Uma montadora relançou esta semana uma série limitada do seu carro de
linha com as seguintes mudanças em relação à do ano passado:
"O carro passa a ter frisos laterais na cor preta, em vez de cinza. O
painel de instrumentos ganhou anel cromado ao redor do velocímetro e do
conta-giros, substituindo o branco."
Pronto: um leve "tapinha" da engenharia e o carro fica "novo".
A propósito, você reparou que a indústria automobilística transformou
o adjetivo em substantivo? É verdade: muitos carros incorporaram a
palavra "novo" no próprio nome: New Civic, New Fit, Novo Gol, Nova
Saveiro, Novo Fiesta, Nova Ranger, Novo EcoSport... da mesma forma que
Nova Skin ou Nova York: o novo faz parte do nome do carro.
Com isso, o modelo anterior fica velho: é esse o sentimento do dono do
carro, afinal ele acabou de comprar um carro "de última geração", de
"tecnologia de ponta", moderno, ano 2010, e aparece esse "modelo novo"
com um friso preto e transforma o seu carro em "velho". O envelhecimento
precoce não é mero sentimentalismo. Comercialmente o carro perde valor
com a chegada do "novo"no mercado, mesmo que a diferença entre o novo e o
velho seja um friso preto.
A "grande" mudança do Ecosport foi a colocação do logotipo na parte
frontal e passou a ser chamado de "novo". O Focus virou novo apenas com
uma roda nova e o motor 2.0 flex. E ontem (16) o Corolla virou 2011 sem
nenhuma mudança, apenas com um motor 2.0 flex nas versões topo de linha.
É comum a mudança só no documento, e nesse caso o prejuízo do dono do
carro "velho" é maior, assim como a sensação de ter sido traído pela
montadora na qual depositou a sua confiança.
Aconteceu este ano com o Ecosport, a Saveiro Cross e o Corolla. Todos
já são modelo 2011.
A Ford, como de costume, exagerou: começou a produzir o Ecosport
"novo" dia 1º. de janeiro. A Volks, pelo menos, batizou de 2011 apenas a
versão Cross da Saveiro, lançada em fevereiro. E agora a Toyota também
mudou o documento do Corolla, cujo "modelo 2011" é exatamente idêntico
ao 2010.
A legislação brasileira permite à montadora lançar o ano-modelo do ano
seguinte a partir de 1º.de janeiro, portanto essa atitude não é ilegal.
Mas certamente os 15 mil cidadãos que compraram o Corolla entre 1º de
janeiro e ontem estão se sentindo traídos. O carro moderno, de alta
tecnologia, novinho em folha, modelo 2010, que eles acabaram de comprar
ficou velho de um dia para o outro.
Na Argentina, a legislação proíbe a mudança do ano-modelo antes de 12
meses, o que permite ao consumidor fazer a previsão e programar a sua
compra, sem o risco de uma surpresa. No Brasil a montadora muda o ano
modelo quando quiser, deixando o consumidor sempre com o risco de ver o
seu carro novo ficar velho de repente.
Fonte: SCcarros
linha com as seguintes mudanças em relação à do ano passado:
"O carro passa a ter frisos laterais na cor preta, em vez de cinza. O
painel de instrumentos ganhou anel cromado ao redor do velocímetro e do
conta-giros, substituindo o branco."
Pronto: um leve "tapinha" da engenharia e o carro fica "novo".
A propósito, você reparou que a indústria automobilística transformou
o adjetivo em substantivo? É verdade: muitos carros incorporaram a
palavra "novo" no próprio nome: New Civic, New Fit, Novo Gol, Nova
Saveiro, Novo Fiesta, Nova Ranger, Novo EcoSport... da mesma forma que
Nova Skin ou Nova York: o novo faz parte do nome do carro.
Com isso, o modelo anterior fica velho: é esse o sentimento do dono do
carro, afinal ele acabou de comprar um carro "de última geração", de
"tecnologia de ponta", moderno, ano 2010, e aparece esse "modelo novo"
com um friso preto e transforma o seu carro em "velho". O envelhecimento
precoce não é mero sentimentalismo. Comercialmente o carro perde valor
com a chegada do "novo"no mercado, mesmo que a diferença entre o novo e o
velho seja um friso preto.
A "grande" mudança do Ecosport foi a colocação do logotipo na parte
frontal e passou a ser chamado de "novo". O Focus virou novo apenas com
uma roda nova e o motor 2.0 flex. E ontem (16) o Corolla virou 2011 sem
nenhuma mudança, apenas com um motor 2.0 flex nas versões topo de linha.
É comum a mudança só no documento, e nesse caso o prejuízo do dono do
carro "velho" é maior, assim como a sensação de ter sido traído pela
montadora na qual depositou a sua confiança.
Aconteceu este ano com o Ecosport, a Saveiro Cross e o Corolla. Todos
já são modelo 2011.
A Ford, como de costume, exagerou: começou a produzir o Ecosport
"novo" dia 1º. de janeiro. A Volks, pelo menos, batizou de 2011 apenas a
versão Cross da Saveiro, lançada em fevereiro. E agora a Toyota também
mudou o documento do Corolla, cujo "modelo 2011" é exatamente idêntico
ao 2010.
A legislação brasileira permite à montadora lançar o ano-modelo do ano
seguinte a partir de 1º.de janeiro, portanto essa atitude não é ilegal.
Mas certamente os 15 mil cidadãos que compraram o Corolla entre 1º de
janeiro e ontem estão se sentindo traídos. O carro moderno, de alta
tecnologia, novinho em folha, modelo 2010, que eles acabaram de comprar
ficou velho de um dia para o outro.
Na Argentina, a legislação proíbe a mudança do ano-modelo antes de 12
meses, o que permite ao consumidor fazer a previsão e programar a sua
compra, sem o risco de uma surpresa. No Brasil a montadora muda o ano
modelo quando quiser, deixando o consumidor sempre com o risco de ver o
seu carro novo ficar velho de repente.
Fonte: SCcarros