[size=52]Toyota C-HR é flagrado rodando no ABC paulista[/size]
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Ricardo de Oliveira
3 Minutos de LeituraO Toyota C-HR foi visto em testes na cidade de São Bernardo do Campo-SP, sendo flagrado pelo leitor Raphael Cervi. O crossover híbrido estava acessando a alça para a avenida Piraporinha, provavelmente se dirigindo para a fábrica da Toyota, que fica muito próximo dali. Parcialmente camuflado, o modelo não se esconde, indicando que tem pretensões maiores do que simplesmente testes.
De acordo com a Toyota, as vendas e a produção do C-HR no Brasil estão descartadas não por conta dos custos, mas por causa do posicionamento do produto, que é considerado como um SUV médio devido ao seu tamanho. O modelo mede 4,36 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,56 m de altura e 2,64 m de entre-eixos.
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O Toyota C-HR é o menor de seu segmento dentro da gama da empresa, ficando abaixo do RAV4, já vendido por aqui. Utilizando a plataforma TNGA, a mesma do Prius, o crossover está fazendo sucesso no exterior, especialmente na Europa, onde as vendas da versão híbrida representam 80% do mix, revelando que a proposta da marca para o modelo está sendo atendida, pois a ideia é mesmo focar no conjunto movido por gasolina e eletricidade.
Com o Prius já presente no país, a ideia não seria diferente. Não há um crossover híbrido com preço competitivo no mercado nacional. O modelo mais em conta, que é um liftback, é o Prius, que sai por R$ 126.600. Mas, apesar da negativa, o C-HR está mais próximo do que nunca. Não é de hoje o desejo da Toyota pela produção de carros híbridos no país. Até mesmo a velha fábrica de São Bernardo do Campo-SP foi cogitada há algum tempo para produção do Prius em baixos volumes.
Há três anos, as vendas do Prius haviam começado oficialmente no Brasil e o híbrido chegou a ter redução de preço por causa de incentivos fiscais. Na ocasião, o projeto de monta-lo no ABC Paulista era de 3.000 unidades por ano. No entanto, só agora em 2017, as vendas do modelo deverão ficar em torno disso. Então, pelo que se vê, a capacidade instalada já seria atingida esse ano. Assim, a planta de Sorocaba se converte como um local mais adequado para futuras expansões.
Com a capacidade elevada de 108 mil para 174 mil unidades por ano, a planta sorocabana não será totalmente ocupada pela produção de Etios, Etios Sedan e nem pelo Yaris, que começa a ser feito lá em 2018. Com alta em torno de 7%, a expectativa de produção para o ano que vem é modesta diante do crescimento do mercado, devendo ser ampliada em cerca de 15 mil unidades.
E o restante? Nas contas, sobram 51 mil unidades, que poderiam ser ocupadas por um ou dois modelos. Outro detalhe que chama atenção é a Toyota ter afirmado que o primeiro híbrido flex não será o Prius. Ou seja, um C-HR Hybrid nacional e flex seria um marco importante no segmento no Brasil e no mundo, sendo o primeiro híbrido flex a circular pelas ruas.
Agradecimentos ao Raphael.
COMENTÁRIOS: Esta é segunda vez em três semanas, mais ou menos, que tal modelo é fotografado rodando em SP. Na primeira, era um modelo prata, dito como sendo o mesmo que estava no Salão de Buenos Aires; agora, este preto. Nos dois casos, não consigo ver algo que evidencie ser mesmo o modelo híbrido. No site Motor1, apareceu uma entrevista com o presidente da empresa no Brasil onde o mesmo deu uma declaração com termos bem fortes relativamente a não vinda do modelo ao nosso mercado. Me pareceu algo bem definitivo. Agora, o mesmo DE NOVO, aparece rodando aqui. Lembro que versão híbrida na Europa usa motor 1.2 turbo. Nos EUA, ao menos por enquanto, NÃO TEM versão híbrida, que em tese, usaria o mesmo conjunto motor 1.8 ciclo Atkinson do Prius.
Primeiro, acho curioso declarações tão carregadas nas tintas, quando a lógica parece indicar exatamente este modelo como sendo o primeiro híbrido flex a aparecer aqui. Segundo, não entendo tais negativas, para qualquer modelo, quando já lançados lá fora e praticamente certos em nosso mercado. Talvez, e realmente um grande, enorme TALVEZ continue pairando sobre este modelo desta marca, mas falo genericamente sobre tais e tantas negativas, quando são modelos praticamente certos em nosso mercado. Por fim, outra "justificativa" para não termos o carro aqui, que para mim não se sustenta, é falarem do posicionamento do carro. Quando querem, um, dois centímetros de comprimento justificam um carro neste ou naquele segmento. Em sendo híbrido, não concorreria com o RAV4, uma vez que não temos a versão híbrida deste por aqui e, em sendo convencional, ao menos no começo viria do México, sem I.I., portanto, com espaço, SIM, para ter preço entre o Corolla mais caro e o RAV4, até porque é outro segmento, outro conceito de carro.
No fim das contas, raciocinando, o que mais me irrita é o "caro demais para o Brasil", porque quando falam de certos modelos, dependendo do momento em que se fala, o fator dólar, nem aparece e neste caso tem aparecido nas declarações dos executivos da Toyota, mas o fato incontestável é que o valor da moeda americana em nosso mercado tem estado comportado tem mais de ano, então, COMO ESTE É UM FATOR LIMITANTE NESTE MOMENTO, QUANDO A MOEDA AMERICANA NÃO PRESSIONA OS CUSTOS NO BRASIL E ESTÁ EM VALOR INCLUSIVE DADO COMO NEUTRO PELA MAIORIA DOS ECONOMISTAS. Despiste? Pode ser. Mas que tipo de despiste: definitivo ou, como tem parecido, "para inglês ver". Se é assim, repito, PARA QUÊ, quando parece o caminho mais do que natural, inclusive por conta da plataforma do modelo, o termos aqui, inclusive dando escala para maior retorno com a mesma?