GM sai da Índia e também fará as malas na África do Sul
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A General Motors está reduzindo sua atuação global. Após retirar a Chevrolet do mercado europeu, onde apenas venderá Camaro, Corvette e alguns modelos da Cadillac, agora a gigante de Detroit está arrumando as malas na Índia. Até o final do ano, a montadora americana deixa de vender veículos no mercado indiano.
Mas, além da Índia, a GM também arruma a bagagem e saí da África do Sul e Cingapura. Só no mercado indiano, sua saída significará gastar US$ 500 milhões para desmantelar suas operações comerciais, cancelando inclusive o projeto de US$ 1 bilhão para a construção de uma família de carros compactos.
A reviravolta faz parte da nova estratégia de reestruturação da GM, que quer concentrar dinheiro apenas em operações rentáveis. O fim das atividades nos três países trará à montadora uma economia de US$ 100 milhões por ano em suas operações globais, que fecharam 2016 com perdas de US$ 800 milhões. Com vendas em baixa e sem possibilidades de disputar um segmento indiano onde a Maruti-Suzuki domina, a empresa decidiu sair.
O site da Chevrolet Índia já anuncia que as vendas continuam até 31 de dezembro de 2017. Páginas dos modelos acima já estão fora do ar. Na África do Sul, o site funciona ainda e lá são vendidos cinco modelos, entre eles a picape Utility, a conhecida Montana nacional, que deve perder esse mercado após a saída da GM.
Na Índia, a GM deve manter a fábrica de Talegaon apenas para exportação e um centro técnico em Bangalore. Na África do Sul, de acordo com o site da GM local, a planta de comerciais leves de Port Elizabeth será assumida pela Isuzu. A Opel deve mudar de representação no país. A GM também vendeu 57,7% de sua parte na operação queniana.
Buscando centrar-se na China, EUA, América Latina e também em serviços de compartilhamento e condução autônoma, a montadora sacrificou sua atuação global. Agora resta saber se a Holden continuará sob o guarda-chuva (cada vez menor) da GM ou se terá um destino semelhante ao de Opel e Vauxhall. Até que não seria estranho a mesma ser encampada pela PSA, dada a sinergia com as marcas anglo-germânicas.
[Fonte: Automotive News]
COMENTÁRIOS: A empresa, que já foi a maior do mundo em tempos idos, depois, foi a maior montadora de carros do mundo, agora, continua a encolher e, no caso do Brasil, onde não lança nada de realmente novo faz tempo, onde seu modelo mais moderno, feito aqui, é um utilitário (S10/Blazer) e onde seu outro destaque em modernidade, o Cruze, é feito (montado?) na Argentina sem que se saiba de fato o que é FEITO LÁ e aqui, em uma fábrica dita moderníssima, só faz motor pé de boi e ainda teve o revés do crash test do Ônix, o futuro também não me parece lá muito brilhante.