Citroën DS4: Impressões ao dirigir o cupê elevado dos franceses (64 fotos oficiais)
26/02/2013
Por: Ricardo de Oliveira |
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O Citroën DS4 chegou como uma nova proposta de estilo para o segmento de cupês. De tamanho médio, o modelo francês entra para o segmento Premium e tem preço sugerido de R$ 99.900. Intermediário entre DS3 e DS5, ele também completa a linha DS no Brasil, que a partir de agora vai focar suas atenções nos clientes no pós-venda com programas de fidelização.
Bom, já apresentado ontem, então vamos falar de nossas impressões ao dirigir o Citroën DS4 e alguns de seus detalhes. Visualmente, ele é o mais interessante da linha DS. O formato musculoso e robusto parece querer enfrentar mais do simplesmente o asfalto. A impressão é devida ao perfil alto do modelo, que mesmo assim não é nem minivan e muito menos um crossover. No entanto, não seria difícil imaginá-lo com suspensão mais robusta, pneus de uso misto e protetores plásticos.
Ele poderia ser assim, mas também pode adotar um visual mais esportivo. No entanto, essa não é a proposta dele no Brasil, onde o luxo é o principal argumento de vendas, junto com o estilo. O DS4R europeu, que tem 200 cv no 1.6 Turbo e pacote aerodinâmico, não virá. Assim, o Citroën DS4 chega para ser um meio termo entre os dois irmãos, oferecendo bom desempenho e luxo.
O chamado “cupê elevado” da Citroën também chama atenção pelas bordas cromadas das janelas, sendo que a porta traseira possui maçaneta integrada à coluna C. Dessa forma, a ausência de puxador na lateral da porta cria a impressão de um modelo duas portas, reforçando a idéia de um cupê grande. Faróis e lanternas com LEDs dão um charme a mais no visual do Citroën DS4, que ainda possui rodas aro 18 de desenho esportivo.
Esportividade nas alturasPor dentro, o visual é atraente. O painel possui cluster com três mostradores circulares, sendo análogo-digitais. Conta-giros e os medidores auxiliares possuem boa visualização, cuja iluminação pode ser mudada de azul para branca. No entanto, o velocímetro ao centro possui iluminação fraca, sendo difícil a visualização em alguns momentos, especialmente com muita claridade ambiente. A regulagem de intensidade de luz chega a fazer o grafismo sumir! A cor azul parece melhor durante a noite, enquanto a branca durante o dia. Há opção de visor digital de velocidade no centro do instrumento, o que ajuda bastante.
O volante multifuncional segue a característica própria da Citroën de introduzir muitos comandos remotos, embora você não vá ver isso no DS3, muito mais simples e voltado quase completamente para a esportividade, dispensando “luxos” em prol de um visual mais divertido. Tem boa empunhadura e visual moderno. O console possui excelentes comandos de climatização e sistema multimídia com navegador e MyWay com mapas do Brasil.
O ambiente interno possui uma mescla de materiais e tonalidades, dependendo da cor da carroceria. Aliás, são quatro opções de cores externas e três configurações internas. O painel superior é emborrachado, mas as portas possuem plástico duro de mesma textura. Há também protetores de borracha nas laterais do console, que minimizam eventuais pancadas das pernas dos ocupantes.
Os bancos são envolventes e, apesar de não ter regulagens elétricas de posicionamento, possuem (os dois mesmo) massagem lombar eletrônica, que é do tipo inflado, proporcionando maior conforto e descanso para o corpo. Além das regulagens elétricas, o Citroën DS4 também dispensou entrada/partida sem chave. Poderia ter também uma cobertura retrátil para o porta-copos. De resto, não sentimos falta de outros itens. Pelo até a Avaliação NA.
Teto e colunas são pretos, o que ajuda a dar mais impressão de esportividade ao ambiente, contrastando exatamente com o para-brisa Zênite, que possui dois para-sóis retráteis. Há também luzes de leitura individuais na frente e atrás. Teto solar ou panorâmico? Não. Bem completo, o Citroën DS4 ainda possui ar condicionado dual zone, múltiplos airbags, TCS, ESP, alerta de pontos-cegos, entre outros.
O espaço para condutor e passageiro dianteiro é bom. O motorista tem vários comandos à mão e não precisa se queixar da falta de regulagem elétrica, já que a massagem eletrônica será muito mais útil no dia a dia, especialmente em grandes centros, onde se perde horas no trânsito. É sentar e relaxar. Por ser um “cupê elevado”, o condutor tem posição alta.
Nesse caso, pessoas de estatura alta precisam baixar o banco até o fim e ainda assim vão sentir como se estivessem na regulagem mais alta. Mas é questão de costume. Não é uma minivan, mas tem também uma prática gaveta sob o assento, bom para esconder objetos pessoais. Falando nisso, também possui porta-luvas de minivan, espaçoso e bem iluminado.
Atrás, o espaço é mais comedido. Um motorista de 1,75 m permite que um passageiro de 1,89 m sente atrás com os joelhos quase encostados no corpo do assento dianteiro. Como cupê mais alto, a altura interna traseira é boa, não permitindo encostar a cabeça, apesar da menor área envidraçada nas laterais e o teto preto deixar o ambiente mais “apertado” visualmente. O porta-malas tem excelentes 359 litros.
Dirigindo o cupê elevadoO Citroën DS4, assim como seus irmãos, possui o motor 1.6 THP com 165 cv e 24,5 kgfm. O torque aparece logo aos 1.400 rpm, proporcionando melhor dirigibilidade e prazer ao volante, especialmente quando se pisa mais forte. Ele ainda a função overboost, que dá força extra quando exigido ao máximo. A transmissão automática de seis marchas está bem acertada com o motor, produzindo um excelente conjunto. Em relação ao pequeno DS3, o peso dos músculos do DS4 é mais facilmente notado.
Mesmo assim, a condução é prazerosa. As respostas são rápidas, mesmo na função Drive, comum no dia a dia. Com a função Sport, a rotação sobe mais rapidamente, assim como o ânimo também, produzindo bons resultados. A Citroën fala em máxima de 212 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos.
Com boas retomadas, o Citroën DS4 também é muito estável, apesar de sua altura pouco comum para um esportivo Premium, tendo 1,53 m. A boa calibragem da suspensão garante também conforto, mesmo com alguns defeitos do asfalto brasileiro. Os pneus 225/45 R18 ajudam muito na tarefa de manter o modelo estável, da mesma forma que os vários dispositivos eletrônicos de segurança. Os freios também agem de forma segura, não produzindo surpresas ou características fora do normal.
O ruído interno é aceitável e o ronco do motor é ouvido mais em rotações acima dos 3.000 rpm, que é quando realmente potência e torque começam a trabalhar melhor, produzindo bons arranques ao acionamento do acelerador. A visibilidade frontal é excelente, ainda mais com o Zênite. Semáforos mal posicionados e placas de sinalização ficam mais fáceis de serem visualizados. Nas laterais, o alerta de pontos-cegos ajuda bastante no trânsito urbano, além dos grandes retrovisores.
Enfim, o Citroën DS4 se mostrou um carro prazeroso para dirigir, tanto na estrada quanto na cidade, com e sem trânsito carregado. Bastante completo e sem opcionais, o modelo tem bom apelo emocional. O preço é alto, o que não é novidade quando falamos de Brasil. Infelizmente essa é a nossa realidade. Para quem quer algo diferente dos Premium já conhecidos, o cupê elevado de Paris é uma excelente opção para sair do lugar comum.
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Evento a convite da Citroën. COMENTÁRIOS: Um vendedor de uma das concessionárias daqui, que é colega, me ligou hoje avisando que já estão com o modelo para test drive e que partir da semana que vem, já vão estar com ao menos 15 carros para pronta entrega, fora uma quantidade igual de modelos já vendidos. Entre os a pronta entrega, vermelho com interior na mesma cor e idem para o branco.