Um carro grande, confortável, equipado e caro. Se o Edge precisasse ser definido em poucos adjetivos, certamente esses seriam os eleitos pelos motoristas que conviveram com o jipão da Ford durante os dias em que ele esteve na Garagem do Carro Online.
É unânime a opinião de que o carro importado do Canadá trata como rei seus ocupantes e traz um bom conjunto motor e câmbio, mas a impressão de que os quase R$ 150 000 cobrados por ele são exagerados também foi compartilhada por quase todos na redação. Veja o que cada um pensa sobre o modelo e deixe também o seu veredicto no final da reportagem.
César Tizo, repórter do portal Carro Online
Porte de “barca” ele tem mesmo, mas talvez a intenção do Ford Edge seja essa mesma. Seu interior amplo, a grande quantidade de porta-objetos e uma posição de dirigir tão agradável como o sofá da sala nos levam a crer que esses carros também têm seus méritos.
Impulsionado por um motor 3.5 V6 de 269 cv de potência e 34,5 kgfm de torque, o Edge está longe do espírito indômito de um esportivo, mas locomove seus 2 026 kg sem muitos problemas. Um atributo mecânico bem vindo é a tração integral AWD, fundamental em um jipão claramente voltado ao conforto e que pede cautela quando a ideia é dirigir mais rapidamente.
Com porta-malas para 908 litros de bagagem (ou 1 970 litros com os bancos rebatidos), cuja tampa conta com acionamento elétrico, e espaço para lá de suficiente, o Ford é um belo companheiro para viajar.
Um diferencial entre os concorrentes é o sistema Sync, que, por meio de um simples toque na tela de 6,5” do centro do console, permite controlar a realização de chamadas telefônicas por comando de voz via Bluetooth, gerenciar as entradas USB e para iPod e acionar o DVD ou o controle do sistema premium sound com 8 alto-falantes e capacidade para armazenar 10 GB de músicas.
O Edge é caro, tem preço sugerido de R$ 149 700 pela fabricante, mas retribui seu investimento com um conjunto completo. Para quem aprecia esse modelo, ele é um prato cheio. Mas poderia ser mais barato.
João Anacleto, editor-executivo da revista CARRO
Quem achou que ele era só um Fusion crescidinho quando chegou, se estatelou. O Edge é bem mais do que isso. Se bem que com a chegada do novo Fusion a comparação pode até ter seus méritos, mas em relação ao antigo é blasfêmia. O Edge é grandão. Esqueça os crossovers mais comuns, como Captiva, Tuscon Sportage e CR-V. Este Ford é muito mais. A começar pelo preço inicial de R$ 149 700. Achou caro? Pelo que ele tem, faz e traz, não é tanto assim, viu? É para o tipo de pessoa que gosta de guiar como se estivesse numa bela poltrona. A posição de dirigir é de jipão mesmo. Você vê o trânsito das alturas e a percepção externa de que ele é mesmo um gigante fica ainda mais latente por dentro.
Em virtude dessa pujança, o Edge traz com ele as mazelas de todo carro parrudo. As portas são bem pesadas e para estacioná-lo você sofre um pouco. Não há muitas vagas para seus 4,71 m nas ruas das cidades, mas nas portas dos restaurantes, certamente o colocarão “naquela” vaga. Esterçar em lugares diminutos também não é muito a dele. Mas você já deveria saber disso, ok? Nenhum brutamontes é sagaz nessas ocasiões. De resto, deleite-se com um sistema de som impecável, o interior charmoso, com direito a jogo de luzes em sete tons diferentes, e com o Sync, equipamento de entretenimento capaz de gravar músicas, exibir filmes e mostrar o mapa... dos EUA. Pois é, esqueceram de tropicalizar esses detalhes.
Seu conjunto propulsor agrada. O motor Duratec V6 é ajudado por um bom câmbio automático de 6 marchas. Apesar da ficha corrida, ele não tem nada de grosseiro, se você pisar fundo ele dá coices, se pegar leve ele mia. É bem adequado para qualquer tipo de situação. Caso o exagero for fato, o crossover com jeito de SUV conta com controle de estabilidade e de rolagem da carroceria, mas não é nada de outro mundo. Mas, cá para nós, o legal é desfilar com ele. Sem correr. É uma novidade que todo mundo quer ver de perto. Além disso, o Edge pode abrigar cinco pessoas da sua família esbanjando conforto e segurança, desde que você o respeite. Isso vale mais que qualquer emoção.
Thiago Vinholes, repórter do portal Carro Online
Sucesso da Ford nos Estados Unidos, o Edge ainda é mosca branca no trânsito brasileiro. À venda no país desde 2008, o crossover da marca, como ela mesma o classifica, vem importado do Canadá. Por isso seu preço é tão salgado em relação ao dos concorrentes Honda CR-V e Chevrolet Captiva, que vêm do México sem pagar impostos graças ao acordo de isenção de taxas entre o Brasil e o país da América do Norte. Mas assim é a vida dos carros importados...
Grande, largo e alto, o Edge é um dos carros disponíveis no Brasil que melhor se enquadra na denominação “barca”, como bem citou o César Tizo. Estacioná-lo é um exercício avançado de noções de espaço, ainda que exista a ajuda dos sensores de estacionamento. Mas quando o assunto é acelerar, o motor V6 dá conta de impulsionar as mais de duas toneladas do veículo com ou sem emoção. Porém, ao se aproximar de uma curva é bom reduzir bastante a velocidade. Caso contrário, um susto pode avisá-lo de que fazer isso novamente não é uma boa ideia.
Como em diversos carros automáticos da Ford, o Edge não possui opção de trocas sequenciais em seu câmbio. No entanto, a transmissão automática de 6 velocidades funciona com uma precisão digna de carro alemão e ainda vem com reduzida e assistência para encarar subidas. Dirigi-lo é uma baba apesar de seu porte amedrontador. Porém, se você for daqueles que sempre raspam o carro em objetos e obstáculos diversos, é melhor ficar longe do volante deste veículo.
Se o ronco do motor V6 do Edge não soar agradável em altas rotações, o motorista pode apelar ao sistema multimídia Sync com sua porção de alto-falantes com qualidade suficiente para aumentar o volume ao máximo sem distorções. É como se o carro tivesse um iPod acoplado ao painel. Nele é possível gravar arquivos de áudio e até mesmo fotografias, que podem ser visualizadas no monitor central com comando touch-screen. Já o espaço interior se vale dos 2,82 metros de distância entre-eixos para acomodar cinco passageiros confortavelmente. Pena que ele é tão caro...
Gerson Campos, editor-chefe do portal Carro Online
Não tem jeito: carro no Brasil é caro mesmo (impostos, lucro alto das montadoras etc). Se for importado, então, pode quebrar o maior porquinho da coleção. Mas o Edge abusa do poder de querer arrancar uns trocados a mais pelo que oferece. Ok, é um baita jipão, mas não convence o comprador racional a investir R$ 50 000 a mais do que ele gastaria com um Captiva ou CR-V.
Em relação ao CR-V, que tem motor 2.0 de 4 cilindros com 150 cv, o Edge é muito superior principalmente em termos de potência e nível de equipamentos, já que o Honda é bem pelado (ok, talvez aí o valor extra seja até justificável). Mas em comparação ao Captiva V6, o utilitário canadense não oferece tanto a mais para justificar o preço bem superior.
A Ford percebeu que não teria como competir com os mexicanos trazendo um produto que pagasse a taxa de importação de 35% e, para se diferenciar, resolveu logo equipá-lo com tudo e mais um pouco e tentar subir de categoria. A decisão foi inteligente (e talvez a única a ser tomada pelos executivos com as contas na mão), mas o efeito colateral é ter um Captiva V6 com tração 4x4 por R$ 43 942 a menos.
Mas vamos lá, você gostou do Edge e não está ligando muito para o preço. Antes de tudo, saiba que manobrar terá de ser um dos hobbies na sua vida. O utilitário da Ford é grande demais e as enormes portas foram feitas para os estacionamentos dos Estados Unidos, que têm mais de um metro de distância entre um carro e outro. Aqui, o cuidado para não deixar uma marca na “preciosidade” do vizinho terá de ser grande.
Legítimo representante da escola americana, o Edge é extremamente confortável e espaçoso. Agradável principalmente para viajar, oferece um excelente motor e um câmbio tão bom que não deixa nem notar a ausência da opção de trocas sequenciais. A tração integral também merece destaque tanto pela segurança que proporciona quanto pela eficiência nas acelerações.
O Sync, como o do Fusion que usamos no Teste dos 100 Dias, oferece bons minutos de diversão principalmente ao passageiro, que pode se divertir com a Jukebox enquanto o motorista dirige. Além disso, só o Edge tem a vantagem de exibir um bom filme com excelente qualidade de imagem e som para aquele dia em que você estiver curtindo um acampamento com os amigos e uma boa companhia. E aí até dormir nele talvez seja melhor negócio.
É unânime a opinião de que o carro importado do Canadá trata como rei seus ocupantes e traz um bom conjunto motor e câmbio, mas a impressão de que os quase R$ 150 000 cobrados por ele são exagerados também foi compartilhada por quase todos na redação. Veja o que cada um pensa sobre o modelo e deixe também o seu veredicto no final da reportagem.
César Tizo, repórter do portal Carro Online
Porte de “barca” ele tem mesmo, mas talvez a intenção do Ford Edge seja essa mesma. Seu interior amplo, a grande quantidade de porta-objetos e uma posição de dirigir tão agradável como o sofá da sala nos levam a crer que esses carros também têm seus méritos.
Impulsionado por um motor 3.5 V6 de 269 cv de potência e 34,5 kgfm de torque, o Edge está longe do espírito indômito de um esportivo, mas locomove seus 2 026 kg sem muitos problemas. Um atributo mecânico bem vindo é a tração integral AWD, fundamental em um jipão claramente voltado ao conforto e que pede cautela quando a ideia é dirigir mais rapidamente.
Com porta-malas para 908 litros de bagagem (ou 1 970 litros com os bancos rebatidos), cuja tampa conta com acionamento elétrico, e espaço para lá de suficiente, o Ford é um belo companheiro para viajar.
Um diferencial entre os concorrentes é o sistema Sync, que, por meio de um simples toque na tela de 6,5” do centro do console, permite controlar a realização de chamadas telefônicas por comando de voz via Bluetooth, gerenciar as entradas USB e para iPod e acionar o DVD ou o controle do sistema premium sound com 8 alto-falantes e capacidade para armazenar 10 GB de músicas.
O Edge é caro, tem preço sugerido de R$ 149 700 pela fabricante, mas retribui seu investimento com um conjunto completo. Para quem aprecia esse modelo, ele é um prato cheio. Mas poderia ser mais barato.
João Anacleto, editor-executivo da revista CARRO
Quem achou que ele era só um Fusion crescidinho quando chegou, se estatelou. O Edge é bem mais do que isso. Se bem que com a chegada do novo Fusion a comparação pode até ter seus méritos, mas em relação ao antigo é blasfêmia. O Edge é grandão. Esqueça os crossovers mais comuns, como Captiva, Tuscon Sportage e CR-V. Este Ford é muito mais. A começar pelo preço inicial de R$ 149 700. Achou caro? Pelo que ele tem, faz e traz, não é tanto assim, viu? É para o tipo de pessoa que gosta de guiar como se estivesse numa bela poltrona. A posição de dirigir é de jipão mesmo. Você vê o trânsito das alturas e a percepção externa de que ele é mesmo um gigante fica ainda mais latente por dentro.
Em virtude dessa pujança, o Edge traz com ele as mazelas de todo carro parrudo. As portas são bem pesadas e para estacioná-lo você sofre um pouco. Não há muitas vagas para seus 4,71 m nas ruas das cidades, mas nas portas dos restaurantes, certamente o colocarão “naquela” vaga. Esterçar em lugares diminutos também não é muito a dele. Mas você já deveria saber disso, ok? Nenhum brutamontes é sagaz nessas ocasiões. De resto, deleite-se com um sistema de som impecável, o interior charmoso, com direito a jogo de luzes em sete tons diferentes, e com o Sync, equipamento de entretenimento capaz de gravar músicas, exibir filmes e mostrar o mapa... dos EUA. Pois é, esqueceram de tropicalizar esses detalhes.
Seu conjunto propulsor agrada. O motor Duratec V6 é ajudado por um bom câmbio automático de 6 marchas. Apesar da ficha corrida, ele não tem nada de grosseiro, se você pisar fundo ele dá coices, se pegar leve ele mia. É bem adequado para qualquer tipo de situação. Caso o exagero for fato, o crossover com jeito de SUV conta com controle de estabilidade e de rolagem da carroceria, mas não é nada de outro mundo. Mas, cá para nós, o legal é desfilar com ele. Sem correr. É uma novidade que todo mundo quer ver de perto. Além disso, o Edge pode abrigar cinco pessoas da sua família esbanjando conforto e segurança, desde que você o respeite. Isso vale mais que qualquer emoção.
Thiago Vinholes, repórter do portal Carro Online
Sucesso da Ford nos Estados Unidos, o Edge ainda é mosca branca no trânsito brasileiro. À venda no país desde 2008, o crossover da marca, como ela mesma o classifica, vem importado do Canadá. Por isso seu preço é tão salgado em relação ao dos concorrentes Honda CR-V e Chevrolet Captiva, que vêm do México sem pagar impostos graças ao acordo de isenção de taxas entre o Brasil e o país da América do Norte. Mas assim é a vida dos carros importados...
Grande, largo e alto, o Edge é um dos carros disponíveis no Brasil que melhor se enquadra na denominação “barca”, como bem citou o César Tizo. Estacioná-lo é um exercício avançado de noções de espaço, ainda que exista a ajuda dos sensores de estacionamento. Mas quando o assunto é acelerar, o motor V6 dá conta de impulsionar as mais de duas toneladas do veículo com ou sem emoção. Porém, ao se aproximar de uma curva é bom reduzir bastante a velocidade. Caso contrário, um susto pode avisá-lo de que fazer isso novamente não é uma boa ideia.
Como em diversos carros automáticos da Ford, o Edge não possui opção de trocas sequenciais em seu câmbio. No entanto, a transmissão automática de 6 velocidades funciona com uma precisão digna de carro alemão e ainda vem com reduzida e assistência para encarar subidas. Dirigi-lo é uma baba apesar de seu porte amedrontador. Porém, se você for daqueles que sempre raspam o carro em objetos e obstáculos diversos, é melhor ficar longe do volante deste veículo.
Se o ronco do motor V6 do Edge não soar agradável em altas rotações, o motorista pode apelar ao sistema multimídia Sync com sua porção de alto-falantes com qualidade suficiente para aumentar o volume ao máximo sem distorções. É como se o carro tivesse um iPod acoplado ao painel. Nele é possível gravar arquivos de áudio e até mesmo fotografias, que podem ser visualizadas no monitor central com comando touch-screen. Já o espaço interior se vale dos 2,82 metros de distância entre-eixos para acomodar cinco passageiros confortavelmente. Pena que ele é tão caro...
Gerson Campos, editor-chefe do portal Carro Online
Não tem jeito: carro no Brasil é caro mesmo (impostos, lucro alto das montadoras etc). Se for importado, então, pode quebrar o maior porquinho da coleção. Mas o Edge abusa do poder de querer arrancar uns trocados a mais pelo que oferece. Ok, é um baita jipão, mas não convence o comprador racional a investir R$ 50 000 a mais do que ele gastaria com um Captiva ou CR-V.
Em relação ao CR-V, que tem motor 2.0 de 4 cilindros com 150 cv, o Edge é muito superior principalmente em termos de potência e nível de equipamentos, já que o Honda é bem pelado (ok, talvez aí o valor extra seja até justificável). Mas em comparação ao Captiva V6, o utilitário canadense não oferece tanto a mais para justificar o preço bem superior.
A Ford percebeu que não teria como competir com os mexicanos trazendo um produto que pagasse a taxa de importação de 35% e, para se diferenciar, resolveu logo equipá-lo com tudo e mais um pouco e tentar subir de categoria. A decisão foi inteligente (e talvez a única a ser tomada pelos executivos com as contas na mão), mas o efeito colateral é ter um Captiva V6 com tração 4x4 por R$ 43 942 a menos.
Mas vamos lá, você gostou do Edge e não está ligando muito para o preço. Antes de tudo, saiba que manobrar terá de ser um dos hobbies na sua vida. O utilitário da Ford é grande demais e as enormes portas foram feitas para os estacionamentos dos Estados Unidos, que têm mais de um metro de distância entre um carro e outro. Aqui, o cuidado para não deixar uma marca na “preciosidade” do vizinho terá de ser grande.
Legítimo representante da escola americana, o Edge é extremamente confortável e espaçoso. Agradável principalmente para viajar, oferece um excelente motor e um câmbio tão bom que não deixa nem notar a ausência da opção de trocas sequenciais. A tração integral também merece destaque tanto pela segurança que proporciona quanto pela eficiência nas acelerações.
O Sync, como o do Fusion que usamos no Teste dos 100 Dias, oferece bons minutos de diversão principalmente ao passageiro, que pode se divertir com a Jukebox enquanto o motorista dirige. Além disso, só o Edge tem a vantagem de exibir um bom filme com excelente qualidade de imagem e som para aquele dia em que você estiver curtindo um acampamento com os amigos e uma boa companhia. E aí até dormir nele talvez seja melhor negócio.
Última edição por Fabiano em Qua 22 Jul - 11:33, editado 1 vez(es)