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Rota (?!) 2.030

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16Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Ter 23 Jan - 11:51

KÜLL




Rota 2030: já nasceu como caixa-preta

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Rota (?!) 2.030 - Página 2 Carro-Micro-e-Macro-2
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O programa de incentivo à indústria automobilística está em discussão em salas fechadas, deixando o público de fora

 
Muito tem sido discutido, nos últimos meses, sobre os erros e acertos do Inovar-Auto — o programa de incentivo à indústria automobilística lançado em 2012 e agora encerrado — e sobre as perspectivas para seu sucessor, o Rota 2030. Entretanto, um aspecto importante parece ter passado despercebido até aqui.
O Inovar-Auto era um verdadeiro cipoal entre decretos e portarias, mas nasceu de um projeto de lei que seguiu todos os trâmites do Poder Legislativo, primeiro, e do Executivo depois. Quaisquer que fossem seus defeitos, não se pode dizer que fosse uma caixa-preta. Baseava-se na lei federal nº 12.712/2012 e tudo o que se fez a respeito foi público, a ponto de haver até um domínio na Internet para qualquer um poder consultar. O Rota 2030, ao contrário, está em discussão em salas fechadas, participando ministérios e empresas e deixando o público de fora.
 
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Enquanto os empresários mantêm a exigência de isenções para — segundo eles — não fechar as portas, esbarramos na mesma tecla: a falta de transparência do setor
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O que se vê até agora, apesar de todos os anúncios de o acordo estar próximo, são propostas de uns e de outros, enquanto terceiros vetam parcialmente as decisões dos outros grupos. Cabe perguntar: onde está a íntegra do texto em debate? Não seria o caso de qualquer cidadão poder consultar e formar sua própria opinião a respeito? Tudo indica que isso será resolvido via canetada do Executivo. Se a coisa for assinada pelo Presidente da República logo depois do Carnaval, como noticiado, não passará pelas vias normais do Congresso como aconteceu com o Inovar-Auto.
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Rota (?!) 2.030 - Página 2 Fabrica-Land-Rover-Brasil-340x226
O Rota 2030 está em discussão em salas fechadas, participando apenas ministérios e empresas (foto ilustrativa da fábrica da Land Rover)
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Até agora, por parte dos empresários, o discurso que vem a público de forma fragmentária não mudou uma vírgula sequer, mantendo a exigência de isenções para — segundo eles — não fechar as portas. As declarações trazem ainda vícios recorrentes na economia brasileira, como refinanciamento ou perdão de dívidas e isenções para que pesquisas sejam feitas na melhoria e modernização dos produtos oferecidos. E aí esbarramos na mesma tecla em que venho batendo desde sempre: a falta de transparência nos números do setor.
Será que os resultados obtidos até hoje por toda a cadeia produtiva dos automóveis justificam o R$ 1,5 bilhão ao ano em renúncia fiscal, solicitados pela indústria e negados pelo Ministério da Fazenda? A penúria por que passa a Federação e, mais notadamente, os estados não deixa dúvidas acerca da inconveniência do pleito.
Ainda sem acesso a fontes primárias, só por ouvir dizer, há pontos que defendemos como deixar de cobrar impostos por cilindrada ou potência, mas de acordo com o dispêndio de energia por quilômetro. Escolheu-se usar megajoules por quilômetro (MJ/km). Isso é mais racional do que acontece na Europa, onde a tributação é determinada por peso de carbono resultante do trabalho executado. Pelo critério europeu um carro elétrico ficaria isento, apesar de sua fonte primária de energia resultar em emissão de óxidos de carbono.
É que não adianta nada em termos energéticos trocar um motor a combustão elaborado por um sistema elétrico tosco, mesmo que por definição motores elétricos sejam mais eficientes. Por mais que eu concorde com isso, não penso que seja um assunto inerente à indústria de automóveis, mas ao marco legal destinado à proteção do ambiente e aos recursos naturais destinados à geração de energia.
 

 

Homogeneização tecnológica

Juntamente com executivos de multinacionais recém-instaladas aqui ao abrigo do Inovar-Auto, que agora pranteiam terem sidos deixados à própria sorte com o fim do programa, há os representantes das usinas que anseiam pelo desenvolvimento de carros somente a álcool. Isso coaduna perfeitamente com a tributação baseada em MJ/km, distinguindo os carros puramente a álcool dos flexíveis, e amplia o mercado para o combustível vegetal, não importando se de primeira ou segunda geração. Partindo do mesmo raciocínio, não se conseguiria distinguir tributariamente os motores Diesel que empregassem o diesel de cana, pois, assim como acontece nos carros flexíveis, o motor funciona teoricamente com um ou outro.
O caleidoscópio de fragmentos de informação dá conta de que não se conseguiu um acordo de homogeneização tecnológica entre o Brasil e seus parceiros comerciais. Isso nos faz antever que parte dos ditames, se forem aprovados internamente, poderão não entrar em vigor por não serem oferecidos em veículos importados — como já acontece com a obrigatoriedade dos controles eletrônicos de tração e de estabilidade, que têm data para tornarem-se obrigatórios no Brasil, mas não no restante do Mercosul.
 
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Primeira sugestão: em vez do índice baseado no valor dos componentes locais, adotar o cômputo da parcela desenvolvida aqui para privilegiar a engenharia nacional
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Mas o governo é mais ambicioso e, neste ponto, com razão. Não faz sentido aprovar um programa para 15 anos sem que ele caminhe a par com os acordos comerciais em âmbito global. Se assim for, cai por terra o “depenamento” recorrente dos veículos que são importados para o Brasil.
Ao ver do colunista, temos mais uma vez uma chance de mudar o jogo a nosso favor, haja vista que, em condições normais de temperatura e pressão, o Brasil possui o quarto maior mercado mundial de automóveis e torna-se impensável simplesmente jogá-lo fora, ou melhor, deixá-lo de presente para a concorrência — pois cada empresa que sair aumentará o mercado para os que permanecerem. Se houvesse a transparência necessária à construção de um programa consistente de desenvolvimento, haveria uma consulta pública. Se houvesse uma consulta pública, todos poderíamos sugerir.
Se nos fosse dado sugerir, minha primeira sugestão seria a de alterar o conceito de índice de nacionalização baseado no valor dos componentes fabricados aqui pelo cômputo da parcela desenvolvida no Brasil, independentemente do país de origem da peça, para que se privilegiasse a engenharia nacional (leia coluna). Minha segunda sugestão seria a de que a tributação se baseasse em um veículo padrão, aplicando-se ágio e deságio nas alíquotas consoante o cumprimento de metas de desempenho, segurança e economia. Estas, por sua vez, seriam um alvo móvel, levando a indústria a competir em qualidade e preço e não pelo poder político em conseguir benesses para o setor.
Finalmente, essa é a grande oportunidade para abrir a caixa-preta da indústria brasileira de automóveis. Bastaria condicionar a participação no programa às que decidirem por abrir seu capital internamente e passarem a, além de publicar balanços e sujeitar-se à nossa padronização das demonstrações contábeis (Lei nº 11.638/2006), permitir que os investidores brasileiros participem de um mercado tão significativo.
Infelizmente, as decisões tomadas por trás dos bastidores indicam que, mais uma vez, seremos tidos como o país das oportunidades perdidas.[/size]

17Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Sex 2 Fev - 17:43

KÜLL



[size=52]Seu Automóvel[/size]










[size=52]Impasse acaba e governo vai aprovar R$ 1,5 bi em incentivo a novos carros

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Acordo entre ministérios foi feito e deve destravar novo marco regulatório da indústria de carros no BrasilImagem: Fernando Donasci/UOL
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Leonardo Felix
Do UOL, em Joinville (SC)
02/02/2018 13h43


Presidente vai dar aval para incentivos a novos projetos, diz ministro do MDIC, destravando "Rota 2030"


O grande impasse do "Rota 2030" -- novo conjunto de regras do setor automotivo nacional, cujos detalhes deveriam ter sido divulgados ainda no segundo semestre de 2017 -- foi enfim resolvido, garantiu a UOL Carros o ministro interino de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Marcos Jorge de Lima.
Em entrevista à reportagem após anúncio da expansão da fábrica de motores da General Motors em Joinville (SC), Lima garantiu que o MDIC e o Ministério da Fazenda chegaram a um acordo para colocar em prática o plano de incentivo a projetos de Pesquisa e Desenvolvimento do programa, com teto de R$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos. Este talvez seja o pilar mais importante do regime que substituirá o "Inovar-Auto".
"Fizemos os cálculos e, com o subsídio, a indústria automotiva será capaz de gerar mais R$ 4 bilhões por ano em tributos além dos cerca de R$ 40 bilhões já arrecadados anualmente, em média", declarou Lima. Ou seja: ao invés de prejuízo, a renúncia deve gerar aumento real de R$ 2,5 bilhões na receita do governo.


Sai em fevereiro, mas prazo é longo

Rota (?!) 2.030 - Página 2 ?dc=5550001577;ord=1517600278827
Segundo o ministro, o programa deve mesmo ser sancionado pelo presidente Michel Temer no final de fevereiro. "Quando houver a publicação [no Diário Oficial da União] os incentivos já estarão valendo", comentou. Não haverá, segundo ele, retroatividade de incentivos (referente ao primeiro mês do ano).
Além dos incentivos fiscais, o "Rota 2030" vai estipular uma série de metas de eficiência energética e segurança. O programa terá duração de 15 anos, sendo dividido em três ciclos de cinco anos cada. Uma análise detalhada do programa pode ser conferida neste link aqui.
No final de 2017, UOL Carros obteve junto a fontes da AEA (Associação Brasileira de Engenharia) a informação de que no primeiro ciclo será estabelecida uma meta de 12% de melhoria em eficiência dos carros de passeio nacionais.
Em outra via, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) divulgou em dezembro de 2017 uma série de resoluções paralelas ao "Rota 2030" que definirão o rumo da indústria. Novos itens de proteção aos ocupantes serão obrigatóriosregulamentação de veículos elétricos e autônomos pode sair até 2020, e digitalização (e universalização) de documentos relacionados está em andamento.
* Viagem a convite da GM do Brasil



Rota (?!) 2.030 - Página 2 General-motors-sc-1517578940921_v2_750x421

Vice-presidente da GM anuncia investimento de R$ 2 bilhões em SC para nova família de motores; autoridades locais e ministro-interino do MDIC participaramImagem: Murilo Góes/UOL


COMENTÁRIOS: Em recente entrevista, este valor, R$ 40 bi em impostos, foi citado pelo representante da BMW justificando algum incentivo. Ultimamente, estou bem contra este tipo de ajuda, mas o argumento do cara, foi convincente.

18Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Dom 4 Fev - 16:28

R8V


Administrador

Qual foi o argumento ?

19Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Seg 5 Fev - 12:00

KÜLL



R8V escreveu:Qual foi o argumento ?

[size=35]NOTÍCIAS[/size]

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Rota (?!) 2.030 - Página 2 X_noticia_26945

Indústria | [size=18]30/01/2018 | 20h0

[size=31]BMW espera regras para definir futuro[/size]

Empresa defende regime especial para produção de baixos volumes

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“Investimos R$ 1 bilhão nos últimos quatro anos e temos uma presença abrangente no Brasil, com fábrica de motos em Manaus (AM) e de automóveis em Araquari (SC), que no ano passado produziu 60% dos carros que vendemos aqui. Mas falta um sinal claro por parte do governo sobre o futuro, ainda não existe a definição de como será o regramento para a indústria nos próximos anos, que estava sendo discutido no Rota 2030, e precisamos dessa previsibilidade para saber que decisões vamos tomar em um negócio que planeja seus produtos com até sete anos de antecedência.” Assim Helder Boavida, presidente do BMW Group no Brasil, apresenta o momento atual da empresa, que em 2014 inaugurou sua fábrica brasileira em Santa Catarina para contornar as restrições às importações impostas pelo Inovar-Auto, encerrado no fim do ano passado sem que fosse colocado em vigor um programa de desenvolvimento setorial para substituí-lo, o Rota 2030, que foi discutido ao longo de 2017 até ser barrado pelo Ministério da Fazenda. 

Hoje a fábrica de Araquari opera com ociosidade superior a 50%, as 14,5 mil unidades produzidas em 2017 para abastecer o mercado brasileiro (10,8 mil emplacamentos) e exportações aos Estados Unidos não preencheram nem a metade da capacidade de 32 mil veículos/ano. Dos seis modelos que já foram feitos lá (Série 1, Série 3, X1, X3, X4 e Mini Countryman), restam agora três, Série 3, X1 e X4, e o contrato de exportação do X1 ao mercado norte-americano terminou no ano passado. Os novos X3 e X2 que estão sendo lançados este ano (leia aqui) virão ao Brasil importados inicialmente, embora sejam candidatos naturais à produção nacional. “Antes de decidir produzir aqui precisamos entender como ficarão as regras para isso”, reforça Boavida. “Não é intenção fechar a unidade, ainda é mais barato fazer aqui do que importar, mas depende do volume”, reconhece. 

“Nós e as outras empresas que fizeram plantas (de carros premium) nos mesmos moldes (Audi, Mercedes-Benz e Jaguar Land Rover) não estão conseguindo lucrar com isso, por isso precisamos de um regime específico para atender o modelo de baixo volume de produção”, defende Boavida. Segundo o executivo, uma das maneiras de aliviar os custos da operação seria a redução de impostos de componentes importados, já que o parque nacional de fornecedores não se interessa em produzir aqui peças de baixa escala para abastecer essas montadoras, que por essa característica trabalham com índices muito pequenos de nacionalização. 

Boavida conta que atualmente a BMW tem exceção tarifária (ex-tarifário) apenas para importação de motores, que pagam alíquota de 2% por certo período. Sobre as demais partes incide imposto de 18%, “o que é elevado”, diz ele, e para importar carrocerias semiacabadas, já soldadas e pintadas, pagam-se os mesmos 35% de um carro importado pronto. 

“Esperamos por um regramento sobre o qual não se tem definição até o momento. A expectativa é que o Rota 2030 trouxesse um período maior de previsibilidade do que o Inovar-Auto, o que é fundamental para decidir sobre o vamos fazer aqui. Sabemos operar das duas maneiras, como importador e fabricante local, precisamos definir como operar”, insiste Boavida. Ele cita o exemplo da África do Sul, que concedeu diversos incentivos ao setor e por isso está se tornando base produtiva do BMW X3, que será exportado de lá para países como a Austrália, “ que decidiu não conceder nenhum benefício e hoje não produz carros, só os importa”. 

Boavida defende a importância dos incentivos concedidos ao setor para preservar os investimentos já feitos. “Fala-se em isenções de pouco mais de R$ 1 bilhão por ano, o que é muito pouco pois o setor dá retorno muito alto [ao governo], de mais de R$ 40 bilhões por ano [em impostos].”
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20Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Sex 9 Fev - 17:57

KÜLL



[size=52]Apesar da promessa, montadoras dizem que sem Rota 2030 investimentos ficam em risco[/size]

57 comentários
Ricardo de Oliveira
3 Minutos de Leitura


Rota (?!) 2.030 - Página 2 2008-produ%C3%A7%C3%A3o-5
São R$ 16,7 bilhões em investimentos até 2022. Esse é o montante que as montadoras pretendem gastar no Brasil nos próximos cinco anos, mas tudo isso dependerá apenas da aprovação do Rota 2030. Apesar da promessa do governo de que até o fim de fevereiro a nova política será anunciada, as montadoras continuam inquietas.
O problema é que o montante acima foi pedido junto às matrizes, em justificativa dos benefícios concedidos pelo governo, através do Inovar-Auto, para que houvesse investimentos em redução no consumo, emissão de poluentes, segurança veicular, engenharia e pesquisa, entre outros. A meta de redução de 12% no consumo, por si só já foi um bom motivo para que as sedes dos fabricantes instalados no país concedessem autorização para injeção de mais dinheiro no Brasil.
Porém, sem um regime automotivo que dê continuidade aos impulsos gerados pelo Inovar-Auto, as montadoras não tem como justificar a manutenção de investimentos ligados aos pontos exigidos anteriormente. Como não haveria mais obrigação com tais metas, simplesmente as matrizes poderiam cortar os gastos no país, pois seriam desnecessários em um mercado onde tudo é liberado.


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A questão toda é a demora na aprovação do Rota 2030. O novo regime automotivo criado pelas montadoras em parceria com o governo – no caso com o MDIC – é de vital importância para que as exigências continuem e que os incentivos fiscais para tais operações sejam mantidos. Isso vale não só para as montadoras, mas também para o setor de autopeças, que necessita de ajuda urgente para acompanhar a evolução da indústria.
Como até agora não foi anunciado, as filiais precisam de jogo de cintura para explicar aos chefes nas matrizes que as regras ainda irão sair. Mas quando? Ninguém sabe. A última promessa do governo veio através do ministro interino Marcos Jorge, que está na pasta do MDIC. Ele afirmou que a Fazenda fez novos cálculos e aprovou incentivos com teto de R$ 1,5 bilhão ao ano para o setor automotivo em troca do cumprimentos de tais regras.
No resultado, o MF verificou que a arrecadação aumentará em R$ 2,5 bilhões ao ano apenas com a concessão desse teto. Em outras palavras, as montadoras ganham R$ 7,5 bilhões em benefícios durante cinco anos, mas o país leve R$ 12,5 bilhões a mais, fora o retorno dos incentivos em impostos gerados com o aumento dos investimentos nas áreas pretendidas. Além disso, o governo também acenou com um pacote de Indústria 4.0 em março, com o objetivo de modernizar o parque industrial brasileiro, o que beneficiará em especial as autopeças.
Rota (?!) 2.030 - Página 2 Linha-de-produ%C3%A7%C3%A3o-GM-Gravata%C3%AD
Apesar disso, nas filiais a preocupação é grande, pois as reuniões de investimentos globais dos fabricantes ocorrem a cada três ou quatro meses. Nesse caso, durante esse período, o atraso no Rota 2030 pode ser administrado e absorvido, mas estendendo-se muito mais, a situação se complica para as empresas instaladas no país, pois existe uma disputa interna por investimentos entre as operações globais de muitas marcas.
Assim, se o Brasil atrasar demais, o dinheiro pode mudar de mão e ir parar na Tailândia, Índia, Rússia, China ou qualquer outro lugar que apresentar mais vantagens. Nesse caso, não há volta para o dinheiro que foi embora. Outro ponto observado pelas montadoras é que as regras do Rota 2030 precisam ser mantidas conforme foram criadas, pois se o regime relaxar nas exigências, parte dos investimentos volta para as matrizes e a evolução dos produtos será bem mais lenta.
[Fonte: Folha]

21Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qua 28 Fev - 11:41

KÜLL



Qua , 28/02/2018 às 06:28

Temer adia de novo anúncio de regime automotivo

Rota (?!) 2.030 - Página 2 Estadao-conteudo-f722ae28dbebc231e17ea8ba2e887c6dc9bf29fde06642decc2f5db51fa0db91 Lu Aiko Otta

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O presidente Michel Temer não cumpriu a promessa de lançar em fevereiro a nova política industrial para o setor automobilístico, batizada de Rota 2030 e não tem um novo prazo para tirar do papel o plano. Nos bastidores, técnicos do governo e executivos das montadoras admitem que o programa precisará ser "enxugado" para superar as resistências da área econômica.

A promessa do Rota 2030 para este mês foi feita pelo presidente a representantes do setor que estiveram com ele em novembro do ano passado. O ministro da Indústria, Marcos Jorge de Lima, também disse, no dia 20 deste mês, que o anúncio do novo programa seria ainda em fevereiro.

A afirmação do ministro se deu durante apresentação das obras de expansão do complexo industrial da Chevrolet, em São Caetano do Sul (SP). No mesmo evento, na presença do ministro, o presidente da General Motors para o Mercosul, Carlos Zalenga, reclamou da lentidão do governo federal para anunciar o Rota 2030. "É fundamental que tenhamos fundamentos para continuar a crescer e investir", disse Zalenga. O executivo afirmou que para a montadora seguir investindo precisa ter condição de saber como será o futuro.

O Rota 2030 foi formulado para substituir o Inovar Auto, um programa de incentivos fiscais para montadoras que se encerrou no dia 31 de dezembro passado. Ele deveria ter sido lançado até o final de 2017, mas o prazo não foi cumprido por um impasse entre os ministérios da Fazenda e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). A divisão entre as duas pastas será arbitrada pelo Palácio do Planalto. No momento, o programa está em análise técnica na Casa Civil.

Burocracia
Num cenário de restrição nas contas públicas, o Rota 2030 empacou na burocracia porque envolve descontos tributários de R$ 1,5 bilhão para gastos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico das montadoras. Na avaliação de alas do governo, é uma concessão elevada demais diante da falta de dinheiro para outros programas federais. Executivos do setor admitem que esse pacote de benefícios terá de ser reduzido ou adiado para que o Rota 2030 saia do impasse. Ainda assim, as discussões têm sido difíceis.

Em defesa do Rota 2030, os executivos das montadoras alegam que os países que têm indústria automobilística têm políticas de estímulo ao setor. A indústria cobra uma definição para poder se planejar.

A indefinição é um problema maior para as montadoras "premium", que investiram pesadamente no Brasil amparadas pela proteção tarifária contra importados estabelecida pelo Inovar Auto. Essa prática, porém, foi condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O Rota 2030 não tem nada semelhante.

O orçamento federal para 2018 não prevê nenhum centavo de incentivo para as montadoras. Quando o Rota 2030 "subiu" para ser decidido no Planalto, a proposta do Mdic já previa que o desconto nos impostos só ocorreria a partir de 2021. A pasta quer dar um desconto de 1 a 2 pontos porcentuais no IPI para as montadoras que, na média, cumpram as metas de segurança veicular, etiquetagem, eficiência energética e gastos mínimos em pesquisa e desenvolvimento.

A proposta da Fazenda é um pouco diferente: prevê que a tabela do IPI volte para os níveis pré-Inovar Auto, com um acréscimo de dois pontos porcentuais. O aumento não será cobrado daquelas montadoras que aderirem a um conjunto de metas que é parecido com o da proposta do MDIC: segurança veicular, etiquetagem e eficiência energética.

Na prática, esse adicional não será cobrado de imediato, pois se acredita que todas as montadoras pedirão para entrar no programa. A partir de 2021, as montadoras que não cumprirem as metas passarão a pagar a alíquota mais alta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

22Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qui 1 Mar - 17:22

KÜLL



[size=52]Março começa sem Rota 2030 e incentivos para carros elétricos[/size]

28 comentários
Ricardo de Oliveira
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Rota (?!) 2.030 - Página 2 Rivian-fabrica
O mês de março começou e com ele, o Brasil já deveria estar com dois programas em vigência, prometidos pelo governo, mas não cumpridos, como muitas coisas nesse país. O setor automotivo teve o novo regime automotivo adiado mais uma vez. O presidente Michel Temer descumpriu a promessa de aprovar até o fim de fevereiro a política do Rota 2030, que as montadoras vem pleiteando desde o ano passado, como forma de regrar o setor e permitir investimentos em longo prazo.
Se antes havia um prazo, agora não há mais. Sem previsão de aprovação, o Rota 2030 começa a ficar cada vez mais distante da realidade, uma vez que já se passaram dois meses em que o Brasil não possui um regime automotivo com metas estabelecidas. O problema nesse momento continua sendo o de sempre, a área econômica. Comenta-se em Brasília que o programa precisa ser “enxugado”, segundo fontes do governo e das montadoras.
A última vez em que se confirmou que o Rota 2030 seria aprovado foi em 20 de fevereiro, quando o ministro interino do MDIC revelou em São Caetano do Sul-SP – durante o anúncio de investimento financeiro da GM na planta do Grande ABC – que Temer aprovaria o novo regime até o final do mês.
Pelo Rota 2030, espera-se desde agosto de 2017, data em que seria anunciado para que legalmente houvesse um período de transição para adaptação tributária e então este entraria em vigor no primeiro dia de 2018. Porém, o regime automotivo foi empurrado para novembro e depois prometido para o fim de fevereiro. Nesse meio tempo, o criticado Inovar-Auto cumpriu sua tabela e sai de cena.
Rota (?!) 2.030 - Página 2 Nissan-leaf-2018-6
O impasse sempre foi entre os dois ministérios envolvidos diretamente em sua elaboração (MDIC) e aprovação técnica (MF). A disputa de força entre as duas pastas gerou atrito interno no governo e Temer teve que apaziguar os lados. O projeto então foi para a Casa Civil e lá permanece em análise.
Enquanto isso, mesmo quando ainda havia a promessa presidencial de aprovação no fim de fevereiro, a indústria mantinha o discurso de sem um regime para o setor, investimentos ficariam ameaçados e até mesmo operações industriais locais poderiam ser fechadas. Bom, agora é esperar para ver se o tom desses discursos se elevará.
Alguns fabricantes dizem que não podem esperar muito, pois precisam justificar investimentos reservados para cá com as matrizes. Outras plantas no exterior estão de olho nisso e querem levar esses montantes. Quem continua a investir, diz que é preciso previsibilidade para definir planos futuros. De um lado, grandes operações se sustentam. De outro, as pequenas reclamam.
Além do Rota 2030, outra promessa não cumprida foi a redução de IPI para carros elétricos, que cairia de 25% para 7% com o objetivo de ajudar a fomentar a tecnologia no país. No fim de janeiro, falou-se que tal redução ocorreria no mês que se encerrou, mas até o momento, 1/4 do preço de um carro elétrico é composto de IPI. Em ano político e com Copa do Mundo, mudanças na lei e vendas de veículos tendem a ser negativas.
[Fonte: Jornal de Brasília]

23Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qui 1 Mar - 17:24

KÜLL



Rota 2030 sofre novo adiamento e segue indefinido
[size=12][size=11]GOVERNO[/size]
PrincipalNotícias[/size]

MAR 01, 2018 em 17:06


Rota (?!) 2.030 - Página 2 Dyogo-fagundes2
POR: DYOGO FAGUNDES, Repórter


Batalha interministerial ainda não foi resolvida e programa corre sério risco de sequer sair do papel


Apesar de negociado há aproximadamente um ano e discutido em mais de 100 reuniões de governo ao longo desse período, o programa Rota 2030 ainda não tem sequer data definida para entrar em vigor. Adiado por diversas ocasiões, o anúncio oficial do novo regime automotivo havia sido prometido pela última vez para o mês de fevereiro, e agora deverá ser novamente discutido apenas em abril. O principal entrave do projeto (uma acirrada disputa interministerial) ainda não está nem perto de ser resolvido, conforme relata o site Automotive Business.

Rota (?!) 2.030 - Página 2 Bmw-x1-araraquari-fabrica
Segundo a publicação, o impasse existente entre os ministérios da Fazenda (contra) e da Indústria (a favor) sobre concessões de benefícios fiscais para o setor está sendo mediado pela Casa Civil, mas não há solução à vista. Caso a questão não seja resolvida, o programa terá se der adiado e poderá, inclusive, não ser implementado neste ano. Na pior das hipóteses, o abacaxi terá de ficar para 2019 e ser solucionado pelo próximo presidente. Há quem aposte ainda que o projeto poderá simplesmente não sair do papel, tendo em vista o histórico de promessas não cumpridas pelo governo.
Diante de tamanha indefinição, a falta do Rota 2030 atrapalha o desenvolvimento da própria indústria automotiva. Filiais brasileiras têm reclamado de dificuldades para justificar investimentos em fábricas, produtos e desenvolvimento de motores no país, especialmente por conta da falta de previsibilidade do governo.
Fonte: Automotive Business

24Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Dom 4 Mar - 16:16

R8V

R8V
Administrador

Assim fica difícil.... ao menos acabou o super ipi.

25Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Ter 6 Mar - 11:42

KÜLL



"NÓS NÃO QUEREMOS ENCERRAR A PRODUÇÃO LOCAL. MAS, PRECISAMOS SABER O QUE O FUTURO NOS TRAZ"

O presidente da Audi do Brasil, Johannes Roscheck, critica o atraso na aprovação do programa Rota 2030 e fala sobre a imprevisibilidade do futuro sem um programa industrial para o setor





por GUILHERME BLANCO MUNIZ, DE GENEBRA (SUÍÇA)

06/03/2018 08h25 - atualizado às 08h25 em 06/03/2018
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JOHANNES ROSCHECK PRESEIDENTE DA AUDI NO BRASIL (FOTO: DIVULGAÇÃO)



A Audi tem grandes planos no Brasil. Mas Johannes Roscheck, presidente da fabricante alemã da marca no país, é cauteloso em relação ao futuro. Em entrevista exclusiva à Autoesporte, às vésperas do Salão de Genebra, o executivo austríaco prevê uma retomada no mercado de carros premium nos próximos meses e até confirma lançamentos importantes como o inédito Audi Q8, o SUV mais tecnológico e luxuoso da marca. Mas afirma que o atraso para a aprovação do programa Rota 2030, política indústrial para o setor que deveria ter sido aprovado logo depois do Carnaval, ameaça parte dos planos da montadora no país. "Estamos em um período muito vulnerável para as empresas que realmente investiram bastante dinheiro na fabricação local e estamos sem definição."Ele afirma que a Audi não tem intenção de parar sua produção nacional, mas que precisa de mais previsibilidade do governo para tomar decisões maiores.
Apesar das incertezas, acentuadas pelo cenário político nebuloso, a Audi promete vender um carro elétrico no Brasil e está avaliando novas opções de motorização com diferentes combustíveis para o nosso mercado. É o caso de motores a gás ou híbridos. Mas ele afirma que não podemos esquecer e nem excluir dessa conversa os biocombustíveis, uma importante matriz energética do Brasil.
AE: Você acaba de completar um ano como presidente da Audi do Brasil. Qual balanço você faz sobre esse período?
Todos nós sabemos que o mercado, sobretudo em 2017, foi bastante difícil em todos os sentidos. Ainda sentimos bastante forte a crise, então o importante era rever a estratégia até esse momento e criar uma nova que contemplasse a situação do mercado, que não é mais a maravilha que era em 2015 sobretudo. A gente achava que o mercado ia crescer muito mais ao longo do tempo, então faríamos os ajustes necessários, internos e externos, sobretudo com nossos concessionários. Eles também tinham uma certa expectativa de ter um crescimento forte, e de que a gente precisa de adaptar a um caminho novo que começa agora para colher no futuro. Isso significa começar com uma base muito menor e com a expectativa de um mercado que começa agora, nós já estamos sentindo isso, que começa a crescer novamente a um patamar lento, mas sustentável.
Nos últimos meses, as vendas de carros novos voltaram a crescer e alguns números da economia brasileira em geral também melhoraram. Qual é a sua perspectiva para a Audi do Brasil nos próximos anos?
O mercado, sobretudo o mercado de volume, cresceu bastante no final do ano passado. Olhando as últimas décadas, o mercado dos carros premium reage com um atraso de uns seis meses até um ano e meio [em relação aos carros de volume]. Como o mercado dos premium entrou mais tarde na crise, vai sair um pouco mais tarde também.
Só para dar uma ideia do ano passado, [os números de vendas da] primeira metade eram bem abaixo do ano anterior para todos, não só para a Audi. A segunda metade do ano estava mais ou menos no mesmo patamar que 2016. Isso significa que essa grande queda acabou. A gente passou pelo fundo do vale e estamos começando a crescer lentamente. É difícil dizer quanto o mercado tem potencial de crescer nesse ano, porque as nossas primeiras expectativas eram bastante positivas. Mas a economia está se recuperando, os sinais são bastante positivos.
Tínhamos promessas do governo de criar circunstâncias mais favoráveis, como a Rota 2030, por exemplo. A reforma trabalhista foi feita. A expectativa era a de que essas reformas seguissem em frente, mas, como vemos, o cenário agora é um pouco diferente porque as reformas praticamente pararam onde estavam e não há um quadro claro sobre os candidatos para a [eleição à] Presidência no final do ano. Eu acho que o mercado vai crescer, nós temos sinais positivos. O potencial está aí, mas quanto desse potencial realmente vai se realizar vamos ver ao longo do ano. Eu estou um pouco cauteloso, porque a gente tinha a expectativa de que as coisas iriam acontecer e agora pararam por causa das preparações para as eleições.
A indefinição sobre o Rota 2030 coloca em risco a produção nacional de carros da Audi? Caso o programa não saia, a fábrica pode ser fechada?
Primeiro eu quero dizer que a nossa marca está ainda acreditando muito no mercado brasileiro. Ninguém quer tirar o pé agora. Mas é óbvio que as condições que a gente tinha quando as decisões foram tomadas para construir uma fábrica e localizar produtos no mercado brasileiro eram totalmente diferentes da situação que temos agora. Para produzir localmente você precisa ter um certo volume e as condições que foram criadas no Inovar-Auto forçaram - isso dá para entender perfeitamente - cada marca a localizar também uma boa parte da produção. Isso funciona só quando você tem um certo volume, se não fica muito ruim para a marca e também para os fornecedores que não tem condições de produzir em quantidades tão pequenas. Não faz sentido para ninguém.
Isso foi explorado bastante com a Anfavea e os representantes do governo. Para a gente seguir para frente e chegar a condições mais favoráveis no futuro, o programa Rota 2030 criou um patamar e regras extremamente claras para as próximas décadas. Isso é extremamente importante, porque os nossos prazos não são de três, quatro, cinco anos. São de dez a quinze anos. O planejamento [de uma montadora] normalmente contempla bem mais tempo que o governo estava planejando.
Agora, estamos em uma fase em que o Inovar-Auto já não existe mais e a Rota 2030 também não existe. Estamos em um período muito vulnerável para as empresas que realmente investiram bastante dinheiro na fabricação local e estamos sem definição. Isso é muito ruim e não ajuda de forma nenhuma em fazer planos para o futuro, pois não temos base nenhuma. Isso é bastante complicado.
Para um produto novo ser produzido você precisa de um prazo de pelo menos 4 a 5 anos. Isso significa que tomando hoje uma decisão, eu estou olhando com um único produto 7 anos para o futuro. Se tem agora um programa que determina 3, 4, 5 anos, para mim não serve. A Rota 2030 tinha exatamente esse objetivo de criar algo mais estável até 2030 e com o prazo que a gente tinha agora nós estamos com prazo até 2032 ou 2033 na definição. Mas, se esse programa não sair nós estamos sem nada praticamente.
Para ser sincero, se hoje eu não tomo decisão de seguir com a produção, é uma coisa que termina automaticamente.
AE: Parar de produzir está em jogo?
Não. Mas se hoje eu não tenho base para tomar decisões para produtos futuros, a produção vai acabar um dia. Nós não temos planos de fechar a fábrica, nós não queremos fechar a fábrica, não queremos encerrar a produção local. Mas, precisamos saber o que o futuro nos traz. Eles podem nos dizer que não tem nada, não tem Inovar, não tem Rota 2030. É melhor isso do que adiarem todos os meses. Estamos ouvindo adiamentos desde maio do ano passado. Todo mundo apostou que no final de fevereiro haveria uma decisão, que o Presidente assinaria o Rota 2030 até o final de fevereiro. No dia 27, foi anunciado que não seria naquele mês. Isso não dá. Oito meses nesse jogo? Até mais.
AE: O Rota 2030 deve incluir incentivos para carros híbridos e elétricos. Como você vê a Audi nesse contexto? O mercado de híbridos e elétricos no Brasil é viável?
Eu acho que carro elétrico tem muito futuro mundialmente. Cada mercado precisa ser preparado para isso e cada mercado é distinto. Na Europa com certeza vai funcionar muito bem porque a densidade populacional é muito grande. As condições são favoráveis para isso.
A gente vai trazer carros elétricos para o Brasil. Isso está dentro dos nossos planos. Precisamos preparar um pouco a infra-estrutura, pois a que temos hoje no Brasil não é a ideal para os nossos produtos. As distâncias são muito grandes e além disso a gente precisa ver como a energia elétrica está sendo produzida para entender se ela faz sentido nessa fase que estamos. Trocar um etanol ao longo do prazo por um carro elétrico a gente precisa perguntar: e o que acontece com o carro elétrico em combinação com o biocombustível que existe no Brasil? É favorável em termos de CO2 ou não? Porque a discussão em termos de carro elétrico é a questão do CO2. Não podemos esquecer que o Brasil é líder mundial em biocombustíveis. Você tem 60%, até 70% no mix geral do país inteiro de uso de etanol, que é quase 86% até 95% neutro em CO2. Essa é uma condição que outros países não tem. É o único país no mundo que usa tanto biocombustível, isso é um fato. Essas condições já são extremamente favoráveis.
Nós trouxemos para testes um carro que é preparado especificamente para o uso de gás. O Brasil é muito rico no uso de gás natural e tem muitas formas de produzir o gás sintético. Eu acredito que essa poderia ser uma tecnologia interessante para o país porque o gás já existe, tem muitos postos onde você pode abastecer a gás. Nós vamos trazer um carro para fazer os testes locais para saber se ele seria uma tecnologia que também se adapta às necessidades brasileiras. Na Europa, nós também estamos trabalhando com carro elétrico e carro a gás, além do carro elétrico e do carro com hidrogênio como tecnologias que são extremamente importantes para o futuro. Qual tecnologia vai ser a dominante no futuro daqui a 20, 30 anos são os mercados que vão decidir. O cliente vai decidir o que ele quer e nós estamos preparando as melhores formas possíveis de mobilidade individual do futuro. E o que se vai desenvolver também no Brasil a gente precisa observar.
AE: A Toyota do Brasil anunciou há poucas semanas testes com carros híbrido com etanol. Isso também está nos planos de vocês como uma possibilidade?
Seria uma possibilidade que a gente precisa estudar. Os nossos híbridos agora vêm com base a gasolina e não é muito difícil trocar por um motor flex, que seria uma alternativa super interessante. Mas, também depende de alguns fatores. Eu acho que um carro híbrido pode ser uma alternativa interessante para o Brasil para os próximos anos. Estamos estudando essa possibilidade também.
Esse teste da Toyota vai mostrar como o cliente vai reagir. Nós temos agora um foco muito forte no carro elétrico e um segundo foco em biocombustível de segunda geração. Dentro desse biocombustível de segunda geração está o gás sintético, que nós estamos produzindo numa planta piloto na Alemanha já em quantidade grande. Os clientes que compram carros g-tron rodam um ano, cerca de 15 mil km, totalmente neutro em CO2. O futuro vai mostrar qual caminho combina mais com que país, com que região do mundo.
AE: Você comentou que a Audi vai ter um carro elétrico no Brasil. Esse carro é o e-tron, apresentado em Genebra?
O e-tron é só o primeiro carro de grande porte de uma gama de carros elétricos que estão vindo. [O carro elétrico da Audi vai vir para o Brasil] o quanto antes for possível.
AE: O Audi Q2 ficaria posicionado em um segmento competitivo no Brasil. Existe alguma perspectiva de trazer esse carro para o nosso mercado?
O Q2 faz parte de uma estratégia que a gente está desenhando para o futuro e ele faz todo o sentido [no nosso mercado], eu concordo. Depende de alguns fatores que estamos trabalhando. Ainda não é confirmado, mas eu concordo que faz todo o sentido trazer o Q2 para o Brasil.
AE: O que falta para ele ser confirmado?
Esse carro precisa fazer parte de uma estratégia completa. O mercado europeu onde comercializamos o Q2 e o Q3 é um mercado muito grande para esse tipo de veículos. O mercado brasileiro é muito pequeno ainda nesse segmento. A gente precisa ver a possibilidade de posicionar o Q2 e o Q3 da forma certa e eu não posso vender os dois carros para o mesmo cliente. Esse mercado [de SUVs compactos] é muito pequeno em comparação a outros, então a gente precisa ter um foco claro. O Q2 é um produto super interessante para o mercado, mas a gente precisa criar as condições para que ele possa vir ao Brasil.
AE: Um aumento no porte do Q3 seria um dos caminhos para isso?

Sim.
AE: Já o Q8 ainda vai ser apresentado mundialmente, mas está confirmado para o Brasil. O que podemos esperar dele?
O Q8, para mim, pessoalmente, é o carro. Eu adoro esse veículo. Ele é um Q7 mais baixo, mais esportivo, mais agressivo no visual. Eu acho que é um carro que vai ter um excelente lugar no mercado brasileiro porque é um carro que no meu entender vai ter muita simpatia no mercado. É um carro super bacana. Traz todas as tecnologias que já foram apresentadas no A8, inclusive painéis digitais. Praticamente todos os itens que o A8 tem atualmente o Q8 vai ter também. Vai ser um carro que combina muito bem com o mercado e ele é um carro que representa muito bem. Nós falamos que o A8 traz as novas tecnologias do mercado, é o nosso flagship dos carros que não são SUVs. E o Q8 agora vai ser esse carro nos SUVs. Ele traz essa aura de ser o modelo top da linha.
Ele vem provavelmente no final do ano. A gente pretende mostrar esse carro no Salão de São Paulo e é um processo o mais rápido possível para trazer esse carro para o mercado.
AE: A intenção é de começar as vendas logo depois do Salão?

Sim.

COMENTÁRIOS: O fim do super IPI, que era uma excrescência protecionista, a meu ver, sem sentido, não é algo a ser comemorado, pois é apenas uma volta à normalidade. A questão é que compromissos foram assumidos. Das chegantes com o país e deste, com as empresas. Agora, "deixar para lá" NÃO DÁ. No mínimo, é quebra de contrato, fora que suja a imagem do país lá fora (lembram da célebre frase atribuída a De Gaulle? "O Brasil não é um país sério". Tem mais de SESSENTA ANOS). Só para lembrar, foram enterrados MAIS DE QUINHENTOS BILHÕES DE REAIS em incentivos à Petrobras, JBS e empresas derivadas, etc. com (a falta de) resultados que conhecemos, e agora, reclamam de R$ 1.5 bilhão (/ano?) a montadoras já instaladas, funcionando, cumpridoras das regras do Inovar-Auto até agora? Por favor. Só a BMW já exportou mais de 10 mil unidades do X1 aos EUA, o que não é pouco e deveria servir de baliza para um plano de continuidade. Fora que trazer estas empresas para dentro do Mercosul deveria ser prioridade ZERO.

26Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qui 8 Mar - 11:54

KÜLL



Testes e lançamentos



Atraso do Governo trava planos da Renault no Brasil; saiba quais são eles



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Renault Kadjar (foto) não vem ao Brasil, mas um SUV do seu tamanho está cotado para surgir ainda este ano e vir para cá Imagem: Divulgação
    
Alessandro Reis
Colaboração para o UOL, em São José dos Pinhais (PR)
08/03/2018 04h00


Demora na entrega do Rota 2030 faz marca "congelar" investimentos

A indefinição gerada pelo atraso no anúncio do Rota 2030, novo regime automotivo que vai substituir o InovarAuto, está congelando investimentos e "segurando" futuros lançamentos da Renault.

Luiz Fernando Pedrucci, novo presidente da operação brasileira da marca, revelou que a empresa cogita lançar no país um novo SUV médio, maior que Duster e Captur, além de trazer o motor 1.3 turbo europeu, apresentado em dezembro e feito em parceria com a Mercedes-Benz, capaz de render entre 117 cv e 162 cv.

O grande problema é que a vinda dessas e de outras novidades -- como o "repreparo" do SUV Koleos, que chegou a ser confirmado no Brasil e agora está em compasso de espera --, depende do Rota 2030, programa do Governo responsável por definir fatores como metas de eficiência energética e redução de emissões, bem como incentivos e exigências para a nacionalização de componentes e tecnologias.

"Estamos aguardando o que será estabelecido pelo Rota 2030. Regras claras e de longo prazo são fundamentais para nosso segmento. Nesse sentido, o programa será a base para definirmos nossos próximos passos no país, além de investimentos", revelou Pedrucci durante inauguração de um novo processo da fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR), nesta terça-feira (6).

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Produção em massa de Kwid (foto) e Captur fizeram Renault ampliar produção no Paraná para três turnos Imagem: Divulgação

Motor puramente nacional

A sede agora é responsável pela produção dos blocos e cabeçotes de alumínio do motor 1.6 SCe, que equipam toda a linha da marca (exceto pelo Kwid), que antes eram importados do Japão. Para ser reponsável pelo total da produção do motor, o Complexo Industrial Ayrton Senna, recebeu investimentos de R$ 350 milhões; além disso, outros R$ 400 milhões foram investidos na modernização e na ampliação da planta.

"Fizemos o dever de casa, definimos investimentos há alguns anos, em momento de crise. Fechamos um ciclo de investimentos e, para definirmos o próximo, precisamos de mais clareza em relação ao futuro", disse Pedrucci durante conversa com UOL Carros, ressaltando que isso também vale para a definição de novos produtos.

A certeza para o Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, é a apresentação da picape Alaskan. O utilitário será fabricado na Argentina, juntamente com a "primas" Nissan Frontier e Mercedes-Benz Classe X, já que todas compartilham plataforma e uma série de componentes.

Que SUV é esse?

Quanto ao SUV médio comentado pela Renault, especula-se que seja o mesmo que apareceu coberto no mês passado, em ilustração da matriz da Renault. Segundo o presidente da Renault no Brasil, ele está nos planos.
"Claramente existe mercado para ele, mas ainda não posso dizer se vem", explica Pedrucci, que fez questão de ressaltar que esse utilitário, projetado para mercados como Rússia, China, Coreia do Sul e Brasil, não será uma versão simplificada do Kadjar vendido na Europa -- tática que foi adotada em relação ao Captur, que na Europa tem a mesma base do Clio 4 e aqui é feito sobre a base mais simples do Duster.
"O Kadjar não vem", ainda cravou o executivo.

Na geladeira

O SUV Koleos, que tem porte de Volkswagen Touareg, também segue "congelado", apesar de sua vinda ao Brasil já ter sido até anunciada. Além disso, o Duster, que foi recentemente remodelado pela Dacia na Europa, estava previsto para 2019 mas ainda não tem data definida para chegar.
Tem mais: reportagem de UOL Carros flagrou, durante encontro com executivos da marca no Paraná, uma unidade de testes da picape Duster Oroch com tração 4x4, porém seu lançamento não foi confirmado. "Já fotografaram uma unidade dessa picape no passado e ela nunca foi lançada", lembrou o presidente ao ser questionado.
O que acontece antes é o lançamento de reestilizações de Logan e Sandero. Perguntado sobre o motor 1.3, Pedrucci disse que "trata-se de um motor muito bom, mas que sua vinda depende do direcionamento do Rota 2030 em relação a metas de eficiência". Esse propulsor poderia substituir o atual 2.0 aspirado presente no Captur, no Duster e na Oroch, além de novos modelos.
Ainda em relação ao Duster, o CEO da marca revelou que, por "questões de perda de competitividade", o utilitário feito no Paraná deixou de ser exportado para a Argentina, o que acontecia desde pouco depois do seu lançamento no Brasil, no fim de 2011. "Existe uma verba global que é alocada país por país, em função do que este investimento vai trazer. Essa indefinição (do governo) atrasa e a gente corre o risco de perder outros projetos para ainda mais países. Na semana passada foi produzido na Colômbia o primeiro Duster com destino para a Argentina", lamentou.

Apesar das incertezas, a Renault recentemente retomou os três turnos de produção e, com isso, contratou cerca de 1,3 mil colaboradores, totalizando aproximadamente 7,3 mil funcionários em suas quatro fábricas. Aconteceu, segundo a montadora, para dar conta da demanda pelo Kwid e pelo Captur, lançados em 2017. Desde a inauguração do complexo de São José dos Pinhais, há 20 anos, a Renault diz ter investido cerca de R$ 7 bi na unidade, cuja capacidade produtiva subiu de 400 mil para 600 mil veículos/ano.

A novidade desta semana, a fábrica de injeção de alumínio em motores, é capaz de produzir 250 mil cabeçotes e 250 mil blocos do motor 1.6 por ano. De acordo com Pedrucci, a escolha por esse motor se deve ao fato de ele ser usado pela maior parte da gama da marca no país. O 1.0 SCe, também lançado no fim de 2016, continua com bloco e cabeçote importados do Japão, embora sua fabricação também seja em São José dos Pinhais (PR).


COMENTÁRIOS: PÉRA LÁ! Quer dizer que para fazer o que qualquer empresa faz, que é investir em inovação, em produtos novos, a Renault quer/precisa de incentivos, senão, por exemplo, nada de motores mais eficientes e mais econômicos, nem novos modelos, na limitadíssima linha da empresa aqui? SUGIRO ENTÃO, QUE A EMPRESA VÁ EMBORA, pois se é tão incompetente para fazer o óbvio necessário para participar do mercado brasileiro, em itens que outras empresas já estão fazendo a sua parte, sinceramente, DESISTA.

27Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qui 8 Mar - 18:11

R8V

R8V
Administrador

Se acostumou aos maus hábitos das 4 grandes.

28Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qua 14 Mar - 11:46

KÜLL



[size=52]Rota 2030: MDIC propõe reduzir incentivos para Temer aprovar novo regime automotivo[/size]

6 comentários
Ricardo de Oliveira
3 Minutos de Leitura


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O Rota 2030 virou uma novela e mais um capítulo dessa história foi revelado. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço (MDIC) propôs uma redução na concessão de incentivos fiscais para o setor automotivo com o objetivo de tentar salvar a nova política para a indústria automobilística.
O objetivo é acelerar a aprovação do novo regime automotivo, que já está atrasado há meses e vem sendo postergado pelo governo federal. A ideia é sensibilizar o presidente Michel Temer com um corte consistente nos benefícios fiscais anuais, reduzindo de R$ 1,5 bilhão para R$ 1 bilhão em créditos tributários.
Igor Calvet, secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, diz: “O MDIC já fez todas as concessões que poderia fazer, não há mais o que ceder. Além desse ponto seria uma proposta de estímulo ao emprego em outros países, e isso não podemos aceitar”. Ele se refere ao fato de que alguns fabricantes anunciaram eventual redução nos investimentos caso não haja um programa automotivo, chegando algumas a dizer que suas operações no país poderão ser encerradas nesse caso.
Rota (?!) 2.030 - Página 2 Linha-de-produ%C3%A7%C3%A3o-GM-Gravata%C3%AD
A proposta de redução dos incentivos será para o período de 2018 e 2019, mas o governo não teria uma composição orçamentária aprovada para este ano nesse sentido. Assim, a concessão de créditos tributários seriam aplicados a partir de 2019. Na Fazenda, que se opõe ao atual formato do Rota 2030, a ideia é que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento sejam enquadrados na Lei do Bem, que prevê abatimento no Imposto de Renda e na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Do outro lado, as montadoras defendem que os investimentos em P&D gerem créditos para abatimento em outros tributos pagos, já que nos últimos alegam prejuízos e por conta disso, não recolhem o Imposto de Renda. Para o MDIC, o enquadramento na Lei do Bem deve ser aplicado nos primeiros quatro anos de vigência do Rota 2030, como uma forma de transição, segundo Calvet.
Com isso, a cada R$ 3,30 investidos em pesquisa e desenvolvimento, R$ 1,00 seria revertido como crédito tributário para as montadoras. No Inovar-Auto, por exemplo, a cada R$ 3,00 gastos, R$ 1,00 surgia como crédito. Por ora, o que se fala é que o presidente Michel Temer pretende se reunir com os executivos do setor automotivo em abril, a fim de poder anunciar a aprovação definitiva do Rota 2030, que se arrasta desde agosto de 2017. Será que sai no próximo mês?
[Fonte: Estadão]

COMENTÁRIOS: FÁCIL.... Basta tirar um parte dos MAIS DE QUATRO BILHÕES DE REAIS/ANO gastos com auxílio qualquer coisa dados ao pessoal do Judiciário e ainda sobra troco para botar no bolso.

29Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qua 14 Mar - 14:09

Fabiano

Fabiano

Eu preferiria que os incentivos fossem totalmente direcionados para o consumidor final, e não para empresas que levam este dinheiro simplesmente embora do pais....

http://www.oticainova.com.br

30Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Qui 29 Mar - 11:46

KÜLL



Seu Automóvel


Será que agora vai? Governo deve enfim anunciar Rota 2030 em 12 de abril



Rota (?!) 2.030 - Página 2 Patio-da-hyundai-em-piracicaba-sp-repleto-de-modelos-hb20-hatch-brancos-1522247012792_v2_1170x540Rota (?!) 2.030 - Página 2 Pinit_fg_en_rect_red_28


Pátio da Hyundai em Piracicaba (SP) repleto de HB20 brancos: Imagem: Fabio Braga/Folhapress

Fernando Calmon
Colaboração para o UOL, de São Paulo (SP)
28/03/2018 12h29

Presidente estaria aguardando apenas a saída do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para oficializar programa

Será que agora vai? Três fontes consultadas pela reportagem afirmam que o Rota 2030, programa automotivo que substituirá o Inovar-Auto entre 2018 e 2032, será enfim anunciado pelo presidente Michel Temer no dia 12 de abril.
Um encontro no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), já teria sido preparado para tal, com convites oficialmente encaminhados a presidentes e executivos de todas as fabricantes automotivas instaladas no país.
O regime estava previsto originalmente para ser anunciado em agosto do ano passado. No entanto, entraves nas negociações dos subsídios que seriam concedidos às montadoras levaram a constantes adiamentos de sua promulgação: primeiro para novembro do ano passado; depois, dezembro; mais um para fevereiro de 2018; por fim, abril.
Embora a escolha da data não tenha sido oficialmente justificada, UOL Carros entende que o Planalto está aguardando a saída de Henrique Meirelles do Ministério da Fazenda.
Rota (?!) 2.030 - Página 2 ?dc=5550001577;ord=1522334321919
O atual ministro, que ao que tudo indica deixará o cargo no início de abril para anunciar candidatura à presidência nas eleições de outubro, era tido como principal opositor da liberação de cerca de R$ 1,5 bilhão anuais em incentivo às fabricantes.
Com Meirelles fora do governo, Temer terá caminho livre para enfim referendar a aplicação dos incentivos, que inclusive já estariam acertados entre Fazenda e MDIC (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) desde o começo de fevereiro.

O que propõe o Rota 2030



O Rota 2030 é um conjunto de diretrizes tributárias e de desenvolvimento dos veículos produzidos e comercializados no Brasil.
É ele que vai determinar novas metas de eficiência energética, futuros parâmetros de segurança e também como incidirão determinados impostos de acordo com a origem do modelo (nacional ou importado), sua matriz de propulsão (motor a combustão, híbrido ou importado) e ainda seu índice de eficiência.
Concederá, ainda, os controversos incentivos fiscais a fabricantes que investirem em pesquisa e desenvolvimento, com foco em novas soluções tanto para produtos (os carros) quanto para produção.
Sua vigência está estimada em 15 anos -- até 2032 --, sendo dividida em três ciclos de cinco anos cada. Na primeira etapa, entre 2018 e 22, deve ser estipulado um ganho médio de 12% em eficiência dos motores a combustão que movem veículos de passeio. Trata-se da mesma meta percentual do Inovar-Auto. No caso do programa instituído pela gestão Dilma Rousseff o objetivo não apenas foi cumprido como superado: 15,4% de melhora real.
Neste estágio do Rota também devem ser tornados obrigatórios pelo menos 13 novos itens de segurança -- tais quais assistente de frenagem, veículos com acessibilidade a PCD (pessoa com deficiência), reforços estruturais contra impactos laterais etc --, sem contar controle de estabilidade e tração e pontos de fixação para cadeirinhas infantis, esses já regulamentados.
Digitalização de processos e documentos ligados a veículos, como CNH e licenciamento, compõem outra vertente do Rota 2030, assim como a adoção de [url=http://o http//carros.uol.com.br/noticias/redacao/2017/12/08/brasil-tera-inspecao-veicular-ate-2020-ate-customizados-estao-na-mira.htm]inspeção veicular em âmbito nacional[/url] e a tão aguardada regulamentação de veículos híbridos, elétricos e autônomos.

31Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Sex 30 Mar - 9:13

Fabiano

Fabiano

Cada vez mais se metendo no mercado, governo sendo governo....

http://www.oticainova.com.br

32Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Dom 1 Abr - 16:07

R8V

R8V
Administrador

Regulamentar isso, para que ? Basta dar incentivo .

33Rota (?!) 2.030 - Página 2 Empty Re: Rota (?!) 2.030 Seg 2 Abr - 11:43

KÜLL



[size=52]Novo Duster colombiano e Corolla simplificado – Veja o que pode acontecer sem o Rota 2030[/size]

161 comentários
Ricardo de Oliveira
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Rota (?!) 2.030 - Página 2 Novo-renault-duster-2018-1
A ausência do Rota 2030 tem gerado preocupação nas montadoras, pois não existem mais metas a serem atingidas e não se sabe o que o governo federal vai desejar nos próximos anos. Dessa forma, os fabricantes de carro não sabem o que fazer, literalmente, pois os investimentos são baseados em pontos que os mercados esperam atingir nos anos seguintes ou em determinado período de tempo.
Sem saber como será o futuro do mercado brasileiro em termos regulatórios, as filiais brasileiras começam a descrever como esse atraso no novo regime automotivo pode afetar o mercado e o desenvolvimento de produtos no país. Até agora, os fabricantes apenas mencionaram que projetos poderiam ser cancelados e que investimentos seriam perdidos para outras filiais, mas nenhuma explicação prática havia sido dada sobre o assunto.
Pois bem, março se encerrou e não há mais expectativa de que o Rota 2030 seja assinado em abril. A melhor previsão é 2019, proferida por alguns do setor com certo ar de esperança, sem qualquer base concreta de que isso realmente vai acontecer. O governo atual praticamente jogou a batata quente para a próxima administração, que é uma incógnita total, mais até do que saber se realmente o novo programa um dia sairá do papel.
E como acontece sem o Rota 2030? Agora, as montadoras começam a explicar como isso acontecerá. A Renault, por exemplo, já ameaçada pela colombiana Sofasa, que é a empresa que produz carros da marca francesa naquele país. A filial brasileira já perdeu para os hermanos dos Andes a exportação do Duster atual para a Argentina. A questão do custo falou mais alto e não tem relação com o Rota 2030, mas já é um indício de sua força na região.
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O problema é que a Sofasa trabalha para fazer o Novo Duster e pode consegui-lo antes da brasileira. Sem uma definição aqui – muito em parte devido à ausência do Rota 2030 – a produção pode ser concentrada na região andina e atender toda a América do Sul, implicando na importação do modelo colombiano, agora facilitada pelo acordo de livre comércio com o país vizinho.
Luiz Petrucci, presidente da Renault do Brasil diz enfaticamente: “Essa indefinição me coloca em uma posição de desvantagem frente à minha competição com os outros países. Como não existe uma definição [Rota 2030], a gente fica um pouco em “stand-by”, esperando para ver o que vai acontecer”. Para os colombianos, a mão de obra mais barata e a liberdade de investimento são vantagens importantes nessa disputa. Eles já ganham 15 mil unidades anuais do Duster para vender aos argentinos.
Na PSA, por exemplo, a empresa diz que sem definição, pode atrasar o desenvolvimento local de um novo motor – que provavelmente é o Puretech 1.2 Turbo – trabalhando por mais tempo com o atual 1.6 Flex. Na Audi, por exemplo, já se fala que a vida comercial dos produtos tem de ser a maior possível, hoje ente 6 e 7 anos. Até a Toyota, que recentemente investiu R$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento, diz que sem metas de eficiência promovidas pelo Rota 2030, não dá para prever futuros investimentos. Assim, o próximo Corolla pode acabar sendo adaptado para outra realidade do mercado.
Ou seja, pode nem ganhar a esperada versão híbrida, já que se não há metas de consumo consistentes, como no Inovar-Auto, então não é necessário aplicar tanto dinheiro. Ricardo Bastos, diretor de relações institucionais da Toyota, resume bem o caso: “Qual Corolla [feito aqui], aí vai depender da previsibilidade. O que pode acontecer é adequar o projeto à realidade do Brasil. Se há metas de eficiência arrojadas, obviamente vamos produzir aqui o que temos de melhor para competir com os concorrentes em condição de igualdade”.
[Fonte: G1]

COMENTÁRIOS: Aqui, vendo este tipo de prejuízo à produção nacional, OLHANDO EM PERSPECTIVA, vemos a desgraceira que um plano "nas coxas", mal feito e mal pensado, o quanto de problemas traz mesmo depois de acabado, pois deixa o "vício" do pedir mais, seja incentivo, seja proteção, esta, como foi na maior parte do tempo. Digno de nota, pela canalhice, é a Renault colocar TODAS AS SUAS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO por conta do plano, lembrando que outras já fizeram bem mais durante a vigência do Inovar-Auto e que seus efeitos ainda se sentirão nestas, com ou sem Rota, ainda por alguns anos. A Renault, NÃO, se não tiver mais, até um carro vagabundo que nem o Duster vai deixar de ser feito aqui. Por essas e outras, para mim, Renault é a mais mercenária das marcas, seja por oferecer como Renault produtos para lá de básicos da Dacia, seja por condicionar TODO O SEU FUTURO INVESTIMENTO, que já foi reduzido durante o Inovar em um novo. Como já disse, não sou lá muito favorável a incentivos, mas agora que abraçaram o Diabo, que dancem com ele, fazendo novos planos, sim, até porque os incentivos pedidos são até baixos, quando pensamos no que já foi dado a outros setores ou, pior, a outras empresas específicas e, com o tempo, substituam tais planos, por legislações que levem a modernização.

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