GM fecha fábrica na Indonésia e retira Spin – Americana não resiste ao “quintal” dos japoneses
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26/02/2015
A GM está mudando sua estratégia em relação ao Sudeste Asiático, em especial ao mercado indonésio. Mesmo depois de 80 anos de presença fabril no país, a montadora americana não consegue elevar sua participação diante dos fabricantes japoneses, que transformaram a região em seu “quintal”.
Com vendas tímidas de 11.000 carros em 2014, a GM não conseguiu nem mesmo emplacar seu mais recente lançamento na Indonésia, a minivan Chevrolet Spin, desenvolvida e fabricada também no Brasil. O modelo iniciou sua produção local em 2013 na planta de Bekasi.
No entanto, o desempenho do modelo ficou muito aquém do esperado e apenas 8.742 unidades foram vendidas, assim como outras 3.000 exportadas no ano passado. Custando em torno de US$ 12.000, a Spin não pôde enfrentar a rival nipônica Toyota Avanza. A expectativa inicial era fabricar 40.000 por ano. A montagem continua até junho.
O problema da GM é a logística difícil e cara, pois boa parte das peças da Spin são importadas do Brasil e dada a grande distância entre os dois países, o produto da Chevrolet acabou ficando caro demais diante da opção japonesa, fabricada na região. Por isso, a minivan vai deixar de ser feita lá e a fábrica de Bekasi será fechada, desempregando 500 pessoas.
A GM não compreendeu totalmente o mercado indonésio, onde Toyota e Daihatsu reinam com grande margem (578 mil vendidos no ano passado) e a totalidade de fabricantes japoneses representa 90% das vendas. A Chevrolet conseguiu menos de 1% de participação em 2014. Para piorar a situação, o país tem um forte crescimento nas vendas e menos de quatro em cada 100 indonésios possuem veículo.
Com 240 milhões de habitantes, a Indonésia é um porto seguro para os fabricantes japoneses e pensando nas características do país, as nipônicas investem pesado em produtos locais, especialmente compactos baratos e minivans. A GM parece já ter compreendido isso e está entrando no mercado de vans com a chinesa SAIC.
O objetivo é vender as minivans da Wuling, completamente adaptadas à realidade local e bem diferente daquela proposta feita com a Spin. Além disso, a GM decidiu que vai apostar mais no segmento de SUV, usando sua imagem de tradicional fabricante do segmento para emplacar modelos mais rentáveis. A SAIC não quer a fábrica de Bekasi, que depois de 10 anos, será trocada por uma nova perto de Jacarta.
[Fonte: Auto News]