Nissan Kicks nacional tem muitas novidades com preços a partir de R$ 70.500 – Confira nossas impressões
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O Nissan Kicks agora é nacional. Feito em Resende-RJ, onde a fábrica que já produzia os modelos March e Versa, recebeu mais R$ 750 milhões para fabricar o crossover da marca japonesa, que antes era importado do México. Até então, o modelo era oferecido apenas em duas versões, sendo uma limitada. No total, mais de 20 mil exemplares foram vendidos desde a metade de 2016, quando foi lançado mundialmente junto com os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Agora, o Nissan Kicks finalmente passa a oferecer mais do que a produção nacional, entregando quatro versões e três pacotes de equipamentos, introduzindo novos sistemas de segurança e entretenimento, bem como preços variados entre R$ 70.500 e R$ 94.900. Além disso, clientes PCD ganham uma opção abaixo de R$ 70.000 com incentivos previstos em lei. Na mecânica, a alteração principal é a introdução do câmbio manual na versão de entrada, a S.
Visualmente, o Nissan Kicks nacional – agora na linha 2018 – apresenta algumas alterações relacionadas com as versões. A versão S manual tem para-choques parcialmente pretos, bem como rodas de aço aro 16 com calotas. Como opcional, controles de tração e estabilidade, bem como assistente de partida em rampa, tudo por R$ 1.200.
Na S com CVT, o crossover ganha rodas de liga leve aro 16 de desenho esportivo. Na SV, as rodas são aro 17 e possuem estilo semelhante ao da SL, tendo ainda faróis de neblina e para-choque com detalhes na cor da carro, por exemplo. Já a topo de linha SL tem como diferencial principal no visual, os LEDs diurnos nos faróis, que são opcionais.
Além disso, o Nissan Kicks SL tem ainda câmeras nos retrovisores, logotipo frontal e na tampa traseira, podendo ainda ter um discreto radar para o alerta de colisão e frenagem automática de emergência, novidades que chegam à opção mais completa por R$ 2.400.
No interior, a versão S apresenta acabamento geral preto e simples, tendo uma textura diferenciada no painel, que passa a ter um cluster analógico com display para nível de combustível e computador de bordo, acionado por um botão separado no painel. O ar-condicionado é manual, enquanto a padronagem dos assentos é em tecido com detalhes brancos, igualmente vistos nas portas. Desde essa versão, o Kicks apresenta todos os bancos com a tecnologia Gravidade Zero, desenvolvidos em parceria com a NASA.
No SV, o Kicks já apresenta opção de couro preto no painel, portas e assentos. Enquanto há um rádio com Bluetooth e USB no S, SV e SL agora dispõem da multimídia Multi Apps com aplicativos pré-instalados, GPS e entrada SD (2). A SV tem ainda partida por botão no console e pode ter airbags laterais e de cortina como opcional, custando R$ 3.000 junto com o couro.
Na SL, além dessas novidades, há também cluster análogo-digital configurável, padronagens Sand e Macchiato (R$ 500 a mais), assentos em couro, ar-condicionado automático e agora, como novidade, rebatimento elétrico dos retrovisores. O Kicks SL 2018 ganhu também sistema de monitoramento em 360 graus, bem como os já mencionados alertas de colisão e frenagem automática de emergência. O controle dinâmico de chassi também é outro atrativo do topo de linha.
A cor vermelho Malbec é novidade para as versões S e SV, enquanto a SL ganha também essa opção, além das combinações em dois tons que acabam de surgir: Prata Classic com teto Preto Premium, Preto Premium com teto Cinza Grafite, Cinza Rust com teto Preto Premium e Branco Diamond com teto Preto Premium. Essas combinações custam R$ 1.500. As outras cores já existentes continuam. A pintura metálica custa R$ 1.350.
O Nissan Kicks 2018 continua com o motor 1.6 Flex com 114 cv e 15,5 kgfm, em qualquer dos combustíveis, tendo ainda transmissão CVT X-Tronic com modo Sport, além de funções D-Step para aproveitamento da força do motor sem altas rotações e funcionamento linear. O crossover vai de 0 a 100 km/h em 12,4 segundos e tem consumo médio de 8,1/9,6 km/litro com etanol e 11,4/13,7 km/litro com gasolina, respectivamente em cidade e estrada.
Agora com a gama completa, a Nissan não fala apenas em vendas mais expressivas para o Kicks, mas até em brigar pela liderança do segmento, hoje liderado pelo Honda HR-V. Para o crossover, a marca destaca o menor valor de reparo entre os concorrentes e também um pacote de revisões de R$ 2.994 até 60.000 km.
Nissan Kicks 2018 – Preços
- Kicks S MT – R$ 70.500
- Kicks S CVT – R$ 79.200
- Kicks SV CVT – R$ 85.600
- Kicks SL CVT – R$ 94.900
Nissan Kicks 2018 – Impressões ao dirigir
Resende/RJ – O Nissan Kicks 2018 chama a atenção para a introdução de dois itens importantes para o desempenho do crossover no mercado nacional. O primeiro, em realidade, serve mais como um chamariz para as vendas. O outro introduz mais tecnologias de segurança ao modelo, que ainda fica devendo mais alguns itens.
Durante o evento de lançamento do Kicks nacional, andamos em três das quatro versões. Na opção S manual, a impressão inicial é de um Kicks não tão despojado quanto se imagina. Ele já vem bem completo, mas não tem rodas de liga leve nem como opcionais. Apesar de mais simples, o acabamento é bom, assim como a padronagem dos bancos e a textura do painel.
Ao volante, notamos que o Kicks S manual tem um nível de ruído maior do que esperávamos, já que até então, só havíamos andando no SL, importado. O ronco do motor também incomodou, já que o propulsor 1.6 16V Flex precisa girar mais alto por um tempo maior em comparação com o câmbio CVT. Na estrada, ele apontou 3.200 rpm em quinta e com velocidade de 110 km/h.
Com engates curtos, macios e bem justos, o Nissan Kicks S apresentou um desempenho regular, necessitando de muitas reduções para ultrapassagens e retomadas não tão exigentes. A embreagem é macia. Para um motor de 114 cv e 15,5 kgfm, o resultado não surpreendeu.
Com rodas aro 16 e pneus largos 205/60 R16, o crossover até que se manteve bem neutro em curvas bem fechadas num trecho sinuoso, garantindo segurança. A direção elétrica é bem leve e tem resposta adequada. Já os freios atendem muito bem a proposta do carro. Para não restar dúvidas quanto ao nível de ruído, pegamos a versão S com CVT. Esta já vem de série com controles de tração e estabilidade, que foram usados num trecho em descida com muitas curvas. O comportamento do carro é muito bom.
O motor trabalha mais suave com o CVT, elevando em média 1.000 rpm ao ser acionado o modo Sport no discreto botão que fica na base da alavanca. Nessa condição, o ruído provocado pelo motor teve a mesma intensidade da versão manual. Porém, como o CVT é linear e privilegia o conforto, o Kicks S CVT rodou de forma mais mansa e econômica em cidade e estrada, onde fica entre 1.600 e 2.100 rpm. Nos dois casos, a diferença – além do câmbio – fica para as rodas e os TCS/ESP/Hill Holder. Em preço: R$ 6.900, cobrados pelo câmbio e pelas rodas.
Então, partimos para a versão topo de linha SL. Aqui, a novidade é o conjunto de alerta de colisão e assistente de frenagem, que aciona os freios de forma parcial ou total se o condutor não reagir diante de um obstáculo. Mas, antes disso, a primeira impressão é o conforto a bordo. O isolamento acústico é melhor no Kicks SL, não devendo em nada para o mexicano. Além disso, o ajuste da suspensão com rodas aro 17 se mostrou mais confortável que nos S MT e CVT.
No Nissan Kicks SL tentamos experimentar o alerta de colisão e realmente ele avisa de forma sonora, a aproximação rápida com outro carro. Se for um pouco mais rápida, um aviso de alerta aparece no painel. Mas, não foi possível verificar o acionamento dos freios, por medida de segurança. No entanto, com toda a segurança, experimentamos o assistente de estacionamento em 360 graus, que ainda projeta a imagem normal da câmera de ré. Nesse caso, não há como errar a vaga.
De modo geral, as novidades são bem-vinda para o Nissan Kicks 2018. Não gostamos do S manual por conta do ruído do motor, que evidentemente terá um consumo maior pelo esforço extra. Nesse caso, o melhor seria ir direto para o S CVT, que pelo menos poupa o propulsor de trabalhar a mais.
Já a topo de linha SL ficou bem completa e agradou, mas ainda falta um controle de cruzeiro. Com essa tecnologia introduzida, um dispositivo adaptativo também não seria ruim. Um apoio de braço para o condutor também é outra reivindicação ainda não atendida. No mais, agrada pela dirigibilidade, espaço, conforto, porta-malas e conectividade, além do bom acabamento em tonalidades diferenciadas que, no entanto, o brasileiro não aprecia muito. Até agora, 11% dos clientes optaram pelo Sand (mais claro) e 23% pelo Macchiato (marrom).
Nissan Kicks 2018 – Galeria de fotos
Viagem a convite da Nissan.