<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" width="440"><tr><td class="i_data" width="220" align="left"><table border="0" cellpadding="1" cellspacing="1" width="440"><tr><td width="440"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" width="440"><tr><td class="i_data" width="220" align="left">30/01/2012 - 23h59</td> <td width="220" align="right"> </td> </tr> </table> </td> </tr> <tr> <td width="440">"UM MÊS COM..."</td> </tr> <tr> <td width="440">Renault Duster mostra a que veio em teste prático</td> </tr> <tr> <td width="440"> </td> </tr> <tr> <td height="10" width="440"> </td> </tr> <tr> <td width="440">da Redação
<table border="0" cellpadding="1" cellspacing="1" width="440"><tr><td width="440"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" width="440"><tr><td class="i_subtitulo" valign="top" width="130">Ao analisarmos qual poderia ser o próximo modelo a passar pela seção "Um mês com..." de Interpress Motor, não foi muito difícil concluir que um dos carros mais importantes de destrinchar, para o leitor, seria o Renault Duster. Lançado em outubro de 2011, o modelo superou seu rival direto, o EcoSport, nos dois primeiros meses integrais de venda, fazendo com que a Ford baixasse o preço de seu utilitário esportivo.</td> <td width="10"> </td> <td valign="top" width="300" align="right"> </td> </tr> </table> </td> </tr> <tr> <td height="3" width="440"> </td> </tr> <tr> <td class="i_texto" width="440">Embora tenha chegado ao mercado com preço inicial de R$ 50.900 (na versão de entrada 1.6 16V Hi-Flex), no início havia promoções vendendo Duster a R$ 49.900. Mas logo a procura se mostrou até maior do que a oferta. O resultado é o sobrepreço, como será possível ver logo no primeiro dia do teste. A gama tem ainda a versão Expression 1.6 16V por R$ 53.200, a Dynamique 1.6 16V por R$ 56.900 e a Dynamique 2.0 16V 4x2 com câmbio manual por R$ 60.600.
</td></tr></table> No topo, custando os mesmos R$ 64.600, estão a Dynamique 2.0 16V 4x2 com câmbio automático e a Dynamique 2.0 16V 4x4, que só traz câmbio manual – é esta última que estamos testando, na chamativa cor de lançamento verde Amazônia. Vamos avaliar o modelo nas mais diversas situações da vida real e verificar por que ele está dando tanto trabalho ao jipinho da Ford.
13º dia – 11/2/2012 "Defeito eletrônico é igual bunda de nenê"
por Luís Perez
No final da manhã de sábado, vou retirar o Duster. Sou recebido por Jurandir, gerente da concessionária. Aproveito para comentar as quase cinco horas e meia que esperei por uma resposta na segunda-feira anterior. O comentário dele não poderia ser mais infeliz: "A sua permanência aqui, eu entendo, foi porque você quis." O quê? Porque quis???
Ora, haviam passado a informação de que possivelmente o reparo seria rápido e que, se não fosse, haveria um carro-reserva (como ocorre com clientes do Renault Assistance). Mas não esperei "porque quis" e sim porque ninguém me deu nenhum tipo de retorno de que o defeito demoraria para ser solucionado. E foi demorando, demorando, demorando...
"Ah, mas você até saiu para almoçar." Verdade. Quando notei que eram 11h55 e ninguém havia tocado no Duster, resolvi sair para almoçar no shopping Vila Olímpia, perto da Grand Brasil. Mas depois retornei e tomei o maior chá de cadeira possível de um cliente em uma concessionária. Por fim, veio a pérola de Jurandir: "Defeito eletrônico, bicho, é igual a bunda de nenê. Você não sabe o que vai sair". Essa declaração foi gravada.
12º dia – 10/2/2012 Enfim pronto!
por Luís Perez
Enfim recebo a ligação de que o Duster está pronto. Mas não posso ir retirá-lo nesta sexta, pois tenho o dia todo tomado pelo lançamento da Nissan Frontier 2013. Fica para sábado.
Reitero o pedido de que o carro deve ser completado com gasolina, a fim de não ocorrer distorções no consumo – e porque é mais honesto para com o consumidor, pois gasolina é um combustível mais caro. Sou informado de que será completado com gasolina.
11º dia – 9/2/2012 26 quilômetros depois...
por Luís Perez
Nenhum sinal de vida da concessionária. Pedi que fosse tratado como consumidor normal, mas a área de imprensa da Renault tomou a frente e me informou que o carro deve estar pronto até o final da semana.
Enquanto isso, uma satisfação ao leitor: no dia em que esperei quase cinco horas e meia pela informação de que o carro não ficaria pronto naquele dia, a equipe da concessionária rodou 26 quilômetros com o modelo para constatar o problema.
10º dia – 8/2/2012 Leitores se manifestam
por Luís Perez
Continuam chegando mensagens de leitores, comentando o problema no marcador de combustível do Duster, que segue no estaleiro. Analista de sistemas, Silvio Ferro, diz: "É um problema geral nos carros da Renault. Já tive um Clio 2001 que tinha problema no marcador, oscilava muito, e um Logan 2008, mesmo problema, e ambos os carros foram tirados zero-quilômetro. Sua "solução" de usar o computador de bordo e não o marcador era o que eu costumava fazer mesmo".
Outras mensagens se queixam de demora para ser atendido em um reparo, como ocorreu conosco, ou demora para chegada do veículo encomendado. O engenheiro Fernando Paes finaliza: "Esta reportagem do site Interpress Motor, com esse jipe tão novo apresentando tanto probleminha que enche o saco, vem a confirmar minha desistência definitiva do Duster".
Pena, pois o carro tem suas qualidades...
9º dia – 7/2/2012 Primeiro dia sem o Duster
por Luís Perez
Primeiro dia sem o Duster. Ficou na concessionária reparando. Começam a chegar e-mails de leitores dizendo ter modelos da Renault que apresentam problemas semelhantes.
Renato A. Moyá, engenheiro químico de Americana (SP), escreve: "Tenho um Sandero 2008 1.6 16V e minha mãe tem um Sandero 2010 1.6 8V. O problema ocorrido nos dois carros aqui citados foram idênticos ao seu. Nos dois casos os mostrados de combustível ficaram 'malucos' e foi diagnosticado que o motivo era a boia. Segundo a concessionária, a boia às vezes, enroscava e depois se soltava sozinha, causando esse tipo de problema. Após a troca das boias, o problema foi solucionado e nunca mais ocorreu".
8º dia – 6/2/2012 5 horas, 24 minutos e 47 segundos
por Luís Perez
É noite no momento em que escrevo estas linhas. Nunca passei por um trauma tão grande em uma concessionária. Logo que cheguei com o Duster à oficina da autorizada Grand Brasil, no Itaim (zona sul de São Paulo), acionei o cronômetro do meu telefone. Pra quê! Demoraram 3 horas, 52 minutos e 23 segundos para dizer: "Olha, o problema é que o marcador de combustível está oscilando...". Não diga! Ora, foi por isso que eu levei o carro à concessionária.
Resolveram me arranjar um carro-reserva. Pedi que, mesmo sendo jornalista, que não recebesse tratamento especial. Pelo visto, não recebi mesmo. Pelo que o leitor pode ver pela reprodução do cronômetro acima, saí da concessionária 5 horas, 24 minutos e 47 segundos depois de chegar.
Logo que o cronômetro virou 5 horas, o consultor de serviços Otávio Lima alertou um funcionário: "Busque logo o carro para ele, pois ele está com pressa". Tive um ataque de riso. Como ele podia dizer que eu estava com pressa após amargar mais de cinco horas de espera?
Sabe qual é minha opinião pessoal? A Renault está crescendo muito. Se o serviço da rede de concessionárias não acompanhar esse crescimento – e pelo visto não está acompanhando –, será o caos. Estou com medo. Não quero que um cliente passe quase cinco horas e meia esperando por um diagnóstico e uma decisão.
A coisa começou a ficar sem graça – por mais bem humorado que eu seja. Quase não busco minha filha na escola a tempo (e teria de pagar hora extra). Quase ela perde a aula de natação. Aliás, quase não consigo marcar o tempo exato de espera, pois a bateria do telefone estava prestes a terminar.
Foi uma experiência traumática.
7º dia – 5/2/2012 Fartura
por Luís Perez
Domingão, dia de curtir com o carro. Mas fiquei com certa birra. Sinto falta de alguns itens de conforto. Falta vidro com dispositivo "um toque", falta sensor de estacionamento (item que pode ser adquirido como acessório) e acho a direção, ainda que hidráulica, um tanto dura. Vamos ver se nesta segunda o atendimento da concessionária melhora minha impressão.
6º dia – 4/2/2012 Duster ébrio
por Luís Perez
Enfim abasteço. No tanque de 50 litros, entram 45,62 litros de gasolina (com o litro a R$ 2,50, desembolso R$ 114). Rodei 3,96 km/l de etanol. Um consumo um tanto alto, mesmo com o derivado da cana. Mas vai saber. Coisas estranhas estão acontecendo no tanque do Duster...
5º dia – 3/2/2012 Reserva
por Luís Perez
Sexta-feira. Ao faltar 50 quilômetros de autonomia, a luz da reserva acende. Sinal de que o problema é no marcador, não propriamente no computador de bordo. Fico de levar o Duster para verificação na segunda-feira. Situação chata...
4º dia – 2/2/2012 Deu a louca no marcador
por Luís Perez
Vou sair pouco depois das 10h da manhã com o Duster e vejo o marcador de combustível indicando apenas uma barrinha. Não é possível! A gente costuma ver o marcador descer gradualmente. Aciono o computador de bordo, que mostra quase 200 quilômetros de autonomia. Ih, deve ser algum problema eletrônico. Preciso entrar em contato com uma concessionária.
Começo a resolver os compromissos do dia e, às 18h36, eis que o problema desaparece. Desta vez só duas das nove barrinhas do indicador aparecem vazias – algo bem mais de acordo com a realidade. Fico feliz. "Deve ter sido uma pane momentânea", penso. Ao chegar em casa, às 23h39, seis das nove barrinhas aparecem vazias.
É fato: preciso ver o que acontece. Ainda bem que o indicador de autonomia do computador de bordo não ficou maluco como o marcador de combustível e posso me basear nele... Em tempo: o Duster iniciou este teste com o tanque cheio de etanol. Daí ser compreensível uma autonomia menor.
3º dia – 1º/2/2012 E o duelo continua...
por Luís Perez
Saíram os números de venda de janeiro. Depois de perder em novembro e dezembro para o Duster, o EcoSport retoma a liderança do segmento em janeiro, ainda que por uma diferença pequena – foram 2.163 unidades do modelo da Ford, contra 2.031 do da Renault.
Note que, enquanto a Ford derruba os preços do EcoSport em fim de linha, a Renault tem de lidar com falta de produto (a fila chega a 60 dias em alguns casos) e sobrepreço. Ou seja, a liderança em um segmento não é explicada apenas pela "vontade popular". É preciso ter o produto à venda.
2º dia – 31/1/2012 Olha só a rivalidade
por Luís Perez
Uma enquete realizada por Interpress Motor, da qual participaram 970 internautas, mostra bem como o segmento ficou acirrado com a chegada do Duster. Coincidindo com o Salão de Nova Déli (Índia), neste início de ano, a Ford anunciou a chegada da nova geração do EcoSport. Um dos objetivos foi anular o avanço do modelo da Renault. Perguntamos aos leitores o que eles pretendiam fazer. O resultado foi praticamente um empate.
Dos que responderam, 35,77% disseram que iam comprar o Duster, mas decidiram agora aguardar pelo novo EcoSport. Outros 35,46% assinalaram: "Prefiro comprar o Duster e vou manter essa opção". Note que a diferença é de apenas 0,31%! Depois vêm os que acharam o EcoSport lindo e querem ser os primeiros a ter um (19,28%) e os que vão aproveitar para "chorar" um belo desconto (9,48%), uma vez que o modelo atual vai sair de linha.
Dá para ver como o Duster balançou os alicerces, não?
1º dia – 30/1/2012 Ah, o mercado...
por Luís Perez
Enquanto aguardo a entrega do Duster na concessionária Grand Brasil do Itaim Bibi (zona sul de São Paulo), dou uma volta pelo showroom. Encontro um carro igualzinho ao que vou retirar. Lembro que, quando o configurei pelo site, com banco de couro e tudo (como é o que peguei), o carro saía por R$ 64.190.
Desde o lançamento a Renault informava que seu preço sugerido era de R$ 64.600. De acordo com a concessionária, no entanto, seu valor é R$ 66.490 – uma diferença de R$ 2.300 em relação ao "monte seu carro" e de R$ 1.890 em relação ao preço sugerido de fábrica.
Em razão da enorme procura, o carro é vendido sem bônus e sem desconto. Esse "preço real" é o mesmo divulgado na tabela da revista "Quatro Rodas", apurada pela agência AutoInforme. Ou seja, o Duster é uma coqueluche. Nem adianta chorar desconto. Pelo menos não por enquanto. Coisas do mercado.
FONTE: http://www2.uol.com.br/interpressmotor/reportagem/item42167.shl</td></tr></table>
14/02/2012 - 13h17</td> <td width="220" align="right"> </td> </tr> </table> |