AutoUniverso
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

Mercado externo se fecha para as montadoras

2 participantes

Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 1]

KÜLL



Alexandre Inacio e Marli Olmos, de São Paulo
17/08/2010


Nenhum dos quatro maiores exportadoras de veículos do país demonstra empolgação com o recente crescimento, de 78%, nas exportações de veículos.

O crescimento acelerado, a dois dígitos, da exportação de tratores, máquinas agrícolas e carros esconde uma fraqueza: a indústria brasileira já não é tão competitiva quanto antes. Nas vendas de máquinas agrícolas, o Brasil perdeu a exclusividade no abastecimento dos países da região e agora disputa mercados com produtos vindos da Índia, México e Turquia. Se não fossem os consumidores argentinos, as exportações de veículos brasileiros seriam quase nulas.

"Nos últimos dois anos, apareceram fontes mais competitivas que o Brasil e já percebemos uma migração dos importadores para elas. Na América do Sul o volume ainda não é representativo, mas é uma tendência no médio e longo prazo que precisa ser mais bem estudada", afirma Fábio Piltcher, diretor da americana AGCO, líder nas exportações do país e dona das marcas Massey Ferguson e Valtra. Em recente entrevista ao Valor, André Carioba, vice-presidente sênior da AGCO para a América do Sul, disse que a empresa já havia importado tratores da Índia e que adotaria a mesma estratégia para outros países.

Já o setor automotivo depende dos mercados vizinhos, cujo abastecimento a partir do Brasil faz parte da estratégia das montadoras. Quando a concorrência sai do bloco dominado por essas multinacionais, o quadro muda. Além da valorização do real, a indústria instalada no Brasil passou a se dedicar com força aos carros mais populares. Esses modelos não atendem os mercados mais exigentes. E, no caso dos emergentes, o produto brasileiro enfrenta cada vez mais a concorrência de antigos produtores, como a Coreia, e de novos, como a China.

Nenhum dos quatro maiores exportadoras de veículos do país - Volkswagen, General Motors, Ford e Fiat - demonstra empolgação com o recente crescimento, de 78%, nas exportações de veículos. "Se pegarmos a série histórica e eliminarmos 2009, que reflete a crise, perceberemos que a projeção da indústria para 2010, de chegar a 620 mil unidades, mantém a tendência de queda", afirma o diretor de assuntos institucionais da Ford, Rogelio Golfarb. A fatia das exportações na produção de veículos no Brasil caiu de 35% em 2005 para 18,3% este ano.

A filial brasileira da GM, que chegou a vender veículos para 40 países, hoje fornece para meia dúzia: Argentina, Uruguai, Chile, México, África do Sul e Paraguai.


FONTE: http://valoronline.com.br/?impresso/empresas/95/6437747/mercado-externo-se-fecha-para--as-montadoras

COMENTÁRIOS: É uma verdade incontestável que o câmbio influencia isso, mas também é verdade que: (a) em termos de automóveis, as linhas brasileiras estão defasadas, o que prejudica as exportações; (b) que o investimento aqui JÁ FOI CARO, mas que com os benefícios, tipo juros subsidiados, concedidos pelo BNDES colocaram os custos de investimentos nos mesmos patamares, ou em patamares ainda menores do que lá fora; (c) temos o problema dos impostos, devolução em especial, algo que o governo faz corpo mole para não resolver, MAS a tal da escala, em tempos de redução de custos, NUNCA chega no Brasil, ocorrência para lá de suspeita. E AS MONTADORAS GANHANDO RIOS DE DINHEIRO POR AQUI, AINDA ASSIM. NÃO ENGULO.

Fabiano

Fabiano

Deixa entrar o limitador de velocidade, ou produtor de tartarugas pra ver o que vai acontecer....

http://www.oticainova.com.br

Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 1]

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos