O diretor da agência AutoInforme e do site do mesmo
nome e especialista em mercado automotivo Joel Leite afirma que um dos
fatores que mais pesam na hora de comprar um carro zero é a depreciação.
Ou seja, tem quem valorize o estilo do carro, outros querem potência e
alguns privilegiam o conforto. Mas, segundo ele, principalmente no
segmento dos carros pequenos, o valor de revenda é fundamental.
“Mesmo sendo um bem de consumo, o carro ainda é tido
no Brasil como uma reserva monetária para o consumidor comum, um capital
investido que pode ser usado em uma necessidade. Muitas vezes o carro é
o único patrimônio da família”, afirma Joel Leite. A mesma preocupação
têm as empresas frotistas, que procuram o carro com menor risco, para
obter o maior valor residual.
Para facilitar a escolha de quem busca um carro novo e
está preocupado em não perder muito dinheiro na hora da revenda, a
AutoInforme fez o ranking com base nos preços da Molicar. O Celta Spirit
VHC-E com motor 1.0 de 8 válvulas, quatro portas, básico foi o primeiro
colocado. O carro da GM é o que menos perde valor depois de um ano de
uso: 11,3%.
O especialista explica que o hatch pequeno é o carro
brasileiro com o maior valor de revenda por causa do grande volume de
vendas e o alto giro no mercado. Outra versão do Celta, a Life, e também
o Mille Economy Way 4 portas, têm excelente valor de revenda: perdem
menos de 12% após um ano de uso. Na faixa de 12% a 13% aparecem outras
versões do Mille, o Palio ELX 1.0, o Gol Geração 5.
Líder no segmento das vans pequenas, o Fit obteve
excelente desempenho na classificação geral. O carro da Honda tem o
maior valor de revenda fora do segmento dos pequenos. Depois de um ano
de uso, o Fit vale apenas 13,1% a menos do que o modelo zero.
O Captiva, utilitário esportivo menos depreciado do
Brasil, também foi muito bem na classificação geral: a versão Sport 2.4
tem um excelente valor residual: o preço do carro zero perde apenas
13,8% após doze meses de uso.
O carro menos depreciado do segmento dos sedãs
pequenos é o Voyage 1.0, com queda de preço de 13,3% em um ano. O
Corrolla é o líder entre os sedãs médios, perde 15,2% e o Camry XLE 3.5
V-6 Gas. 4p é o menos depreciado entre os sedãs grandes -20,9% após um
ano.
“Do ponto de vista financeiro, o pior negócio para
quem vai comprar um carro novo é o Citroën Picasso Exclusive 2.0, que
perde 24,5% após um ano de uso. O segundo carro mais depreciado é a
Scénic Expression, com 22,8%. O utilitário esportivo Toyota RAV 4
deprecia 22,1% após doze meses”, afirma Leite.
Confira o ranking completo com 413 modelos:
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