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Motores Tritec

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1Motores Tritec Empty Motores Tritec Seg 18 maio - 9:01

KÜLL



NOTÍCIA PUBLICADA HOJE, 18/05/09, NO JORNAL VALOR ECONÔMICO, EDIÇÕES DE BANCA E VIRTUAL:

Veículos: Nos próximos dias, unidade de Campo Largo (PR) entra em processo de pré-sérieCom motores, Fiat reduz antiga vantagem tecnológica da GM

Marli Olmos, de São Paulo
18/05/2009


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Prestes a iniciar a produção de novos tipos de motores na fábrica que comprou em Campo Largo, no Paraná, o grupo Fiat tem dado passos na área tecnológica que o aproximam cada vez mais de um conhecimento que outrora era uma vantagem da General Motors em relação à companhia italiana. Se na união com a GM, até três anos atrás, a Fiat tirou proveito dessa expertise da parceira, no Brasil um eventual novo casamento pode, no entanto, resultar em mais trabalho de enxugamento do que em ganhos de sinergia.

Franco Ciranni, superintendente da Fiat Powertrain (FPT), empresa do grupo italiano que produz motores e câmbios, conta que nos próximos dias será iniciada, na fábrica do Paraná, a produção de pré-séries dos novos motores. Esses primeiros motores serão submetidos a testes de qualidade. A produção em série começará antes do fim do ano, segundo a empresa. Na fábrica de Campo Largo trabalham hoje 250 funcionários.

Os primeiros motores serão 1.4 e 1.6. A FPT ainda está por decidir sobre o projeto de um tipo de motor com cilindrada mais elevada. O motor 1.8 dos carros da montadora italiana ainda são fornecidos pela GM, um rescaldo dos tempos da antiga parceria.

Ciranni e todos os demais executivos, tanto da Fiat como da General Motors, não querem falar sobre as notícias de que a empresa com sede em Turim teria interesse em ficar também com as operações da americana na América Latina no caso de uma compra da Opel, divisão da General Motors na Europa.

Mas o executivo sorri quando questionado sobre eventuais sinergias em motores, numa demonstração de que hoje a empresa italiana está numa posição mais confortável em termos de desenvolvimento tecnológico. Uma evolução que a coloca, aliás, em condições de ser ela uma fornecedora de motores para outras montadoras, como a própria Chrysler, sua mais nova parceira.

A FPT tem a intenção de também ampliar a gama de clientes fora do grupo Fiat. Há planos, por exemplo, de exportar motores para os veículos Chrysler a partir do Brasil. A instalação de Campo Largo (PR) já foi uma fábrica que pertenceu a uma joint venture entre a Chrysler com a alemã BMW.

Além de se aperfeiçoar em motores de maior cilindrada, também é projeto do grupo Fiat melhorar o desempenho dos menores. "A tendência é o chamado 'downsizing', que significa fortalecer o motor pequeno para dar a ele desempenho de motor grande, com a vantagem de redução de emissões", afirma o presidente do grupo Fiat, Cledorvino Belini.

Em relação à possibilidade de a Fiat ficar com as operações GM no Brasil, o professor José Roberto Ferro, um estudioso em manufatura automotiva, vê poucas chances de sinergias. Ele lembra que nos últimos anos ambas se desenvolveram em áreas vitais como pesquisa e desenvolvimento e engenharia. "As duas empresas investiram na criação de centros poderosos de desenvolvimento de produto", lembra.

No que diz respeito à manufatura, as duas empresas têm fábricas no Brasil e na Argentina. Haveria uma vantagem para a Fiat se o México estivesse incluído no pacote, já que a montadora italiana não tem nenhum tipo de operação industrial naquele país.

Em relação aos modelos de veículos vendidos na América do Sul, a General Motors se dá melhor em automóveis de médio e grande porte enquanto a montadora italiana, apesar dos esforços em lançamentos como o modelo Linea, ainda tem seu ponto mais forte nos veículos pequenos.

Mas ainda assim, Ferro afirma que haveria uma repetição de diversos tipos de modelos se ambas se unissem. É o caso de Uno e Palio, da Fiat, com Celta e Corsa, da General Motors. A situação brasileira é diferente da Europa, onde a Opel proporcionaria uma complementaridade de produtos, diz Ferro.

Nas exportações, porém, é muito provável que a Fiat viesse a tirar vantagem da força que a GM tem em determinados mercados, como Colômbia e Venezuela.

A falta de oportunidades para sinergias pode ser um problema para a Fiat. Vale lembrar que a união do passado foi uma mera parceria, na qual as duas empresas compartilharam, por exemplo, a área de compras, o que lhes deu uma grande força na negociação com os fornecedores.

Mas no caso que se cogita hoje, seria uma compra de operações da GM pela Fiat. Isso implica em um necessário enxugamento de operações. Para Ferro, colocar a casa em ordem de duas das três maiores fabricantes de veículos do país não levaria menos do que dois ou três anos. "É muita coisa se levarmos em conta que a Fiat já terá trabalho suficiente com a Chrysler", destaca o professor. No caso de Chrysler, o maior objetivo da montadora italiana é ingressar no mercado americano, do qual ainda não participa.

Em termos financeiros, apesar da vantagem em relação principalmente às montadoras americanas, a Fiat estava no fundo do poço há poucos anos. Em 2002, a empresa lutava para conter prejuízos e restaurar participação de mercado.

No caso brasileiro, com a junção das duas surgirá uma companhia dona de quase a metade do mercado. Para Ferro, é mais provável que, com o tempo, uma fatia de mercado tão grande venha a diminuir pela ação de concorrentes que agem de forma mais modesta no mercado brasileiro, como é o caso das japonesas Honda e Toyota, ou das francesas Renault e Peugeot.

2Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 10:10

Fabiano

Fabiano

Achei bom isso, mas faltou um "C" no titulo, é Tritec.

http://www.oticainova.com.br

3Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 10:17

KÜLL



Fabiano escreveu:Achei bom isso, mas faltou um "C" no titulo, é Tritec.

Oops! Escapou... Foi a pressa em postar a notícia.

O mais importante nesta história é ver concretizada a movimentação da Fiat em fazer a fábrica voltar a funcionar o mais rápido possível, como foi dito no momeno da aquisição, lembrando que praticamente todos entenderam que o que a Fiat queria era o 1.6 16v, um motor muito bom e admirado, inclusive comunidades do Mini ainda hoje acham este motor melhor do que a unidade PRINCE usada atualmente. SE vamos ter o 1.4 também, que é uma unidade 16v que tinha 90 cv originalmente, podemos imaginar o eventual abandono dos Fire (se isso vai ser bom ou não, não sei); OU esta linha de montagem transformada para produzir TAMBÉM os Fire, quem sabe em 16v e até mesmo com o cabeçote MULTIAIR.
Sobre o 1.8 (e na verdade sobre todos os produtos desta fábrica), gostaria muito mais que a unidade fosse convertida para produção de motores realmente Fiat e que esta unidade maior fosse o novo motor recém-lançado, que aí poderia inclusive ser exportado para a América do Norte, onde fossem montados os carros da Alfa Romeo.

4Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 15:42

Domingos V


Administrador

Corrigi o título Wink.

Eu ando um pouco cético com essa história porque já fazem anos que dizem que vão vir os motores Tritec na linha Fiat. Talvez seja questão de tempo, mas o boato rola a muito tempo e ainda não se realizou...

5Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 16:47

Fabiano

Fabiano

A Fiat é um grande exemplo a ser seguido, é nas crises que se fortalecem os guerreiros, e a Fiat não é exceção, ela pode ter estado em crise em 2002, mas nada impede ela de estar no topo hoje, ela fez a lição de casa ao entrar na sua crise particular, e estar bem preparada para a crise de todos hoje.

Admiro o poderia da Fiat, mas ainda assim, tem coisas que eu não compraria deles, é gosto, mas que gerencialmente ela é boa isso não da para negar.

http://www.oticainova.com.br

6Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 16:54

KÜLL



Domingos V escreveu:Corrigi o título Wink.

Eu ando um pouco cético com essa história porque já fazem anos que dizem que vão vir os motores Tritec na linha Fiat. Talvez seja questão de tempo, mas o boato rola a muito tempo e ainda não se realizou...

Bom a gente sabe que a Fiat não um AZOUGUE quando o assunto é lançamentos; vide o Linea que foi e voltou um monte de vezes e mais recentemente o Bravo, que todo o mercado imaginava um lançamento para MARÇO deste ano, algo que foi inclusive noticiado pela revista CARRO tanto na edição impressa, quanto no site, e que agora acabou ficando para algum momento do ano que vem.
Sobre os motores, estes da Tritec não eram FLEX e que ainda por cima a fábrica estava parada.IMAGINO que algum trabalho deve ter ocorrido não apenas na mera transformação dos motores em alcoólatras, mas também adequação a outros materiais, etc., bem como testes de durabilidade. Em reportagem do ano passado no Valor Econômico, a Fiat afirmou que queria a Tritec produzindo alguma coisa lá pelo meio do ano e funcionando mesmo até dezembro de 2.009, o que os atuais movimentos parecem corroborar. Até aí, me parece que a empresa está cumprindo o prometido.
Poderia ser mais rápido? SIM. Mas pelo menos está trabalhando no assunto, algo que a Ford também está fazendo com relação aos Sigma. Cadê as unidades turbo da VW? A GM vai fazer alguma coisa realmente NOVA e MODERNA ou apenas vai continuar a fazer melhorias superficiais que já deveriam ter ocorrido há tempos em seus motores?

7Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 17:09

Fabiano

Fabiano

KÜLL escreveu:
Domingos V escreveu:Corrigi o título Wink.

Eu ando um pouco cético com essa história porque já fazem anos que dizem que vão vir os motores Tritec na linha Fiat. Talvez seja questão de tempo, mas o boato rola a muito tempo e ainda não se realizou...

Bom a gente sabe que a Fiat não um AZOUGUE quando o assunto é lançamentos; vide o Linea que foi e voltou um monte de vezes e mais recentemente o Bravo, que todo o mercado imaginava um lançamento para MARÇO deste ano, algo que foi inclusive noticiado pela revista CARRO tanto na edição impressa, quanto no site, e que agora acabou ficando para algum momento do ano que vem.
Sobre os motores, estes da Tritec não eram FLEX e que ainda por cima a fábrica estava parada.IMAGINO que algum trabalho deve ter ocorrido não apenas na mera transformação dos motores em alcoólatras, mas também adequação a outros materiais, etc., bem como testes de durabilidade. Em reportagem do ano passado no Valor Econômico, a Fiat afirmou que queria a Tritec produzindo alguma coisa lá pelo meio do ano e funcionando mesmo até dezembro de 2.009, o que os atuais movimentos parecem corroborar. Até aí, me parece que a empresa está cumprindo o prometido.
Poderia ser mais rápido? SIM. Mas pelo menos está trabalhando no assunto, algo que a Ford também está fazendo com relação aos Sigma. Cadê as unidades turbo da VW? A GM vai fazer alguma coisa realmente NOVA e MODERNA ou apenas vai continuar a fazer melhorias superficiais que já deveriam ter ocorrido há tempos em seus motores?

A VW ja anunciou que em 2011 terá aqui os modernos motores turbo de baixa cilindrada da europa, não me lembro onde eu li isso, mas me chamou a atenção, e a GM como sempre......

http://www.oticainova.com.br

8Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 17:39

KÜLL



Fabiano escreveu:
KÜLL escreveu:
Domingos V escreveu:Corrigi o título Wink.

Eu ando um pouco cético com essa história porque já fazem anos que dizem que vão vir os motores Tritec na linha Fiat. Talvez seja questão de tempo, mas o boato rola a muito tempo e ainda não se realizou...

Bom a gente sabe que a Fiat não um AZOUGUE quando o assunto é lançamentos; vide o Linea que foi e voltou um monte de vezes e mais recentemente o Bravo, que todo o mercado imaginava um lançamento para MARÇO deste ano, algo que foi inclusive noticiado pela revista CARRO tanto na edição impressa, quanto no site, e que agora acabou ficando para algum momento do ano que vem.
Sobre os motores, estes da Tritec não eram FLEX e que ainda por cima a fábrica estava parada.IMAGINO que algum trabalho deve ter ocorrido não apenas na mera transformação dos motores em alcoólatras, mas também adequação a outros materiais, etc., bem como testes de durabilidade. Em reportagem do ano passado no Valor Econômico, a Fiat afirmou que queria a Tritec produzindo alguma coisa lá pelo meio do ano e funcionando mesmo até dezembro de 2.009, o que os atuais movimentos parecem corroborar. Até aí, me parece que a empresa está cumprindo o prometido.
Poderia ser mais rápido? SIM. Mas pelo menos está trabalhando no assunto, algo que a Ford também está fazendo com relação aos Sigma. Cadê as unidades turbo da VW? A GM vai fazer alguma coisa realmente NOVA e MODERNA ou apenas vai continuar a fazer melhorias superficiais que já deveriam ter ocorrido há tempos em seus motores?

A VW ja anunciou que em 2011 terá aqui os modernos motores turbo de baixa cilindrada da europa, não me lembro onde eu li isso, mas me chamou a atenção, e a GM como sempre......

Na 4 Rodas do mês passado, ou do anterior, onde se falou de um Polo "embanheirado", tipo Fit, também se falava dos tais motores. A questão que eu levanto é a VELOCIDADE da reação, uma vez que já foi anunciado que neste trimestre a zona do euro teve uma QUEDA nas vendas de carros de 30% (TRINTA POR CENTO!!!!), aqui, se não estão exatamente aumentando, estão pelo menos mantendo o nível.
O Punto é um carro novo lá fora e aqui também, vai durar ainda no mercado; idem para o Fit, que ainda por cima pode ser encarado como um hatch de luxo ou como uma pequena van; o Fiesta está prometido para o ano que vem (quem sabe até antes); o Viva chega esta ano, mas contra ele, fora a velhice dos motores, pesa também a situação da GM, falta então a VW se manifestar (no CarSale tem um nota de um cara afirmando que os primeiro Polo novos - e iguais ao europeu - já foram montados e vão começar a fazer testes).
DE NOVO, a questão é que aqui as vendas se mantém e é um dos poucos lugares onde se está conseguindo fazer dinheiro, portanto, cadê a preferência por este mercado? A gente só está servindo para dar lucro a montadoras que investem lá fora, onde não se está ganhando dinheiro, para que LÁ FORA se tenham carros melhores, motores idem, etc., etc.



Última edição por KÜLL em Seg 18 maio - 18:02, editado 1 vez(es)

9Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 17:57

Domingos V


Administrador

Küll, é verdade. Mas que essas datas mudam toda hora, mudam. Não é exclusividade da Fiat esse tipo de coisa, mas desde 2007 eu já ouço que os motores Tritec estariam em linha em breve.

Acho que o pessoal das fabricantes está só dando "tiro certo" aqui no Brasil justamente pra compensar as perdas lá fora. Por isso anda tendo essa indecisão toda com diversos modelos, motores, etc...

10Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 18:12

Fabiano

Fabiano

Meu, mas falando serio, se nós tivessemos motores renovados a cada dois-tres anos como na europa, mesmo que os carro não seguisem a mesma rapidez na evolução eu ficaria muito feliz, pois motores modernos é o que precisamos, AirBag+ABS ja temos, tem outras coisinhas que poderiam vir mais lentas, mas que os motores ao menos fossem sempre os tops isso seria o maximo.

http://www.oticainova.com.br

11Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 18:44

KÜLL



Fabiano escreveu:Meu, mas falando serio, se nós tivessemos motores renovados a cada dois-tres anos como na europa, mesmo que os carro não seguisem a mesma rapidez na evolução eu ficaria muito feliz, pois motores modernos é o que precisamos, AirBag+ABS ja temos, tem outras coisinhas que poderiam vir mais lentas, mas que os motores ao menos fossem sempre os tops isso seria o maximo.

Especificamente no meu pensamento, a questão não é renovação em curto espaço de tempo, mas simplesmente RECUPERAÇÃO DO TEMPO PERDIDO. Não se vocês já eram ligados a isso, mas é bom lembrar que lá pelos idos de 1.996 o mercado brasileiro era considerado um dos mais promissores do mundo, etc., etc. e aí veio a crise do real que jogou a produção lá para baixo e com isso, o que aconteceu foi que as montadoras, notadamente as ditas "4 Grandes" simplesmente limaram seus investimentos por aqui e passaram a simplificar brutalmente seus carros para ganhar mais em cima de cada modelo. Isto inclusive foi tema de diversas reportagens que davam como certa a direção das montadoras, que iriam fazer MENOS carros cobrando MAIS em cada unidade vendida. O que acabou acontecendo foi um meio termo, onde o que se fez foi oferecer MENOS em cada carro. Daquela época foi que todos os motores Fire passaram a ser 8v, que os Astra e Zafira também perderam este tipo de cabeçote, etc. A desculpa era que motores 16v eram "chochos" em baixa rotação, que o brasileiro não gostava disso, etc.
Primeiro, convenientemente "esquereram" que naquela época a maior parte do mercado já era 1.0, que eram o supra-sumo da "chochice" (será que esta palavra existe?) e evidentemente qualquer coisa com cilindrada acima disso já seria uma grande evolução. Segundo, não se manifestaram em dizer que perdíamos os cabeçotes multiválvulas, além do que se perdia aos poucos nas mudanças de ano/modelo (conhecem a história da rã colocada na frigideira?), MAS não se diminuía o preço do carro, tal adequação acabava dando vantagens de custo PARA AS MONTADORAS, mas não para os consumidores.
Acabou acontecendo o que já sabemos: as japonesas chegaram, ofereceram produtos melhores, mais bem acabados, com mais tecnologia e dominaram o setor dos sedans médios. Esta mesma tecnologia, igual àquela usada lá fora, continuou a evoluir nos japas e tirou boa parte da falta de fôlego dos motores 16v e ainda por cima mostraram mais recentemente que mesmo assim, incorporando tecnologia em seus motores, estas empresas são rentáveis no Brasil.
Acontece agora que os limites de emissão continuam a se estreitar, que o prazo deste estreitamento está diminuindo (fala-se que lá para 2.016 vamos estar praticamente parelhos com a Europa) e as "4 Grandes" agora tem que correr para tirar o atraso. Isto significa fazer um investimento muito grande e de uma vez para tirar este "delay". A Ford se beneficiou pelo fato de ter os motores Duratec vindos do México, mas com a lucratividade da linha Fiesta/Eco (a empresa afirma que tem lucro a VINTE E UM TRIMESTRES CONSECUTIVOS) tem de onde tirar dinheiro para os Sigma. A Fiat, mesmo na Europa, sempre foi uma empresa com motores de baixa tecnologia (apenas cabeçotes 16v, sem VVT, em parte sanado pelo uso de turbos), mas agora também tem de correr por aqui. A VW se tivesse mantido um program de atualização, ainda que paulatina, teria que investir muito menos dinheiro de uma vez. A GM é o caso mais grave, pois enquanto algumas montadoras já usam há anos componentes roletados, de menor atrito, para ganhar potência e diminuir consumo e emissões, a americana está fazendo isto agora, na "bacia das almas", com esta situação horrorosa que enfrenta quando, como as outras já deveria estar se voltando para unidades com mais tecnologia embarcada.
Já tem artigos aqui no Brasil (site AUTODATA) afirmando que o custo de produção de unidades 16v já baixou tanto que já não é mais uma desculpa para o não investimento e que mesmo no caso do uso de alumínio em larga escala, o custo já se reduziu consideravelmente e a escala de produção pode acabar com a diferença deste mesmo custo.

ESTE É O PROBLEMA QUE MOSTRA O QUÃO POUCO ESTAMOS RECEBENDO COMO CONSUMIDORES E INCLUSIVE "DANDO VOLTAS" AOS LIMITES DE EMISSÃO.

12Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Seg 18 maio - 19:19

R8V

R8V
Administrador

Disse tudo!

13Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Ter 19 maio - 1:50

Domingos V


Administrador

Concordo, Küll. E o que muita gente esquece é que a cada plataforma ou motor novos, novas formas de fabricação mais rápidas e baratas são implementadas. Dessa forma um carro mais sofisticado ou um motor mais complexo pode custar tanto quanto ou menos que um mais simples - vide caso do Fusca e da Kombi que eram tão caros de produzir quanto carros muito mais modernos e equipados.

A fabricante manter velharias é só mesmo pra não gastar dinheiro nas mudanças necessárias para que se implemente as novas tecnologias ou pra lucrar um pouco mais enquanto o mercado permite. Enfim, enquanto nosso mercado consumidor for tão pouco exigente e não se enxergar como um dos maiores do mundo a coisa não muda.

PS: Motores franceses e japoneses já atendem às normas Européias de emissões - mesmo aqui no Brasil - há tempos. Engraçado que os motores "nacionais" ainda vão até 2016 pra alcançá-las...

14Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Ter 19 maio - 12:06

Fred



Fomentando a discussão, os motores 16v, apesar de apresentarem grandes vantagens em rendimento, não são unanimidade no Brasil. Já tivemos casos de unidades identicas com cabeçotes 8v e 16v sendo o 16v descontinuado em função de baixas vendas. Da mesma forma que o americanos, o brasileiro (o leigo, sua esposa e a mãe dele) prefere torque em vez de potência.
Vou citar minha experiência: estamos com 2 fits LX lá em casa, um 05 (8v i-dsi) e um 09 (16v vtec). Apesar de saber que os gráficos apresentados pela Honda mostram valores iguais para torque em baixa rotação, considero o 8v é muito mais agradável de dirigir na cidade (mesmo com quase 20cv a menos). E isso que EU SEI as incontáveis vantagens das 16v.
Sobre poluição, o fato de um veículo atender normas europeias não quer dizer que o mesmo cumpra o mesmo com a nossa gasolina, que, a princípio, tem o álcool adicionado e teor de enxofre maior. Só Deus sabe o que uma ECU tem que fazer pra deglutir nosso coquetel.

15Motores Tritec Empty Re: Motores Tritec Ter 19 maio - 14:35

KÜLL



Fred escreveu:Fomentando a discussão, os motores 16v, apesar de apresentarem grandes vantagens em rendimento, não são unanimidade no Brasil. Já tivemos casos de unidades identicas com cabeçotes 8v e 16v sendo o 16v descontinuado em função de baixas vendas. Da mesma forma que o americanos, o brasileiro (o leigo, sua esposa e a mãe dele) prefere torque em vez de potência.
Vou citar minha experiência: estamos com 2 fits LX lá em casa, um 05 (8v i-dsi) e um 09 (16v vtec). Apesar de saber que os gráficos apresentados pela Honda mostram valores iguais para torque em baixa rotação, considero o 8v é muito mais agradável de dirigir na cidade (mesmo com quase 20cv a menos). E isso que EU SEI as incontáveis vantagens das 16v.
Sobre poluição, o fato de um veículo atender normas europeias não quer dizer que o mesmo cumpra o mesmo com a nossa gasolina, que, a princípio, tem o álcool adicionado e teor de enxofre maior. Só Deus sabe o que uma ECU tem que fazer pra deglutir nosso coquetel.

Não sei qual a idade média do pessoal daqui, se sempre foram DOIDOS por carro, como eu, desde pequeno. Meu pai adorava comprar um cacareco e reformar, de preferência, Jeep e Rural Willys, Citroën 2CV e alguns outros, melhorando o carro (motor de Maverick no Jeep e de Opala na Rural, etc.), mas eu sempre acompanhei o que acontece por ser muito curioso quanto a tecnologia, engenharia e mecânica em geral. O Tempra, na minha opinião, era UM HORROR com motor 16v, já uma ex-namorada ("ex" por opção dela, infelizmente para mim) aprendeu a dirigir em Tempra 8v e adorava o carro (até hoje a família só tem Fiat; ela, uma Marea 2.4), apesar do peso do carro para o 2.0, que eu achava excessivo.
Na época do lançamento do Vectra B aqui (1.994?), o 16v era só do GSi e os outros, 2.0 8v. Na Europa, por conta da legislação mais restritiva a emissões de bastante tempo, o motor 16v foi adotado mais tarde com potência em 136 cv para favorecer o torque nos modelos não-esportivos, solução também adotada pela VW, ambas ficando aqui com o 2.0 8v. Outra coisa que não favoreceu a fama dos 16v foram diversas histórias de Tempras que a correia do cabeçote rompia, em geral por falta de manutenção correta por parte do dono, e aí os pistões DESTRUIAM as válvulas porque sem a correia perdia-se a coordenação entre as duas partes do motor, e aí, o conserto ficava MUITO, MAS MUITO CARO.
Sobre TORQUE X POTÊNCIA, concordo, mas também lembro aos colegas que o tipo de condução que estes carros precisam tende a se tornar comum, habitual. Primeiro porque, como já disse, vindo de um 1.0, qualquer coisa acima já é uma grande melhora. Segundo, porque quando os 16v se tornarem padrão, acostuma-se; como é que você vai sentir falta de algo que nunca conheceu? Fora a grande revolução que está acontecendo hoje, que é a dispersão de sistemas como comandos variáveis e turbos em todo o tipo de motor, das mais variadas cilindradas.
É bom lembrar que até mesmo o famoso 1.8 20v tão usado em Audis e VW sob o ponto de vista puramente tecnológico, HOJE, pode ser considerado um motor de baixa de tecnologia, pois como aspirado, mesmo tendo 5 válvulas por cilindro, não se valia de comandos variáveis para melhorar o torque em baixas rotações. Daí o fato destes 1.8 aspirados terem vendido tão pouco por aqui e nem mesmo serem oferecidos nos EUA. Tinham, isso sim, um conceito de aplicação de turbina de tamanho relativamente pequeno que fazia dele algo muito bom. Este é conceito que a Fiat aplica HOJE em seu 1.4 Turbo com dez ou mais anos de atraso(!!!!). Os atuais motores 2.0 da VW/Audi já começam a adotar comandos variáveis junto com os turbos. Naquela época já apareciam com bastante freqüência os VTEC da Honda e que logo passaram a ser disseminados a modelos médios, como o Civic 1.7 feito aqui. Mesmo sabendo-se que a aquele 1.7 sofria de alguma fala de fôlego, problema atribuído ao (sucesso( New Civic hoje, o carro foi bem.
Sobre poluição, lembro aos colegas que o álcool é tão bem cotado porque NÃO TEM ENXOFRE NEM COMPOSTOS QUE O ORIGINEM. A questão da poluição também deve contemplar algo que eu sempre disse que era o problema dos tais motores vetustos brasileiros (GM e VW), que é a falta de atualização em seus blocos para que a queima fosse mais eficiente. A VW foi quem mais fez neste sentido em relação AOS BLOCOS, mas não nos cabeçotes. SE o enxofre está lá, vai estar do mesmo modo e aí, para lidar com ele, só mesmo o catalisador (ou a Petrobras ser FORÇADA a distribuir menos lucros e investir em refinarias que produzam gasolina mais limpa), a questão a que eu me refiro é a queima em si, onde cabeçotes 16v, com ou sem injeção direta (que não lida bem com o enxofre), vaporizam melhor o combustível, que queima melhor, aumentando a eficiência calorífica e produz resíduos que podem ser melhor tratados nos catalisadores exatamente por conta desta queima mais perfeita.

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