Essa história do carro movido a ar já ronda há muito tempo mesmo. Tem até quem diga que é invenção brasileira, mas está mais para um mito internacional.
O conceito funciona, só que tem limitações técnicas grandes. Entre elas o consumo de ar comprimido necessário é muito grande, fazendo com que um reservatório enorme - que inviabilizaria de ser colocado num carro - fosse consumido rápidamente. Junto com isso vinha também a questão da energia gasta para comprimir o ar, que podia ser maior que a necessária num motor normal. Aliás, esse é um problema parecido com o que o hidrogênio encontra. A produção dele pode chegar a ser mais custosa e poluente do que o necessario para um carro convencional.
Junto dessa história vinham várias teorias da conspiração, que tinha fabricante de carro envolvida no não sucesso da idéia e por aí vai. Coisas que as pessoas gostam de pensar para achar que estão pensando à frente ou sendo bacanas, abandonando uma das principais funções do pensamento que é chegar na verdade - e não fazer filmes. Fato é que numa dessas ondas de debate que surgiram houve quem descobriu que isso era uma invenção da década de 20 do século passado e que era usada apenas em pequenas aplicações justamente devido ao alto consumo e falta de praticidade.
Outra coisa que foram descobrindo é que o princípio do motor não é muito diferente do motor a vapor, que usava a pressão da água aquecida ou vapor da mesma forma. Era preciso uma grande área para armazenar o combustível que faz o aquecimento da água, além de toda a poluição que a queima desse combustível causava. Nesse motor a ar essa parte apenas não era mostrada, mas também existia. Sem mencionar que mesmo que se usasse energia elétrica limpa para comprimir o ar, essa mesma energia poderia ser usada num carro elétrico de uma vez...
Última edição por Domingos V em Ter 24 Ago - 15:05, editado 1 vez(es)