Sinceramente, ando de pé atrás com a GMB, não só por conta dos produtos desatualizados, mas por conta do excesso de "factóides" que ela tem gerado, tipo a fala do Ray Young sobre um possível Vectra V6 (lembram?), muito embora o Astra e/ou a Zafira NUNCA tivessem existido em versão "seis canecos" ou então no mesmo momento, sobre um eventual sucessor do Calibra. Seria o Astra duas portas? Enfim, nunca existiu... Ou então o Traverse que foi mostrado, testado e nada de importação. Ou todos os investimentos anunciados, como tal modelo "de grande porte" que A MARCA ANUNCIOU, mas agora revistas, jornais e sites, não todos, falam que o Cruze vai ser importado e que a sucessora da S10 vai ser argentina. Que modelo é esse então? Outra mentira?
Acho o fim da picada a marca alardear que tem a linha mais extensa e completa do mercado, convenientemente esquecendo de falar sobre a alta idade média destes produtos em nosso mercado.
Da mesma forma, a se confirmar, acho uma sem-vergonhice fazerem o Cruze no exterior e trazerem para cá. Como já disse, a sorte do México é ser vizinho dos EUA, mas mesmo assim já se sabe que este modelo vai ser feito por lá e, portanto, o Cruze mexicano vai ser mesmo para abastecer o mercado latino-americano. Só que o México, que já teve um mercado interno do tamanho do brasileiro tem caído consistentemente, mesmo antes da crise internacional e é provável que este ano, como no ano passado, ele seja UM TERÇO do mercado brasileiro. Ora, se temos mercado com escala, grande número de produtores de partes e peças, inclsusive com desoneração das exportações, por que o modelo não vai ser feito aqui?
Tempos atrás se falava que só voltaríamos a ter modelos médios aqui se tivéssemos escala de produção e mercado interno. Com capacidade interna de 3.2 milhões de unidades/ano, temos escala de produção e com um mercado interno que este ano, como no ano anterior tende a 2.8 milhões de unidades, eis o mercado interno. Agora, aparecem analistas e repórteres afirmando que o patamar de escala de produção mudou, que seria de 4 milhões de unidades/ano que, curiosamente é praticamente 40% A MAIS do que pode produzir o México atualmente, ou então que não interessa mais a escala, mas que como são modelos produzidos em relativamente baixos números, que fiquem na Argentina ou no México. Péra lá, quer dizer que a justificativa, inclusive vinda de quem deveria informar de modo ISENTO sobre o setor muda assim, tanto, dependendo da circunstância?
Nada de "intrigas ocultas" ou que tais, a questão é que as justificativas estão vindo de quem deveria ser CRÍTICO e mudando para algo que, anteriormente, deveria ser justificativa para se produzir determinados modelos aqui e agora, de repente, não serve mais?
Depois de aparecerem reportagens sobre os retornos das montadoras, só resta mesmo acreditar que isso é justificativa para produzir velharias e garantir altos retornos para tapar buracos nas matrizes. Ou, no caso do Cruze, a empresa não confia no produto?