O plano, por assim dizer, no mínimo ousado da GM em propor a troca de dívidas por novas ações
não foi aceito pela maioria dos acionistas e conduz cada vez mais a
marca ao caminho da concordata, o que seria a maior e mais complexa já
realizada no segmento industrial norte-americano.
Em um comunicado, a fabricante declarou que “substancialmente
menos de 90% do percentual exigido para aprovação da proposta foi
atingido e nenhuma das propostas de troca de ações foi aceita”.
Com isso, a imprensa norte-americana já trata como “amplamente
esperada” a entrada em um processo de concordata por parte da GM, já
que o prazo estabelecido pela administração Obama para o plano de
reestruturação da empresa termina em 1º de junho.
“Com a não aprovação do plano, a GM fica à beira da concordata”,
disse o United Auto Workers, sindicato que reúne os trabalhadores da
indústria automobilística norte-americana, em um comunicado à imprensa.
Para pagar uma dívida com o fundo de pensão do UAW no valor de US$ 20
bilhões (cerca de R$ 40 bilhões), a GM cedeu 17,5% à entidade após sua
reestruturação.
O governo norte-americano ofereceu, no total, US$ 36,6 bilhões (R$
72 bilhões) para GM, Chrysler e suas respectivas financeiras e se diz
“preparado para financiar uma eventual concordata da GM”.