Entre as reclamações dos donos de Citroën C3, uma em especial tem causado preocupação: a caixa de direção. O problema mais comum é o barulho excessivo, como ocorre com o C3 GLX 1.4 2007 do analista de tecnologia Fágner de Oliveira Cerezo, de São Paulo (SP). “Com 7 000 km começaram os ruídos metálicos na dianteira. Parece até a batida de alguma peça solta. Esperei 15 dias para trocarem a caixa. Depois trocaram de novo aos 13 000, 19 000 e 23 000 km. E o defeito continua.
Pensando que a caixa custa 4 700 reais, o que eu vou fazer quando a garantia acabar?”, diz Fágner.Esse problema é um velho conhecido das autorizadas. Conversamos com chefes de oficina de concessionárias de quatro estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e São Paulo) e todos disseram ter atendido diversos C3 com ruídos na caixa de direção e vibração no volante. No entanto, há uma situação menos recorrente, porém mais grave: a perda do controle por causa de enrijecimento da direção (que tem assistência elétrica), descrito às vezes pelo motorista como um “travamento” do volante.O estudante Jordão Kosma Marcílio, de Caxias do Sul (RS), conta que poderia ter se acidentado justamente por causa desse defeito na direção do seu Citroën C3 1.6 2005. “Estava na estrada quando entrei numa curva. De repente a direção endureceu, perdi o controle e invadi a outra pista.” Por sorte Jordão não se chocou com nenhum carro e acabou parando no acostamento oposto. “Depois, quando eu liguei o carro, a direção funcionou normalmente.”E esse não é um caso único. O mesmo ocorreu três vezes com o C3 Exclusive 2006 da jornalista Viviane Zandonadi (que trabalha na revista Veja, da Editora Abril, que também publica a QUATRO RODAS). “Aos 2 500 km, fui fazer uma conversão à esquerda e a direção ficou bem mais dura. A autorizada trocou a caixa, mas aos 25 000 km a direção endureceu novamente. Encostei o carro e e, quando liguei o motor, a direção funcionou normalmente.” Mas não parou por aí. “No dia 19 de outubro, estava em um acesso para uma rodovia quando a direção ficou dura e meu C3 parou. O carro que vinha atrás não desviou e me acertou.” O técnico em eletrônica e mecânica automotiva Valter Oliveira, dono da oficina Igcar, de São Paulo, diz que já atendeu casos como esse e explica que a direção endurece em geral por causa de uma falha que ocorre no cabo de aterramento da bateria.
Fonte: Quatro Rodas Site
Citroën C3, Kia Picanto, Fiat Stilo - esses são alguns (dos poucos) carros em nosso mercado que oferecem direção com assistência elétrica em vez de hidráulica.
São também os carros com o maior número de reclamações quanto à barulho no sistema, que muitas vezes leva a troca.
Minha pergunta: esse sistema é mais frágil que o hidráulico? Por que motivo esses carros sofrem de tantos problemas com o sistema?
Aproveitando; o Punto europeu usa direção hidráulica ou elétrica (pesquisei e não encontrei detalhes);