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Modelo será fabricado pela Chevrolet no Rio Grande do Sul e deve substituir o Celta
Texto: Gustavo Henrique Ruffo
Fotos: Divulgação
(19-08-09) - A GM anunciou hoje o lançamento do Daewoo Matiz, um carrinho de 3,60 m de comprimento, 1,52 m de altura, 1,60 m de largura e 2,38 m de entreeixos. Para o consumidor brasileiro desatento, isso e nada é a mesma coisa. Para os leitores do WebMotors, isso faz toda a diferença: nasceu o primeiro carro de um projeto que, no Brasil, se chama Ônix. Por aqui, ele dará origem a um novo Chevrolet de entrada e a um sedã pequeno, ambos provavelmente muito parecidos com o Matiz. Fabricado em Gravataí, esse carro tende a aposentar o Celta e o Prisma, ainda que a GM, por questões comerciais, sempre vá negar que um de seus veículos possa sair de linha.
Se a questão temporal for levada em conta, até podemos dar alguma razão à montadora. A previsão de lançamento deste carro no Brasil é 2012, o que é lamentável do ponto de vista de atualidade. Assim como o Fiat Bravo, o novo Chevrolet, que por aqui deve se chamar Spark, já chegará velho ao mercado. Além do Matiz, o Chevrolet Spark deve ser apresentado no Salão de Frankfurt deste ano. Em outras palavras, quando o brasileiro puder comprá-lo, ele já terá três anos de mercado em outras praças.
Com apenas 910 kg de peso em ordem de marcha e motor 1-litro (995 cm³) de quatro cilindros, 70 cv a 6.400 rpm e 92 Nm a 4.800 rpm, o Matiz promete uma economia de combustível de 17 km/l. Seu motor, inteiramente novo e chamado de S-TEC II, tem 16 válvulas e variador de abertura de válvulas, o que o torna mais eficiente. Ele bem que poderia ser candidato a ser um dos motores produzidos na nova fábrica de motores da GM em Joinville, mas, assim como querer o carro por aqui no ano que vem, isso pode ser querer demais da GM do Brasil.
Todas as versões do carro vêm com câmbio automático de quatro marchas. As versões com câmbio manual chegam à Coreia do Sul só no ano que vem.
O Matiz tem três versões: Pop, a básica, por 9,06 milhões de wons (R$ 13,49 mil, ao câmbio de hoje), Jazz, a intermediária, por 9,44 milhões de wons (R$ 14.056) e Groove, a topo de linha, por 10,09 milhões de wons (R$ 15.024). A mais equipada vem com airbags dianteiros, laterais e de cortina, ABS, EBD e pré-tensionadores de cinto. Também vem com para-brisa aquecido (útil em lugares com neve) e outros elementos de conforto e conveniência. Quem sabe em 2012 a GM não consegue vender o carro aqui com o mesmo nível de equipamentos e pelos mesmos preços... Se você não sabe por que o carro brasileiro custa tão caro, dá uma lida na série de reportagens “Lá Fora”.
O desenvolvimento do Matiz levou 27 meses e exigiu o investimento de 295 bilhões de wons (moeda sul-coreana), o que equivale a R$ 440 milhões, ao câmbio de hoje. Depois de lançado na Coreia do Sul, o carro será comercializado também em 150 países, sob emblemas diferentes. O Brasil certamente é um deles, ainda que só em 2012.
FONTE: http://www.webmotors.com.br/wmPublicador/Segredos_Conteudo.vxlpub?hnid=42793
GRIFOS POR MINHA CONTA.
COMENTÁRIOS: Primeiro, reforçando o que eu escrevi no tópico sobre o Bravo: no Brasil, até a lógica mais rasteira não funciona. Se o mercado vai mal, não se investe porque não compensa. Se o mercado vai bem, não se investe porque "não se mexe em time que está ganhando". Infelizmente esta (não-)lógica perversa persiste e ao que parece, no caso da GM, vai continuar pelo menos até 2.012, inclusive porque está escrito com todas as letras valores de desenvolvimento do modelo que mostram que o mesmo não foi tão caro assim, não sendo o mesmo "um carro muito caro para o Brasil", portanto, a demora só se justifica mesmo pela vontade/usura/ganância da montadora em ganhar em cima de produtos velhos, atrasados tecnologicamente em termos de plataforma, motores, acabamento e tecnologia empregada.
Por essas e outras, apesar dos preços abusivos, o time dos partidários das japonesas aqui instaladas só cresce. Pelo menos estas oferecem algo realmente moderno por aqui.
Texto: Gustavo Henrique Ruffo
Fotos: Divulgação
(19-08-09) - A GM anunciou hoje o lançamento do Daewoo Matiz, um carrinho de 3,60 m de comprimento, 1,52 m de altura, 1,60 m de largura e 2,38 m de entreeixos. Para o consumidor brasileiro desatento, isso e nada é a mesma coisa. Para os leitores do WebMotors, isso faz toda a diferença: nasceu o primeiro carro de um projeto que, no Brasil, se chama Ônix. Por aqui, ele dará origem a um novo Chevrolet de entrada e a um sedã pequeno, ambos provavelmente muito parecidos com o Matiz. Fabricado em Gravataí, esse carro tende a aposentar o Celta e o Prisma, ainda que a GM, por questões comerciais, sempre vá negar que um de seus veículos possa sair de linha.
Se a questão temporal for levada em conta, até podemos dar alguma razão à montadora. A previsão de lançamento deste carro no Brasil é 2012, o que é lamentável do ponto de vista de atualidade. Assim como o Fiat Bravo, o novo Chevrolet, que por aqui deve se chamar Spark, já chegará velho ao mercado. Além do Matiz, o Chevrolet Spark deve ser apresentado no Salão de Frankfurt deste ano. Em outras palavras, quando o brasileiro puder comprá-lo, ele já terá três anos de mercado em outras praças.
Com apenas 910 kg de peso em ordem de marcha e motor 1-litro (995 cm³) de quatro cilindros, 70 cv a 6.400 rpm e 92 Nm a 4.800 rpm, o Matiz promete uma economia de combustível de 17 km/l. Seu motor, inteiramente novo e chamado de S-TEC II, tem 16 válvulas e variador de abertura de válvulas, o que o torna mais eficiente. Ele bem que poderia ser candidato a ser um dos motores produzidos na nova fábrica de motores da GM em Joinville, mas, assim como querer o carro por aqui no ano que vem, isso pode ser querer demais da GM do Brasil.
Todas as versões do carro vêm com câmbio automático de quatro marchas. As versões com câmbio manual chegam à Coreia do Sul só no ano que vem.
O Matiz tem três versões: Pop, a básica, por 9,06 milhões de wons (R$ 13,49 mil, ao câmbio de hoje), Jazz, a intermediária, por 9,44 milhões de wons (R$ 14.056) e Groove, a topo de linha, por 10,09 milhões de wons (R$ 15.024). A mais equipada vem com airbags dianteiros, laterais e de cortina, ABS, EBD e pré-tensionadores de cinto. Também vem com para-brisa aquecido (útil em lugares com neve) e outros elementos de conforto e conveniência. Quem sabe em 2012 a GM não consegue vender o carro aqui com o mesmo nível de equipamentos e pelos mesmos preços... Se você não sabe por que o carro brasileiro custa tão caro, dá uma lida na série de reportagens “Lá Fora”.
O desenvolvimento do Matiz levou 27 meses e exigiu o investimento de 295 bilhões de wons (moeda sul-coreana), o que equivale a R$ 440 milhões, ao câmbio de hoje. Depois de lançado na Coreia do Sul, o carro será comercializado também em 150 países, sob emblemas diferentes. O Brasil certamente é um deles, ainda que só em 2012.
FONTE: http://www.webmotors.com.br/wmPublicador/Segredos_Conteudo.vxlpub?hnid=42793
GRIFOS POR MINHA CONTA.
COMENTÁRIOS: Primeiro, reforçando o que eu escrevi no tópico sobre o Bravo: no Brasil, até a lógica mais rasteira não funciona. Se o mercado vai mal, não se investe porque não compensa. Se o mercado vai bem, não se investe porque "não se mexe em time que está ganhando". Infelizmente esta (não-)lógica perversa persiste e ao que parece, no caso da GM, vai continuar pelo menos até 2.012, inclusive porque está escrito com todas as letras valores de desenvolvimento do modelo que mostram que o mesmo não foi tão caro assim, não sendo o mesmo "um carro muito caro para o Brasil", portanto, a demora só se justifica mesmo pela vontade/usura/ganância da montadora em ganhar em cima de produtos velhos, atrasados tecnologicamente em termos de plataforma, motores, acabamento e tecnologia empregada.
Por essas e outras, apesar dos preços abusivos, o time dos partidários das japonesas aqui instaladas só cresce. Pelo menos estas oferecem algo realmente moderno por aqui.
