o texto:
"O Chevrolet Captiva é um sucesso de público, sempre vendendo muito bem desde a sua chegada ao Brasil, em agosto do ano passado. O modelo serviu para melhorar um pouco a imagem da marca, que estava carente de algo realmente novo e inédito. O impacto do Captiva foi tão grande que ele abafou dois outros modelos de grande sucesso e bastante cobiçados pelo público brasileiro: Hyundai Tucson e Honda CR-V.
Já ouvi que o Captiva é o rival direto do Tucson; também já me disseram que o Captiva é o principal adversário do CR-V. A verdade é que o Chevrolet incomoda tanto os modelos considerados crossovers médios, quanto os utilitários esportivos médios. Veja as vendas:
Chevrolet Captiva
4.795 unidades - 2008 (setembro a dezembro)
5.689 unidades - 2009 (janeiro a maio)
Honda CR-V
7.955 unidades - 2008 (março a dezembro)
6.041 unidades - 2009 (janeiro a maio)
Hyundai Tucson
19.644 unidades - 2008 (janeiro a dezembro)
8.208 unidades - 2009 (janeiro a maio)
Mas o ponto que quero chegar com esse post é o seguinte. Nos últimos meses, tenho recebido algumas reclamações sobre o Captiva. Um internauta vendeu o carro depois de 35 dias com o mesmo. Já um outro proprietário fez um acordo com a GM e devolveu o veículo pouco tempo depois de comprá-lo. Fiquei curioso para saber quais são os defeitos mais comuns do modelo. Resolvi então fazer algumas visitas especiais a concessionárias da marca em Belo Horizonte.
Ao entrar nas oficinas, me deparei com alguns contrastes. Numa delas, pouquissimos Captivas parados nos "boxes". Perguntei ao consultor o que os carros tinham e ele disse que eles estavam lá para a primeira revisão de seis meses (troca de óleo, etc.). Em outra revenda, o mesmo foi dito, mas algo chamou a minha atenção: oito Captivas estavam na mesma oficina, ao mesmo tempo - número que achei alto para uma simples troca de óleo. Conversa vai, conversa vem, começo a saber o que está acontecendo.
Muitos Captivas estão parados esperando peças, que, aparentemente, estão demorando um bocado para chegar. Alguns tiveram problemas com os discos de freio, que empenaram graças às nossas ruas, avenidas e estradas, que insistem em imitar a superfície da Lua. Outros estão com um problema mais grave: a luz da injeção eletrônica se acende no painel do veículo, acusando problemas com o sistema. O defeito parece não ser fatal, já que permite que o carro rode sem dificuldades. Mas ele pode ser a ponta de algo muito pior. Um dos modelos estava com um problema no motor que ninguém sabia o que era e, logo, ninguém sabia resolver. Não me lembro a proporção, mas vi na oficina Captivas V6 e Ecotec.
Fica a impressão que o Captiva não recebeu as adaptações necessárias para rodar nas péssimas condições de piso do Brasil (embora o carro seja um fora-de-estrada) e para receber a nossa gasolina, que contêm 25% de álcool - e que adora ser batizada. A situação pode ser ainda pior. Recebi uma informação, que ainda não pude confirmar, mas que diz que algumas concessionárias da Chevrolet fora do estado de São Paulo estão, literalmente, colocando os Captivas defeituosos numa cegonha e mandando de volta para a sede da GM em SP com o seguinte bilhete: "Toma que o filho é seu. Resolvam os problemas e me mandem os carros de volta".
Deixando a ironia de lado, a situação pode até não parecer grave, já que é natural que qualquer carro tenha seus defeitos - até por isso existe a garantia da fábrica. Mas o que começa pequeno pode crescer muito rápido, se tornando uma grande dor de cabeça. Tenho certeza que a Chevrolet do Brasil já trabalha para conseguir a reposição mais eficiente das peças do modelo e para solucionar os problemas de injeção, fazendo o Captiva voltar ao que ele é: um carro caro, moderno, confortável, muito bonito e beberrão. "
Eduardo, quando um site não deixa copiar o texto, desative no seu browser a execução de scripts java, que são quem bloqueia. O best cars tbém usa scripts pra bloquear a cópia.