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Acordo de livre comércio entre Mercosul e U.E.

5 participantes

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R8V


Administrador

Kull, não me leva a mal,compreendo a sua irresignação, mas se você quer um bom carro e fabricado no país, acho melhor trocar de segmento; também não vejo com bons olhos a situação do Mercosul.

Domingos V


Administrador

O Brasil agora está provando do próprio discurso. Agora que o país está crescendo e não é mais pobre a pregação do "imperialismo malvado" que ele fazia, e ainda tem a grande hipocrisia de apoiar e mesmo fazer, está se voltando contra ele. Não que não exista jogo injusto por parte das potências ou dos pejorativamente referidos como países ricos, mas ao se ter bom senso se sabe que a maior parte desse tipo de discurso é pura ideologia e pura reclamação infundada. É uma reclamação motivada não por motivos concretos e sim por revolta, por inveja e outras razões impuras. É aquele incomodo por pura falta de sabedoria de querer falar mal de alguém só porque é mais desenvolvido ou tem mais condições - no lugar de trabalhar para alcançá-lo.

Prova disso é nesse próprio caso: todo mundo quando entrou no barco do Mercosul sabia que o Brasil era a "potência regional líder". Todos sabiam que havia disparidades e interesses diversos tanto do Brasil como pelos outros. Ainda assim ninguém deixou de se aproveitar disso e do acordo devido a suas vantagens, como a própria Argentina que cansou de exportar carros e produtos alimentícios para nós a preços muito mais baixos do que o de nossos produtos nacionais. Mas agora, para cumprir a parte que não lhes é tão interessante do acordo, reclamam. É a mesma tática que os radicalmente anti-globalização costumam ter: por favor venham instalar fábricas no meu país com mão-de-obra quase de graça e poucos impostos, mas depois que eu trair o acordo e querer socializar a fábrica ou tirar as vantagens prometidas e você sair do país eu vou descer o pau. Ou então: não venham para o nosso país, seus imperialistas, mas nos fóruns internacionais clamam por desenvolvimento justamente desses imperialistas - mais que clamam, cobram na verdade. Enfim...

Um erro não justifica o outro, mas realmente o Brasil só está recebendo o tipo de tratamento que ele atrai.

PS: Fabiano, o Amorin só faz o que o Lula manda cara. Felizmente ou infelizmente diplomatas não têm autonomia, quem dá a palavra é o presidente e o MRE. Por isso que ele parece frouxo.

Fabiano



Só pode então, eu sei que existe momentos em que deve-se discutir o assunto, mas um chanceler deve ter autonomia, o problema é que colocam gente que não tem base para atuar como tal, colocam qualquer conhecido, para mim pessoas como o Amorim e seu cargo deveriam ser ocupadas por pessoas formadas em relações internacionals, e dar a devida autonomia nas decisões, acho que eu posso estar sendo um pouco cego a respeito.

http://www.oticainova.com.br

KÜLL



Fabiano escreveu:Só pode então, eu sei que existe momentos em que deve-se discutir o assunto, mas um chanceler deve ter autonomia, o problema é que colocam gente que não tem base para atuar como tal, colocam qualquer conhecido, para mim pessoas como o Amorim e seu cargo deveriam ser ocupadas por pessoas formadas em relações internacionals, e dar a devida autonomia nas decisões, acho que eu posso estar sendo um pouco cego a respeito.
Só que cargo de Chanceler é cargo de confiança. O cara é indicado pelo presidente e se não rezar pela cartilha dele, pé na bunda.

Domingos V


Administrador

Fabiano, no caso do Amorim em específico ele é reconhecido como tendo boa formação. Alguns realmente são por serem conhecidos, mas no caso dele aparentemente é por merecimento. O problema da autonomia é que o diplomata por função é um representante e defensor das posições e interesses do país, os quais são formulados não por ele mas sim pelo próprio país e seus governantes.

Seria fantástico se o diplomata pudesse usar seus conhecimentos e formação na constituição de uma política externa melhor, mas aí se correria o risco dele entrar em contradição ou não representação daquilo que o governo e povo pedem. No caso do Brasil, dependendo do governo há uma boa dose de autonomia até, com o MRE e os seus diplomatas tocando o barco e formulando boa parte das atitudes. Mas quando os presidentes decidem por colocar mão na política externa - e eles podem fazer isso legalmente - não tem jeito.

Aí entra a questão de termos mais representatividade na política externa, pois aqui no Brasil a população participa muito pouco nessas decisões e tem poucos canais para tal. Nas campanhas nem se quer se discute isso, de forma que os presidentes ficam livres quase que para fazerem o que bem entedem dela...

Edit: É como o Küll colocou também.

KÜLL



Lí um artigo do Alberto Tamer ontem, no Estadão sobre as negociações com a U.E. RIDÍCULO. Basicamente, o que os caras querem é que o Brasil abra as portas (e as pernas) para produtos de lá, para "ajudar" a U.E. a sair da crise, já que o país quer ser um "player" internacional importante e DEVE ajudar quem precisa (!!!). Gozado, quanto teve a crise da dívida nos anos 80, por culpa do governo dos EUA e a inoperância de mecanismos internacionais, a gente ficou na mão do FMI, devendo explicações para este pessoal, pagando os tubos em juros e assinando várias e várias cartas de intenções. Ué, eles lá na Europa não fizeram um monte de KGDas, não viveram em um padrão acima de suas possibilidades, não deixaram países como Portugal e Grécia receber dinheiro sem fazer mais força para se desenvolver? Que passem agora à tutela do FMI também. Quando é com a gente, "pau ni nóis" e quando é com eles a gente tem "obrigação" de ajudar?
A situação do governo brasileiro em relação às montadoras aqui instaladas deveria ser de, no mínimo, exigir mais investimento, inovação e lançamentos, pois elas tem ganho MUITO dinheiro por aqui, portanto, que invistam aqui. Importação, tudo bem, mas abrir o mercado de modo que no fim muitos modelos só vão continuar vindo mesmo como importados, sem a menor possibilidade de fabricação local, apesar do mercado crescente, aí também não...

Fabiano

Fabiano

Concordo, desta forma o acordo fica impositor, querendo mandar na gente, e isso é perigoso.

Se os Governantes safados forem no minimo um pouco lucidos vão dizer não a este tipo de imposição, porque de acordo não tem nada.

http://www.oticainova.com.br

KÜLL



A questão aí não é apenas impositiva, mas que quando foi com a gente a crise, crise essa não gerada aqui, lá nos anos 80, tivemos que nos entender com o FMI e agora, com eles, a gente tem ajudar. Tá bom... De mais a mais, eles precisam muito mais da gente do que a gente deles, ao menos em temos de carros (vendas) e aí, no geral, o que eles oferecem? NADA.
O grande problema é que enquanto a gente aqui, os Mulas da vida, vão fazendo doce, recusando acordos e dizendo que estão defendendo o país, quando na verdade estão defendendo é o atraso, a ineficiência, pois só isso explica, por exemplo, o Golf IV e o Corsa Classic ainda à venda por aqui, mas com lucros gigantescos. Se não quer acordos, que cheguem os fabricantes "na chincha", exigindo renovaçãi de linhas; se vai ter acordo, que liberem de verdade os seus mercados para a gente.

Fabiano

Fabiano

E o mais tosco é que este tipo de imposição não parte do povo, muito ainda culpa pelo fato de muitos nunca terem tido a possibilidade de ter um carro novo, quando isso começar a virar rotina, acredito que vão começar a exigir este tipo de coisa.

http://www.oticainova.com.br

R8V

R8V
Administrador

Me permitam desviar um pouco do tópico para fazer uma observação: creio que a maior margem de lucro foi obtida no fim da década de 80 e ínicio de 90, antes da abertura das importações.

Lembram do Gol GTI, Santana Executivo e Monza 500 EF?

Pois bem : o valor de um Santana Exec. era cerca de 80% maior que o do Santana GLS, e no caso no Monza, o 500EF custava cerca de 60% a mais que o Classic.
A bem da verdade: as montadoras vão continuar fabricando produtos ultrapassados enquanto o consumidor comprar. Talvez, se os importados pagassem o mesmo percentual do IPI, o mercado se agitava e as montadoras nacionais se veriam obrigadas a investir.
Aliás: qual foi o motivo para terem fechado as importações anteriormente?

Fabiano

Fabiano

Foi justamente para proteger as enganadoras na epoca.

http://www.oticainova.com.br

Domingos V


Administrador

Küll, se for para ser justo há de se mencionar que a crise dos anos 80 foi em grande parte - se não a principal parte - por causa das décadas de déficits dos governos militares, que foram empurrando isso para o tapete e na hora que decidiram sair a bomba já estava para detonar. Seria um milagre se conseguissemos superar tudo aquilo sem crises. Da questão do FMI, veja que agora eles próprios deixaram alguns dos países envolvidos na crise deles parcialmente na mão deles. Aparenta muito que, em ambos os casos, quando não se concorda e/ou não se confia no país precisando de ajuda, se deixa eles na mão dos mecanismos de emergência. A Alemanha não estava nada feliz com as atitudes da Grécia e se recusou a pagar integralmente pela ajuda.

Dessa forma, dá para entender o que eles quiseram dizer da seguinte forma: vocês nos devem ajudar nessa questão e nesse momento se quiserem nossa ajuda nessa questão e nesse momento em ser um jogador de peso no cenário internacional. Tenho uma suspeita que a questão que o Brasil está pleiteando em troca seria a questão de ser membro fixo do Conselho de Segurança da ONU, no que o apoio da europa é imprescindível para isso. Não deve ter nada a ver com uma obrigação de troca de favores no sentido geral ou em toda e qualquer crise, se tivesse seria realmente abusivo e acredito que não seria aprovado por governo nenhum - a não ser que tivesse interesses escondidos por trás.

KÜLL



Tá mas é bom contextualizar que quando aconteceram déficits, que foram muitos durante muitos anos, a dívida estava equacionada, mas que a subida dos juros, que gerou a nossa moratória por conta de contratos que atrelavam os mesmos às condições externas, foi algo completamente gestado LÁ FORA, nos EUA mais precisamente, quando o FED subiu os juros de modo estratrosférico, ferrando com a gente, que até aquele momento, com inflação interna e tudo, conseguíamos pagar.

Domingos V


Administrador

Verdade. Mas a decisão dos EUA estava em atraír dinheiro de volta para lá para diminuír o déficit deles e não em quebrar quem voluntáriamente atrelou acordos com base na sua taxa de juros. O Brasil fez um acordo arriscado onde colocava na mão da sorte as coisas ao atrelar o contrato à taxa de juros externa, talvez porque esse contrato arriscado fosse a única forma de conseguir lidar com um déficit tão grande sem desequilíbrios. Como tudo que fica na mão da sorte, tem chances grandes de dar errado e deu. Não acho justo colocar a culpa na subida de juros americana se quem decidiu se atrelar a ela fomos nós, sabendo que a qualquer momento poderia mudar - e sempre foi assim.

Mas isso dá um tópico inteiro...

KÜLL



Itália: Vendas amargam queda de quase 26% em julho – Punto assume a liderança



4 ago, 2010 Mais vendidos, Mercado fiesta Panda Punto Evo Vendas na Itália
Acordo de livre comércio entre Mercosul e U.E. - Página 4 Novo-Fiat-Punto-Evo-2010-09
A Itália registrou uma queda de 25,9% nas vendas de carros novos em julho em relação ao mesmo período do ano passado. As 152.752 unidades comercializadas representaram, ainda, uma quede de 10,5% em relação às 170.625 unidades registradas no mês passado.
Acordo de livre comércio entre Mercosul e U.E. - Página 4 2010-Fiat-Panda
Fiat Panda, o segundo mais vendido em julho na Itália
A Fiat manteve a liderança de mercado, mas a diferença em relação à vice-líder caiu de mais de 25 mil unidades em junho para pouco mais de 19 mil em julho. A 2ª posição, aliás, mudou de mãos, saindo da VW para a Ford. Opel e Peugeot, respectivamente, completaram as cinco primeiras.
Acordo de livre comércio entre Mercosul e U.E. - Página 4 Novo-ford-fiesta-2010-05
Na briga entre marcas Premium, inversão de posições: a Audi, que havia garantido a 12ª posição em junho, subiu para o 10º lugar e ficou logo à frente da rival Mercedes-Benz (11º). Já a BMW, que ficou em 10º lugar no mês passado, caiu para a 14ª posição.
Dentre os automóveis, o Punto manteve a ponta com uma vantagem de pouco mais de 500 unidades sobre o vice-líder Panda. O Fiat 500, que havia sido o 3º mais vendido em junho, caiu para a 4ª posição e cedeu lugar no pódio para o Fiesta. O Lancia Ypsilon completou o top 5.
Confira a lista dos modelos e marcas que foram destaque em julho:
RANKING POR MARCAS
1. Fiat – 32.245
2. Ford – 13.150
3. VW – 11.421
4. Opel – 10.088
5. Peugeot – 9.013
6. Citroën – 8.357
7. Renault – 8.124
8. Lancia – 7.221
9. Toyota – 5.488
10. Audi – 5.455
11. Mercedes – 5.060
12. Alfa Romeo – 4.967
13. Nissan – 4.605
14. BMW – 4.392
15. Chevrolet – 3.013
16. Smart – 2.480
17. Hyundai – 2.299
18. Suzuki – 1.851
19. Kia – 1.376
20. SEAT – 1.292
21. Dacia – 1.284
22. Volvo – 1.156
23. Skoda – 1.080
24. Honda – 997
25. MINI – 996
26. Land Rover – 869
27. Mazda – 811
28. Porsche – 700
29. Mitsubishi – 513
30. Dr Motor – 399
31. Subaru – 345
32. Jeep – 337
33. Daihatsu – 322
34. Dodge – 203
35. Jaguar – 146
36. Chrysler – 110
37. TATA – 108
38. Ferrari – 93
39. Lexus – 79
40. Maserati – 68
41. SsangYong – 58
42. Great Wall – 56
43. Saab – 24
44. Lada – 6
45. Lamborghini – 3
RANKING DE AUTOMÓVEIS
1. Fiat Punto – 10.771
2. Fiat Panda – 10.256
3. Ford Fiesta – 6.897
4. Fiat 500 – 4.750
5. Lancia Ypsilon – 4.192
6. VW Polo – 3.892
7. Citroën C3 – 3.735
8. Opel Corsa – 3.719
9. VW Golf – 3.569
10. Renault Clio – 3.112
Por: Thiago Parísio

FONTE: http://carplace.virgula.uol.com.br/italia-vendas-amargam-queda-de-quase-26-em-julho-punto-assume-a-lideranca/

COMENTÁRIOS: Eis o motivo, entre outros casos semelhantes por toda a Europa, por eu não achar conveniente tal acordo no momento. "Eles" simplesmente desovariam o possível dos carros feitos lá e não vendidos e aí sim é que não veríamos investimentos por aqui.

KÜLL



Valor Econômico › Impresso › Primeira página


Brasil fecha acordo com emergentes

Assis Moreira | De Genebra
20/09/2010Text Resize
Texto:-A +A CompartilharImprimirEnviar por e-mail O Brasil pretende assinar em dezembro o acordo comercial Sul-Sul com outros dez emergentes. O acordo envolverá os quatro países do Mercosul mais Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Malásia, Egito, Marrocos e Cuba. Estabecerá uma preferência tarifária de 20% em grande parcela das exportações nesse grupo. Foram excluídos da liberalização boa parte dos produtos agrícolas. O Brasil excluiu têxteis, bens de capital, eletrônicos e automóveis.

COMENTÁRIOS: Ou seja, a rigor, NADA, pois eles não querem comprar o que a gente mais faz bem, então, para que facilitar a vida deles no que eles fazem de melhor?

Fabiano

Fabiano

Pois é, não vai servir para muita coisa este acordo...

http://www.oticainova.com.br

Domingos V


Administrador

Um acordo que é o retrato da política externa atual do nosso governo. Fazemos acordos com países emergentes muitas vezes só para fazer, só para propaganda - uma pena, pois existem grandes possibilidades nisso em diversos sentidos. Aliás, quando vi Cuba no meio da lista já desconfiei. Há muito pouca coisa que poderíamos comprar de lá e o que poderíamos fazemos aqui com preços mais competitivos. Já da parte inversa, não acredito que na fase atual eles simplesmente aceitariam importar um monte de coisas de outros países que sequer compartilham da mesma ideologia e método de produção deles - seria uma catástrofe econômica.

Portanto já ficou tudo muito bem acertado: baniram eletrônicos, produtos agrícolas e carros. Tudo que esse conjunto de países faz de melhor ou mais barato. Dessa forma vale tanto quanto o espírito por trás desse tipo de acordo falso. A não ser que haja algum produto em específico que esse bloco de países queira comercializar com esses 20% de desconto vai ter um volume e importância quase zero.

Aliás, é triste essa direção que o Brasil tem tomado depois de um histórico de excelência na política externa - e justamente com os emergentes. Ela é tratada como se fosse um mero coquetel ou uma reunião de colegas declarando boas intenções uns perante aos outros. Ou ainda como uma forma de cumprir retórica sem prejuízos. E essa tendência têm infelizmente se espalhado ultimamente, como na grande falta de seriedade em geral no cumprimento de tratados internacionais e perante aos organismos internacionais - que também não têm se ajudado muito ultimamente e se deixaram virar palco de retórica.

Já passou da hora da política externa ser parte do projeto eleitoral aqui no Brasil e que a população tivesse um mínimo de controle sobre ela para tentar evitar essas coisas.

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