Cara, não é bem assim. Quem costuma nunca mais voltar ao mecânico é quem na verdade sempre quis um automático ou tinha preconceito e informações erradas em relação a ele. Aí depois de dirigir ou pegar um, não volta mesmo ou se voltar fica com a preferência pelo automático. Mas conheço diversas pessoas que sempre tiveram manual, viam bem os automáticos, pegaram um automático e mesmo assim voltam ao manual ou continuam preferindo o manual. Nesses casos a maioria é assim: pega um automático para o trânsito e manuais para fins de semana.
Eu mesmo já tive automático por um tempo e gostei, mas mesmo assim preferiria um bom manual. Tenho amigos que tiveram automáticos, pegam trânsito todo dia e voltaram ao manual.
Do prazer de dirigir, sim, eles melhoraram muito. Ainda assim são sensações completamente diferentes e em quase todos as trocas ainda são mais lentas, o consumo maior e o desempenho menor pelas perdas. Nos que ganham disso dos manuais - como os da F1, os das Ferrari e os de dupla embreagem - aí se fala de um outro paradigma onde o automático ganha pela eficiência e desempenho. A sensação do manual acaba perdendo o sentido, a não ser que se comprometa todo o resto para ter ela.
Da questão da atenção, isso é extremamente relativo. Dependendo da pessoa, num automático ela relaxa de formas que não deveria e acaba comprometendo a atenção ao trânsito. O carro vira algo que se pode dizer muito fácil de dirigir e a pessoa fica navegando. Com o manual, tanto pode atrapalhar como com alguém acostumado vira parte do ritmo da direção e facilita a concentração. Vai de pessoa para pessoa. Sinceramente, quem sabe dirigir vai sentir diferença nessa parte apenas em situações extremas - onde varia dependendo da situação a favor de um automático ou um manual.
Já das cores, na Europa por exemplo o que menos se vê de cor de carro é preto. Prata tem mais, mas ainda assim não é maioria absoluta e em diversos casos sequer relativa. Mercedes, Audi e BMW que são exceções nesse caso. Na Oceania, idem. Aliás, preto lá é cor considerada para carros bem exclusivos ou para ocasiões de luto. Há 15 anos aqui no Brasil prata quase não existia e preto também era pouco vendido em carros mais cotidianos. Quantos Gols bolinha ou quadrados você já viu em prata ou preto sem ser o mais recente Special?
Certo que se pode encomendar, mas dificulta a revenda sim se fugir do prata, preto e cinza. E o problema não é que apenas dificulta, é que torna muito difícil de vender em alguns casos. O caso do seu Fit pode considerar exceção, já que a maioria compraria o preto gostando ou não da cor - ainda mais por ser usado. Aí que fica o problema, pois se compra e se vende quase que só dessas cores tanto por medo quanto pela revenda difícil. O cara que não comprou seu Fit talvez gostaria mesmo é de um vermelho, mas pode ter deixado de comprar um preto para comprar um prata...