Toyota Etios: avaliação completa
Embora produza no Brasil desde 1959, em relação a carros de passeio, a Toyota
é uma “newcomers” – até o início da década de 1990, só oferecia por
aqui no jipe Bandeirante. Apenas em 1998, passou a produzir no Brasil o
sedã médio Corolla em Indaiatuba – atualmente importa a picape Hilux e o utilitário esportivo SW4, o sedã grande Camry e o SUV Rav4.
Ou
seja, está fora do segmento de compactos, que concentra 62% das vendas
nacionais. Isso explica a baixa participação de 2,7% no mercado nacional
– pouco para quem briga pela liderança global de vendas. Para ajudar a
reverter esse quadro, não apenas no Brasil, mas em outros mercado
emergentes como Índia, África e Oriente Médio, a Toyota japonesa criou o Etios, linha de compactos lançada no fim de 2010 na Índia e que chega ao Brasil no segundo semestre.
A versão brasileira do compacto da Toyota
ainda é cercada de incertezas. Apesar de ter apresentado o Etios no
Japão para duas dúzias de jornalistas brasileiros, a marca não revelou
torque ou potência dos motores bicombustíveis de 1.3 e 1.5 litro, ambos
com quatro cilindros e 16 válvulas e duplo comando no cabeçote, que irão
mover as versões hatch e sedã – que terá somente a opção mais forte.
Sabe-se apenas que a potência é superior à do modelo indiano – que tem uma
versão 1.5 a gasolina de apenas 90 cv. A empresa alega razões
estratégicas. “As marcas tradicionais no Brasil e também a Hyundai,
que lançará esse ano um modelo no mesmo segmento, adorariam ter essa
informação”, alfineta Akio Nishimura, o engenheiro chefe responsável
pelo desenvolvimento do compacto.
A versão hatch do compacto tem
3,78 metros de comprimento e entre-eixos de 2,46 metros, enquanto o sedã
4,26 metros de comprimento e entre-eixos de 2,55 m. Ambos têm 1,69 de
largura e 1,51 m de altura. O peso também não foi fornecido, mas os
engenheiros da Toyota asseguram que o hatch é “100 kg mais leve que o Gol” – Teria, então, menos de 900 kg.
Segundo o engenheiro Nishimura, as diferenças do Etios “made in Brazil” em
relação ao produzido na Índia – atualmente o único fabricado – são
pontuais, mas importantes. São ajustes como desenho da grade, das
calotas e a inclusão de um pequeno aerofólio na versão hatch, além de
revestimentos diferentes e apoios de cabeça não integrados ao banco. O
amortecimento brasileiro também é ligeiramente mais rígido.
A Toyota quer se apoiar na boa imagem do Corolla
no Brasil ao lançar o Etios – 62% dos consumidores pretendem se manter
na marca, mas muitos se queixam que a marca não tem um produto de
entrada – um carro para o filho, por exemplo. Atrair consumidores mais jovens é uma função fundamental do Etios.
Mas isso em um nível melhor que o de modelos com motorização 1.0 – algo que
consumidores emergentes veem como um “resquício” dos tempos de pobreza.
O Etios ambiciona o mesmo público de diversos modelos recentemente
lançados no Brasil, como Nissan March e Versa e Chevrolet Cobalt. É o que os profissionais de marketing gostam de chamar, com brilho nos olhos, de “nova classe média”.
Para unir preço e produto, o objetivo na produção é cortar custos. O que se
evidencia nos acabamentos e revestimentos. O limpador do parabrisa tem
uma única peça. Haverá versões com rodas de aço e calotas. ABS e airbags
frontais são de série em todas as versões, mas os freios traseiros são a tambor.
O alarme é de série, mas os ajustes elétricos dos retrovisores não estava disponível em nenhuma das versões avaliadas – e a Toyota
não confirma se haverá esse opcional. O consumo, segundo a marca, será
condizente com a condição do modelo e deverá ficar com o nivel A no
teste do InMetro. A marca fala em 9,5 km/l com etanol em trecho urbano,
para o motor 1.3.
O Etios impressiona melhor ao vivo que em fotos.
E as alterações estilísticas promovidas para o Brasil o tornaram mais
simpático que o indiano. A grade ficou mais moderna e tem traços
ascendentes para a parte externa em forma de U, formando uma espécie de
“sorriso”.
O capô tem dois frisos retos – as chamadas “linhas de caráter” – que saem
da grade e reforçam o aspecto dinâmico da frente. Os detalhes de
aspecto aerodinâmico aparecem também nas laterais e na traseira. A
traseira do hatch tem um aspecto bem mais jovial enquanto o sedã traz um
largo friso cromado horizontal, similar ao Cobalt. Os conjuntos óticos traseiros têm aspecto moderno, com três elementos diferenciados em cada um.
A Toyota não faz previsões para o mix de mercado entre hatch e sedã. Mas aponta
que, entre os compactos, hatches habitualmente respondem por 60% ou 70%
das vendas. Como a fábrica é nova e bem versátil, a marca garante que
dará conta de atender à demanda.
A expectativa é, no primeiro ano, atingir a média de 6 mil unidades
mensais, na soma das duas versões. A fabricante aponta como concorrentes
Nissan March, Volkswagen Gol e Fiat Palio e os sedã Volkswagen Voyage e Fiat Siena. Mas Renault Logan e Sandero,
Ford Fiesta, Fiat Uno e até os futuros Hyundai HB e Chevrolet Ônix também podem se sentir convidados para essa briga.
Primeiras impressões - Consistência dinâmica
Gamagori/Japão
– Logo ao entrar no Etios, chama a atenção o posicionamento inusual dos
mostradores de instrumentos. Centralizados, eles se situam no meio do
tablier, alinhado ao console. Ou seja, na frente do volante não existe nada.
Velocímetro e conta-giros ficam em um nicho central. Abaixo
deles, na mesma área, fica uma tela de LCD. Pequena e um tanto afundada,
não facilita muito a visualização de informaçãos de hodômetro,
autonomia e nível de combustível.
Mais abaixo, ficam as entradas de ar redondas e o rádio CD-player, que
parece um pouco hipertorfiado no painel e com estilo meio anacrônico. E
seu revestimento também não aparenta qualidade – a tampa da entrada USB
parece um tanto frágil.
Os modelos eram de pré-serie – foram
montados dois sedãs e dois hatches no Japão, com peças brasileiras. Em
termos de acabamento, pelo própria proposta do modelo, não se esperava
nada demais. E foi exatamente isso que o Etios mostrou.
É compreensível que modelos pré-série não tenham a qualidade de
acabamento dos modelos de produção, mas o Etios não esconde que vem
mesmo para brigar com os veículos da base do mercado de compactos. Ou
seja, nada sofisticados ou muito esmerado.
Os destaques positivos são o volante, bem acolchoado e de boa pegada, e a alavanca de câmbio –
exatamente os locais onde o motorista mais interage. O espaço interno do
Etios é excelente para quatro adultos e até cinco podem ser
transportados em viagens curtas sem grandes traumas. O porta-malas do
sedã comporta 595 litros de bagagem e o hatch fica em 263 litros. Há
ainda sete porta-objetos a bordo e um porta-luvas de 13 litros com ventilação.
De resto, os plásticos e tecidos do habitáculo dos modelos avaliados eram
de aspecto extremamente simples. Já a forração do teto ficava aquém e
aparentava indisfarçável falta de qualidade. Há chance que tais
revestimentos sejam aprimorados nas unidades que sairão da fábrica em
Sorocaba.
O porta-luvas é até grandinho e possui um duto do
ar-condicionado para refrigerar o conteúdo, mas tem o acesso prejudicado
pelo desenho da própria tampa, que se projeta sobre as pernas do
passageiro. O padrão espartano, que dá direito a parafusos aparentes e
rebarbas no acabamento, não deve mudar tanto. A ideia é ter um produto
que efetivamente possa competir em preços com os rivais brasileiros.
Desse vez, a Toyota quer brigar pelo “filé” do mercado nacional.
Mas aparência não é tudo em um automóvel. Em movimento, o Etios não tarda a
mostrar seus atributos. A visibilidade frontal é bastante boa, assim
como a retrovisão. A aceleração é suave, sem vacilações, com ambos os
motores. A versão 1.5 permite até uma tocada esportiva.
A potência e o torque máximos só aparecem em giros elevados, próximo às 4 mil
rotações, mas mesmo antes disso o motor já está acordado. O câmbio é
correto e tem bons engates. A suspensão é um dos pontos altos do modelo,
muito bem acertada. O hatch revela um equilíbrio ligeiramente melhor nas curvas.
O volante é bem direto, tem bom jogo e facilita as manobras. Nas
frenagens bruscas, ambos os modelos estiveram igualmente comportados e
preservaram as trajetórias sem “rebolar”, com o eficiente e providencial
auxílio de ABS e EBD. Todos esses pequenos detalhes ajudam a dar ao
motorista uma sensação de consistência acima da média para o segmento de
compactos.
Embora o marketing da Toyota ressalte que o carro
é silencioso, os modelos avaliados exibiram níveis de ruído normais
para um compacto de entrada – normalmente mal isolados acusticamente. Se
os Etios de série solucionarem os problemas de acabamento e os preços
forem competitivos, o novo compacto vai dar trabalho à concorrência.
Ficha Técnica
Motor:
A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.496 cm³, quatro
cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro e duplo comando no
cabeçote. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: Não Informado.
Aceleração 0-100 km/h: NI.
Velocidade máxima: NI.
Torque máximo: NI.
Diâmetro e curso: NI. Taxa de compressão: NI.
Suspensão:
Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores,
amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com rodas
semi-independentes, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos
hidráulicos e barra estabilizadora. Não oferece controle eletrônico de
estabilidade.
Pneus: 175/65 R14.
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás.
carroceria:
Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,26 metros de
comprimento, 1,69 m de largura, 1,51 m de altura e 2,55 m de distância
entre-eixos. Oferece airbags frontais. Hatch em monobloco com quatro
portas e cinco lugares. Com 3,78 m de comprimento, 1,69 m de largura e
2,46 m de entre-eixos.
Peso: 890 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 595 litros. Hatch: 263 litros.
Tanque de combustível: 45 litros.
Produção: Bidadi, Índia.
Lançamento mundial: 2010
Lançamento no Brasil: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção
hidráulica, travamento das portas por controle remoto, rodas de
liga-leve de 16 polegadas. Opcionais: Airbags frontais, freios ABS,
sistema de som rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth/Aux, apoio de cabeça central
traseiro, alarme perimétrico, vidros traseiros elétricos, bancos em
couro.
Preço: NI.
Por Auto Press
Fonte: NoticiasAutomotivas
Embora produza no Brasil desde 1959, em relação a carros de passeio, a Toyota
é uma “newcomers” – até o início da década de 1990, só oferecia por
aqui no jipe Bandeirante. Apenas em 1998, passou a produzir no Brasil o
sedã médio Corolla em Indaiatuba – atualmente importa a picape Hilux e o utilitário esportivo SW4, o sedã grande Camry e o SUV Rav4.
Ou
seja, está fora do segmento de compactos, que concentra 62% das vendas
nacionais. Isso explica a baixa participação de 2,7% no mercado nacional
– pouco para quem briga pela liderança global de vendas. Para ajudar a
reverter esse quadro, não apenas no Brasil, mas em outros mercado
emergentes como Índia, África e Oriente Médio, a Toyota japonesa criou o Etios, linha de compactos lançada no fim de 2010 na Índia e que chega ao Brasil no segundo semestre.
A versão brasileira do compacto da Toyota
ainda é cercada de incertezas. Apesar de ter apresentado o Etios no
Japão para duas dúzias de jornalistas brasileiros, a marca não revelou
torque ou potência dos motores bicombustíveis de 1.3 e 1.5 litro, ambos
com quatro cilindros e 16 válvulas e duplo comando no cabeçote, que irão
mover as versões hatch e sedã – que terá somente a opção mais forte.
Sabe-se apenas que a potência é superior à do modelo indiano – que tem uma
versão 1.5 a gasolina de apenas 90 cv. A empresa alega razões
estratégicas. “As marcas tradicionais no Brasil e também a Hyundai,
que lançará esse ano um modelo no mesmo segmento, adorariam ter essa
informação”, alfineta Akio Nishimura, o engenheiro chefe responsável
pelo desenvolvimento do compacto.
A versão hatch do compacto tem
3,78 metros de comprimento e entre-eixos de 2,46 metros, enquanto o sedã
4,26 metros de comprimento e entre-eixos de 2,55 m. Ambos têm 1,69 de
largura e 1,51 m de altura. O peso também não foi fornecido, mas os
engenheiros da Toyota asseguram que o hatch é “100 kg mais leve que o Gol” – Teria, então, menos de 900 kg.
Segundo o engenheiro Nishimura, as diferenças do Etios “made in Brazil” em
relação ao produzido na Índia – atualmente o único fabricado – são
pontuais, mas importantes. São ajustes como desenho da grade, das
calotas e a inclusão de um pequeno aerofólio na versão hatch, além de
revestimentos diferentes e apoios de cabeça não integrados ao banco. O
amortecimento brasileiro também é ligeiramente mais rígido.
A Toyota quer se apoiar na boa imagem do Corolla
no Brasil ao lançar o Etios – 62% dos consumidores pretendem se manter
na marca, mas muitos se queixam que a marca não tem um produto de
entrada – um carro para o filho, por exemplo. Atrair consumidores mais jovens é uma função fundamental do Etios.
Mas isso em um nível melhor que o de modelos com motorização 1.0 – algo que
consumidores emergentes veem como um “resquício” dos tempos de pobreza.
O Etios ambiciona o mesmo público de diversos modelos recentemente
lançados no Brasil, como Nissan March e Versa e Chevrolet Cobalt. É o que os profissionais de marketing gostam de chamar, com brilho nos olhos, de “nova classe média”.
Para unir preço e produto, o objetivo na produção é cortar custos. O que se
evidencia nos acabamentos e revestimentos. O limpador do parabrisa tem
uma única peça. Haverá versões com rodas de aço e calotas. ABS e airbags
frontais são de série em todas as versões, mas os freios traseiros são a tambor.
O alarme é de série, mas os ajustes elétricos dos retrovisores não estava disponível em nenhuma das versões avaliadas – e a Toyota
não confirma se haverá esse opcional. O consumo, segundo a marca, será
condizente com a condição do modelo e deverá ficar com o nivel A no
teste do InMetro. A marca fala em 9,5 km/l com etanol em trecho urbano,
para o motor 1.3.
O Etios impressiona melhor ao vivo que em fotos.
E as alterações estilísticas promovidas para o Brasil o tornaram mais
simpático que o indiano. A grade ficou mais moderna e tem traços
ascendentes para a parte externa em forma de U, formando uma espécie de
“sorriso”.
O capô tem dois frisos retos – as chamadas “linhas de caráter” – que saem
da grade e reforçam o aspecto dinâmico da frente. Os detalhes de
aspecto aerodinâmico aparecem também nas laterais e na traseira. A
traseira do hatch tem um aspecto bem mais jovial enquanto o sedã traz um
largo friso cromado horizontal, similar ao Cobalt. Os conjuntos óticos traseiros têm aspecto moderno, com três elementos diferenciados em cada um.
A Toyota não faz previsões para o mix de mercado entre hatch e sedã. Mas aponta
que, entre os compactos, hatches habitualmente respondem por 60% ou 70%
das vendas. Como a fábrica é nova e bem versátil, a marca garante que
dará conta de atender à demanda.
A expectativa é, no primeiro ano, atingir a média de 6 mil unidades
mensais, na soma das duas versões. A fabricante aponta como concorrentes
Nissan March, Volkswagen Gol e Fiat Palio e os sedã Volkswagen Voyage e Fiat Siena. Mas Renault Logan e Sandero,
Ford Fiesta, Fiat Uno e até os futuros Hyundai HB e Chevrolet Ônix também podem se sentir convidados para essa briga.
Primeiras impressões - Consistência dinâmica
Gamagori/Japão
– Logo ao entrar no Etios, chama a atenção o posicionamento inusual dos
mostradores de instrumentos. Centralizados, eles se situam no meio do
tablier, alinhado ao console. Ou seja, na frente do volante não existe nada.
Velocímetro e conta-giros ficam em um nicho central. Abaixo
deles, na mesma área, fica uma tela de LCD. Pequena e um tanto afundada,
não facilita muito a visualização de informaçãos de hodômetro,
autonomia e nível de combustível.
Mais abaixo, ficam as entradas de ar redondas e o rádio CD-player, que
parece um pouco hipertorfiado no painel e com estilo meio anacrônico. E
seu revestimento também não aparenta qualidade – a tampa da entrada USB
parece um tanto frágil.
Os modelos eram de pré-serie – foram
montados dois sedãs e dois hatches no Japão, com peças brasileiras. Em
termos de acabamento, pelo própria proposta do modelo, não se esperava
nada demais. E foi exatamente isso que o Etios mostrou.
É compreensível que modelos pré-série não tenham a qualidade de
acabamento dos modelos de produção, mas o Etios não esconde que vem
mesmo para brigar com os veículos da base do mercado de compactos. Ou
seja, nada sofisticados ou muito esmerado.
Os destaques positivos são o volante, bem acolchoado e de boa pegada, e a alavanca de câmbio –
exatamente os locais onde o motorista mais interage. O espaço interno do
Etios é excelente para quatro adultos e até cinco podem ser
transportados em viagens curtas sem grandes traumas. O porta-malas do
sedã comporta 595 litros de bagagem e o hatch fica em 263 litros. Há
ainda sete porta-objetos a bordo e um porta-luvas de 13 litros com ventilação.
De resto, os plásticos e tecidos do habitáculo dos modelos avaliados eram
de aspecto extremamente simples. Já a forração do teto ficava aquém e
aparentava indisfarçável falta de qualidade. Há chance que tais
revestimentos sejam aprimorados nas unidades que sairão da fábrica em
Sorocaba.
O porta-luvas é até grandinho e possui um duto do
ar-condicionado para refrigerar o conteúdo, mas tem o acesso prejudicado
pelo desenho da própria tampa, que se projeta sobre as pernas do
passageiro. O padrão espartano, que dá direito a parafusos aparentes e
rebarbas no acabamento, não deve mudar tanto. A ideia é ter um produto
que efetivamente possa competir em preços com os rivais brasileiros.
Desse vez, a Toyota quer brigar pelo “filé” do mercado nacional.
Mas aparência não é tudo em um automóvel. Em movimento, o Etios não tarda a
mostrar seus atributos. A visibilidade frontal é bastante boa, assim
como a retrovisão. A aceleração é suave, sem vacilações, com ambos os
motores. A versão 1.5 permite até uma tocada esportiva.
A potência e o torque máximos só aparecem em giros elevados, próximo às 4 mil
rotações, mas mesmo antes disso o motor já está acordado. O câmbio é
correto e tem bons engates. A suspensão é um dos pontos altos do modelo,
muito bem acertada. O hatch revela um equilíbrio ligeiramente melhor nas curvas.
O volante é bem direto, tem bom jogo e facilita as manobras. Nas
frenagens bruscas, ambos os modelos estiveram igualmente comportados e
preservaram as trajetórias sem “rebolar”, com o eficiente e providencial
auxílio de ABS e EBD. Todos esses pequenos detalhes ajudam a dar ao
motorista uma sensação de consistência acima da média para o segmento de
compactos.
Embora o marketing da Toyota ressalte que o carro
é silencioso, os modelos avaliados exibiram níveis de ruído normais
para um compacto de entrada – normalmente mal isolados acusticamente. Se
os Etios de série solucionarem os problemas de acabamento e os preços
forem competitivos, o novo compacto vai dar trabalho à concorrência.
Ficha Técnica
Motor:
A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.496 cm³, quatro
cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro e duplo comando no
cabeçote. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: Não Informado.
Aceleração 0-100 km/h: NI.
Velocidade máxima: NI.
Torque máximo: NI.
Diâmetro e curso: NI. Taxa de compressão: NI.
Suspensão:
Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores,
amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com rodas
semi-independentes, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos
hidráulicos e barra estabilizadora. Não oferece controle eletrônico de
estabilidade.
Pneus: 175/65 R14.
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás.
carroceria:
Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,26 metros de
comprimento, 1,69 m de largura, 1,51 m de altura e 2,55 m de distância
entre-eixos. Oferece airbags frontais. Hatch em monobloco com quatro
portas e cinco lugares. Com 3,78 m de comprimento, 1,69 m de largura e
2,46 m de entre-eixos.
Peso: 890 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 595 litros. Hatch: 263 litros.
Tanque de combustível: 45 litros.
Produção: Bidadi, Índia.
Lançamento mundial: 2010
Lançamento no Brasil: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção
hidráulica, travamento das portas por controle remoto, rodas de
liga-leve de 16 polegadas. Opcionais: Airbags frontais, freios ABS,
sistema de som rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth/Aux, apoio de cabeça central
traseiro, alarme perimétrico, vidros traseiros elétricos, bancos em
couro.
Preço: NI.
Por Auto Press
Fonte: NoticiasAutomotivas