Domingos V escreveu:Fabiano, pelo menos aqui no Brasil não tem não. E esse sistema tem no novo Accord V6 também. Funciona muito bem e é transparente pro usuário, a única coisa que se nota é o barulho que fica diferente. Acredito que consiga deixar o carro tão economico quanto a versão 4 cilindros se você não abusar muito e tiver que apenas manter velocidade boa parte do dia.
E não imaginava que nos EUA já houvessem motores de injeção direta Flex! Na gasolina eles devem ser extremamente economicos! Acredito que o know-how que foi pego aqui no Brasil foi pra lá e as novas normas do Obama estão pressionando pela implantação dessas tecnologias. A GM do Brasil podia aproveitar pra fazer um 4 cilindros nesse mesmo esquema e implementar nos novos carros dela que estão por vir pra cá...
Sobre carros com injeção direta, é bom lembrar que a Volvo e a Mitsubishi já tinham motores assim a pelo menos dez, doze anos, na primeira geração do S40/Mit Carisma. Quem realmente "popularizou" o sistema foi a VW/Audi. Ao que eu saiba, o primeiro motor com injeção direta dos EUA foi o 2.0 turbo usado no Saturn Sky/Pontiac Solstice, que logo em seguida passou a ser utilizado no Opel Insignia (creio que este motor tenha nascido de encomenda para a Opel). Sobre ser FLEX, realmente foi uma tremenda surpresa para mim, lembrando que todas as reportagens que eu lí a respeito do novo Caddy SRX/Chevy Equinox não traziam NADA sobre o combustível usado no novo 3.0. É bem provável que o 3.6 do Camaro, também usado por lá no Buick LaCrosse e Caddy CTS logo, logo seja Flex. É o msmo motor usado no nosso Omega, mas com injeção direta e feito nos EUA (quando do lançamento deste motor dizia-se que o centro de projeto E PRODUÇÃO dos V6 seria a Austrália).
Sobre o
know how ser "brazuca", isto está na cara; basta lembrar do caso do C3, onde a Sagem, empresa francesa de sistemas eletrônicos, participou como parceira no desenvolvimento dos motores Flex mas não é ela quem equipa o motor brasileiro, mas até onde eu sei, é que equipa os motores BIOFUEL usados na Europa. Lembrem-se do caso da Opel, onde as patentes desenvolvidas POR ELA PERTENCEM À GM e são registradas nos EUA; o mesmo deve ocorrer aqui.
Tem um cara aqui em Rib. Preto, alemão, engenheiro, que trabalhou muito tempo na BMW do Brasil, depois veio para a Eurobike aqui da cidade e depois abriu uma oficina de tuning, que a anos fala que o futuro da injeção direta está no álcool e vice versa. A conta que ele faz é que se considerarmos que o álcool tem uma defasagem calorífica de 30% em relação à gasolina e que a mesma se reflete no preço se, com injeção direta conseguirmos um ganho de 15%, como se diz que é possível nos manuais técnicos, o álcool chegaria a uma eficiência energética comparativa de 80% em relação à gasolina. Com o custo do álcool, a vantagem, mesmo andando menos por litro (por enquanto), SERIA IMBATÍVEL. O álcool não tem enxofre, portanto é o combustível IDEAL para injeção direta e com o ganho de eficiência, diminui-se o "gap" com a gasolina.
Falta INVESTIR, o que, sinceramente, estas montadoras NÃO ESTÃO FAZENDO NO BRASIL. Só para me ater ao post, se a GM não fez sequer uma atualização digna de nota nos seus motores, basicamente os mesmos da época do Monza, ou seja um projeto de pelo menos VINTE E CINCO ANOS, alguém aí sinceramente acredita que ela vá investir milhões de dólares agora, com essa pindaíba toda, em uma fábrica nova para produzir uma unidade nova, quem sabe em alumínio, com tecnologia de ponta (injeção direta) e ainda por cima FLEX.
Enquanto ela puder e os tolos comprarem, vamos continuar a ter o motor do Monzão por aqui e só isso.