhança e sem ganhar nada ou muito pouco com isso. Bem a cara do nosso povo mesmo, "amigo de todo mundo".

KÜLL



Esta historia de "assimetrias" e um eufemismo que no fim das contas caracteriza algo que tem o nome verdadeiro de DEFICIT ESTRUTURAL, ou seja, A ARGENTINA NAO TEM PRODUTOS QUE O BRASIL QUEIRA OU PRECISE. Como exemplo, uns dois anos atras apareceram no Carrefour televisores da marca Telefunken, marca esta de origem alema, mas que ate onde eu sei tem pouca ou nenhuma participaçao na operaçao argentina. O produto, que ja foi marca boa no Brasil se caracterizava por ser de design antigo e simples e com poucos recursos, tipo televisores Cineral, marca de entrada. Nao vendeu e sumiu do mercado. Por essas e outras e que existe um "regime especial" de nacionalizaçao de peças na Argentina que nao existe aqui. A rigor, eles importam peças prontas acrescentam algum detalhe com mais peças, simples, feitas por la ou nao e exportam ou montam em seus carros como sendo "hecho en Argentina". E uma concessao da epoca do FHC para os hermanos nao melarem o acordo com o Mexico e que continua existindo por conta das tais (e falsas, na minha opiniao) assimetrias.
Ocorre que este deveria ser um regime de transiçao ate que o setor de autopeças argentino se reorganizasse e reequipasse. O prazo, se nao terminou, ja esta no fim e ate onde eu tenho noticias, TODAS as etapas a serem cumpridas foram desrespeitadas, tudo com a desculpa da crise, do maior tamanho do mercado brasileiro (gozado, o mercado brasileiro, aberto a eles, nao deveria ser um impulsionador da industria argentina?), etc., etc. e sempre com a bençao do casal Kirschner, primeiro ele, agora ela. O pior e que para produzirem seus carros, os industriais argentinos preferem comprar peças na Europa ou, mais recentemente, na China do que utilizarem os similares brasileiros. Cheira a triangulaçao para escapar dos impostos brasileiros, claro, que com um plus para o bolso dos empresarios de la.
E bom que se lembre que na epoca da grande estabilidade argentina, foram eles, os empresarios argentinos que se aproveitaram da paridade peso/dolar nao para investir em suas empresas, mas para compar fazendas no Uruguai, casas no condominio Beverly Hills em Punta del Este, ou entao investir em imoveis em Miami ou em "casas ancestrais" na Europa; quando o sistema ruiu, eles ficaram sendo donos de empresas sucateadas, sem tecnologia, sem condiçao de competir/oferecer com o que tinham e tem empresas brasileiras, americanas, europeias, etc. e ai, SOCORRO MAE PATRIA, de onde se originaram as ditas "assimetrias" que nunca acabam nem diminuem, pois e comodo fazer "social" com empresas de outros paises e ao mesmo tempo ganhar o diferencial em cima do Brasil.
Olha, e imperialismo sim, mas chega de ficar sustentando vagabundo esmoleiro, o Brasil tem o dever e a obrigaçao de ditar o ritmo do Mercosul, pois se nao, nao vale a pena este mercado. O Brasil ja e grande o suficiente e muito maior do que a Argentina quando o Mercosul começou, para poder negociar direto com EUA, Europa e outros. So citando o segmento automotivo, o Brasil esta perdendo muito. Por que nao temos um programa como este, argentino, mais amplo do que existe aqui para a importaçao de partes e peças para uso automotivo? Eles podem e a gente nao?

Fabiano

Fabiano

Realmente e por fim, eles se sentem superiores ao pais que lhes dá o pão, porem, de uma forma, mesmoq ue ilicita e suja, o brasileiro pode por fim, comprar carros de uma forma "Novos" e teoricamente modernos sem pagar os absurdos I.I, mas vamos ver, uma hora alguem passa aperna e assume seu lugar de direito nessa roda.

http://www.oticainova.com.br

Domingos V


Administrador

Küll, imperialismo nada, é questão de exercer liderança mesmo. O Brasil, como mentor e potência do bloco, tem mais do que direito de liderá-lo: tem o dever. Se ao fazer isso o Chavez ou algum outro achar que somos imperialistas, bom, ele que saia do bloco e feche o seu mercado para Cuba - como seria condizente, no lugar de ter uma temática socialista e por trás agir como capitalista.

O problema é que o Brasil é muito de não se indispor quando ninguém, mesmo que passivamente ou quando deveria. Só perde com isso, pois é a mesma coisa que querer ser bem visto ou amigo de bandido: vai acabar te ferrando e não trás nada de bom a não ser uma imagem de bonzinho numa primeira vista. Enfim, aqui algum político é pego roubando e dois anos depois quando volta para o plenário a maioria ainda vai dar boas-vindas e até mesmo elogiar o cidadão...

E sim, a Argentina realmente tinha condições até melhores que o Brasil de modernizar seu parque industrial quando sua economia ia bem pelas importações brasileiras e a paridade do dólar. Mas a questão nem é essa. Desigualdade não é o problema, e sim como se lida com ela, fora que em todo bloco haverá desigualdade. O problema é a Argentina não só querer burlar o acordo original com essa desculpa, o que provisóriamente até é ok, como querer melar o avanço do bloco por causa disso.

KÜLL



TEXTOS INTERESSANTES (grifos por minha conta):

GERMANY: Europe needs more capacity cuts - Fiat chief



17 September 2009 | Source: just-auto.com editorial team
The auto industry will continue to struggle because it has not cut its production capacity enough, Fiat chief Executive Sergio Marchionne told Reuters TV.
He said European sales would be lower next year if governments decided not to continue incentive schemes for new car buyers.
"Europe is going to have lower numbers next year unless there is an extension of incentives," said Marchionne. Germany "is one market that's going to drop substantially", as incentives are withdrawn.
Marchionne also said the worst was over in the United States. "The US has seen the worst, it will have better numbers in 2010." He added the country "will come out of the crisis in much better shape" but Europe would struggle because it had failed to cut capacity and companies reliant on the auto sector would suffer.
"A 5-10 percent demand drop (in Europe), given the operating leverage of suppliers, and a lot of people are going to bleed," he said.
Overall, the global auto market was unlikely to reach sales levels seen in 2008 before 2012 to 2013, he added.
Car makers' association ACEA said earlier sales in Europe were up 2.8% in July and 3% in August but off 8.2% in the first eight months.
US sales were down almost 28% to the end of August, according to WardsAuto.com.
FONTE: http://www.just-auto.com/article.aspx?id=101197&lk=s&d=1
COMENTÁRIO: Eis aí um tremendo incentivo (para eles, europeus) para que se faça um acordo automotivo com o Brasil. E uma tremenda razão para a Argentina, que vai estar na presidência do Mercosul durante as tratativas, torpedear esta tentativa, pois poderia "esvaziar" o país em termos de novos investimentos, uma vez que poderia ser tornar mais interessante trazer os carros diretamente da Europa. A notar que a queda do mercado alemão, atual e no futuro, traz de cara, a necessidade da VW, por exemplo de ampliar seus horizontes de venda para modelos como o Golf e o Polo, seja na exportação de carros prontos, talvez na exportação de partes e peças (CKD) para outros mercados, como o Mercosul.

Can anyone explain why Magna wants Opel?
Acordo de livre comércio entre Mercosul e U.E. BlankGuido Reinking is editor of Automobilwoche.
At Opel's headquarters in Ruesselsheim, the celebrations should be left on hold for the moment.
Magna should be worried about the Opel works council's announcement that it will go all out to save every job and every European factory. That will probably make Opel's restructuring more difficult and expensive.
At the same time, Volkswagen and BMW have said they would regard Magna/Opel as a competitor from now on, and they would be cautious about awarding it contracts.
Welcome to the world of the large car company.
The question why Magna is doing this to itself has been asked -- and not for the last time. Magna executives already find the question tough to answer. They haven't yet managed to explain the industrial logic behind the Opel deal.
Positioning Opel as the collaborative carmaker, open to cooperation with other brands in development and production, looks good on paper.
But as long as the industry has immense overcapacity, Opel factories will not be building cars for Peugeot, Fiat and Mercedes-Benz.
And the Russian market, which Magna thinks could boost Opel sales rapidly, is nothing more than a glimmer of hope.

COMENTÁRIO: Ainda no mesmo tema, primeiro, leiam sobre a capacidade mínima para que uma planta dê lucro. No Brasil, este índice era mais alto até 2.006, passando de 70%, com empresas com alegados e excessivos 80, 81% de ocupação para ter lucro. A questão é que com excesso de capacidade e com o mercado russo estagnado e sem muita perspectiva de futuro, os Brics que sobram são o Brasil e a Índia, sendo que a China tem os produtos Opel como Buick. Sobre a Índia, não sei nada, mas sobre o Brasil, se não houver cláusula de barreira, o que eu duvido, é um objetivo a ser perseguido pela Magna.

Domingos V


Administrador

Não ando lendo muitas notícias sobre negociações diplomáticas nesse assunto. Pode ser só que estejam escondendo o jogo e sendo cautelosos ou que estão deixando a oportunidade passar.

Realmente seria um ótimo momento de combinar uma parceria no setor automotivo. Um esquema de CKD com impostos reduzidos para os carros europeus iria resolver parte dos problemas deles e modernizar nosso parque industrial com pouco custo - além de melhorar muito a qualidade dos nossos carros.

KÜLL



Domingos V escreveu:Não ando lendo muitas notícias sobre negociações diplomáticas nesse assunto. Pode ser só que estejam escondendo o jogo e sendo cautelosos ou que estão deixando a oportunidade passar.

Realmente seria um ótimo momento de combinar uma parceria no setor automotivo. Um esquema de CKD com impostos reduzidos para os carros europeus iria resolver parte dos problemas deles e modernizar nosso parque industrial com pouco custo - além de melhorar muito a qualidade dos nossos carros.
Sempre acreditei nisso: se nao da para fazer tudo, que se faça o possivel aqui, seja em modelos completos, seja em partes e peças para modelos CKD (tipo MB CLC) e assim, que se modernizem as linhas de produtos aqui e ao mesmo tempo, que garanta mais unidades vendidas de cada projeto para aumentar o lucro/diluir o investimento de modelos na Europa, no caso. A questao e que anteriormente, FHC foi refem das industrias instaladas aqui, a maioria ja nas maos de empresas internacionais, que queriam "proteger o investimento e o emprego no Brasil" e com essa desculpa, ja viu. No fim, tanto FHC quanto Lula acabaram fazendo uma opçao por essa excrescencia de quase todo inutil chamada MERCOSUL, principalmente porque o Brasil representa uns 70% do bloco, ou seja, quem precisa de quem. E a se notar que na sua visao miope e limitada, em determinados momentos, a opçao pelo Mercosul pelo Lula foi justificada pela garantia de "independencia". Independencia como a de Cuba? Pois e mais ou menos o caminho que a industria automobilistica tem trilhado por aqui: velharias. Sem mais comentarios.

KÜLL



NOTA DIVULGADA HOJE, 02/10/2009, NO SITE DO JORNAL VALOR ECONOMICO:



<H1 class=titulo_materia_integra>Empresas do Brasil e Europa pedem acordo UE-Mercosul</H1>





    Assis Moreira, de Genebra
    02/10/2009


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Negociadores do Mercosul e da UE já têm prevista uma reunião para novembro
Empresários do Brasil e da União Europeia pressionam seus respectivos governos a retomar negociações para concluir o acordo de livre comércio UE-Mercosul "o mais rapidamente possível", argumentando que a crise internacional criou "mais necessidade de liberalização do comércio e de investimentos" entre as economias dos dois blocos.
No Encontro Empresarial Brasil-UE, marcado para terça-feira, em Estocolmo, na Suécia, paralelamente à cúpula entre os dois blocos, os empresários vão insistir que "companhias brasileiras e europeias estão profundamente preocupadas com o impasse" nas negociações, ainda mais no cenário atual, conforme o esboço de um comunicado obtido pelo Valor. O comércio Brasil-UE cresceu 15% em 2008 e o total do fluxo de investimentos foi de € 17 bilhões em 2007. Negociadores do Mercosul e da UE já têm prevista uma reunião para novembro.



Tremenda oportunidade PARA O BRASIL, inclusive no setor automobilistico, mas o grande problema para sair este acordo se chama ARGENTINA. Ainda no mandato FHC, o ultimo, tal acordo foi costurado, mas torpedeado tanto pela Argentina, quanto por paises da Europa, notadamente a França e outros paises menores. No caso da Argentina, ela perderia um mercado cativo para seus carros, o trigo, couro e confecçao e alguns outros itens, no caso da França e de outros paises menores da Europa o problema e a incapacidade deles em competir com o Brasil no setor agropecuario, infinitamente mais competitivo aqui, tanto em quantidade, quanto em preço e em alguns semimanufaturados.
Hoje, a situaçao e melhor: a Argentina vive uma crise na agricultura e nao teria tanto a perder e precisa de mais mercados para vender os produtos nos quais e competitiva, incluindo ai automoveis, onde ganharia mais escala de produçao, mas ao mesmo tempo sabe que perderia alguns investimentos que preferencialmente ficariam focados na Europa. A França que escancaradamente vem afagando o Brasil, parece que percebeu que seu comercio e muito mais do que agricola e pode proteger seus agricultores internamente, liberando terceiros mercados para o Brasil e ganhar muito mais vendendo produtos industriais para ca. Outros paises, tipo Alemanha, Italia e mesmo Inglaterra, temem menos o Brasil pois se ja vendiam produtos com muito mais valor agregado, se livrando de impostos, em especial o de importaçao, podem vender muito mais, se nao produtos prontos, partes e peças para montagem por aqui.
De novo, ainda acho que a grande pedra no sapato pode ser a Argentina, mas veremos....

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