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Audiência Pública expõe casos de desrespeito envolvendo carros com defeito

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Grilo

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Administrador

Audiência Pública expõe casos de desrespeito envolvendo carros com defeito

Paula Carolina - Estado de Minas
Publicação: 25/09/2013 11:32

Como num raro momento de deleite e esperança, vozes de consumidores ecoaram anteontem no auditório do Ministério Público de Minas Gerais, durante audiência pública realizada pelo promotor de Justiça Amauri Artimos da Matta, da 14ª Promotoria do Procon estadual. Depois de reunir todas as reclamações formalizadas por consumidores no órgão nos últimos anos e analisar reportagens publicadas pelo caderno Vrum do Estado de Minas envolvendo defeitos em veículos, o promotor, preocupado com a dimensão dos problemas e a falta de respaldo do cidadão comum, decidiu pela realização do evento, que contou com a presença de especialistas na área de defesa do consumidor, trânsito, perícias e seguros, além de representantes de associações como a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. Além da oportunidade de ouvir os palestrantes, o público pôde participar, opinar e reclamar. Confira alguns dos mais acalourados depoimentos de consumidores.

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CASOS COM VW AMAROK
Fui consultor técnico em uma concessionária Volkswagen, mas tinha uma picape de outra marca. Percebi que havia muitas peças chinesas nessa picape. Depois resolvi trocar por uma Amarok e notei a mesma coisa. É um problema sério que estamos tendo no Brasil. Não conhecemos as partes internas dos veículos nacionais. Mas isso não é o pior. Ela não dá freio e não dá pedal... Além disso, já tive que trocar a correia dentada cinco vezes. E não rodo em estrada de minério. Estou pagando caro pela troca.
Humberto Rabelo de Freitas,
advogado

Foi bom ver que não estou sozinho. Moro em Ouro Branco, na Região Central, a 116 quilômetros de Belo Horizonte. Eu rodo em minério. Mas quando comprei a Amarok não sabia desse problema. Aos 10 mil quilômetros e aos 20 mil quilômetros trocaram a correia em garantia. Com 30 mil quilômetros, disseram que a fábrica não ia pagar mais. Aos 34 mil quilômetros, acendeu uma luz no painel. Sou leigo no assunto. Queria saber meus direitos. Se o problema não for sanado em 30 dias, tenho direito a outro veículo? Estou muito preocupado, pois da última vez que a correia arrebentou eu estava na estrada, cortando um caminhão. Agora, rodo inseguro.
Plínio José de Brito,
cirurgião-dentista

Moro em Itaúna, na Região Centro-Oeste, a 79 quilômetros de Belo Horizonte. Temos uma empresa de mineração e duas picapes Amarok 12/12. Logo depois da revisão dos 10 mil quilômetros a correia arrebentou, ou melhor, ela não chegou a arrebentar, mas foi perdendo os dentes. Compramos a picape para trabalhar em mineração e a concessionária que nos vendeu sabia disso. Até agora, cinco correias já foram trocadas. O problema chegou a atingir o cabeçote e pensou-se em trocar o motor, mas não fizeram isso devido à necessidade de recadastramento do documento do veículo. Instalaram o tal sistema EDK, que faz uma força positiva, jogando a poeira para fora. Mas acho que não vai funcionar. E, além disso, depois da instalação temos que fazer uma revisão a cada 5 mil quilômetros, o que gera mais custo. Nunca vi esse problema em outras picapes. Deve haver falha de projeto.



DODGE JOURNEY
Em 2011, comprei um Dodge Journey e logo fiz uma viagem com a família, mas ele deu um problema nos freios. Levei à concessionária que atendia a marca na época e disseram que teriam que substituir todos os cabos do sistema de freios. Aos 25 mil quilômetros já tinham feito oito substituições, também de discos e pastilhas. Pesquisei muito e encontrei outros consumidores lesados com o mesmo tipo de problema. Os relatos foram passados para algumas revistas da grande imprensa, mas foram lapidados. Então a empresa nos fez uma proposta de indenização e substituição do veículo. Concordei, exceto com a cláusula de confidencialidade que queriam impor. Mas alguns proprietários concordaram. Recebi uma indenização e outro carro. Até me surpreendeu ter conseguido fazer esse acordo sem ser por vias judiciais. Só que o novo carro, com 2 mil quilômetros, apresentou o mesmo problema. Com 10 mil quilômetros, tudo foi trocado novamente. Fiz um laudo de trafegabilidade e o veículo foi reprovado. Então hoje está parado na garagem porque não temos coragem de andar nele. O que me espanta é que tenho um carro com um defeito que é gravíssimo, pois põe nossa vida em risco. É um defeito do Dodge Journey e provavelmente agora do Fiat Freemont. Mas a Chrysler não resolve o problema. Pelo que soube é um problema de engenharia, de aquecimento no disco de freio que empena e trepida. Já me falaram para vender o carro, mas não é justo me livrar do problema e colocar a vida de outras pessoas em risco. Eu me sinto impotente. E quero deixar claro que estou aqui não só por mim, mas representando todos os consumidores com os quais venho tendo contato.
Geraldo César Pinheiro,
administrador de empresas



NISSAN FRONTIER
Tenho um cliente que comprou uma Nissan Frontier em 23 de agosto em Divinópolis, na região Centro-Oeste, a 115 quilômetros de Belo Horizonte. Em 3 de setembro, deu uma pane e algumas luzes se acenderam no painel. Ele levou a uma concessionária de Belo Horizonte. Confirmaram que existiam defeitos, mas negaram atendimento porque ele não havia comprado a picape lá. Com insistência, fizeram um relato à mão dos problemas do veículo e o liberaram. No dia seguinte, o filho do meu cliente, de 20 anos, estava dirigindo a picape quando houve uma aceleração repentina e desenfreada. Ele só conseguiu pará-la porque teve a presença de espírito de desligar a chave com o veículo em movimento. O veículo voltou para a concessionária e está lá até hoje. Já tentei contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da Nissan e até com o setor jurídico, sem sucesso. Falam em troca de motor ou da central ECM, mas ainda não apresentaram uma solução. Imagino que esse seja um caso imediato de substituição do veículo devido ao nível de insegurança a que o consumidor foi exposto.
Rafael Penedo,
advogado



FORD FIESTA
Segundo relatos colhidos no Rio Grande do Sul, os Ford Fiesta Rocam estão com defeito no sistema de frenagem. Houve uma espécie de recall branco (quando não há chamado oficial) para 120 unidades da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. De acordo com a imprensa da região, a falha foi detectada durante a segunda revisão periódica dos veículos. Quatro carros apresentaram o problema nos freios e a Ford teria decidido pelo recall branco. Enviei um comunicado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), antigo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), e sabem qual foi a resposta deles? Que se for do meu interesse, posso encaminhar o que tenho que farão uma análise... Ora, se for do meu interesse? Eles são a Secretaria do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, que regulamenta o assunto. O interesse deveria ser, acima de tudo, deles.


Fonte: Vrum

http://www.autouniverso.com.br

R8V

R8V
Administrador

O caso do Fiesta Roccan , se não me engano, foi descoberto depois que uma viatura nova bateu por falha nos freios. No meu entender, é motivo para recall.


A Amarok...bom, a conduta da VW nesses e outros casos fala por si e mostram o (des)respeito que a marca tem por quem compra seus produtos.

Grilo

Grilo
Administrador

Eu não imaginava que os casos da Amarok estivessem tão sérios.

Outro dia, passou uma na rua com um barulho absurdo.

http://www.autouniverso.com.br

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