Lembro dessa série, era bem bacana mesmo e se não me engano foi um dos primeiros Renaults com o motor 1.6 16v no Brasil.
O carro em si é bom: tem bom desempenho, é estável, confortável, espaço interno razoável, o consumo era bom e nesse face-lift ele tinha ficado interessante de visual. Sobre a confiabilidade, ele não era problemático. Tinha os mesmos galhinhos que o resto da linha Renault da época e em especial os da Scènic - que era a irmã maior dele. Então coisas como bobinas, sensor de rotação, coxins e imobilizador são coisas a ter em mente tanto ao estudar comprar um desses Meganes como ao mantê-lo. Nada de absurdo, embora coisas como imobilizador e bobinas possam ter um custo alto de conserto (no caso das bobinas hoje em dia o preço baixou bem e as novas não apresentam mais problemas). Nessa idade é praticamente certo que o dono anterior já teve que arrumar esses itens, então se o serviço foi bem feito e for mais recente é provável que pelo menos nisso você ficará tranquilo por um bom tempo.
Boa parte das peças - inclusive de acabamento e suspensão - são compartilhadas com a Scènic, então achar elas não deve ser um problema e os preços vão girar na média do que são os preços de um hatch médio atual. No motor e câmbio quase tudo é compartilhado entre todos os Renaults com esse motor, tirando os modelos mais recentes que na parte do câmbio possuem várias diferenças. Como são muitos Renault com esse motor, nada de problemas para achar peças e os preços são hoje nada longe da média do segmento. Muitas oficinas e mecânicos já se habituaram com essa mecânica também. Talvez agora que ele saiu de linha há uns 5 anos pode ser que peças de lataria e faróis/lanternas comecem a ficar mais difíceis de achar e mais caras também, mas deve dar para manter ele sem muitas dificuldades com ele por um bom tempo ainda.
Esse modelo ficou em linha na Argentina por muito tempo e fez muito sucesso lá. Quando o Megane II foi lançado, ainda teve produção por uns anos desse modelo antigo na Argentina. A desvalorização dele no Brasil é mais por poucas vendas do que por qualquer outra coisa, ele é BEM menos problemático que o próprio sucessor dele por exemplo. Para você que vai comprar usado já com vários anos, isso vai te baratear a compra. Talvez seja difícil vender depois, mas não deve perder mais dinheiro do que perderia com outros carros se for levar em conta o menor preço de compra. Só vira um problema sério caso aí na sua região não dê para achar ninguém ou nenhum lugar que o compraria - em SP não era um carro nada fácil de vender mas longe de ser daqueles que não se acha ninguém que queira. E não é todo Renault que desvaloriza muito também.
Não esqueça de verificar se as correias foram trocadas, tanto pela idade como pelo grande potencial de danos que tem não fazer isso nesse motor, e também se o óleo usado nas trocas foi o correto (5W40, 10W40 ou no máximo o aceitável seria 15W40).
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