ACELERAMOS O SUZUKI SWIFT SPORT, QUE CHEGA POR R$ 74.990
Hot hatch japonês aposta em peso/potência e custo-benefício para garantir diversão no asfalto
por GUILHERME BLANCO MUNIZ
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27/08/2014 05h42- atualizado às 09h40 em 27/08/2014
Suzuki Swift Sport R (Foto: Murilo Mattos / Divulgação)
Esqueça a tranquilidade oriental. O Suzuki Swift Sport chega ao Brasil para mostrar que tamanho não é documento, e que números não são tudo. Antes de mais nada, o hot hatch vai ter que convencer os consumidores brasileiros de que é possível se divertir com um Suzuki no asfalto e não somente no off-road. E, sem seguida, provar que o Swift vale tanto quanto rivais compactos de alto desempenho como o britânico Mini Cooper.
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- Confira o Suzuki Swift Sport em detalhes
Tabelado em R$ 74.990, o pequenino é equipado com um motor 1.6 aspirado acoplado a uma transmissão manual de seis marchas, de engates bastante justos e precisos. Seus 142 cv podem não impressionar por si só, mas o Swift aposta suas fichas na combinação de peso e potência: com 1.065 kg e 7,5 kg/cv, o japonês é um foguetinho de bolso. O hatch também tem uma versão mais divertida R, que por R$ 81.990 ganha relações de marchas mais curtas, pneus esportivos e acessórios.
Acelerações lineares e condução moderada mostram o lado tranquilo do Swift. Com 3,89 metros de comprimento, 1,69 metro de largura e 1,51 metro de altura, o modelo é um urbano nato. Seu tamanho reduzido promete ajudar quem precisa estacionar em vagas apertadas e não ter dor de cabeça para passar em ruas estreitas. As suspensões são adequadas e transmitem conforto para quem está na cabine. Em uma condução mais moderada, ele se mostra dócil e com fôlego para aceleradas repentinas. A condução é bastante confortável, mas não pudemos conferir como ele se sai nas esburacadas ruas brasileiras. Isso porque a Suzuki não liberou unidades para o uso em trechos urbanos.
Suzuki Swift Sport R (Foto: Murilo Mattos / Divulgação)
Basta manter as rotações altas para conhecer o lado hot do hatch. O sistema de admissão e o comando de válvulas variáveis mantêm o torque - que chega a 17 kgfm em 4.400 rpm - sempre à disposição. Ou seja, basta encher o motor do Swift para se divertir em curvas mais acentuadas, quando as suspensões e amortecedores com molas internas auxiliares garantem boa estabilidade e evitam grandes inclinações da carroceria. O câmbio de engates curtos e suaves contribui com trocas rápidas, sem deixar o motor perder o fôlego. A 120 km/h, o ponteiro do conta-giros fica estabilizado na marca dos 3 mil giros.
Se o motorista tentar fazer rápido demais em alguma curva, entram em cena os controles de estabilidade e tração, que corrigem a trajetória do hatch. Ainda quanto à segurança, outro destaque fica para os seis airbags de série (os obrigatórios frontais, dois de cortina e dois laterais). O volante tem boa empunhadura, com comandos do sistema de som e ajuste de altura e profundidade, o que garante boa posição para dirigir.
Suzuki Swift Sport R (Foto: Murilo Mattos / Divulgação)
Os 2,43 metros de entre-eixos garantem espaço interno razoável somente para motorista e passageiro dianteiros. Pessoas de cerca de 1,70 metro viajam atrás com os joelhos pressionando os bancos dianteiros e têm cerca de quatro dedos de espaço entre a cabeça e o teto do carro. Pelo menos o túnel central plano evita que o espaço fique ainda mais restrito.
Os bancos esportivos de espuma rígida têm apoios laterais e ajuste de altura de série. Se esses detalhes garantem conforto, o acabamento interno é simples - talvez na tentativa de passar a mesma sensação de carros esportivos que não investem em luxo. Pensou em fazer uma viagem de final de semana com o Swift Sport? Então seja econômico na bagagem porque o porta-malas só acomoda 210 litros, segundo a montadora.
Suzuki Swift Sport R (Foto: Murilo Mattos / Divulgação)
Esportividade à brasileiraQuem quiser mais esportividade tem duas opções: a Suzuki vai oferecer um pacote de customização que encurta as relações de marchas do Swift Sport padrão, mas também venderá a versão R já com as relações mais esportivas e outros detalhes. A configuração topo de linha tem visual mais moderno, com pintura do teto e dos espelhos retrovisores em outra cor, além de rodas de 17 polegadas (no lugar das de aro 16 vendidas normalmente) e pneus de alta performance. O Swift Sport R ainda ganha central multimídia com processador bastante ágil e sistema de navegação por GPS, além de sensor de estacionamento (itens que também serão oferecidos como opcionais para a versão básica).
Debaixo do capô, o motor continua o mesmo 1.6 aspirado, mas ele vem pintado em vermelho. No entanto, o visual mais moderno e o maior prazer nas pistas vem em troca de menor conforto em trechos urbanos e maior consumo de combustível, por conta das modificações feitas.
Suzuki Swift Sport R (Foto: Murilo Mattos / Divulgação)
Apesar de o Swift Sport ser fabricado na China, Hungria, Tailândia, Índia e Japão (de onde vêm as unidades vendidas por aqui), nem tente encontrar a versão R em outros mercados. Isso porque ela foi desenvolvida por uma equipe brasileira e só será vendida por aqui. Com metas de representar cerca de 15% das vendas do Swift no país, a configuração topo de linha levou só dois meses para ser preparada e promete contribuir com o objetivo de formar uma nova imagem para a Suzuki no Brasil. A empresa estima vender cerca de 100 unidades por mês das duas versões do Swift Sport nos primeiros meses.
A carta branca da matriz japonesa para o desenvolvimento da versão exclusiva é um dos primeiros passos para as tentativas de expandir a marca por aqui. Segundo Luiz Rosenfeld, presidente da Suzuki Veículos do Brasil, a empresa vai “está recomeçando a passos nipônicos no Brasil e vai lentamente abrir o leque por aqui”. Passos japoneses que o Swift promete contribuir com mais fôlego, especialmente nas pistas.
COMENTÁRIOS: Na revista, tem o texto, mas com uma ou duas fotos e sem o comparativo. No site, tem um filminho que eles andam colocando, quandse uma seleção de fotos, mas com movimento e que se repete, que eu não sei como colar.