NEW MARCH É REVELADO NO RIO DE JANEIRO
Nova versão do hatch da Nissan será produzida na nova fábrica de Resende, de onde também sairá o sedã Versa; Produção começa este mês
por ALINE MAGALHÃES, DE RESENDE (RJ)
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15/04/2014 11h31- atualizado às 15h10 em 15/04/2014
Nissan New March na fábrica da marca em Resende (RJ) (Foto: Aline Magalhães/Autoesporte)
A Nissan revelou hoje o visual do novo March, que começa a ser produzido neste mês em sua nova fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, e chega ao mercado no final de maio.
Além de retoques visuais e nível de acabamento mais elevado, o hatch terá uma mudança em seu nome, que passará a ser New March.
A marca japonesa manterá a versão atual do hatch - importada do México - à venda nas concessionárias, mas com preço abaixo da nova. O plano é que o New March concorra com Hyundai HB20 e Chevrolet Onix, enquanto a versão antiga fique mais básica, para concorrer com Fiat Uno e Volkswagen up!
Nissan New March na fábrica da marca em Resende (RJ) (Foto: Aline Magalhães/Autoesporte)
Resultado de um investimento de R$ 2,6 bilhões,
o complexo industrial erguido no interior do Rio de Janeiro será também será responsável pela produção do novo Versa. A unidade fabricará os motores 1.6 que alimentarão as versões nacionais do hatchback e do sedã. O local conta com capacidade para produzir 200 mil motores por ano e tem estrutura completa: será responsável por todos os procesoss, desde a montagem do carro até os testes em pista. "A fábrica foi construída em 23 meses, tempo recorde para um projeto desse porte. O complexo mostra a importância do Brasil para a Nissan", afirma Carlos Ghosn, presidente mundial da Nissan Motor.
Nissan New March na fábrica da marca em Resende (RJ) (Foto: Aline Magalhães/Autoesporte)
As peças e os motores dos carros da montadora por aqui devem ser cada vez mais brasileiros.
Hoje, 60% dos componentes são nacionais, mas esse número deve saltar para 80% no próximo ano.A operação tem uma importância comercial gigante para a montadora japonesa. Livre das restritas cotas de importação, a marca espera aumentar e muito seu volume de venda. A meta é abocanhar 5% do mercado brasileiro até 2016. Atualmente, a empresa detém 1,88% de market share, de acordo a associação de revendedores Fenabrave. "Não estamos aqui para sermos coadjuvantes no mercado. Queremos ser a primeira marca japonesa em vendas no Brasil", disse Ghosn.
Nissan New March na fábrica da marca em Resende (RJ) (Foto: Aline Magalhães/Autoesporte)
O March terá papel de protagonista neste cenário. Ele corresponderá a 45% da produção da fábrica. Os outros 55% serão destinados ao Versa
e outros segmentos. A expectativa é que o carro emplaque 4 mil unidades mensais. O número não só ultrapassa bastante a média atual do March, que em março vendeu 1.076 unidades, segundo a Fenabrave, como também deverá ser suficiente para projetar o veiculo entre os 10 mais vendidos do segmento. A produção do novo March começa já neste mês, enquanto o Versa chega até o fim deste ano.
Embora o March sempre tenha ido bem em vendas, as entregas sempre foram afetadas pelas cotas de importação, cenário que será revertido com a nacionalização "Antes não tínhamos volume para atender a demanda dos consumidores. Agora só depende da gente", afirma Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan do Brasil. "Sabemos que a concorrência no segmento é fortíssima. Mas o New March está muito bem, sobretudo em design. E é um carro japonês", declara.
Centro de ExcelênciaA unidade terá capacidade para produzir 200 mil carros por ano, ao ritmo de 30 unidades por hora entre March e Versa. Ambos são feitos sobre a plataforma V, como é internamente chamada a arquitetura versátil apresentada há quatro anos. A ideia é que esta seja a primeira fábrica da marca em qualidade e produto entre as 45 espalhadas pelo resto do mundo.
Para isso, cada um dos carros ficará cerca de 12 horas na linha de montagem. Quando o veículo está completamente montado, ele passa por um "túnel de luz", onde funcionários treinados fazem um exame detalhado em três níveis. No que eles chamam de V1 são indentificados os defeitos que um cliente comum veria. No V2, percebem problemas que talvez fossem vistos e, no V3, eles levantam os que nunca seriam vistos. A proposta da Nissan é eliminar todos. Além disso, alguns dos 2 mil funcionários brasileiros foram enviados para fábricas da Nissan no México, Japão e outros países para passar por treinamentos.
Para Murilo Moreno, a inauguração da fábrica não deve sofrer com as baixas expectativas para o mercado neste ano. "O ano passado foi pior, este será um ano de crescimento. O ano será difícil para quem não tem um produto novo", afirmou.
COMENTÁRIOS: (1) Gostei da paleta de cores. (2) Tomara que, se for o mesmo 1.6, que seja (bem) melhorado; esperava que aparecesse por aqui o 1.2 de origem Renault; (3) "outros segmentos"?