Caoa Chery Tiggo 7 é o melhor SUV até R$ 120 mil - vídeo
A Caoa Chery lança já está oferecendo em sua rede de concessionárias no Brasil o Tiggo7 - SUV de porte intermediário, fabricado no Brasil, que chega para disputar o mercado com Jeep Compass, Kia Sportage e Volkswagen Tiguan. Neste artigo relatamos preços, especificações e nossas impressões ao dirigir este veículo em uso urbano, estrada e em um pequeno off-road.
O Tiggo 7 chega em duas versões, T, modelo de acesso, a R$ 106.990 reais, e TXS, a R$ 116.990 reais. O SUV mede 4.505 mm de comprimento, 1.837 mm de largura e 1.670 de altura, e 2.670 mm de entre-eixos. O porta-malas acomoda até 414 litros de bagagem até a altura dos vidros, e 1.100 litros com o encosto do banco traseiro rebatido.
Este modelo passa a ser o topo de gama da Caoa Chery no Brasil, oferecendo um preço competitivo (não é barato) em face do excelente nível de equipamentos nas duas versões. É um preço competitivo pois a marca está se consolidando no mercado com uma gama de três SUVs (Tiggo 2, Tiggo 5X e agora Tiggo 7), além de um sedã médio (Arrizo 5) e um sub-compacto de entrada (QQ).
O Tiggo 7 fabricado no Brasil é derivado do Tiggo 7 chinês, mas com amplas alterações, adotadas pela engenharia da CAOA-Chery do Brasil para adequação às condições das vias e aos gostos do consumidor brasileiro. O objetivo da Caoa é fazer da Chery uma marca "premium" no Brasil, algo que a própria Caoa já fez com a Hyundai em solo brasileiro.
Para isso, a Caoa tem ações bem definidas de pós-venda para enfrentar alguns preconceitos remanescentes às marcas chinesas no Brasil associados à pós-venda, disponibilidade de peças, qualidade geral e preço de revenda.
O Tiggo 7 é vendido com garantia de 5 anos para motor e câmbio, e de 3 anos para o veículo - o que enfrenta a questão de confiabilidade. Além disso, a marca investe pesado em reformulação de toda rede de concessionárias, que agora adotam nova arquitetura sóbria e elegante, assim como em excelência de pós-venda.
A Coaa Chery conta com duas fábricas no Brasil (Jacareí em São Paulo, e Anápolis, em Goiás) e mantém centros de distribuição com estoques de peças para atender às eventuais demandas de componentes de forma rápida. Além disso, a engenharia desenvolve um agressivo programa de nacionalização de componentes, com foco em competitividade de preço e em disponibilidade. Esses pilares de pós-venda, com rede de concessionárias formada, e um mercado em expansão, resultam em aumento de confiabilidade percebida, e, consequentemente, em menor desvalorização.
É claro todos esses aspectos teriam eficácia limitada se o projeto e o design dos Tiggo ainda estivessem eivados de alguns exotismos que caracterizavam os primeiros carros chineses. Esse não é o caso deste novo Tiggo 7. De fato, a evolução em termos de qualidade, design, projeto e construção deste Tiggo 7 é de tal ordem, que ele pode ser colocado, em alguns aspectos, como um modelo intermediário entre os SUV´s de marcas generalistas, como o Jeep Compass, e modelos consagrados no segmento premium, como os Audi, BMW e Mercedes.
O Tiggo 7 tem uma proposta de design, materialidade e engenharia que encerra muitos aspectos associados às marcas premium - apontando o caminho a seguir para todos os outros fabricantes que querem consolidar sua imagem de marca: design europeu; carroceria que exibe qualidade e precisão construtiva, com vãos uniformes e delgados; suavidade de funcionamento; passeio livre de ruídos, vibrações e asperezas.
Design
O Tiggo 7 é resultado de uma linha moderna de veículos da Chery que adotam a linguagem de design "Life in Motion", que leva referências da natureza em movimento. O conceito desenvolvido pelo designer James Hope (ex-GM e Ford) criou um efeito de coerência entre modelos da marca. Há uma identidade entre a estética do Tiggo 7 e a do Tiggo 5x - vendido no mercado asiático - e do Tiggo 8, alcançando um estilo equilibrado com doses iguais de esportividade e elegância.
A estética fluída do Tiggo 7 tem algumas características que imitam o efeito da água sobre o corpo, como a grade dianteira ou as linhas de caráter nas laterais. Completa o visual os faróis e lanternas com tecnologia LED e DRL.
Os faróis de neblina possuem função de auxílio em manobras de estacionamento e os faróis principais contam com acendimento automático. As maçanetas têm acabamento cromado. Na versão TXS, destaque para as luzes de boas-vindas: nome do modelo iluminado na soleira e projetado no piso.
As quatro opções de cores oferecidas são sóbrias (prata, cinza, preto e branco perolizado) e as rodas desta versão TXS são de 18 polegadas, com pintura diamantada.
Interior
O interior segue a mesma linha de sobriedade e elegância, com um layout limpo e funcional, e uma materialidade de qualidade. O couro preto que reveste o interior é agradável ao toque, e além dos bancos (verdadeiras poltronas anatômicas) e dos painéis de porta, está presente ainda em superfícies do painel e volante - em muitos casos com costuras à vista.
O console central revestido de material que imita aço escovado é de bom gosto e contempla a alavanca de câmbio, o botão de partida do motor e dois porta-objetos - um dos quais alocado abaixo do descansa braço central.
Há ainda plásticos na parte inferior do painel, que assim como o couro, estão muito bem montados, com texturização que transmite qualidade e são agradáveis toque. Exclusivo deste modelo TXS, o teto solar panorâmico tem área de 0,92 m2 que pode ser aberto. Uma cortina de acionamento elétrico isola o compartimento do calor.
Em todas as versões há chave presencial para abertura e fechamento das portas e partida do motor por botão. O freio de mão eletrônico contempla a função Auto Hold, que contribui para a conveniência do condutor.
Os bancos dianteiros chamam a atenção pelo design anatômico similar aos tradicionais bancos Recaro, com apoios laterais pronunciados - que seguram com competência o corpo em curvas tomadas de forma mais esportiva. São confortáveis e não cansam em viagem, como constatamos em mais de 3 horas no teste-drive. Nesta versão TXS, topo de linha, o do motorista adota ajustes elétricos.
Ao se sentar na posição de condução, nota-se uma ampla visão da estrada e a sensação de estar em uma posição bem elevada - característica típica de SUV´s - o que transmite uma sensação de "segurança". Posicionado, o motorista tem à sua frente um volante com boa empunhadora, e com comandos funcionais que concentram controles do sistema de informação e entretenimento, e o piloto automático.
O cluster de instrumentos traz o design característico da Chery, com um velocímetro invertido, acompanhado por um potente computador multifuncional com uma tela colorida de 4,8 polegadas ao centro. Este computador oferece não só o informações de consumo, nível de combustível e temperatura do motor, mas também alerta sobre limites de velocidade, pressão dos pneus, temperatura. Ele emite avisos de emergência, alarme de fadiga, tempo de condução e o que está tocando no sistema de som.
No centro do painel, acima dos comandos de ar-condicionado dual zone, há uma grande tela do sistema multimídia, com uma interface colorida, fácil de usar e que não só permite operar o áudio, mas também diversos sistemas, como ar-condicionado e o seletor de modos de condução (ECO ou Sport). Em relação ao sistema multimídia, ele oferece conectividade com Apple CarPlay e Mirrorlink.
E o melhor de tudo é que o smartphone não precisa ficar à vista ou pendurado, e tampouco com um fio passando no meio do painel, visto que há compartimento inferior que está escondido sob a "onda" do console central e com uma conveniente porta USB para conexão do smartphone ao sistema multimídia, e ainda uma tomada de 12v.
Segurança: 5 estrelas no C-NCAP
Reconhecida mundialmente, a plataforma modular T1X da Chery, desenvolvida para suportar SUVs de proporções maiores, é responsável pelo alto índice de qualidade em itens como suspensão que geram baixíssimo nível de ruído, boa dirigibilidade e frenagem, além de oferecer maior espaço interno.
O uso dessa plataforma modular também proporcionou ao Tiggo 7 um desempenho superior em termos de rigidez torcional - o que deu a este SUV a classificação máxima (5 estrelas) nos testes do C-NCAP, a agência chinesa que avalia os níveis de segurança. Essa característica pode ser "sentida" na sensação de solidez estrutural ao viajar com o Tiggo 7, sobretudo quando se passa em vias irregulares e trilhas off-road, nos quais este SUV passa como um monolito, sem torcer ou emitir rangidos.
O Tiggo7 tem 60% da sua estrutura construída com aços de alta resistência, assim como em diversas partes da cabine. Na parte inferior da plataforma, sob o assoalho, o modelo conta com estruturas longitudinais que absorvem e distribuem uniformemente a energia gerada por uma eventual colisão, proporcionando maior resistência e ampliando a segurança aos ocupantes do carro.
Em todas as versões o Tiggo 7 traz sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, e esta configuração topo de gama traz ainda câmera de ré e câmera com visão de 360°, equipamentos que permitem ao motorista um controle em tempo real dos arredores do veículo, minimizando a “zona cega” durante manobras e estacionamento.
Desde a versão T o SUV traz auxiliar de partida em rampa Hill Hold Control (HHC), que impede o movimento do carro em situações críticas de inclinação.
O Tiggo7 conta também com sistema de monitoramento de pressão e temperatura dos pneus. O Tiggo 7 T, versão de acesso, traz airbags frontais, enquanto o TXS complementa com airbags laterais dianteiros e de cortina. Os dois modelos trazem cinto traseiro central de três pontos e três apoios de cabeça traseiros.
Entre os sistemas ativos de segurança, as duas versões contam com controle eletrônico de estabilidade e tração, e freios à disco nas quatro rodas (ventilados na dianteira, e sólidos na traseira). As suspensões são independentes na dianteira (McPherson) e traseira (Multilink), dispõem de um ajuste com bom compromisso entre firmeza e conforto, e são responsáveis pelo excelente desempenho dinâmico do Tiggo7 tanto em relação à estabilidade direcional, em curvas e até mesmo na forma competente como encara trilhas de off-road que não exigem tração AWD, como mostramos no vídeo abaixo.
Desempenho e performance
O propulsor tem bloco e cabeçote de alumínio, 1.5L Turbo Flex, duplo comando de válvulas variável (VVT), coletor de admissão variável (VIS), potência máxima de 150 cv / 147 cv (Etanol/Gasolina) a 5.500 rpm e torque máximo de 21,4 kgfm (Etanol /Gasolina), disponível entre 1.750 a 4.000 rpm. O motor está associado com uma transmissão automática GETRAG de dupla embreagem (DCT) de seis velocidades. As marchas podem ser mudadas automaticamente ou manualmente por meio da alavanca posicionada no console central. Há ainda um seletor de modos de condução ECO, privilegiando o consumo de combustível, e SPORT para uma dirigibilidade mais esportiva.
Em nosso percurso 50% estrada e 50% cidade no pesado trânsito da cidade de São Paulo, o consumo médio de etanol apontado pelo computador de bordo foi de 7,8 Km/l. Segundo o INMETRO, com gasolina, em cidade o Tiggo 7 consome 9,7 km/l, enquanto em estrada melhora para 10,9 km/l.
Em relação à performance, o Tiggo 7 pode ser operado em modo Eco ou Sport. O modo ECO o torna mais lento e suave nas respostas, bastante adequado para um uso urbano e rodoviário seguro e confortável. Caso se opte pelo motor Sport, o nível de rotação sobe, e as acelerações são mais animadas, assim como câmbio troca as marchas de forma mais rápida.
A transmissão automática de seis marchas é um destaque pela suavidade com que troca as marchas - praticamente imperceptível, e de forma muito suave, sem trancos, mesmo no modo Sport. O sistema de gerenciamento do motor e câmbio é competente, tornando o Tiggo 7 bastante elástico e confortável, ao mesmo tempo seguro, pois o câmbio muda automaticamente para um mapeamento mais agressivo quando se pisa mais firme no acelerador.
Em relação ao comportamento dinâmico, o Tiggo 7 tem um rodar sólido. Ele é um SUV alto (1,67 metros de altura), mas que não sofre com ventos laterais, mostrando-se excepcionalmente plantado tanto em retas em velocidades mais elevadas, quanto em curvas. Este SUV com 15 cm de altura livre do solo é excepcional nos desafios urbanos, superando lombadas e valetas sem tomar conhecimento.
Outro ponto que chama a atenção é que o Tiggo 7, mesmo transmitindo solidez estrutural, é um carro "leve" de ser conduzido. A direção com assistência elétrica é confortável em cidade, e segura em estrada. Todos os comandos - acelerador, freio e transmissão - são suaves e precisos. A frenagem, mesmo em caso de emergência, ocorre em linha reta e sem desvios de trajetória. O motor com bom torque em baixos associado à transmissão automática empurra os cerca de 1.400 Kg deste SUV com agilidade em cidade e estrada, mas, seguindo a escola asiática - como um Toyota ou Hyundai - de forma muito suave, progressiva e previsível.
Andar com o Tiggo 7 em uma cidade como São Paulo, congestionada e cheia de lombadas e valetas é uma tarefa fácil, pela agilidade e visibilidade. Entretanto, o silêncio e ausência de vibrações no interior exige cuidado em rodovias, pois apesar de o motor ser pouco explosivo e bastante progressivo, a curva de aceleração fará com o carro ganhe velocidade de forma fácil e quase imperceptível - o que torna muito útil o alerta de velocidade, sem o qual facilmente você estará superando os limites legais de velocidade, tamanha é a sensação de segurança e silêncio interno. Assim, se o alerta de velocidade não estiver ativo, fique de olho no velocímetro.
Conclusão
Nós já tínhamos gostado do Tiggo 5X, e gostamos mais ainda deste Tiggo 7. É um SUV que transmite impressão de qualidade na montagem de carroceria e interior, e, sobretudo, quando se aciona o botão de partida do motor. É um carro com mecânica moderna e atualizada, uma transmissão automática suave, e com um excelente nível de equipamentos. Incorpora características típicas de modelos premium, além de uma linguagem estética europeia e um interior limpo onde até mesmo os botões não são visíveis.
É certo que a maioria dos tradicionalistas vai achar que R$ 117 mil é muito para um modelo que não tem a tradição de uma marca japonesa ou europeia, mas o fato é que o conjunto técnico e de equipamentos do Tiggo 7, o torna muito competitivo. Para quem busca um SUV intermediário até R$ 120 mil reais, é uma compra praticamente irresistível.
O Tiggo 7 chega em duas versões, T, modelo de acesso, a R$ 106.990 reais, e TXS, a R$ 116.990 reais. O SUV mede 4.505 mm de comprimento, 1.837 mm de largura e 1.670 de altura, e 2.670 mm de entre-eixos. O porta-malas acomoda até 414 litros de bagagem até a altura dos vidros, e 1.100 litros com o encosto do banco traseiro rebatido.
Este modelo passa a ser o topo de gama da Caoa Chery no Brasil, oferecendo um preço competitivo (não é barato) em face do excelente nível de equipamentos nas duas versões. É um preço competitivo pois a marca está se consolidando no mercado com uma gama de três SUVs (Tiggo 2, Tiggo 5X e agora Tiggo 7), além de um sedã médio (Arrizo 5) e um sub-compacto de entrada (QQ).
O Tiggo 7 fabricado no Brasil é derivado do Tiggo 7 chinês, mas com amplas alterações, adotadas pela engenharia da CAOA-Chery do Brasil para adequação às condições das vias e aos gostos do consumidor brasileiro. O objetivo da Caoa é fazer da Chery uma marca "premium" no Brasil, algo que a própria Caoa já fez com a Hyundai em solo brasileiro.
Para isso, a Caoa tem ações bem definidas de pós-venda para enfrentar alguns preconceitos remanescentes às marcas chinesas no Brasil associados à pós-venda, disponibilidade de peças, qualidade geral e preço de revenda.
O Tiggo 7 é vendido com garantia de 5 anos para motor e câmbio, e de 3 anos para o veículo - o que enfrenta a questão de confiabilidade. Além disso, a marca investe pesado em reformulação de toda rede de concessionárias, que agora adotam nova arquitetura sóbria e elegante, assim como em excelência de pós-venda.
A Coaa Chery conta com duas fábricas no Brasil (Jacareí em São Paulo, e Anápolis, em Goiás) e mantém centros de distribuição com estoques de peças para atender às eventuais demandas de componentes de forma rápida. Além disso, a engenharia desenvolve um agressivo programa de nacionalização de componentes, com foco em competitividade de preço e em disponibilidade. Esses pilares de pós-venda, com rede de concessionárias formada, e um mercado em expansão, resultam em aumento de confiabilidade percebida, e, consequentemente, em menor desvalorização.
É claro todos esses aspectos teriam eficácia limitada se o projeto e o design dos Tiggo ainda estivessem eivados de alguns exotismos que caracterizavam os primeiros carros chineses. Esse não é o caso deste novo Tiggo 7. De fato, a evolução em termos de qualidade, design, projeto e construção deste Tiggo 7 é de tal ordem, que ele pode ser colocado, em alguns aspectos, como um modelo intermediário entre os SUV´s de marcas generalistas, como o Jeep Compass, e modelos consagrados no segmento premium, como os Audi, BMW e Mercedes.
O Tiggo 7 tem uma proposta de design, materialidade e engenharia que encerra muitos aspectos associados às marcas premium - apontando o caminho a seguir para todos os outros fabricantes que querem consolidar sua imagem de marca: design europeu; carroceria que exibe qualidade e precisão construtiva, com vãos uniformes e delgados; suavidade de funcionamento; passeio livre de ruídos, vibrações e asperezas.
Design
O Tiggo 7 é resultado de uma linha moderna de veículos da Chery que adotam a linguagem de design "Life in Motion", que leva referências da natureza em movimento. O conceito desenvolvido pelo designer James Hope (ex-GM e Ford) criou um efeito de coerência entre modelos da marca. Há uma identidade entre a estética do Tiggo 7 e a do Tiggo 5x - vendido no mercado asiático - e do Tiggo 8, alcançando um estilo equilibrado com doses iguais de esportividade e elegância.
A estética fluída do Tiggo 7 tem algumas características que imitam o efeito da água sobre o corpo, como a grade dianteira ou as linhas de caráter nas laterais. Completa o visual os faróis e lanternas com tecnologia LED e DRL.
Os faróis de neblina possuem função de auxílio em manobras de estacionamento e os faróis principais contam com acendimento automático. As maçanetas têm acabamento cromado. Na versão TXS, destaque para as luzes de boas-vindas: nome do modelo iluminado na soleira e projetado no piso.
As quatro opções de cores oferecidas são sóbrias (prata, cinza, preto e branco perolizado) e as rodas desta versão TXS são de 18 polegadas, com pintura diamantada.
Interior
O interior segue a mesma linha de sobriedade e elegância, com um layout limpo e funcional, e uma materialidade de qualidade. O couro preto que reveste o interior é agradável ao toque, e além dos bancos (verdadeiras poltronas anatômicas) e dos painéis de porta, está presente ainda em superfícies do painel e volante - em muitos casos com costuras à vista.
O console central revestido de material que imita aço escovado é de bom gosto e contempla a alavanca de câmbio, o botão de partida do motor e dois porta-objetos - um dos quais alocado abaixo do descansa braço central.
Há ainda plásticos na parte inferior do painel, que assim como o couro, estão muito bem montados, com texturização que transmite qualidade e são agradáveis toque. Exclusivo deste modelo TXS, o teto solar panorâmico tem área de 0,92 m2 que pode ser aberto. Uma cortina de acionamento elétrico isola o compartimento do calor.
Em todas as versões há chave presencial para abertura e fechamento das portas e partida do motor por botão. O freio de mão eletrônico contempla a função Auto Hold, que contribui para a conveniência do condutor.
Os bancos dianteiros chamam a atenção pelo design anatômico similar aos tradicionais bancos Recaro, com apoios laterais pronunciados - que seguram com competência o corpo em curvas tomadas de forma mais esportiva. São confortáveis e não cansam em viagem, como constatamos em mais de 3 horas no teste-drive. Nesta versão TXS, topo de linha, o do motorista adota ajustes elétricos.
Ao se sentar na posição de condução, nota-se uma ampla visão da estrada e a sensação de estar em uma posição bem elevada - característica típica de SUV´s - o que transmite uma sensação de "segurança". Posicionado, o motorista tem à sua frente um volante com boa empunhadora, e com comandos funcionais que concentram controles do sistema de informação e entretenimento, e o piloto automático.
O cluster de instrumentos traz o design característico da Chery, com um velocímetro invertido, acompanhado por um potente computador multifuncional com uma tela colorida de 4,8 polegadas ao centro. Este computador oferece não só o informações de consumo, nível de combustível e temperatura do motor, mas também alerta sobre limites de velocidade, pressão dos pneus, temperatura. Ele emite avisos de emergência, alarme de fadiga, tempo de condução e o que está tocando no sistema de som.
No centro do painel, acima dos comandos de ar-condicionado dual zone, há uma grande tela do sistema multimídia, com uma interface colorida, fácil de usar e que não só permite operar o áudio, mas também diversos sistemas, como ar-condicionado e o seletor de modos de condução (ECO ou Sport). Em relação ao sistema multimídia, ele oferece conectividade com Apple CarPlay e Mirrorlink.
E o melhor de tudo é que o smartphone não precisa ficar à vista ou pendurado, e tampouco com um fio passando no meio do painel, visto que há compartimento inferior que está escondido sob a "onda" do console central e com uma conveniente porta USB para conexão do smartphone ao sistema multimídia, e ainda uma tomada de 12v.
Segurança: 5 estrelas no C-NCAP
Reconhecida mundialmente, a plataforma modular T1X da Chery, desenvolvida para suportar SUVs de proporções maiores, é responsável pelo alto índice de qualidade em itens como suspensão que geram baixíssimo nível de ruído, boa dirigibilidade e frenagem, além de oferecer maior espaço interno.
O uso dessa plataforma modular também proporcionou ao Tiggo 7 um desempenho superior em termos de rigidez torcional - o que deu a este SUV a classificação máxima (5 estrelas) nos testes do C-NCAP, a agência chinesa que avalia os níveis de segurança. Essa característica pode ser "sentida" na sensação de solidez estrutural ao viajar com o Tiggo 7, sobretudo quando se passa em vias irregulares e trilhas off-road, nos quais este SUV passa como um monolito, sem torcer ou emitir rangidos.
O Tiggo7 tem 60% da sua estrutura construída com aços de alta resistência, assim como em diversas partes da cabine. Na parte inferior da plataforma, sob o assoalho, o modelo conta com estruturas longitudinais que absorvem e distribuem uniformemente a energia gerada por uma eventual colisão, proporcionando maior resistência e ampliando a segurança aos ocupantes do carro.
Em todas as versões o Tiggo 7 traz sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, e esta configuração topo de gama traz ainda câmera de ré e câmera com visão de 360°, equipamentos que permitem ao motorista um controle em tempo real dos arredores do veículo, minimizando a “zona cega” durante manobras e estacionamento.
Desde a versão T o SUV traz auxiliar de partida em rampa Hill Hold Control (HHC), que impede o movimento do carro em situações críticas de inclinação.
O Tiggo7 conta também com sistema de monitoramento de pressão e temperatura dos pneus. O Tiggo 7 T, versão de acesso, traz airbags frontais, enquanto o TXS complementa com airbags laterais dianteiros e de cortina. Os dois modelos trazem cinto traseiro central de três pontos e três apoios de cabeça traseiros.
Entre os sistemas ativos de segurança, as duas versões contam com controle eletrônico de estabilidade e tração, e freios à disco nas quatro rodas (ventilados na dianteira, e sólidos na traseira). As suspensões são independentes na dianteira (McPherson) e traseira (Multilink), dispõem de um ajuste com bom compromisso entre firmeza e conforto, e são responsáveis pelo excelente desempenho dinâmico do Tiggo7 tanto em relação à estabilidade direcional, em curvas e até mesmo na forma competente como encara trilhas de off-road que não exigem tração AWD, como mostramos no vídeo abaixo.
Desempenho e performance
O propulsor tem bloco e cabeçote de alumínio, 1.5L Turbo Flex, duplo comando de válvulas variável (VVT), coletor de admissão variável (VIS), potência máxima de 150 cv / 147 cv (Etanol/Gasolina) a 5.500 rpm e torque máximo de 21,4 kgfm (Etanol /Gasolina), disponível entre 1.750 a 4.000 rpm. O motor está associado com uma transmissão automática GETRAG de dupla embreagem (DCT) de seis velocidades. As marchas podem ser mudadas automaticamente ou manualmente por meio da alavanca posicionada no console central. Há ainda um seletor de modos de condução ECO, privilegiando o consumo de combustível, e SPORT para uma dirigibilidade mais esportiva.
Em nosso percurso 50% estrada e 50% cidade no pesado trânsito da cidade de São Paulo, o consumo médio de etanol apontado pelo computador de bordo foi de 7,8 Km/l. Segundo o INMETRO, com gasolina, em cidade o Tiggo 7 consome 9,7 km/l, enquanto em estrada melhora para 10,9 km/l.
Em relação à performance, o Tiggo 7 pode ser operado em modo Eco ou Sport. O modo ECO o torna mais lento e suave nas respostas, bastante adequado para um uso urbano e rodoviário seguro e confortável. Caso se opte pelo motor Sport, o nível de rotação sobe, e as acelerações são mais animadas, assim como câmbio troca as marchas de forma mais rápida.
A transmissão automática de seis marchas é um destaque pela suavidade com que troca as marchas - praticamente imperceptível, e de forma muito suave, sem trancos, mesmo no modo Sport. O sistema de gerenciamento do motor e câmbio é competente, tornando o Tiggo 7 bastante elástico e confortável, ao mesmo tempo seguro, pois o câmbio muda automaticamente para um mapeamento mais agressivo quando se pisa mais firme no acelerador.
Em relação ao comportamento dinâmico, o Tiggo 7 tem um rodar sólido. Ele é um SUV alto (1,67 metros de altura), mas que não sofre com ventos laterais, mostrando-se excepcionalmente plantado tanto em retas em velocidades mais elevadas, quanto em curvas. Este SUV com 15 cm de altura livre do solo é excepcional nos desafios urbanos, superando lombadas e valetas sem tomar conhecimento.
Outro ponto que chama a atenção é que o Tiggo 7, mesmo transmitindo solidez estrutural, é um carro "leve" de ser conduzido. A direção com assistência elétrica é confortável em cidade, e segura em estrada. Todos os comandos - acelerador, freio e transmissão - são suaves e precisos. A frenagem, mesmo em caso de emergência, ocorre em linha reta e sem desvios de trajetória. O motor com bom torque em baixos associado à transmissão automática empurra os cerca de 1.400 Kg deste SUV com agilidade em cidade e estrada, mas, seguindo a escola asiática - como um Toyota ou Hyundai - de forma muito suave, progressiva e previsível.
Andar com o Tiggo 7 em uma cidade como São Paulo, congestionada e cheia de lombadas e valetas é uma tarefa fácil, pela agilidade e visibilidade. Entretanto, o silêncio e ausência de vibrações no interior exige cuidado em rodovias, pois apesar de o motor ser pouco explosivo e bastante progressivo, a curva de aceleração fará com o carro ganhe velocidade de forma fácil e quase imperceptível - o que torna muito útil o alerta de velocidade, sem o qual facilmente você estará superando os limites legais de velocidade, tamanha é a sensação de segurança e silêncio interno. Assim, se o alerta de velocidade não estiver ativo, fique de olho no velocímetro.
Conclusão
Nós já tínhamos gostado do Tiggo 5X, e gostamos mais ainda deste Tiggo 7. É um SUV que transmite impressão de qualidade na montagem de carroceria e interior, e, sobretudo, quando se aciona o botão de partida do motor. É um carro com mecânica moderna e atualizada, uma transmissão automática suave, e com um excelente nível de equipamentos. Incorpora características típicas de modelos premium, além de uma linguagem estética europeia e um interior limpo onde até mesmo os botões não são visíveis.
É certo que a maioria dos tradicionalistas vai achar que R$ 117 mil é muito para um modelo que não tem a tradição de uma marca japonesa ou europeia, mas o fato é que o conjunto técnico e de equipamentos do Tiggo 7, o torna muito competitivo. Para quem busca um SUV intermediário até R$ 120 mil reais, é uma compra praticamente irresistível.