GM anuncia 1ª mulher a comandar fabricante global de automóveis
Comente
Ben Klayman
Em Detroit (EUA), com Redação
10/12/201316h21 > Atualizada 10/12/201318h08
Comunicar erro Imprimir
- Mike Cassese/Reuters
Mary Barra, futura chefona da GM mundial, fala em evento em Detroit, sede da empresa
A General Motors informou nesta terça-feira (10) que o presidente-executivo Dan Akerson deixará o cargo em janeiro de 2014 e será substituído por Mary Barra, chefe global de desenvolvimento de produtos da empresa e primeira mulher a liderar uma montadora global.
AS MULHERES DA GM
Denise Johnson ficou oito meses na GM Brasil, entre 2010 e 2011; ela deixou a empresa
Grace Lieblein (dir.), americana e ex-presidente da GM Brasil, e Isela Costantini, brasileira e chefe da GM Argentina
Um dia após o Tesouro dos Estados Unidos revelar que havia vendido a última fatia que mantinha na empresa, a GM disse em comunicado que Akerson, que também é presidente do conselho, deixará a empresa em 15 de janeiro, antecipando em vários meses sua planejada saída. A mulher de Akerson foi recentemente diagnosticada com um câncer em estágio avançado.
Mary, 51 anos, atual vice-presidente executiva global para desenvolvimento de produtos, compra e cadeia de suprimentos, foi eleita pelo conselho da empresa como a nova presidente-executiva e irá se tornar diretora. Theodore Solso, 66 anos, irá suceder Akerson, 65, como presidente do conselho.
A seção brasileira da GM teve, recentemente, duas mulheres ocupando a presidência em sucessão: as americanas Denise Johnson (hoje na Caterpillar) e Grace Lieblein (que antes foi presidente da GM mexicana, e que continua no grupo). O presidente atual da GM Brasil é o colombiano Santiago Chamorro.
MISSÃO CUMPRIDA "Vou sair com grande satisfação em relação ao que realizamos, com grande otimismo sobre o que está à nossa frente e com grande orgulho da restauração da General Motors como porta-estandarte da América na indústria automobilística mundial", disse Akerson numa mensagem aos funcionários.
"Meus objetivos como presidente-executivo foram colocar o cliente no centro de cada decisão que tomamos, posicionar a GM para o sucesso no longo prazo e fazer da companhia uma empresa da qual os EUA podem se orgulhar de novo", acrescentou. "Estamos indo bem por esse caminho, e tenho certeza de que a nossa nova equipe irá seguir nessa direção."
Alguns funcionários e analistas da GM disseram que Akerson deu impulso à candidatura de Mary em setembro, quando disse que era "inevitável" que uma mulher comandasse uma das montadoras norte-americanas. A GM tem várias executivas no alto escalão administrativo, assim como quatro mulheres no conselho.
CURRÍCULO Com 33 anos de experiência na GM, Mary galgou degraus nas áreas de manufatura, engenharia e em posições sêniores, e atualmente é responsável pela redução do número de plataformas usadas pela GM para fabricar seus veículos. Uma fonte próxima a Akerson, que pediu para não ser identificada, disse que o presidente-executivo valorizava Mary por "trazer ordem ao caos" no processo de desenvolvimento do produto.
"Com um portfólio impressionante de carros e utilitários e o mais forte desempenho financeiro da nossa história recente, este é um momento emocionante para a GM", disse Mary num comunicado da empresa. "Estou honrada em liderar a melhor equipe que há no negócio, e manter nosso ímpeto a toda velocidade".
COMENTÁRIOS: Tá, mas o que interessa é o que a marca vai fazer aqui, pois seus motores são um desastre de velhos; determinados modelos, como Cobalt e Spin, para mim, igualmente horrorosos. E ainda tem o caso de não fazer determinados modelos aqui, tipo o Tracker, ou provavelmente deixar de fazer outros aqui, tipo o Cruze, quando o grande mercado da América Latina, é aqui.