“Um carro para atender necessidades e gostos de diferentes tipos
de públicos”. Assim Gustavo Colossi, diretor de marketing da General
Motors do Brasil, define o novo Chevrolet Agile (pronuncia-se Ágile).
Mais bonito ao vivo do que nas fotos, o carro, que começa a ser vendido
a partir da primeira quinzena de outubro no mercado brasileiro, chega
bem equipado nas versões LT (R$ 37 708) e LTZ (R$ 39 601), ambos
somente com motor 1.4 Econo.Flex 8 válvulas de até 102 cavalos de
potência com álcool no tanque. “Esta é a nova cara da GM no
Mercosul”, afirmou Jaime Ardilla, presidente da fabricante para o
Brasil e Mercosul. Para conferir essa mudança de paradigmas, o Carro Online foi até Mendoza, na Argentina, a convite da marca, conferir como anda a novidade.
Primeiro membro do chamado projeto Viva, o Agile visualmente é
muito parecido com o conceito GPiX, apresentado no Salão de São Paulo,
em outubro de 2008. No entanto, apesar de inédito, o modelo parece uma
mistura de Corsa com Celta, Vectra GT e até mesmo Meriva. A grade
frontal segue a mais recente identidade estética da marca, que no
Brasil já se mostra presente no utilitário Captiva, enquanto a parte
traseira tem lanternas cujas linhas acompanham com harmonia o desenho
do conjunto traseiro. Na lateral, o destaque é o enxerto plástico que
dá continuidade aos traços das janelas. Em ruas e estradas argentinas,
repletas de carros antigos, o hatch tem forte presença e já torce o
pescoço de muitos “hermanos”.
“O Agile foi feito de dentro para fora”, explica Carlos Barba,
diretor de engenharia da GMB. Ao entrar na cabine, nota-se que a
ergonomia foi umas das prioridades no desenvolvimento do carro. Há
espaço suficiente para quatro passageiros, porém, a presença de um
quinto elemento compromete o conforto na fileira da traseira, que, por
sinal, tem assentos muitos curtos. Segundo Barba, os bancos nesse
formato são mais cômodos para passageiros de grande estatura. Outros
destaques do habitáculo são os 27 porta-objetos, o assento do
passageiro totalmente rebatível e a maleabilidade dos bancos traseiros.
“Carrega uma prancha de surf sem problemas”, garante o engenheiro.
Para o motorista há regulagem manual da altura do banco e volante,
que é levemente torto para esquerda. Herança do Celta? Talvez. Ainda
seguindo a árvore genealógica da GM, o painel é inspirado no do
Corvette, guardadas as proporções. Esse conceito é chamado pela empresa
de “dual cockpit” e, segundo a marca, foi projetado para aumentar a
sensação de espaço interno e criar uma maior individualidade entre
motorista e passageiro. Segundo a análise de Colossi, responsável pelo
marketing GM, a cabine é “luxuosa”. No entanto, do ponto de vista
crítico, o acabamento que mistura plástico de diferentes tonalidades e
textura é simples.
Acelerando o Agile
O Agile é um carro agradável de dirigir. A posição é boa e os
comandos são extremamente suaves. O pedal de embreagem, por exemplo, é
uma “manteiga”, e o câmbio manual de 5 marchas é bem escalonado e
proporciona boas trocas para quem gosta de dirigir de forma mais
esportiva. Porém, o modelo disponibilizado para o test-drive segue as
especificações argentinas: roda somente com gasolina pura (a gasolina
brasileira tem entre 20% a 25% de etanol anidro), o que o deixa com 10
cv a menos de potência e 1,2 kgfm de torque mais fraco em relação ao
modelo destinado ao mercado brasileiro, segundo a GM. Ainda assim,
mesmo transportando quatro ocupantes, o modelo demonstra boas respostas
em baixa rotação e também retoma bem.
Seguindo pela Rota 7 de Mendoza, uma estrada que acompanha de
perto os picos nevados das Cordilheiras dos Andes, o Agile mostrou-se
sensível a ventos laterais. A rajada de vento da região, chamada de
Zonda, é forte o suficiente para balançar o carro e mudar levemente seu
curso. É preciso estar atento e segurar corretamente o volante nessa
hora, mas não chega a ser algo que comprometa seriamente a segurança do
automóvel. De acordo com Barba, o homem de design da Chevrolet, isso
acontece por conta do elevado centro de gravidade do carro. Por outro
lado, apesar dessa característica, o modelo é muito bom de curva.
Bem recheado
Um dos trunfos do Chevrolet Agile é sua interessante lista de
equipamentos de série. Na versão de entrada (LT), o modelo já vem com
ajuste de altura do banco do motorista, direção hidráulica, limpador e
desembaçador do vidro traseiro, computador de bordo, acendimento
automático dos faróis, travas e vidros (dianteiros) elétricos, alarme e
ar-condicionado. Como opcional, o Agile LT ainda pode ser equipado com
airbags frontais, o que eleva seu preço a R$ 38 930.
A variante LTZ sai da fábrica com todos os itens da versão LT e
ganha espelhos retrovisores com ajuste elétrico, rádio CD/MP3 player
com conectividade USB, iPod e Bluetooth e faróis de neblina. Quem
quiser incrementar ainda mais a versão pode optar por vidros elétricos
traseiros, lanterna de neblina, airbags frontais e freio ABS
(antitravamento) com EBD (sistema eletrônico de distribuição de
frenagem por demanda). Com isso, a Chevrolet espera comercializar em
torno de 3 500 unidades por mês.
Atributos para dar certo não faltam ao Agile. O design, tão defasado na
linha GM nacional, é novo, o motor é bom e a lista de equipamentos vai
fazer executivos de outras fabricantes se coçarem, além de acirrar a
briga do segmento, representado por carros como Renault Sandero, Fiat
Punto e Volkswagen Fox (que muda em breve). Seu preço também é bastante
competitivo, mas o modelo como um todo ainda pode melhorar.
de públicos”. Assim Gustavo Colossi, diretor de marketing da General
Motors do Brasil, define o novo Chevrolet Agile (pronuncia-se Ágile).
Mais bonito ao vivo do que nas fotos, o carro, que começa a ser vendido
a partir da primeira quinzena de outubro no mercado brasileiro, chega
bem equipado nas versões LT (R$ 37 708) e LTZ (R$ 39 601), ambos
somente com motor 1.4 Econo.Flex 8 válvulas de até 102 cavalos de
potência com álcool no tanque. “Esta é a nova cara da GM no
Mercosul”, afirmou Jaime Ardilla, presidente da fabricante para o
Brasil e Mercosul. Para conferir essa mudança de paradigmas, o Carro Online foi até Mendoza, na Argentina, a convite da marca, conferir como anda a novidade.
Primeiro membro do chamado projeto Viva, o Agile visualmente é
muito parecido com o conceito GPiX, apresentado no Salão de São Paulo,
em outubro de 2008. No entanto, apesar de inédito, o modelo parece uma
mistura de Corsa com Celta, Vectra GT e até mesmo Meriva. A grade
frontal segue a mais recente identidade estética da marca, que no
Brasil já se mostra presente no utilitário Captiva, enquanto a parte
traseira tem lanternas cujas linhas acompanham com harmonia o desenho
do conjunto traseiro. Na lateral, o destaque é o enxerto plástico que
dá continuidade aos traços das janelas. Em ruas e estradas argentinas,
repletas de carros antigos, o hatch tem forte presença e já torce o
pescoço de muitos “hermanos”.
“O Agile foi feito de dentro para fora”, explica Carlos Barba,
diretor de engenharia da GMB. Ao entrar na cabine, nota-se que a
ergonomia foi umas das prioridades no desenvolvimento do carro. Há
espaço suficiente para quatro passageiros, porém, a presença de um
quinto elemento compromete o conforto na fileira da traseira, que, por
sinal, tem assentos muitos curtos. Segundo Barba, os bancos nesse
formato são mais cômodos para passageiros de grande estatura. Outros
destaques do habitáculo são os 27 porta-objetos, o assento do
passageiro totalmente rebatível e a maleabilidade dos bancos traseiros.
“Carrega uma prancha de surf sem problemas”, garante o engenheiro.
Para o motorista há regulagem manual da altura do banco e volante,
que é levemente torto para esquerda. Herança do Celta? Talvez. Ainda
seguindo a árvore genealógica da GM, o painel é inspirado no do
Corvette, guardadas as proporções. Esse conceito é chamado pela empresa
de “dual cockpit” e, segundo a marca, foi projetado para aumentar a
sensação de espaço interno e criar uma maior individualidade entre
motorista e passageiro. Segundo a análise de Colossi, responsável pelo
marketing GM, a cabine é “luxuosa”. No entanto, do ponto de vista
crítico, o acabamento que mistura plástico de diferentes tonalidades e
textura é simples.
Acelerando o Agile
O Agile é um carro agradável de dirigir. A posição é boa e os
comandos são extremamente suaves. O pedal de embreagem, por exemplo, é
uma “manteiga”, e o câmbio manual de 5 marchas é bem escalonado e
proporciona boas trocas para quem gosta de dirigir de forma mais
esportiva. Porém, o modelo disponibilizado para o test-drive segue as
especificações argentinas: roda somente com gasolina pura (a gasolina
brasileira tem entre 20% a 25% de etanol anidro), o que o deixa com 10
cv a menos de potência e 1,2 kgfm de torque mais fraco em relação ao
modelo destinado ao mercado brasileiro, segundo a GM. Ainda assim,
mesmo transportando quatro ocupantes, o modelo demonstra boas respostas
em baixa rotação e também retoma bem.
Seguindo pela Rota 7 de Mendoza, uma estrada que acompanha de
perto os picos nevados das Cordilheiras dos Andes, o Agile mostrou-se
sensível a ventos laterais. A rajada de vento da região, chamada de
Zonda, é forte o suficiente para balançar o carro e mudar levemente seu
curso. É preciso estar atento e segurar corretamente o volante nessa
hora, mas não chega a ser algo que comprometa seriamente a segurança do
automóvel. De acordo com Barba, o homem de design da Chevrolet, isso
acontece por conta do elevado centro de gravidade do carro. Por outro
lado, apesar dessa característica, o modelo é muito bom de curva.
Bem recheado
Um dos trunfos do Chevrolet Agile é sua interessante lista de
equipamentos de série. Na versão de entrada (LT), o modelo já vem com
ajuste de altura do banco do motorista, direção hidráulica, limpador e
desembaçador do vidro traseiro, computador de bordo, acendimento
automático dos faróis, travas e vidros (dianteiros) elétricos, alarme e
ar-condicionado. Como opcional, o Agile LT ainda pode ser equipado com
airbags frontais, o que eleva seu preço a R$ 38 930.
A variante LTZ sai da fábrica com todos os itens da versão LT e
ganha espelhos retrovisores com ajuste elétrico, rádio CD/MP3 player
com conectividade USB, iPod e Bluetooth e faróis de neblina. Quem
quiser incrementar ainda mais a versão pode optar por vidros elétricos
traseiros, lanterna de neblina, airbags frontais e freio ABS
(antitravamento) com EBD (sistema eletrônico de distribuição de
frenagem por demanda). Com isso, a Chevrolet espera comercializar em
torno de 3 500 unidades por mês.
Atributos para dar certo não faltam ao Agile. O design, tão defasado na
linha GM nacional, é novo, o motor é bom e a lista de equipamentos vai
fazer executivos de outras fabricantes se coçarem, além de acirrar a
briga do segmento, representado por carros como Renault Sandero, Fiat
Punto e Volkswagen Fox (que muda em breve). Seu preço também é bastante
competitivo, mas o modelo como um todo ainda pode melhorar.