15/02/2012
Curinga, Peugeot 308 chega por R$ 53.990
Sucessor do 307 tem estilo, estreia novo motor 1.6 flex e é primeiro a usar leds
Diogo de Oliveira, de Ouro Preto (MG)
Como uma carta de coringa, o 308 hatch entra no lugar do 307
No jogo de cartas, o curinga costuma mudar o rumo de uma
partida. É a única carta do baralho capaz de trocar de valor
aleatoriamente, para alterar uma combinação de outras cartas. Salvo as
devidas proporções, o 308 hatch, que a Peugeot lança essa quarta-feira (15) no Brasil, desembarca da Argentina quase como um curinga. Além de suceder o cansado 307,
o modelo médio promove a estreia do motor 1.6 16V flex, chamado pelo
código EC5 e o primeiro bloco a usar o “Flex Start”, sistema (fornecido
pela Bosch) que elimina a necessidade do tanquinho de gasolina.
Outro aspecto inovador do 308
são as luzes diurnas de leds. Dentro do segmento de hatchs médios, o
novo Peugeot será o primeiro a oferecer o item – filetes em “L” deitado
contornam a seção dos faróis de neblina verticais. Só que os leds serão
oferecidos apenas na versão top de linha Feline, como equipamento de
luxo. Para completar, o modelo chega atualizado em relação ao similar
francês, vendido na Europa desde o fim de 2007 (e reestilizado em 2011).
Quer dizer, o 308 já tem alguns anos de estrada, mas chega ao Brasil cheio de renovações.
E é com base nessas modernidades que a Peugeot vê no novo hatch
médio potencial para começar a virar o jogo – tal como um curinga do
baralho. Nos últimos dois anos, especialmente, a montadora francesa
perdeu terreno no mercado brasileiro. Em 2011 foi apenas a 10ª colocada
no ranking de vendas e quase ultrapassada pela sul-coreana Kia Motors. Nesse jogo, mais que vender, o 308 chega para se tornar referência em sofisticação e estilo. Mesmo assim, a Peugeot espera quase dobrar as 6.647 vendas do 307 no ano passado, somando 12 mil unidades até dezembro.
Para tanto, o 308
chega em cinco versões a preços competitivos e com listas de série
muito bem pensadas. O Active 1.6 manual, modelo mais em conta, parte de
R$ 53.990 e traz de fábrica um pacote sedutor de equipamentos:
ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, “trio” elétrico, rodas de
liga leve aro 16, rádio/CD com o conhecido comando satélite no volante,
computador de bordo, airbags frontais e freios com ABS, EBD e assistente
de emergência BAS. O bloco 1.6 litro segue sob o capô na versão
intermediária Allure, que passa a R$ 56.990 e traz uma lista ainda mais
atraente.
Nível de acabamento é ponto forte
A partir de R$ 59.990, a configuração Allure passa a usar o conhecido bloco 2.0 flex, que equipa o sedã 408 e os médios da parceira Citroën.
O motor produz 143/151 cv de potência e torques de 20/22 kgfm aos 4.000
giros e pode vir acoplado ao câmbio manual de cinco marchas ou ao
(veterano) automático sequencial de quatro velocidades – com esta caixa,
a versão Allure sobe a R$ 63.990. No topo da gama fica a tradicional
configuração Feline, vendida apenas com a transmissão automática a
partir de R$ 70.990. Nela, a lista de série ganha corpo e muita
sofisticação.
Há itens como controle eletrônico
de estabilidade e seis airbags (frontais, laterais dianteiros e de
cortina) na segurança. O sistema de som ganha conectividade, com
Bluetooth e entradas auxiliar e USB. E o nível de conforto é
sensivelmente maior, com forração em couro e sensores de chuva, de
luminosidade e de obstáculos traseiro. Curiosamente, o nível de
acabamento não muda muito da versão Active para a Feline. Tirando o
couro dos bancos, o painel usa materiais muito agradáveis aos olhos e ao
toque. A sensação de qualidade é indiscutivelmente um ponto alto no
hatch.
Primeiras Impressões: 308 Allure 1.6 Manual
A Peugeot escolheu a histórica cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, para apresentar o novo 308
no Brasil. A ideia da montadora foi resgatar seu próprio passado, que
mantém ligação estreita com a história do automóvel no país – no fim do
século XIX, o revolucionário Santos Dumont trouxe o primeiro veículo ao
Brasil, um Peugeot. Passado mais de um século desde então, o 308
também quer mudar o cenário. As 12 mil unidades desejadas pela Peugeot
parecem tímidas perto dos quase R$ 36 mil emplacamentos do Hyundai i30, líder entre os hatchs médios em 2011.
Mas é possível esperar bons momentos do 308
nos próximos meses, sobretudo nas versões Active e Allure equipadas com
o novo motor 1.6 16V EC5. Esse novo bloco compacto, originado do 1.6
16V flex do 307, foi praticamente inteiro modificado.
Do antigo propulsor, apenas o diâmetro e o curso dos cilindros foi
mantido. E além do sistema Flex Start (que pré-aquece o etanol antes de
injetá-lo nos cilindros no momento da partida), o motor também possui
comando variável das válvulas de admissão, recurso que busca melhorar o
desempenho em baixos giros.
É a estreia do motor 1.6 16V flex. O 308 também usa “Flex Start”, elinando o uso do tanquinho de gasolina
Com essa reunião das tecnologias e ajustes, eis o motor 1.6
litro nacional mais potente. Pelos dados da fábrica, são 115/122 cv
(gasolina/etanol) e 15,5/16,4 kgfm de torque, força capaz de empurrar o 308
com eficiência. Nesse primeiro contato, o bloco compacto pareceu
suficiente para o dia-a-dia na cidade. Em baixas rotações o desempenho
não chega a surpreender, mas a partir dos 3.500 giros o motor despeja
quase todo o torque, produzindo acelerações e retomadas interessantes.
Um aspecto a destacar são os baixos níveis de ruído e vibração dentro da
cabine.
As respostas imediatas da direção
eletro-hidráulica também merecem elogios. Como de costume, a Peugeot
deixou a direção mais “pesada”, para transmitir esportividade. Como
resultado, nas curvas e retas o hatch médio transmite segurança e parece
estar sempre firme sobre o asfalto. Outro aspecto que agradou bastante
ao volante é a posição mais baixa do painel, que amplia o campo de
visão. Há ajustes de altura e profundidade da coluna de direção e do
assento do motorista desde a versão Active 1.6, itens que reforçam essa
boa ergonomia, essencial para a vida urbana.
Primeiras Impressões: 308 Feline 2.0 Automático
Para o lançamento, a Peugeot ofereceu todas as versões do 308
para o Brasil. Primeiro, escolhemos a Allure 1.6 para testar o novo
motor. Depois, saltamos para a topo de linha Feline, na tentativa de
entender qual o máximo que o modelo pode oferecer. Surpreendentemente,
em relação ao acabamento pouco mudou: a versão mais cara do 308 tem
couro, uma moldura mais sofisticada na base do console e o quadro de
instrumentos de fundo branco – exclusivo das configurações automáticas.
Ah, quase me esqueci, há o suntuoso teto solar panorâmico “Cielo”.
A Peugeot disse que vai surpreender o mercado com o teto solar a
R$ 2.500 – é um dos poucos opcionais, ao lado da pintura metálica e do
sistema de navegação por GPS (Wip Nav). A bordo do novo hatch, é preciso
dizer: o item muda por completo a vida a bordo. A área envidraçada vai
até a cabeça dos ocupantes do banco traseiro e oferece uma visão
incrivelmente ampla. Por fora, os leds dianteiros dão outro aspecto ao
modelo, que fica com visual bem mais moderno. O sistema de navegação por
GPS dá o toque final, com uma moderna tela retrátil (escamoteável) no
topo do console.
Teto solar por R$ 2.500 é um dos poucos opcionais, ao lado do sistema de navegação por GPS (Wip Nav)
Somado a esses itens está o motor 2.0 flex, que oferece um
rendimento mais condizente com o apelo esportivo trabalhado na suspensão
e na direção. O volante, com pega mais anatômica que nas versões Active
e Allure, enfim encontra o desempenho para transmitir esse “feeling” de
arrojo. Mas, afinal, o que há de ruim? O câmbio automático sequencial
de quatro velocidades. A Peugeot conta que trocou o conversor de torque,
substituiu componentes hidráulicos e mexeu na central eletrônica,
mudanças que reduziram o tempo das trocas de marcha.
Mas a verdade é que esse câmbio de quatro velocidades está
ultrapassado e compromete não apenas o desempenho nas acelerações e
retomadas, mas também o consumo de combustível. Durante o teste drive, o
computador de bordo marcou média inferior a 5 km/l. Como atravessamos
um trecho de serra, a marca sem dúvida pode ser melhor. De qualquer
maneira, a transmissão é limitada e sente-se falta de um maior número de
relações. Mas tirando o item, a verdade é que o 308 não apenas deixa o 307 no passado, como muda o paradigma no segmento de hatchs médios.
FONTE: http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI294844-15846,00-CURINGA+PEUGEOT+CHEGA+POR+R.html
Curinga, Peugeot 308 chega por R$ 53.990
Sucessor do 307 tem estilo, estreia novo motor 1.6 flex e é primeiro a usar leds
Diogo de Oliveira, de Ouro Preto (MG)
Como uma carta de coringa, o 308 hatch entra no lugar do 307
No jogo de cartas, o curinga costuma mudar o rumo de uma
partida. É a única carta do baralho capaz de trocar de valor
aleatoriamente, para alterar uma combinação de outras cartas. Salvo as
devidas proporções, o 308 hatch, que a Peugeot lança essa quarta-feira (15) no Brasil, desembarca da Argentina quase como um curinga. Além de suceder o cansado 307,
o modelo médio promove a estreia do motor 1.6 16V flex, chamado pelo
código EC5 e o primeiro bloco a usar o “Flex Start”, sistema (fornecido
pela Bosch) que elimina a necessidade do tanquinho de gasolina.
Outro aspecto inovador do 308
são as luzes diurnas de leds. Dentro do segmento de hatchs médios, o
novo Peugeot será o primeiro a oferecer o item – filetes em “L” deitado
contornam a seção dos faróis de neblina verticais. Só que os leds serão
oferecidos apenas na versão top de linha Feline, como equipamento de
luxo. Para completar, o modelo chega atualizado em relação ao similar
francês, vendido na Europa desde o fim de 2007 (e reestilizado em 2011).
Quer dizer, o 308 já tem alguns anos de estrada, mas chega ao Brasil cheio de renovações.
E é com base nessas modernidades que a Peugeot vê no novo hatch
médio potencial para começar a virar o jogo – tal como um curinga do
baralho. Nos últimos dois anos, especialmente, a montadora francesa
perdeu terreno no mercado brasileiro. Em 2011 foi apenas a 10ª colocada
no ranking de vendas e quase ultrapassada pela sul-coreana Kia Motors. Nesse jogo, mais que vender, o 308 chega para se tornar referência em sofisticação e estilo. Mesmo assim, a Peugeot espera quase dobrar as 6.647 vendas do 307 no ano passado, somando 12 mil unidades até dezembro.
Para tanto, o 308
chega em cinco versões a preços competitivos e com listas de série
muito bem pensadas. O Active 1.6 manual, modelo mais em conta, parte de
R$ 53.990 e traz de fábrica um pacote sedutor de equipamentos:
ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, “trio” elétrico, rodas de
liga leve aro 16, rádio/CD com o conhecido comando satélite no volante,
computador de bordo, airbags frontais e freios com ABS, EBD e assistente
de emergência BAS. O bloco 1.6 litro segue sob o capô na versão
intermediária Allure, que passa a R$ 56.990 e traz uma lista ainda mais
atraente.
Nível de acabamento é ponto forte
A partir de R$ 59.990, a configuração Allure passa a usar o conhecido bloco 2.0 flex, que equipa o sedã 408 e os médios da parceira Citroën.
O motor produz 143/151 cv de potência e torques de 20/22 kgfm aos 4.000
giros e pode vir acoplado ao câmbio manual de cinco marchas ou ao
(veterano) automático sequencial de quatro velocidades – com esta caixa,
a versão Allure sobe a R$ 63.990. No topo da gama fica a tradicional
configuração Feline, vendida apenas com a transmissão automática a
partir de R$ 70.990. Nela, a lista de série ganha corpo e muita
sofisticação.
Há itens como controle eletrônico
de estabilidade e seis airbags (frontais, laterais dianteiros e de
cortina) na segurança. O sistema de som ganha conectividade, com
Bluetooth e entradas auxiliar e USB. E o nível de conforto é
sensivelmente maior, com forração em couro e sensores de chuva, de
luminosidade e de obstáculos traseiro. Curiosamente, o nível de
acabamento não muda muito da versão Active para a Feline. Tirando o
couro dos bancos, o painel usa materiais muito agradáveis aos olhos e ao
toque. A sensação de qualidade é indiscutivelmente um ponto alto no
hatch.
Primeiras Impressões: 308 Allure 1.6 Manual
A Peugeot escolheu a histórica cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, para apresentar o novo 308
no Brasil. A ideia da montadora foi resgatar seu próprio passado, que
mantém ligação estreita com a história do automóvel no país – no fim do
século XIX, o revolucionário Santos Dumont trouxe o primeiro veículo ao
Brasil, um Peugeot. Passado mais de um século desde então, o 308
também quer mudar o cenário. As 12 mil unidades desejadas pela Peugeot
parecem tímidas perto dos quase R$ 36 mil emplacamentos do Hyundai i30, líder entre os hatchs médios em 2011.
Mas é possível esperar bons momentos do 308
nos próximos meses, sobretudo nas versões Active e Allure equipadas com
o novo motor 1.6 16V EC5. Esse novo bloco compacto, originado do 1.6
16V flex do 307, foi praticamente inteiro modificado.
Do antigo propulsor, apenas o diâmetro e o curso dos cilindros foi
mantido. E além do sistema Flex Start (que pré-aquece o etanol antes de
injetá-lo nos cilindros no momento da partida), o motor também possui
comando variável das válvulas de admissão, recurso que busca melhorar o
desempenho em baixos giros.
É a estreia do motor 1.6 16V flex. O 308 também usa “Flex Start”, elinando o uso do tanquinho de gasolina
Com essa reunião das tecnologias e ajustes, eis o motor 1.6
litro nacional mais potente. Pelos dados da fábrica, são 115/122 cv
(gasolina/etanol) e 15,5/16,4 kgfm de torque, força capaz de empurrar o 308
com eficiência. Nesse primeiro contato, o bloco compacto pareceu
suficiente para o dia-a-dia na cidade. Em baixas rotações o desempenho
não chega a surpreender, mas a partir dos 3.500 giros o motor despeja
quase todo o torque, produzindo acelerações e retomadas interessantes.
Um aspecto a destacar são os baixos níveis de ruído e vibração dentro da
cabine.
As respostas imediatas da direção
eletro-hidráulica também merecem elogios. Como de costume, a Peugeot
deixou a direção mais “pesada”, para transmitir esportividade. Como
resultado, nas curvas e retas o hatch médio transmite segurança e parece
estar sempre firme sobre o asfalto. Outro aspecto que agradou bastante
ao volante é a posição mais baixa do painel, que amplia o campo de
visão. Há ajustes de altura e profundidade da coluna de direção e do
assento do motorista desde a versão Active 1.6, itens que reforçam essa
boa ergonomia, essencial para a vida urbana.
Primeiras Impressões: 308 Feline 2.0 Automático
Para o lançamento, a Peugeot ofereceu todas as versões do 308
para o Brasil. Primeiro, escolhemos a Allure 1.6 para testar o novo
motor. Depois, saltamos para a topo de linha Feline, na tentativa de
entender qual o máximo que o modelo pode oferecer. Surpreendentemente,
em relação ao acabamento pouco mudou: a versão mais cara do 308 tem
couro, uma moldura mais sofisticada na base do console e o quadro de
instrumentos de fundo branco – exclusivo das configurações automáticas.
Ah, quase me esqueci, há o suntuoso teto solar panorâmico “Cielo”.
A Peugeot disse que vai surpreender o mercado com o teto solar a
R$ 2.500 – é um dos poucos opcionais, ao lado da pintura metálica e do
sistema de navegação por GPS (Wip Nav). A bordo do novo hatch, é preciso
dizer: o item muda por completo a vida a bordo. A área envidraçada vai
até a cabeça dos ocupantes do banco traseiro e oferece uma visão
incrivelmente ampla. Por fora, os leds dianteiros dão outro aspecto ao
modelo, que fica com visual bem mais moderno. O sistema de navegação por
GPS dá o toque final, com uma moderna tela retrátil (escamoteável) no
topo do console.
Teto solar por R$ 2.500 é um dos poucos opcionais, ao lado do sistema de navegação por GPS (Wip Nav)
Somado a esses itens está o motor 2.0 flex, que oferece um
rendimento mais condizente com o apelo esportivo trabalhado na suspensão
e na direção. O volante, com pega mais anatômica que nas versões Active
e Allure, enfim encontra o desempenho para transmitir esse “feeling” de
arrojo. Mas, afinal, o que há de ruim? O câmbio automático sequencial
de quatro velocidades. A Peugeot conta que trocou o conversor de torque,
substituiu componentes hidráulicos e mexeu na central eletrônica,
mudanças que reduziram o tempo das trocas de marcha.
Mas a verdade é que esse câmbio de quatro velocidades está
ultrapassado e compromete não apenas o desempenho nas acelerações e
retomadas, mas também o consumo de combustível. Durante o teste drive, o
computador de bordo marcou média inferior a 5 km/l. Como atravessamos
um trecho de serra, a marca sem dúvida pode ser melhor. De qualquer
maneira, a transmissão é limitada e sente-se falta de um maior número de
relações. Mas tirando o item, a verdade é que o 308 não apenas deixa o 307 no passado, como muda o paradigma no segmento de hatchs médios.
FONTE: http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI294844-15846,00-CURINGA+PEUGEOT+CHEGA+POR+R.html