AVALIAÇÃO: CITROËN AIRCROSS 1.6 MANUAL FEEL
4/11/2015 11h00 - atualizado às 14h28 em 24/11/2015
Citroën Aircross 1.6 Manual Feel (Foto: Fabio Aro)
Lançado em 2010 e produzido sobre a mesma plataforma do Citroën C3, o Aircross é um monovolume fabricado em Porto Real (RJ) que traz um design diferente em sua nova linha. Mais bonita, a vertente aventureira do
C3 Picasso chega às lojas em seis versões: São três de entrada: 1.5 Manual Start (c/ estepe interno e pneus de uso urbano) por R$ 49.990, 1.5 Manual Live (c/ estepe interno e pneus de uso urbano) por R$ 53.990 e 1.6 Auto Live (c/ estepe interno e pneus de uso urbano) por R$ 58.990. Duas intermediárias: 1.6 Manual Feel (c/ estepe externo e pneus de uso misto), por R$ 58.990 e a 1.6 Auto Feel (c/ estepe externo e pneus de uso misto) por R$ 63.290. E a topo de linha, 1.6 Auto Shine (c/ estepe externo e pneus de uso misto) por R$ 69.290. Confira nossa avaliação do
C3 Aircross Manual Feel.
Impressões ao volanteO motor é o conhecido 1.6 flex de 122 cv de potência a 5.800 rpm e 16,4 kgfm de torque a 4.000 giros, que é administrado pelo câmbio manual de cinco marchas e tração dianteira. A transmissão ganhou reescalonamento para conferir relações mais longas e favorecer o consumo, além de eliminar o ruído da versão anterior. Parece pouco, mas se antes o ponteiro chegava nas 4.000 rpm ao atingir 120 km/h, agora essa marca caiu para 3.500 giros.
Outra boa novidade foi a troca do sistema hidráulico pelo elétrico com assitência variável na direção. Isso deixou as manobras mais macias e a direção mais firme em velocidades mais altas. A suspensão, do tipo McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, ganhou nova barra estabilizadora e o carro agora segura melhor nas curvas. A outra mexida foi no ângulo de ataque que agora está 30% mais alto (23°). Bom para encarar valetas e lombadas. O pecado capital - para um modelo com proposta aventureira - é a ausência dos controles eletrônicos de tração e de estabilidade.
Ao que parece, o acerto no câmbio rendeu bons frutos. Prova disso é que, para chegar aos 100 km/h em nossa pista de testes, foram precisos 12,4 segundos, melhor que os 14 segundos anteriores. A recuperação de 60 a 100 km/h também evoluiu, de 11,8 segundos para 10,3 segundos. A frenagem piorou. Com discos ventilados na frente e tambores atrás, o monovolume precisou de 31 metros para estancar vindo de uma velocidade de 80 km/h. São 3,6 m a mais do que antes.
Custo-benefícioDe série, há ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico, airbag duplo, freios ABS, acendimento automático dos faróis, faróis de neblina, indicador de troca de marchas digital, barras de teto longitudinal, estepe na tampa traseira com capa e rodas de liga leve de 16". Mas o
Aircross 1.6 Manual Feel fica devendo encosto de cabeça para o passageiro que senta no meio do banco traseiro. E, pelo preço, poderia trazer GPS e câmera de ré, presentes na central multimídia (opcional) com tela sensível ao toque de sete polegadas e que custa R$ 1.400. Entre suas funcionalidades estão rádio AM/FM, MP3, Bluetooth e tecnologia "Mirror Screen".
Por fora, além das novas linhas, há faróis redesenhados, luzes diurnas de LED e apliques de plástico preto na parte inferior que deixam o carro com a impressão de ser mais alto. O interior entrega bom espaço aos ocupantes, há predomínio de plástico no acabamento, estofamento com estampa inspirada nas calçadas de Ipanema e painel inferior "limpo", com visual minimalista e que chega a lembrar o do VW up!.
Citroën Aircross 1.6 Manual Feel (Foto: Fabio Aro)
Vale a compra?Não, mas por pouco. O
Citroën Aircross está mais bonito, traz novos grafismos dentro e fora do veículo e está com um visual muito mais tecnológico do que antes. E, apesar de ser um carro gostoso de dirigir, poderia vir mais bem equipado nesta versão intermediária (manual) pelo preço que cobra, R$ 58.990. Não traz, por exemplo, controles eletrônicos de tração e de estabilidade, bancos de couro, revestimento no volante e central multimídia com câmera de ré e GPS, entre outros recursos.
Fonte: AutoEsporte