Abra o capô do Volkswagen Bora e note que no lugar da tradicional
haste há um amortecedor para segurar a peça, o que facilita e torna
mais segura a abertura e o fechamento do compartimento do motor. Na
outra extremidade do carro, repita o mesmo processo, dessa vez com a
tampa do porta-malas. Como nos sedãs mais requintados, as dobradiças
são pantográficas e não roubam o espaço destinado às bagagens. Até
mesmo uma tomada 12V permite ao dono do carro instalar equipamentos
como uma geladeira portátil, por exemplo, sem deixá-la dentro do
veículo.
Será o Bora um sedã injustiçado? Pode até ser, mas o fato é que os
altos preços que a Volkswagen praticava na época de seu lançamento, em
2000, acabaram por estigmatizar o modelo como um automóvel caro demais.
Nove anos depois, a fabricante preparou uma boa novidade para o
veterano: a inclusão do bloco EA 113, dotado da tecnologia Total Flex e
já aplicado no "primo" Golf, modelo do qual o Bora herda a boa
dirigibilidade e o excelente acerto da suspensão.
Com o novo motor, o Bora 2.0 Total Flex passa a contar com 120 cv
de potência a 5 250 rpm ou 116 cv quando abastecido com álcool ou
gasolina, respectivamente. Já o torque é de 17,3 kgfm a 2 250 rpm
independentemente do combustível utilizado. Para saber o resultado das
mudanças no sedã importado do México, o Carro Online testou sua configuração top de linha, dotada de câmbio automático sequencial Tiptronic de 6 marchas.
Por R$ 57 990, o Bora conta de série com ar-condicionado digital
Climatronic, airbag duplo, freio a disco nas quatro rodas com ABS e
distribuidor eletrônico da força de frenagem (EBD), trio elétrico, MP3
player com entradas USB e para iPod, direção hidráulica, alarme e
coluna de direção com regulagem de altura e profundidade. Seu único
opcional é o teto solar elétrico, vendido por R$ 2 825. Quem prefere
trocar as marchas na mão, saiba que a versão manual com a mesma lista
de equipamentos custa R$ 53 990. Tudo bem, leitor, você pode questionar
que trata-se de um modelo com projeto antigo e há quase uma década nas
revendas da marca, mas analisando sem preconceitos é um belo pacote,
não?
Na pista com o novo flex
No Campo de Provas da TRW, em Limeira, SP, o sedã precisou de 12s1
para acelerar de 0 a 100 km/h e as retomadas de 60 a 120 km/h e 80 a
120 km/h foram cumpridas em 11s8 e 9s5, respectivamente. Pode não ser
um desempenho descomunal, mas quem conduz o Bora sente que até “sobra
carro”. Levando em conta que ele é 2.0, automático e rodando com
álcool, seu consumo de 6,2 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada
resultou em uma média razoável de 8,4 km/l.
Um inconveniente para quem trafega no Bora é o ruído que invade o
habitáculo nas acelerações, um detalhe que a Volkswagen poderia
melhorar no revestimento acústico do modelo. Apesar disso, quando o
motor fica em uma rotação estável, é possível ouvir somente o barulho
do pneu em contato com o solo.
Nos pontos a favor, o Bora destaca-se pelo conjunto versátil. Seu
porta-malas tem espaço para 455 litros de bagagem, mas para viajar com
conforto mesmo é bom não levar mais que quatro adultos, já que o espaço
na traseira não é dos melhores. Estável e bom de curva, esta versão
sedã do Golf de quarta geração (o Jetta vendido por aqui é baseado na
quinta geração do hatch) transmite confiança na hora de uma condução
mais rápida e a boa atuação do sistema de freios permite que o modelo
pare vindo a 80 km/h em 29,6 metros.
Se você busca por um modelo sedã no amplo espectro dos R$ 50 000, não
deixe de ponderar o Bora. Pelo mesmo valor da opção automática é
possível comprar a recém-lançada versão HLX do Fiat Linea, modelo mais
moderno, porém equipado com câmbio automatizado Dualogic, recurso que
não chega perto da suavidade das trocas do Tiptronic da VW. Por essas e
outras, o Bora Total Flex poderá surpreender você.
haste há um amortecedor para segurar a peça, o que facilita e torna
mais segura a abertura e o fechamento do compartimento do motor. Na
outra extremidade do carro, repita o mesmo processo, dessa vez com a
tampa do porta-malas. Como nos sedãs mais requintados, as dobradiças
são pantográficas e não roubam o espaço destinado às bagagens. Até
mesmo uma tomada 12V permite ao dono do carro instalar equipamentos
como uma geladeira portátil, por exemplo, sem deixá-la dentro do
veículo.
Será o Bora um sedã injustiçado? Pode até ser, mas o fato é que os
altos preços que a Volkswagen praticava na época de seu lançamento, em
2000, acabaram por estigmatizar o modelo como um automóvel caro demais.
Nove anos depois, a fabricante preparou uma boa novidade para o
veterano: a inclusão do bloco EA 113, dotado da tecnologia Total Flex e
já aplicado no "primo" Golf, modelo do qual o Bora herda a boa
dirigibilidade e o excelente acerto da suspensão.
Com o novo motor, o Bora 2.0 Total Flex passa a contar com 120 cv
de potência a 5 250 rpm ou 116 cv quando abastecido com álcool ou
gasolina, respectivamente. Já o torque é de 17,3 kgfm a 2 250 rpm
independentemente do combustível utilizado. Para saber o resultado das
mudanças no sedã importado do México, o Carro Online testou sua configuração top de linha, dotada de câmbio automático sequencial Tiptronic de 6 marchas.
Por R$ 57 990, o Bora conta de série com ar-condicionado digital
Climatronic, airbag duplo, freio a disco nas quatro rodas com ABS e
distribuidor eletrônico da força de frenagem (EBD), trio elétrico, MP3
player com entradas USB e para iPod, direção hidráulica, alarme e
coluna de direção com regulagem de altura e profundidade. Seu único
opcional é o teto solar elétrico, vendido por R$ 2 825. Quem prefere
trocar as marchas na mão, saiba que a versão manual com a mesma lista
de equipamentos custa R$ 53 990. Tudo bem, leitor, você pode questionar
que trata-se de um modelo com projeto antigo e há quase uma década nas
revendas da marca, mas analisando sem preconceitos é um belo pacote,
não?
Na pista com o novo flex
No Campo de Provas da TRW, em Limeira, SP, o sedã precisou de 12s1
para acelerar de 0 a 100 km/h e as retomadas de 60 a 120 km/h e 80 a
120 km/h foram cumpridas em 11s8 e 9s5, respectivamente. Pode não ser
um desempenho descomunal, mas quem conduz o Bora sente que até “sobra
carro”. Levando em conta que ele é 2.0, automático e rodando com
álcool, seu consumo de 6,2 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada
resultou em uma média razoável de 8,4 km/l.
Um inconveniente para quem trafega no Bora é o ruído que invade o
habitáculo nas acelerações, um detalhe que a Volkswagen poderia
melhorar no revestimento acústico do modelo. Apesar disso, quando o
motor fica em uma rotação estável, é possível ouvir somente o barulho
do pneu em contato com o solo.
Nos pontos a favor, o Bora destaca-se pelo conjunto versátil. Seu
porta-malas tem espaço para 455 litros de bagagem, mas para viajar com
conforto mesmo é bom não levar mais que quatro adultos, já que o espaço
na traseira não é dos melhores. Estável e bom de curva, esta versão
sedã do Golf de quarta geração (o Jetta vendido por aqui é baseado na
quinta geração do hatch) transmite confiança na hora de uma condução
mais rápida e a boa atuação do sistema de freios permite que o modelo
pare vindo a 80 km/h em 29,6 metros.
Se você busca por um modelo sedã no amplo espectro dos R$ 50 000, não
deixe de ponderar o Bora. Pelo mesmo valor da opção automática é
possível comprar a recém-lançada versão HLX do Fiat Linea, modelo mais
moderno, porém equipado com câmbio automatizado Dualogic, recurso que
não chega perto da suavidade das trocas do Tiptronic da VW. Por essas e
outras, o Bora Total Flex poderá surpreender você.
Última edição por Fabiano em Ter 28 Jul - 14:01, editado 2 vez(es)